TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

terça-feira, 7 de julho de 2015

Oportunidade para Taifeiro na Swift WWR

Swift WWR

A Swift Worldwide Resources é uma Multinacional com mais de 30 anos especializada no mercado de óleo e gás. Hoje opera em mais de 35 países e tem uma capacidade completa para oferecer soluções globais para a indústria de petróleo e gás. Somos o maior fornecedor global de serviços de algumas das melhores e respeitadas empresas no setor. Esta posição é construída sobre a nossa dedicação ao longo de muitos anos e nossa capacidade de fornecer soluções superiores e os melhores candidatos para os nossos clientes.
Recrutamos hoje para de um de nossos clientes a posição de:

TAIFEIRO

Requisitos:
– Experiência prévia comprovada em carteira como Taifeiro;
Experiência necessária:
Taifeiro: 1 ano

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Nove plataformas que vão ampliar a produção de petróleo no Brasil

Todos os dias trabalhamos para nos tornarmos uma das cinco maiores produtoras mundiais de petróleo. No ano passado, tivemos a inédita marca de nove plataformas entregues, o que vai adicionar à nossa capacidade de produção 1 milhão de barris por dia.
Conheça melhor essas nove plataformas concluídas:
1) P-58
Do tipo FPSO, a P-58 entrou em operação em março de 2014. Instalada a cerca de 85 km da costa do Espírito Santo, em águas com profundidade de 1.400 metros, tem capacidade para processar por dia até 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de m3 de gás natural, dos reservatórios do pré-sal e pós-sal.


2) P-55
Do tipo semissubmersível, a P-55 é a maior plataforma desse tipo no Brasil. Entrou em produção no final de 2013, no Campo de Roncador (Bacia de Campos), ancorada a uma profundidade de cerca de 1.800 metros. Tem capacidade diária para processar 180 mil barris de petróleo e comprimir 4 milhões de m³ de gás natural.
3) P-63
Unidade do tipo FPSO, a P-63 entrou em produção em novembro de 2013. Tem capacidade para processar, diariamente, 140 mil barris de petróleo e 1 milhão de m³ de gás e de injetar 340 mil barris de água. A P-63 compõe o primeiro sistema de produção de Papa-Terra (Bacia de Campos), que conta também com a P-61 e a SS-88 TAD.
4) FPSO Cidade de Paraty
O FPSO Cidade de Paraty entrou em produção no pré-sal da Bacia de Santos (área de Lula Nordeste) em junho de 2013, ancorada em profundidade de 2.120 metros, a cerca de 300 km da costa. Tem capacidade de processar diariamente 120 mil barris e comprimir 5 milhões de m³ de gás natural.
5) FPSO CIdade de Itajaí
O FPSO Cidade de Itajaí entrou em produção em fevereiro de 2013, no pós-sal da Bacia de Santos (Campo de Baúna e Piracicaba), a 210 km da costa. Tem capacidade para processar até 80 mil barris de petróleo leve e 2 milhões de m3 de gás por dia.
6) FPSO Cidade de São Paulo
O FPSO Cidade de São Paulo entrou em produção em janeiro de 2013, no pré-sal da Bacia de Santos (Campo de Sapinhoá). Tem capacidade para processar 120 mil barris de petróleo e 5 milhões de m3 de gás por dia.
7) P-61
Primeira plataforma do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Plataform) a ser construída e a operar no Brasil, a P-61 atuará no campo de Papa-Terra (Bacia de Campos) em conjunto com a P-63. Juntas, as unidades têm capacidade para produzir 140 mil barris de petróleo por dia. A previsão é que entre em produção no segundo semestre de 2014.
8) P-62
Instalada a cerca de 125 km da costa, na Bacia de Campos, em águas com profundidade de 1.600 metros, essa plataforma do tipo FPSO deve entrar em produção no primeiro semestre de 2014. Tem capacidade para processar por dia até 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de m3 de gás natural dos reservatórios do pós-sal.
9) SS-88 TAD
A unidade semissubmersível SS-88 TAD (Tender Assisted Drilling) será ancorada ao lado da P-61, no campo de Papa-Terra (Bacia de Campos), para dar suporte de energia, acomodações, armazenamento de fluido de perfuração e sistemas de apoio.
Petróleo ainda que tarde!

Por Vladimir Sacchetta

Visionário e empreendedor, criador da nossa melhor literatura infanto-juvenil e fundador da indústria editorial brasileira. Autêntico intelectual militante, Monteiro Lobato (1882-1948) defendia o binômio prosperidade e distribuição de riqueza num projeto de nação que previa um povo soberano em pleno exercício da cidadania. Idéias que o acompanhavam desde os tempos de estudante de Direito no Largo São Francisco, tornaram-se ainda mais sólidas após uma estada como adido comercial em Nova York, entre 1927 e o início de 1931.
Nas searas de Tio Sam, fascinado pela pujança econômica e pelos ícones do progresso, visitou Detroit, com sua indústria automobilística liderada por Henry Ford. Percorreu bibliotecas públicas, andou de metrô, deixando-se encantar pelo jazz, cinema falado e por desenhos animados, cujos personagens, como o Gato Félix, incorporaria mais tarde às suas histórias. De volta ao Brasil, logo após a Revolução de 30, buscou levar adiante planos que colocariam sua terra natal nos trilhos da modernidade. Vislumbrando as bases do desenvolvimento no tripé representado por ferro, petróleo e transportes, tentou implantar uma indústria siderúrgica ao mesmo tempo em que fundou empresas de prospecção: seu negócio era transformar as pedras em ferro, converter o ferro em máquinas e extrair da terra o petróleo que move as máquinas.

Desenvolver nossa indústria petrolífera e colher dela todos os lucros. Esta era a receita de Monteiro Lobato, para tornar o Brasil um grande produtor de matéria-prima combustível e, mais do que isso, convertê-lo num dos maiores fornecedores mundiais. "Nesse dia, enriquecidos e poderosos, havemos de sorrir com piedade dos tempos de hoje, deste miserável hoje em que vivemos dum cafezinho vendido lá fora, dum algodãozinho, duns couros de cabrito, dumas piaçavas e outras quireras de índios", sonhava em voz alta, em mais uma das palestras da sua célebre campanha do petróleo. Com o entusiasmo que sempre foi marca da sua personalidade, apesar de avesso a discursos e conferências, Lobato percorreu o país com o objetivo de convencer o público da existência e possibilidade de exploração do combustível nacional. "Mas por que essa fúria pelo petróleo? Ambição? Loucura? Monomania?", perguntava em 1937 a um auditório lotado em Uberaba: "Nada disso. Apenas dó da minha terra. Um dó que nasceu em conseqüência de uns anos que passei nos Estados Unidos". (...)

Para o criador do Sítio do Picapau Amarelo, o raciocínio era simples. Assim como eles, americanos, também fomos colônia por alguns séculos. Estávamos localizados em um único continente e, a exemplo deles, possuíamos vasto território com os mesmos elementos humanos que entraram na sua composição étnica, forjada por europeus, índios e negros. As riquezas naturais de ambos se equivaliam, assim como as formas de governo. Com tantos pontos em comum, por que um acabou tornando-se uma verdadeira potência enquanto o outro, condenado à pobreza, sobrecarregado de dívidas, tinha 70% da população mergulhada em completo analfabetismo?

Sem se dar conta do passado histórico que fez drenar boa parte da vitalidade e das riquezas da América Latina, Lobato acreditava que o segredo dos Estados Unidos vinha do subsolo. "A superfície apenas permite a subsistência. O enriquecimento vem de baixo. Vem das substâncias minerais", dizia, inflamado com a perspectiva de que, uma vez mobilizadas essas fontes naturais, poderíamos "ferrar" o Brasil inteiro e o mundo. Mas se continuássemos de cócoras, como o Jeca Tatu, fatalmente mudaríamos de dono. "Surge pois o dilema: ou continuamos deitados no berço esplêndido e gente nova vem tomar conta disto ou, postos de pé, estaremos habilitados a arreganhar os dentes."

Petroleum quod serum tamen


"Um dia", escreveu Lobato, "o coronel Drake fura a terra na Pensilvânia e faz jorrar um líquido negro chamado petróleo. O mundo vai mudar." Ocorrida em 1857, aquela descoberta ia alterar definitivamente a correlação de forças no planeta. A Inglaterra perdia a posição hegemônica baseada no carvão, enquanto os Estados Unidos construíam sua supremacia. Disposto a seguir o exemplo dos americanos, Monteiro Lobato resolveu apostar no petróleo. Na sua visão, porém, a democracia era o pressuposto da independência econômica, que se viabilizaria por meio de uma sólida estrutura industrial. Ele, que já tentara a siderurgia, agora se lançava em busca do ouro negro. "Quem olha para o mapa da América vê logo que a América é o grande continente do petróleo, de norte a sul, desde o Alasca até a Patagônia. E vê que praticamente todos os países da América já tiraram petróleo, menos o Brasil, que é o colosso em território que sabemos. (...) Só o Brasil persiste na sua bobagem de duvidar. E, no entanto, não existe no mundo país mais rico que o nosso em sinais superficiais de petróleo."

Descartando eventuais parcerias com o governo, ele se dirigiu diretamente ao público. "Compreendi ser o petróleo a grande coisa, a coisa máxima para o Brasil, a única força com elementos capazes de arrancar o gigante do hino de seu berço de ufanias", disse ele, em uma de suas conferências em Belo Horizonte onde, apelando para a emoção, invocou o lema dos Inconfidentes: "O nosso sonho de hoje é a independência econômica, e a nossa divisa, Petroleum quod serum
tamen - petróleo ainda que tarde".
Seu empenho dá bons resultados. Em carta de 27 de dezembro de 1931 a Manuel Carneiro Muniz, seu antigo auxiliar no consulado de Nova York, Lobato anuncia o lançamento da Companhia Petróleos do Brasil, cuja subscrição alcançara, nos primeiros quatro dias, quase metade das ações. (...)
Empolgado com a receptividade, que facilitava a captação de recursos para seus empreendimentos, no início do ano seguinte escreveu a Lino Moreira, amigo desde os tempos da juventude, com quem compartilhava a nova aventura. "Em 12 dias úteis reuniu o capital necessário e hoje, sem um mês ainda de idade, ninguém larga ação pelo mesmo preço que a pagou." E avisava que ia partir para a segunda etapa, com a incorporação da Companhia Petróleo Nacional, e realizar perfurações em Alagoas, segundo ele o ponto onde talvez existisse petróleo em maior quantidade e melhor condição estratégica para a exportação. A Anísio Teixeira, aluno de mestrado da Universidade de Columbia e adversário de xadrez nos domingos nova-iorquinos, contaria, ainda em 1932, que seus planos iam às mil maravilhas:

"A vitória está assegurada e, a não ser que me veja espoliado por leis do Juarez [Távora], nacionalizadoras do petróleo, que venham matar o surto da futura indústria e privar-me do que com ela eu possa vir a ganhar, terei meios de realizar várias grandes coisas que me fervem na cabeça". Uma delas consistia em tirar o Brasil do atraso secular e torná-lo competitivo e atuante no mercado internacional. "Mais sabão ou mais açúcar não influencia em nada a vida do país; enriquecerá uns tantos homens apenas. Mas petróleo, petróleo a jorrar de mil poços, gasolina a 200 réis, óleo combustível a 100 réis, influencia e tremendamente, pois equivale à maior das revoluções econômicas e ao começo do Brasil de amanhã - sadio, forte, poderoso." (...)

Aos que chegavam a seu escritório, Lobato não escondia a alegria. Mostrava um frasco com óleo esverdeado, dizendo: "Cheire isso aí. É petróleo bruto. Petróleo brasileiro. Uma gota do oceano de petróleo que dorme em nosso subsolo e há de jorrar um dia, para inundar de riqueza todo o Brasil!". Em seguida, tomava uma folha de papel, embebia no líquido e botava fogo. "Veja a fumaceira que faz. Sinta bem esse cheiro. Cheiro de petróleo! Petróleo arrancado à terra brasileira!"

Para reforçar suas idéias, em junho de 1935 fez lançar, pela Companhia Editora Nacional, A luta pelo petróleo. Na obra de Essad Bey, traduzida por Charlie Frankie, colaborador de Lobato em levantamentos geofísicos e prospecções, ele assinava a revisão e escreveu um prefácio denunciando a ineficiência do Serviço Geológico, órgão oficial encarregado das pesquisas, a quem acusava de encampar a política dos trustes internacionais: "Não tirar petróleo e não deixar que ninguém o tire".

Apesar do entusiasmo de Lobato, Araquá não ia bem. As brocas de perfuração foram sendo moídas por uma enorme camada de basalto. Ao invés de petróleo, jorrou apenas água sulfurosa. Em março de 1938, o escritor envia uma carta a Getúlio Vargas, no momento em que o ditador se preparava para assinar novas diretrizes para a exploração das riquezas minerais. Nela, Lobato reiterava que o Código de Minas, tornando sem efeito os registros de jazidas efetuados de acordo com as regras anteriores - e sobre cujas bases se haviam erguido os negócios nacionais do setor -, abalaria a estrutura desses empreendimentos. Mas, apesar disso, abriu mais uma frente de prospecção, agora em Porto Esperança, Mato Grosso, e prosseguiu disparando missivas desassombradas tanto para Vargas quanto para o general Horta Barbosa, presidente do Conselho Nacional do Petróleo.

O enfrentamento com a cúpula do Estado Novo culminou na sua detenção no início de 1941 e, mais tarde, na liquidação das companhias que havia fundado. "Depois que me vi condenado a seis meses de prisão, e posto numa cadeia de assassinos e ladrões só porque teimei demais em dar petróleo à minha terra, morri um bom pedaço na alma", confessaria a Godofredo Rangel nesse mesmo ano.

Com a redemocratização em 1945, que permitiu a reorganização da sociedade civil e o ressurgimento dos movimentos populares, o tema petróleo voltou à ordem do dia. A retomada dos investimentos no pós-guerra reacendeu os debates em torno da questão energética. O petróleo mobilizou a opinião pública e suscitou polêmica. Técnicos, empresários, militares, estudantes e trabalhadores, além dos parlamentares que deveriam votar o Estatuto do Petróleo no Congresso, dividiam-se em duas correntes. De um lado estavam os nacionalistas, que defendiam a presença do Estado na infra-estrutura e na indústria pesada. Do outro, os chamados entreguistas, com respaldo das Sete Irmãs, o cartel que reunia as maiores empresas mundiais do petróleo, que advogavam a entrada do capital estrangeiro no setor.

Curioso é que, desta vez, o mesmo Horta Barbosa, responsável por colocar Lobato atrás das grades do Presídio Tiradentes, apropriou-se das suas idéias e passou a defendê-las em palestras em prol da soberania nacional. Com apoio da União Nacional dos Estudantes, foi fundado o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo, que levantou a bandeira de "O Petróleo é Nosso". A intensa participação popular fez cair o projeto de Estatuto do Petróleo, favorável à ação irrestrita das multinacionais. E, em 3 de outubro de 1953, cinco anos após a morte do escritor, Getúlio Vargas sancionou a Lei 2004, criando a Petrobras.

Monteiro Lobato só conseguiu fazer jorrar o óleo negro na torre Caraminguá I, plantada no imaginário de O Poço do Visconde, livro de 1937. Acabaria não presenciando o nascimento de uma grande empresa brasileira, competente e rentável. Uma estatal em tudo diversa da burocracia e da ineficiência que Lobato identificava em tantos órgãos públicos do seu tempo. Maior do país e entre as mais importantes do mundo no setor, a Petrobras torna realidade, no seu cinqüentenário, os sonhos de um escritor-cidadão que um dia ousou acreditar na nossa auto-suficiência em matéria-prima combustível.
(A ÍNTEGRA DESTE TEXTO FOI PUBLICADA NA REVISTA SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL, EDIÇÃO ESPECIAL SOBRE OS 50 ANOS DA PETROBRAS, DEZEMBRO DE 2003)
VLADIMIR SACCHETTA, jornalista e produtor cultural, escreveu, em co-autoria, Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia, Ed. Senac, ganhador dos Prêmios Jabuti e Livro do Ano de 1998. É o diretor de conteúdos deste sítio.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Curso Técnico Petróleo e Gás


Resolvi escrever sobre a área de Petróleo e Gás para todos
aqueles que assim como eu estão perdido sem saber muito 
bem o que o curso, tempo de duração, salário inicial, 
pólos de trabalho, etc. Vou tentar esclarecer dúvidas 
escrevendo tudo o que achar sobre a área. 
De início achei essa matéria bem interessante 
sobre a área que pode esclarecer algumas dúvidas. 
Espero que possa ajudar.
O setor de Petróleo e Gás Natural vem experimentando 
uma demanda crescente por recursos humanos qualificados. 

O curso visa capacitar profissionais para atuar em 
empresas do setor, através de uma abordagem 
ampla e diversificada. Para profissionais que já atuam 
no setor, trata-se de uma oportunidade de 
enriquecimento profissional numa Instituição de 
Ensino reconhecida nacionalmente como um 
Centro de Excelência.

O que faz o profissional

O profissional desta área está apto a implantar 
tecnologias nas diversas unidades da indústria 
do petróleo. Opera e otimiza a produção e o
 processamento, tanto do petróleo quanto do
gás natural, de acordo com as mais modernas 
tecnologias do setor. Suas áreas compreendem 
prospecção, perfuração, completação, estudo de 
reservatórios, transporte e armazenamento de óleo cru, 
gás e derivados, refino de petróleo e gás, 
comercialização do petróleo e seus derivados.
O mercado que lhe espera
As oportunidades de emprego neste segmento 
do mercado de trabalho são muito promissoras. 
A mídia vem divulgando, freqüentemente, altos 
investimentos neste setor, através de programas 
que permitirão aumento nas áreas de exploração 
e produção e na capacidade de refino. Como 
conseqüência, existirá uma grande oferta de 
empregos diretos e indiretos.
Para atuar na área de petróleo (gás faz parte 
desta indústria), o profissional deve ser curioso 
e investigativo e, fundamentalmente, atualizado, 
sempre questionando o seu conhecimento contra 
as situações apresentadas, e não pode ter medo 
de números: quase tudo acaba sendo mensurado 
de alguma forma.
Não podemos esquecer que o profissional tido 
como bom, em qualquer atividade, é aquele que 
apresenta resultados rápidos e com qualidade. 
Para chegar a esse ponto, o profissional 
precisa estar envolvido com o trabalho, 
mostrando capacitação, competência e compromisso.
Mais da metade de todo o petróleo, e 70% de 
todo o gás do planeta, ainda estão para serem 
descobertos. A indústria do petróleo engloba 
todo o tipo de profissional e de atividades: 
técnicas, financeiras, tributárias, jurídicas, 
médicas etc. Dentre elas, sempre haverá colocação 
para os profissionais destacados pelo mercado. 
Ainda por muitos anos continuará sendo 
necessário explorar, produzir, refinar e transportar 
petróleo e derivados.
Essas atividades garantirão, por si só, 
empregabilidade aos que estiverem preparados. 
Nesse sentido, o profissional pode esperar um
 mercado amplo e com capacidade de absorver os
 atualizados e bem formados.
O trabalho com petróleo compara-se ao do 
artista de teatro: muito empenho ao estudar (o texto),
 muito gosto ao atuar (no palco), e muito prazer ao 
apreciar o produto (a peça)... Uma mistura 
equilibrada e compatível, com bons ingredientes, 
sempre trará bons resultados.
Fonte: Antenados na Geral - Thaty Jornalista

Vale a pena investir em uma carreira na área de Petróleo?

Pensando em seguir carreira na área petrolífera? Conheça algumas das principais profissões deste campo e os salários!
petroleo

Com as novas descobertas de reservatórios  marítimas no Brasil  a oferta de emprego nessa área cresceu significativamente. De acordo com a ANP, serão criado mais de 200 mil empregos no país nos próximos dez anos. Porém, há uma grande escassez de mão de obra qualificada neste setor, o que impulsiona os elevados salários dos profissionais. Com a área do Petróleo e Gás em plena expansão no país muitas empresas estão recrutando profissionais para serem treinados internamente. De acordo com uma pesquisa da Catho, alguns empregos nesse setor podem gerar salários de até R$ 25 mil por mês. Conheça os principais cargos da área de Petróleo e veja a média salarial de cada um deles.

Engenheiro de Petróleo

O Engenheiro de Petróleo é um dos profissionais de maior importância dentro do campo do Petróleo. Ele é responsável por maximizar a produção de jazidas e poços de gás natural e de petróleo. Também cuida do transporte do petróleo e dá o destino correto aos resíduos. Além disso, esse profissional elabora projetos de intervenção nos poços e determina qual o potencial produtivo dos mesmos. O Engenheiro de Petróleo pode trabalhar tanto no setor administrativo das plataformas dentro de escritórios, quanto na parte operacional. A média salarial deste profissional varia entre R$ 10.300,00.

Técnico de Produção

O Técnico de Produção tem como principais funções controlar, planejar e programar a produção petrolífera. Também faz o acompanhamento da produção de gás e óleo. Além disso, realiza a manutenção das máquinas, elabora diagnósticos sobre os desvios da produção e presta acessória técnica a outros setores das plataformas. A média salarial do Técnico de Produção é de R$ 2.540,00.

Mecânico de Sonda

O Mecânico de Sonda é o responsável por realizar a manutenção corretiva e preventiva da sonda e de seus equipamentos, executando atividades de troca, intervenção e ajustes nos poços. Também lida com a montagem e desmontagem de equipamentos que compõem a sonda. A média salarial do Mecânico de Sonda é de R$ 2.524,00.

Sinaleiro

Também conhecido como Rigger, o Sinaleiro tem como função coletar dados e elaborar planos de estudo para a movimentação do petróleo e do gás. O profissional desta área também orienta o operador do guindaste através de sinais específicos. O Sinaleiro conhece as técnicas de transporte, remoção, arrastos e içamento. Também lida com cálculos necessários para a utilização dos cabos de aço no transporte da carga. A média salarial deste cargo é de R$ 1.712,00.

Plataformista
O Plataformista é o responsável por operar as plataformas de perfuração, transportando e recolhendo o petróleo, garantindo o perfeito funcionamento de todos os processos da exploração petrolífera. É responsável ainda por realizar a pesquisa sísmica, pela perfuração de poços e pela avaliação da área a ser perfurada. A média salarial de um Plataformista é de R$ 2.085,00.

Bombeador

O Bombeador é o profissional responsável pelo refino e pela produção do petróleo e gás. Utiliza ferramentas de elevada qualidade para controlar os efluentes e os produtos. Também prepara os equipamentos para os serviços de manutenção. A média salarial de um Bombeador é de R$ 2.340,00.

Técnico de Petróleo

O profissional Técnico em Petróleo tem como principal função oferecer suporte à área de controle e de acompanhamento da produção de gás e óleo. Também elabora relatórios diários sobre a produção das plataformas petrolíferas e organiza documentos relacionados ao seu setor. A média salarial desta área é de R$ 3.924,00.

Supervisor de Sondagem

O Supervisor de Sondagem tem como principal função supervisionar as operações realizadas com sondas em poços petrolíferos. Lidera as equipes para a manutenção das sondas, fornecendo suporte técnico e orientações. Além disso, realiza a montagem e as adaptações em sondas novas e em seus equipamentos periféricos. A média salarial de um Supervisor de Sondagem é de R$ 5.980,00.

Engenheiro de Reservatório

O Engenheiro de Reservatório realiza atividades relacionadas as propriedades petrolíferas de rochas e das propriedades dos fluidos que formam o gás e o óleo. A média salarial de um Engenheiro de Reservatório é de R$ 10.500,00.
Petróleo e seus Efeitos no Meio Ambiente

Na década de 1970, técnicos da Petrobras procuravam reservas de petróleo na bacia do Rio Jandiatuba, região do Alto Amazonas, onde viviam grupos indígenas ainda não contatados. Houve confrontos com os índios que, empunhando arco e flecha, saíram em defesa de sua terra. Os funcionários da Petrobras, por sua vez, responderam jogando dinamite, usada originalmente para fazer pesquisas. Esse é o exemplo de um dos impactos, talvez dos menos conhecidos, que a exploração do petróleo pode provocar.
Os mais freqüentes e evidentes são os vazamentos de óleo. No Brasil, o último derramamento de grandes proporções ocorreu em 2000, no Rio de Janeiro, quando foram lançados 1,3 milhões de litros de óleo cru na águas da Baia de Guanabara. Riscos são inerentes a todas as atividades relacionadas ao petróleo, do poço ao posto.
Em 1968, a Petrobras começou a exploração de petróleo em águas marinhas. Hoje, essa modalidade representa 84% da produção nacional. Engana-se, porém, quem acredita que os derramamentos são a única fonte de riscos e impactos negativos advindos da exploração e produção de petróleo no mar. Após 45 dias, um poço perfurado já representa uma fase de impactos agudos sobre a fauna e flora. "São descartados fluidos de perfuração, cascalhos saturados de diferentes substâncias e compostos tóxicos, incluindo metais pesados como mercúrio, cádmio, zinco e cobre", explica Guilherme Dutra, da ONG Conservation International Brasil. Na fase do refino, existe o problema do descarte de efluentes líquidos, a emissão de gases e vapores tóxicos para a atmosfera, além dos resíduos sólidos, normalmente armazenados em aterros industriais.
Já os impactos produzidos pelo derramamento de óleo na água são mais visíveis. Especialistas em poluição enfatizam que os acidentes deixam marcas por vinte anos ou mais e que a recuperação é sempre muito longa e difícil, mesmo com ajuda humana. O contato com o petróleo cru causa efeitos gravíssimos principalmente em plantas e animais. O óleo recobre as penas e o pelo dos animais, sufoca os peixes, mata o plâncton e os pequenos crustáceos, algas e plantas na orla marítima. Nos mangues, o petróleo mata as plantas ao recobrir suas raízes, impedindo sua nutrição. Além disso, a baixa velocidade das águas e o emaranhado vegetal nesses locais dificulta a limpeza. O petróleo, embora seja um produto natural, originário da transformação de materiais orgânicos, existe apenas em grandes profundidades, entrando muito pouco em contato com o ambiente terrestre, fluvial ou marítimo. É insolúvel em água e tem uma mistura corrosiva venenosa com efeitos difíceis de combater.
A região da costa do Alasca, por exemplo, continua a apresentar até hoje problemas resultantes dos resíduos do óleo derramado pelo petroleiro Exxon Valdez, mesmo após 15 anos do acidente. Em 1989, o navio liberou 42 milhões de litros de óleo no mar contaminando uma extensão de 1900 quilômetros. Técnicos do Greenpeace acreditam que a recuperação da área ainda está longe de ser alcançada. A empresa Exxon, que comercializa produtos da marca Esso, foi multada em US$ 5 bilhões pelos danos ambientais causados, mas entrou na justiça recorrerendo da decisão.
Mais segurança e pesquisas para amenizar danos
Depois do acidente na Baía de Guanabara, em 2000, a Petrobras iniciou a implementação do Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional - Pégaso. O objetivo é criar padrões internacionais de segurança e proteção ambiental na empresa. Foram instalados nove centros de defesa ambiental no país. Segundo o departamento de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobrás, esses centros funcionam como uma espécie de corpo de bombeiros contra vazamentos de óleo, com profissionais de prontidão 24 horas, barcos, balsas, recolhedores e milhares de metros de barreiras de absorção e contenção de óleo. Além disso, a Petrobras mantém uma embarcação na Baía de Guanabara, no litoral de Sergipe e no canal de São Sebastião, em São Paulo, especializada no controle de vazamentos. Todas as unidades da companhia no Brasil tem Certificado ISO 14001, que exige a manutenção de sistemas de monitoramento do impacto de suas atividades.

Fonte: Departamento de Segurança e Meio Ambiente da Petrobras

Enquanto isso, no Parque de Desenvolvimento Tecnológico da Universidade Federal do Ceará, Padetec, começam as primeiras simulações de campo do uso da quitosana na remoção de óleo do mar. O objetivo é desenvolver um produto baseado em uma bactéria imobilizada em quitosana que biodegrade o óleo. A quitosana é um derivado de quitina, biopolímero encontrado em invertebrados marinhos, insetos, fungos e leveduras. No processo químico de absorção de óleos, a quitosana envolve as gotas de óleo ou gordura, aprisionando-as. "Nos últimos ensaios realizados de simulação de vazamento o percentual de remoção de petróleo foi calculado em 92%. É provável que com a utilização do processo possamos reduzir significativamente os níveis de contaminação em um tempo muito menor que a biodegradação natural", acredita o professor Afrânio Craveiro, que coordena os estudos sobre os polímeros naturais no Padetec. A utilização de microorganismos nativos da biota é uma alternativa para a diminuição do tempo de recuperação e para amenizar os danos. Muitas vezes os métodos utilizados para remoção do petróleo, como água quente, vapor e solventes, são tão danosos quanto o óleo.
Clareiras na Amazônia
O Brasil já ocupa o segundo lugar entre os maiores consumidores de gás natural, com mais de 920 mil veículos adaptados para utilizá-lo. O GNV apresenta bom rendimento econômico e sua combustão é limpa, razão pela qual ele dispensa tratamento dos produtos lançados na atmosfera. Outra vantagem é que motores movidos a gás apresentam menor índice de desgaste das peças. Para ampliar o fornecimento do gás natural no Brasil, a Petrobrás está investindo no potencial das reservas deste combustível em plena selva amazônica. O maior obstáculo para a exploração destes recursos na selva são os ambientais, já que o escoamento das reservas impõe a construção de milhares de quilômetros de gasodutos rasgando a floresta. O gasoduto fica enterrado a uma profundidade de no mínimo um metro. Seu tempo de vida útil é de 20 anos. As críticas apontam para o risco de contaminação da água e do solo e a alteração da vida das populações indígenas e ribeirinhas. A construção dos gasodutos demanda a abertura de estradas e de uma faixa de vinte metros de largura para colocação dos tubos. Muitas operações tem que ser feitas de helicóptero, abrindo clareiras na floresta para pousos e decolagens. O desmatamento, por sua vez, implica no desaparecimento de espécies e degradação do solo.
Na primeira fase de exploração dos recursos minerais da Amazônia a solução encontrada para os problemas de escoamento da produção tinham menor impacto na região. Quando a produção de petróleo atingiu os três mil barris diários foi construído um pequeno oleoduto de Urucu até o Rio Tefé. De lá, o óleo seguia em em barcaças até o Rio Solimões onde a Petrobras construiu um terminal com uma grande embarcação chamada de "navio-cisterna" para armazenamento. Outros navios então buscavam o óleo para levá-lo para a Refinaria de Manaus (Reman). "Quando você abre um estrada ou uma clareira longa no meio da mata, especuladores começam a ocupar as laterais. É um processo inevitável sob o qual não se tem controle e que detona ainda mais o processo de desmatamento", explica o professor titular do departamento de geografia da USP Aziz Nacib Ab'Saber. Na sua opinião, para solucionar a complicada logística para o transporte, em hipótese alguma deveriam ser estabelecidos os dutos de longa distância, já que esta estratégia seria o caminho para uma expansão fundiária previsível. "Melhor seria usar um ponto na estrada Porto Velho- Amazonas e fazer uma instalação com reservatórios grandes para o óleo e o gás extraídos de Coari. Destes reservatórios eles seguiriam para Manaus, Roraima e Acre, sem precisar abrir outras estradas", sugere Ab' Saber.
A pequena cidade de Coari, a 600 quilômetros de Manaus, já dá sinais de mudanças depois do início da exploração do petróleo e do gás natural pela Petrobras. Como a cidade passou a receber muito dinheiro com os royalties da exploração, começou também a atrair outras populações, tanto das redondezas como de outras regiões, em busca de emprego. O novo perfil trouxe problemas como aumento da prostituição e da violência, por exemplo. A população ribeirinha também sente o afastamento dos peixes devido à movimentação das embarcações no terminal construído pela Petrobras no Rio Solimões. A jazida de Coari foi descoberta em 1986. Estima-se que tenha 50 bilhões de metros cúbicos de gás natural ou 10% das reservas nacionais. Urucu tem ainda 100 milhões de barris de óleo de boa qualidade.
Para recuperar as áreas desmatadas pela exploração do gás foi criada a rede Clareiras na Amazônia: avaliação, prevenção e recuperação dos danos causados em áreas de prospecção e transporte de gás natural e petróleo na Amazônia Brasileira, projeto coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (Inpa). Composta por nove instituições de ensino superior, a Rede desenvolve tecnologias para recuperar áreas abertas na floresta. Segundo o coordenador da Rede, Luiz Antonio de Oliveira, cerca de 300 hectares foram desmatados até agora. Destes, menos de 30 ainda estão em fase inicial de recuperação. Antes dos desmatamentos é feita caracterização da flora e da fauna das regiões. "Esse trabalho tem permitido catalogar novos insetos, pássaros e plantas já que o local é de mata virgem e controlado pela Petrobras, que proíbe a caça e a pesca", conta Oliveira. O trabalho teve início em 2003. Já foram investidos R$ 1,5 milhão financiados pela Finep (Financiadora e Estudos e Projetos), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, através do Fundo Setorial do Petróleo. A Petrobras também mantém um viveiro com mudas de plantas para recobrir as áreas o mais rapidamente possível já que a abertura de clareiras na floresta retira a vegetação e a camada superficial do solo, expondo-o à chuva e ao sol, o que pode provocar a erosão. Através de sensoriamento remoto é possível acompanhar o estágio de reflorestamento das clareiras. A equipe do projeto faz visitas diárias às clareiras e jazidas. "Sabemos que uma clareira está efetivamente recuperada quando a vegetação cobre toda a área e há a formação de matéria orgânica sobre a superfície do solo", explica o coordenador.
Hidrogênio: forte candidato para substituir o petróleo
Considerado o melhor candidato para substituir os combustíveis fósseis em veículos automotores, o hidrogênio é abundante no planeta e sua combustão só gera água pura. Pode ser produzido a partir de diversas fontes: álcool, biogás, água, gás natural, biodiesel. Ainda é um combustível mais caro do que o petróleo, mas está sendo considerado a solução dos problemas ambientais associados aos combustíveis fósseis, principalmente quanto às emissões de dióxido de carbono, o CO2. A partir de 1999, o Ministério da Ciência e Tecnologia passou a avaliar a reforma de etanol como alternativa para produção de hidrogênio para abastecer o mercado interno e a América Latina. Em 2001, foi criado o Centro Nacional de Referência em Energia do Hidrogênio (Ceneh) e, em seguida, o Programa Brasileiro de Sistemas de Célula a Combustível (Procac). No Segundo Encontro sobre Célula a Combustível, realizado no mês de outubro no Ipen, em São Paulo, Adriano Duarte Filho, coordenador adjunto do Procac, afirmou que o objetivo do programa é tornar o país um produtor internacionalmente competitivo nessa área.
A tecnologia das células a combustível converte a energia química do hidrogênio em eletricidade e tem como resíduo a água. Um carro com célula a combustível e abastecido com hidrogênio praticamente não vaza óleo, não emite ruído e poluentes, além de ser entre duas e três vezes mais eficiente que um carro com motor a combustão. Na opinião do professor e físico Ennio Peres da Silva, representante da Unicamp no Ceneh, no início da próxima década já estarão nas ruas alguns veículos comerciais. Hoje eles já existem, mas são fornecidos apenas em condições especiais. Frotas de veículos só a partir de 2020. "Isso vai depender de muitos fatores, como o agravamento das questões ambientais associadas ao efeito estufa, lideranças políticas, influências de grupos econômicos etc.", completa ele. O gás natural, mesmo com os melhores sistemas de redução de emissões, ainda emite o CO2. Com o hidrogênio a emissão é praticamente nula, desde que ele seja obtido de fontes renováveis de energia, segundo Silva. Do ponto de vista de segurança, ele tem o mesmo nível de periculosidade do gás natural. "Hoje em dia as normas de segurança para o manuseio de combustíveis são muito rigorosas e, atendendo-se essas normas, não deve haver maiores problemas com o uso do hidrogênio", acredita o físico.

Enquanto tecnologias seguras para a exploração de petróleo não são disponibilizadas, a solução para os inúmeros problemas derivados dessa atividade pode ser a exclusão de áreas mais sensíveis. A região de Abrolhos na Bahia conseguiu ser poupada da exploração. O Banco de Abrolhos é uma área rasa com cerca de 56 mil quilômetros quadrados, ao largo da costa sul da Bahia. É a região com maior biodiversidade no Atlântico Sul onde, por exemplo, ocorre a reprodução de baleias jubarte no Atlântico. Abrolhos tinha sido incluída nas rodadas de licitações para exploração de petróleo marinho da Agência Nacional de Petróleo, ANP. A ONG Conservation International Brasil liderou um estudo com outras instituições para avaliar os impactos da exploração e produção de petróleo no Banco de Abrolhos e adjacências. Do estudo resultou um banco de dados com registros de tartarugas, cetáceos, peixes, plantas, corais, além de informações sobre o uso turístico e pesqueiro da região que foi confrontado com os impactos potenciais e efetivos das operações com petróleo. "A versão final do documento gerou um processo de discussão que resultou na exclusão de 162 blocos dos processo de licitação pelo governo brasileiro. Outros 81 blocos foram excluídos por medida cautelar pela justiça federal", conta Guilherme Dutra, biólogo e diretor do programa marinho da CI-Brasil. Ele defende a exclusão de áreas mais sensíveis do foco da exploração de petróleo. "As complexas implicações ecológicas, sociais e econômicas da exploração de óleo e gás natural em áreas de recifes de corais ainda necessita de maior atenção por parte dos governos, ambientalistas, da academia e do setor privado", completa.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Refinarias brasileiras batem recorde de processamento anual de petróleo em 2014

27 de Janeiro de 2015
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. Foto: Divulgação / janeiro 2014Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. Foto: Divulgação / janeiro 2014
As refinarias da Petrobras bateram recorde de processamento anual de petróleo em 2014, informou o Blog Fatos e Dados. Foram mais de 2 milhões de barris de petróleo refinados por dia, um total 34 mil barris por dia superior ao recorde anterior, de 2013.
Também foram batidos recordes mensais nas refinarias - em março, com uma carga processada de 2,151 milhiões de barris por dia, e em junho, com o processamento de 2,172 milhões de barris por dia.
Veja fotos de refinarias e petroquímicas que fazem parte do PAC em nossa página no Flickr.
Entenda a importância estratégica das refinarias brasileiras para a economia do país.
O bom desempenho das refinarias em 2014 reflete um aumento na eficiência operacional e contribui para a redução das importações de derivados de petróleo. Uma refinaria transforma óleo bruto, extraído dos campos de petróleo, em diversos produtos que usamos diariamente.
Além de ser combustível, como gasolina, diesel ou querosene, o petróleo é a base de diversos produtos industrializados.
Em dezembro de 2014, a indústria de refino do petróleo ganhou ainda mais força no Brasil com o início das operações da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O processamento de uma primeira carga de petróleo na Unidade de Destilação Atmosférica (UDA) gerou gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha), nafta (produto usado na indústria petroquímica) e diesel, entre outros. Todos os produtos estão armazenados na própria refinaria. Também foi produzido gás combustível, que será usado nos processos da Abreu e Lima.
Além de garantir combustível e diversos outros produtos industrializados (petroquímicos), o petróleo também contribui para a revitalização da indústria naval brasileira, gerando encomendas a estaleiros nacionais para a exploração e produção de petróleo e gás natural em diversos campos pelo país.
Bom dia a todos!

Informamos que as palestras da Turma do Petróleo este ano voltaram com tudo nas escolas publicas e particulares,oportunidades no segmento no ramo de energia estão em franca expansão e falta profissionais não só no segmento de petróleo e gás,mais em todas energia alternativas,sua chance de fazer uma prova do ENEM em um segmento de futuro e pouca procura,o mercado busca profissionais no pais pela legislação vigente,mais acabam trazendo profissionais de fora por falta de opções e pessoal qualificado,sua chance é agora,fale com seu coordenador pedagógico sobre esse projeto e solicite para sua escola e veja quantas oportunidades de escolher um ótimo futuro profissional,fazendo aquilo que realmente você gosta  de estudar.

turmadopetroleo@hotmail.com ; valdsonvercellotti@gmail.com

Solicite informações sobre essas palestras,são sem custos para sua escola
Manual do Trabalho Submerso 
Normativa produzido pelo Grupo Técnico do 
Ministério do Trabalho e Emprego

 ( RSTC )

                           
          
                                                    
  1. HISTÓRICO

O mergulho é uma atividade humana de origem tão remota que
existem provas que datam do ano 2.000 A.C., encontradas no
Peru. Durante séculos tentou-se diferentes formas de
equipamentos para realização de mergulhos:
em 1623 inventou-se um traje de mergulho que recebia ar da
superfície por meio de uma mangueira de couro e uma draga,
para recuperar tesouros;
em 1837 o inglês Siebe revolucionou os sistemas de mergulho
existentes ao desenhar uma roupa de mergulho fechada, exceto
nas mãos, na qual o mergulhador ficava protegido do frio e
dos contatos com fundo marinho, e o ar era suprido da
superfície por uma mangueira, mediante uma bomba;
mais de um século depois um engenheiro e um oficial da
Marinha de Guerra francesa, Cousteau, construíram o que
seria o equipamento autônomo para respiração subaquática,
com o complemento de nadadeiras, o que permitia ao homem
nadar em qualquer direção.
Atualmente, em grande parte estimulado pelo desenvolvimento e
incentivo das explorações submarinas petrolíferas, os meios
técnicos em forma de equipamentos de mergulho, instalações,
equipamentos eletrônicos, câmaras de compressão e
descompressão, assim como navios de apoio na superfície, são
cada vez mais complexos e exigem um pessoal cada vez melhor
preparado.
O mergulho fundo:
O efeito narcótico do nitrogênio dificultava a realização de
mergulhos em maiores profundidades e limitava o tempo de
permanência no fundo. Em 1925 a Experimental Diving Unit dos
Estados Unidos interessou-se pelo hélio, um gás neutro que
parecia ser capaz de substituir com vantagem o nitrogênio nas
misturas respiratórias. Descobriu-se que o hélio permitia
mergulhos a profundidades muito maiores e por mais tempo, sem
o aparecimento da perigosa narcose.
Nos anos 60, foi desenvolvido o conceito de Mergulho de
Saturação, pelo fato do gás inerte equilibrar-se com a pressão
ambiente em todos os tecidos . Um mergulhador permanecendo por
certo tempo em determinada profundidade, saturará todas as
partes do seu organismo. Este conceito permite a permanência
de mergulhadores executando trabalhos submersos, sob severas
pressões, por vários dias.

2. LEGISLAÇÃO
A legislação anterior às Normas Regulamentadoras de Segurança
e Saúde do Trabalho, fazia referência apenas às operações do
escafandrista.
O tempo útil de trabalho era regulado pela tabela de
descompressão, conforme o parágrafo único da Portaria n.º 73
de 02 de maio de 1959.
O Quadro de Atividades e Operações Insalubres da Portaria 491
de 16 de setembro de 1965, classificava como insalubridade de
grau médio o trabalho com equipamentos ou em ambientes com
excesso de pressão, tais como escafandros e caixões
pneumáticos.
Atualmente as normas que regem as atividades submersas são:
a) Trabalhos Submersos, item 2 do Anexo 6 da NR-15,
instituída pela Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e
Emprego, com a redação dada pela Portaria 24, de 14 de
setembro de 1983;
b) Norma da Autoridade Marítima para Atividades Subaquáticas
NORMAN-15, aprovada pela Portaria 09 de 11 de fevereiro de
2000.
A atividade de mergulho é considerada como atividade insalubre
em grau máximo.

3. DEFINIÇÕES PRELIMINARES
Trabalhos submersos são aqueles efetuados em meio líquido,
onde o mergulhador é submetido a pressões maiores que a
atmosférica, e é exigida cuidadosa descompressão, de acordo
com as tabelas existentes na Norma Regulamentadora n.º 15,
Anexo 6.
Empregador é a pessoa física ou jurídica, responsável pela
prestação dos serviços, de quem os mergulhadores são
empregados.
Empresa de Mergulho é a pessoa jurídica que emprega
mergulhadores profissionais em atividades subaquáticas, tendo
como objeto social a prestação de serviços subaquáticos, e que
esteja devidamente cadastrada na Marinha do Brasil, possuindo
um Certificado de Segurança de Sistemas de Mergulho válido.
Mergulhador é o profissional qualificado e legalmente
habilitado para utilização de equipamentos de mergulho. O
ingresso como aquaviário no Grupo de Mergulhadores será
facultado a brasileiros maiores de 18 (dezoito) anos, na
categoria de Mergulhador que opera com Ar Comprimido (MGE), em
curso ministrado pelo Centro de Instrução e Adestramento
Almirante Áttila Monteiro Ache (CIAMA), da Marinha do Brasil,
ou aprovação em cursos profissionais de mergulho a ar
comprimido equivalente, realizados em entidades credenciadas
pela DPC para ministrar cursos profissionais de mergulho.
Após um período mínimo de dois anos de comprovado exercício na
categoria inicial, o aquaviário poderá ascender à categoria de
Mergulhador que opera com Mistura Gasosa Artificial (MGP).
Para tal, deverá ser aprovado no curso Expedito de Mergulho
Saturado (C-Exp-MGSAT) realizado pelo CIAMA, ou curso
equivalente realizado por entidades credenciadas pela DPC.
Os mergulhadores são considerados aquaviários integrantes do
4º Grupo, devendo estar inscritos no Sistema de Pessoal da
Marinha Mercante (SISPES) e receber, além da Carteira de
Inscrição e Registro – CIR, o Livro de Registro do Mergulhador
– LRM.
Os mergulhadores são classificados em dois níveis, a saber, o
mergulhador raso, profundidade de até 50 metros , o qual está
habilitado apenas para operação de mergulho utilizando ar
comprimido, e mergulhador profundo, profundidade a partir de
50 metros, o qual possui habilitação para operações de
mergulho que exijam a utilização de mistura respiratória
artificial – MRA.
Livro de Registro de Mergulhador – LRM é o documento pessoal e
indispensável para o exercício da atividade pelo mergulhador,
estando regulado pelo item 0107 do capítulo 1 da Norman 15,
bem como no Anexo 6 da NR-15. O LRM teve seu modelo aprovado
pela Diretoria de Portos e Costas – DPC, podendo ser adquirido
nos Sindicatos de Classe, livrarias ou papelarias, devendo ser
registrado diretamente pelo mergulhador nas Capitanias,
Delegacias ou Agências da Marinha do Brasil.
O LRM deverá conter, além dos dados pessoais, a classificação
de nível e o registro dos exames médicos periódicos, as
informações elencadas no subitem 2.12.2 do Anexo 6 da NR-15.
As anotações no LRM serão realizadas pelo mergulhador,
empregador ou médico, conforme a situação.
O Livro de Registro de Mergulhador também deverá conter
registro de treinamento de resgate e de retorno ao sino em
situações de emergência, para mergulho com umbilical, para
distâncias superiores a 33 metros.
O Registro das Operações de Mergulho – ROM , é um documento
obrigatório para cada atividade de mergulho, no qual devem
constar os dados da operação de mergulho referidos no subitem
2.12.1 do Anexo 06 item 2 da NR-15, dentre os quais
salientamos:
É obrigatório uso de intercomunicadores em todas operações
de mergulho.
Nome e função de toda equipe de mergulho;
Plano para emergências e avarias, que poderá estar em
separado;
Máxima profundidade alcançada e tempo total de mergulho;
Tipo de equipamento de respiração e mistura respiratória
utilizada;
No ROM são usadas siglas, das quais apresentamos, o seu
significado:
DS - deixou a superfície
DF - deixou o fundo
CS - chegou na superfície
TF - tempo de fundo
GR - grupo de repetição
TTM - empo total de mergulho
TNR - tempo de nitrogênio residual
Não possuindo padrão aprovado, cada empresa institui o seu
próprio modelo. Este manual apresenta um exemplo de ROM
(ANEXO)
Tabelas de Descompressão são quadros contendo dados que
interrelacionam o nível de vida (profundidade alcançada) e os
tempos de descompressão.
Na prática e principalmente nos mergulhos com MRA (mergulhos
fundos), as empresas utilizam as tabelas da NORMAN 15, da
Marinha dos Estados Unidos da América, ou tabelas elaboradas
pela própria empresa.
Quaisquer tabelas que não estejam contempladas no Anexo 6 da
NR-15 ou na NORMAN 15, deverão ser obrigatoriamente
homologadas pela Diretoria de Portos e Costas – DPC.
Os certificados atestam a funcionalidade do sistema, e dos
equipamentos de forma individual. São fornecidos por
Sociedades Classificadoras reconhecidas pela Marinha do
Brasil. Para profundidades de até 30 metros, os certificados
também poderão ser fornecidos pela Diretoria de Portos e
Costas – DPC.
O certificado que aprova o funcionamento do sistema dos
equipamentos de mergulho conjuntamente, é denominado
Certificado de Segurança de Sistema de Mergulho , cuja
validade é de cinco anos, devendo ser endossados através da
realização de vistorias anuais, sem o que perderão a validade.
(anexo MODELO).
Por outro lado, cada equipamento, como por exemplo,
compressor, umbilical, etc., deverá possuir um Certificado de
Registro de Equipamento ,que é vinculado ao número daquele
aparelho, que é gravado de forma indelével. (Anexo MODELO).
A vistoria dos equipamentos deverá ser anual, para que ocorra
o endosso no Certificado de Segurança de Sistema de Mergulho.
Porém, equipamentos tais como roupas de neoprene, nadadeiras,
máscaras faciais de borracha e cintos de peso, não necessitam
ser marcados, tendo em vista se tratar de materiais facilmente
substituíveis, e que não requerem testes especiais de
avaliação.
Médico Hiperbárico é o médico com curso de Medicina
Hiperbárica, com registro no Conselho Regional de Medicina.
Médico Qualificado é o médico com conhecimentos comprovados em
Medicina Hiperbárica.
4. CLASSIFICAÇÕES DO MERGULHO

1.Mergulho em apnéia:É o mergulho sem nenhum tipo de
equipamento, no qual o mergulhador não respira, logo,
permanecendo um tempo restrito sob a água.

2.Mergulho com respiração subaquática: É o mergulho realizado
com a utilização de algum tipo de equipamento para provir ar
ao mergulhador.

Quanto ao gás respirado e profundidade:
1. Mergulho com gás comprimido = mergulho raso. Profundidade
de até 50 metros. É o limite para a utilização do gás
comprimido.
2. Mergulho com mistura respiratória artificial (MRA) =
mergulho fundo. Profundidade maior que 50 metros. É usada
uma mistura respiratória, composta de hélio e oxigênio
(HeO2).

Quanto ao tempo:

1. Mergulho Simples: é aquele realizado após um período
maior que 12 horas de outro mergulho;
2. Mergulho Repetitivo: é aquele realizado antes de
decorridas 12 horas do término de outro mergulho;

Quanto ao tipo de equipamento:

1. Mergulho autônomo:é aquele no qual a fonte de respiração
é transportada pelo mergulhador;
2. Mergulho dependente: é aquele no qual a fonte
respiratória está na superfície, e chega ao mergulhador
através de uma mangueira integrante do "umbilical".
3. Mergulho com umbilical ligado diretamente a superfície: o
mergulhador está preso a superfície, pela linha de vida.
Somente permitido em mergulho até 50 metros;
4. Mergulho com Sino Aberto (Sinete): campânula com a parte
inferior aberta e provida de estrado, de modo a abrigar e
permitir o transporte de no mínimo dois mergulhadores da
superfície ao local de trabalho.
Deve possuir sistema próprio de comunicação, suprimento de
gases de emergência e vigias que permitam a observação de
seu exterior. É permitido em mergulhos de até 90 metros;
5. Mergulho com Sino de Mergulho (fechado):
Câmara hiperbárica especialmente projetada para ser utilizada
em trabalhos submersos, com a mesma pressão do ambiente de
trabalho. É uma campânula fechada, utilizada para transferir
os mergulhadores, sob pressão, entre o local de trabalho e a
câmara de descompressão de superfície;

5. TÉCNICAS DE MERGULHO
1. Mergulho Unitário ou de Intervenção (bounce diving):

É o mergulho caracterizado pelas seguintes condições:
a) utilização de mistura respiratória artificial;
b) quando do retorno à superfície, o mergulhador deverá ser
descomprimido;
c) tempo de trabalho de fundo limitado a 160 minutos, em
caso de utilização de sino aberto;
d) utilizando sino de mergulho, o tempo de fundo não poderá
exceder:
90 minutos para mergulhos até 90 metros;
60 minutos para mergulhos entre 90 e 120 metros;
30 minutos para mergulhos entre 120 e 130 metros.

2. Mergulho com técnica de saturação

Procedimentos pelos quais o mergulhador evita repetidas
descompressões para a pressão atmosférica.
É o procedimento pelo qual o mergulhador evita repetidas
descompressões para a pressão atmosférica, permanecendo
submetido à pressão ambiente maior que aquela, de tal forma
que seu organismo se mantenha saturado com os gases inertes
das misturas respiratórias. O mergulhador permanece saturado
numa câmara de superfície durante a operação.
O tempo máximo de permanência saturado é de 28 dias.
Considera-se condição perigosa para a realização de
trabalhos de mergulho com técnica de saturação :
uso e manuseio de explosivos;
trabalhos submersos de corte e solda;
trabalhos em mar aberto;
correntezas superiores a 2 (dois) nós;
estado do mar superior a "de pequenas vagas" : máx. 2
metros altura de onda;
manobras de peso ou trabalhos com ferramentas que
impossibilitem o controle da flutuabilidade do
mergulhador;
trabalhos noturnos;
trabalhos em ambientes confinados.

6. EQUIPES DE MERGULHO

1. Profundidade até 50 metros
1.1 - Equipe básica para descompressão na água utilizando ar
comprimido:
1 Supervisor
1 mergulhador para execução do trabalho
1 mergulhador de reserva, pronto para intervir em caso de
emergência
1 auxiliar de superfície
1.2 - Com descompressão em câmara na superfície:
Equipe básica descrita no item 1.1 acrescida de
1 mergulhador operador de câmara de descompressão quando
houver
1.3 - Trabalhos em condições perigosas
Equipe básica descrita no item 1.1 ou 1.2, acrescida de 1
mergulhador na equipe básica, que ficará submerso.

2. Profundidade superior a 50 metros
1 Supervisor
2 mergulhadores submersos para execução do trabalho
1 mergulhador reserva, pronto para intervir em caso de
emergência
auxiliar de superfície
2.1 Profundidade até 12 metros em águas abrigadas
A equipe básica poderá ser reduzida de seu auxiliar
de superfície

2.2 Trabalho que exija 2 (dois) ou mais mergulhadores
submersos
Em toda operação de mergulho em que, para realização
do trabalho for previsto o emprego
simultâneo de 2 (dois) ou mais mergulhadores na
água, deverá existir no mínimo 1 (um)
mergulhador de reserva para 2 (dois) submersos.

3. Mergulho Autônomo
Obrigatório 2 (dois) mergulhadores submersos de modo que um
possa, em caso de necessidade, prestar assistência ao outro.
Esta operação deverá ser apoiada por uma embarcação miúda.
O mergulho autônomo somente será utilizado em casos especiais,
quando as condições de segurança indiquem ser mais apropriado.

4. Mergulho de Intervenção
4.1 Até a profundidade de 120 metros
1 Supervisor
2 Mergulhadores
1 Mergulhador encarregado da operação do sino
1 Mergulhador de reserva para atender possíveis
emergências
4.2 Profundidade de 120 a 130 metros
Equipe descrita no item 6.1
1 Mergulhador encarregado da operação da câmara
hiperbárica

5. Mergulho com Técnica de Saturação
Na equipe deverá constar no mínimo 02 Supervisores e 02
Técnicos de Saturação.

7. CONDIÇÕES DE OBRIGATORIEDADE DO USO DE CÂMARA DE SUPERFÍCIE

Os mergulhos com descompressão, somente poderão ser planejados
prevendo a existência de uma câmara de superfície pronta para
operar, a qual possa ser alcançada em menos de uma hora .
Caso a profundidade seja maior que 40 metros, ou o tempo de
descompressão maior do que vinte minutos, é obrigatória a
presença no local do mergulho, de uma câmara de superfície.

8. RELAÇÃO TIPO DE MERGULHO / PROFUNDIDADE
a) Mergulho Autônomo/Ar comprimido: Profundidade máxima 40
metros
b) Mergulho com equipamento de ar comprimido suprido pela
superfície sem apoio de Sino Aberto: Profundidade máxima igual
a 50 metros
c) Mergulho de intervenção com MRA apoiado por Sino Aberto:
Profundidade máxima igual a 90 metros
d) Mergulho de intervenção com MRA e apoio por Sino de
Mergulho: Profundidade máxima igual a 130 metros
e) Nas profundidades de 120 a 130 metros só poderão ser
realizados mergulhos utilizando equipamentos e equipes que
permitam a técnica de saturação;
f) As operações de mergulho, em profundidade superior a 130
metros só poderão ser realizadas quando utilizadas técnicas de
saturação;
g) Em mergulhos em profundidades a partir de 300 metros,
chamado na prática de "mergulho profundo" , deverã ser
observadas os procedimentos constantes no Anexo nº ..........,
acordado entre a Petrobrás, empresas prestadoras de serviços
subaquáticos, Sindicato Nacional dos Mergulhadores, e
referendado pelo MTE.

9. TEMPO DE FUNDO
a) Com ar comprimido: não poderá ser superior a 4 (quatro)
horas;
b) Com equipamento autônomo: o tempo de fundo deverá ser
mantido dentro dos limites de mergulho sem descompressão;
c) Mergulho com equipamento suprido da superfície: o tempo de
fundo deverá ser inferior aos limites definidos nas tabelas de
mergulho;
d) Mergulho de intervenção/MRA/Sino Aberto: o tempo de fundo
não poderá exceder 160 minutos;
e) Mergulho de intervenção/MRA/Sino de Mergulho:
90 minutos para mergulhos até 90 metros;
60 minutos para mergulhos entre 90 e 120 metros de
profundidade;
30 minutos para mergulhos entre 120 e 130 metros de
profundidade;
f) Mergulho com Técnica de Saturação
O tempo de fundo não excederá de 8 horas para cada período
de 24 horas;
Período máximo saturado será de 28 dias;
O intervalo mínimo entre duas saturações será igual ao tempo
de saturação, não podendo este intervalo ser inferior a 14
dias;
O tempo total de permanência sob saturação num período de 12
meses consecutivos não poderá ser superior a 120 dias;

10. REGRAS DE SEGURANÇA DO MERGULHO
Deverão ser observadas as regras de segurança do mergulho
previstas na NR-15, item 2.10, em especial:
obrigatório uso de intercomunicadores em todas operações de
mergulho realizadas em operações perigosas, e em operações
superiores a 50 metros;
a entrada e saída dos mergulhadores no meio líquido será
sempre facilitada com o uso de cestas, convés ao nível da
água ou escadas rígidas;
sempre que for necessário pressurizar ou descomprimir um
mergulhador, um segundo homem deverá acompanhá-lo no
interior da câmara;
utilizando a técnica de saturação, o período máximo de
permanência sob pressão será de 28 dias ; para profundidades
superiores a 300 metros o tempo máximo será de 21 dias;
o tempo total e permanência sob saturação num período de 12
meses não poderá ser superior a 120 dias;
a linha de vida somente poderá exceder a 33 metros em
situações especiais, e se atendidas as exigências constantes
no subitem 2.10.19 do Anexo 6 da NR-15;
a equipe e o supervisor de mergulho deverão observar as
disposições do subitem 2.10.21 do Anexo 6 da NR-15,
principalmente quanto aos perigos submarinos, ralos, bombas
de sucção, ou locais onde a diferença de pressão
hidrostática possa criar uma situação de perigo para os
mergulhadores;

11. ROTEIRO PARA FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO SUBAQUÁTICO
I. No local de trabalho
1. O Auditor-Fiscal deverá de pronto efetuar o levantamento
dos trabalhadores presentes no ambiente de trabalho;
2. Verificar a composição básica da equipe de trabalho de
acordo com o tipo de operação;
3. Verificar e anotar o número de identificação dos
equipamentos para conferir com o número existente no
Certificado de Segurança de Sistema de Mergulho e dos
Certificados de Equipamentos. Estes equipamentos estão
elencados no subitem 2.11 do Anexo 6 da NR15.;
4. Solicitar o Registro das Operações de Mergulho (ROM),
observando o item 2.12 do Anexo 6 da NR-15;
5. Solicitar o Livro de Registro do Mergulhador (LRM),
verificando:
timbre e assinatura do empregador referentes às operações
de mergulho;
a validade dos atestados e exames médicos periódicos
semestrais,
o respectivo carimbo e assinatura do médico responsável
nestes exames;
os dados pessoais, qualificações do mergulhador e outras
informações;
6. Verificar o fornecimento para a equipe de mergulho, de
provisões, roupas de trabalho, equipamentos necessários, bem
como o seu correto uso para a condução segura das operações;

7. Verificar o fornecimento dos equipamentos de proteção
individuais inerentes às operações de mergulho;
8. Verificar se os equipamentos de mergulho estejam em
perfeitas condições de funcionamento, e possuam os seus
certificados de garantia dentro dos prazos de validade;

II. Na sede da empresa
1. Verificar os registros dos trabalhadores relacionados na
inspeção realizada no local de trabalho;
2. Verificar o pagamento de salários, férias, etc.;
3. Verificar o recolhimento do FGTS;
4. Verificar o respeito a concessão de férias, prazos,
notificações, etc.;
5. Verificar a jornada de trabalho, o pagamento de horas
extras, adicionais;
6. Verificar demais atributos trabalhistas;
7. Solicitar relatório circunstanciado enviado à Unidade
Regional de Inspeção do Trabalho Portuário e Aquaviário -
URITPA, comunicando acidente de trabalho ou situações de risco
ocorridos durante as operações de mergulho, bem como
procedimentos e planos de emergência, conforme os subitens
2.3.1 e 2.12.1 constantes na NR-15;

12. EXAMES MÉDICOS
Cabe ao Médico Hiperbárico ou Médico Qualificado a elaboração
dos exames psicofísicos, admissionais, periódicos,
complementares e demissionais, conforme os anexos A e B
constantes no Anexo 6 da NR-15.
Se os Atestados de Saúde Ocupacional-ASO, conforme o que
preceitua a NR-07, realizados semestralmente, não se
encontrarem no local de trabalho, poderão ser verificados na
sede da empresa.
Não obstante, a comprovação da realização do exame médico, e a
constatação de sua feitura, quando inspecionados os LRM no
local de trabalho, suprem a verificação in loco dos Atestados
de Saúde Ocupacional.
Observe-se que os resultados dos exames complementares são de
acesso restrito dos Auditores Fiscais do Trabalho,
especialidade Medicina do Trabalho;
Os exames médicos complementares consistem em:
1. No admissional:
Tele-radiografia de tórax AP (antero-posterior);
Eletrocardiograma – ECG
Eletroencefalograma –EEG
Urina – elementos anormais e sedimentoscopia;
Fezes – protozooscopia e ovohelmintoscopia;
Sangue – lues, glicemia, hemograma completo, grupo
sangüíneo, fator RH
Radiografia das articulações escápulo-umerais,
coxo-femorais, dos joelhos AP
Audiometria
2. No periódico:
Tele-radiografia de tórax AP (antero-posterior)
Urina - elementos anormais e sedimentoscopia
Fezes - protozooscopia e ovohelmintoscopia
Sangue - lues, glicemia, hemograma completo

3. Teste de Pressão
No exame admissional deverá constar o teste de pressão, que
consiste na verificação da capacidade de equilibrar a pressão
no ouvido médio, e nos seios da face.

4. Teste de Tolerância ao Oxigênio.
Consiste na verificação da tolerância do candidato ao
oxigênio.
Os testes de pressão e de tolerância ao oxigênio deverão ser
assinados por médico responsável.

13. GLOSSÁRIO (MERGULHO)
LINHA DE VIDA: Cabo de nylon com mosquetões de desengate
rápido, manobrado do local de onde é conduzido o mergulho, que
conectado ao mergulhador, permite recuperá-lo e içá-lo da
água, com o seu equipamento.
PÉ : 30........cm
METRO: ....pés
NÓ : ..........km/hora
UMBILICAL: elo entre a unidade de apoio de mergulho e o
mergulhador, podendo conter linha de vida, cabo de
comunicação, cabo de força, mangueiras para gases
respiratórios e água quente.
BELLMAN ou Homem do Sino, é o mergulhador que permanece no
sino aberto ou fechado.
Agradecimento especial ao meu amigo Lino Domingos, agora no

"SIT" em Brasília, por ter enviado esta importante Normativa.