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TURMA DO PETRÓLEO
segunda-feira, 27 de maio de 2013
O que está na moda e o que é cafona em currículos
Marisabel Ribeiro, que é diretora da
área de capital humano da consultoria Mercer.
Colocar os hobbies foi uma moda que passou. Os candidatos começaram
a colocar até mesmo que faziam churrasco. Hoje considera-se que a vida
pessoal
não deve ser abordada no currículo.
2- Sensualizando
Anexar fotos ao currículo era impensável antigamente, mas hoje é tolerável.
Mas tome cuidado com o tipo de foto: elas não podem ser como as do
Facebook, em que as pessoas fazem muita pose.
3- "Sou o máximo!"
"Sou comunicativo, tenho facilidade para fazer relacionamentos" e
descrições sobre o candidato feitas por ele mesmo soam como autopromoção
barata. Muitos selecionadores se incomodam.
4- Olha só
Colocar uma remissão para a presença on-line da pessoa tem caído bem,
para mostrar que você é conectado. Mas cuidado: não coloque links
Revolução na produção de petróleo na América do Norte tem efeitos no mercado mundial
África e Ásia são surpresas do mercado em capacidade de refino e armazenamento
Colunista Paulo Wrobel -
Em recente relatório sobre o mercado petrolífero global, a Agência Internacional de Energia (AIE) avalia que uma verdadeira revolução na cadeia de oferta energética vem ocorrendo pelo crescimento vertiginoso na produção de petróleo não convencional (extrapesado nos Estados Unidos e petróleo de areias betuminosas no Canadá). Nos últimos anos, muito se tem discutido a respeito do boom na produção de gás de xisto nos Estados Unidos, enquanto menos atenção tem sido dada à produção de petróleo não convencional naquele país, particularmente dado o sucesso nos avanços tecnológicos de produção nos estados de Dakota do Norte e Texas.
O relatório da AIE mostra como o crescimento da produção norte-americana e canadense já é bastante para abalar a cadeia produtiva da oferta do produto. Na medida em que os Estados Unidos passaram a ser exportadores do produto, o mercado tornou-se menos apertado, garantindo o suprimento no médio prazo e a estabilidade nos preços. Os países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ainda ocupam um papel crucial na garantia da oferta, mas alguns países-membros vem atravessando período delicado, especialmente na África e no Oriente Médio, decorrente da instabilidade política.
Enquanto isso, o crescimento da oferta na América do Norte vem exigindo investimentos que, por si só, podem contribuir para a retomada do crescimento econômico nos Estados Unidos. Com uma infraestrutura envelhecida, a América do Norte precisa modernizar-se neste setor, e a perspectiva é de que estes investimentos acelerem no médio prazo, garantindo o crescimento da produção norte-americana nos próximos cinco anos.
Outra transformação radical no cenário da oferta e demanda global do petróleo e o crescimento do consumo entre os países não membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE – o clube dos países ricos), ou seja, os países emergentes. Pela primeira vez, a demanda este ano por petróleo entre os países não membros ultrapassou a demanda pelos membros da OCDE. Ademais, o crescimento na capacidade de refino e armazenamento dos países emergentes está em vias de ultrapassar o domínio neste setor. Megarefinarias e novos armazenamentos, sobretudo na Ásia e África, estão próximos de superar os países até então dominantes no setor; e provável que muitos países europeus tenham que fechar suas refinarias pela concorrência mais eficiente dos países emergentes.
Estes dois fatores, somados, apontam para um mercado de petróleo relativamente estável nos próximos cinco anos. O crescimento da produção e exportação da América do Norte compensaria os potenciais problemas e gargalos de outras regiões produtoras, em especial os países-membros da OPEC, enquanto o contínuo crescimento do consumo entre os emergentes, onde a África é a grande surpresa, vai assegurar que, mesmo com a lenta recuperação econômica ocidental, o mercado de petróleo permaneça relativamente estável.
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