TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Vantagens e Desvantagens de trabalhar na Petrobras e na Indústria


Muitas vezes vemos muitos estudantes que ainda não 
terminaram a graduação realizarem provas para 
Petrobras como uma forma de experiência para quando 
se formarem. Ainda existe uma péssima mentalidade de 
que a única vantagem de ter um diploma de graduação 
seja para realizar concursos com maiores salários.
O principal concurso para os estudantes de engenharia 
de petróleo é o da Petrobras, no entanto o que alguns 
estudantes não sabem é das vantagens e desvantagens de 
trabalhar na Petrobras ou na Indústria. O QG do Petróleo 
explica tudo para você aqui.

Salários
Edital Petrobras - Cargo Engenheiro de Petróleo Jr.: 
Salário Básico de R$ 3.940,16 com garantia de remuneração 
mínima de R$ 5.685,07. 
O primeiro salário se refere ao vencimento original. 
O segundo é o bruto que você recebe (sem contar o 
auxilio-alimentação), já somada a RMNR (Remuneração Mínima por Nível e Regime), 
que é uma remuneração a mais dependendo da localidade 
e que todos os funcionários recebem. 
Para quem já trabalhou um dia, sabe que esse valor é 
o salário bruto, ainda haverá os alguns descontos no final 
do mês. É difícil que um recém-formado ganhe isso, 
porém em empresas como Schlumberger ou Weatheford 
jovens que ingressaram em programas de trainees obtem 
rendimentos melhores.
É claro que ser aprovado em um programa de trainees 
o nível de exigencia é enorme, mas grande parte dos 
engenheiros recém-formados que atuam em empresas 
privadas estão recebendo aproximadamente R$ 2.500, 00 a 3.000,00.

Participação nos lucros
Essa é um dos principais atrativos de trabalhar na estatal. 
A PL no final do ano que pode garantir um depósito de mais
 20 mil reais para fechar o ano em grande estilo. Esse valor 
é ótimo, porém faremos uma pequena conta. Dividiremos a 
participação nos lucros por 12 e para colocar um número 
redondo, digamos que de 2 mil reais a mais por mês.
Agora o profissional que antes recebiam 5 mil está recebendo 
um pouco mais de 7 mil por mês. O salário fica mais atrativo, 
porém o que chama mais atenção é ainda aquele depósito de 20 mil.

Promoções
Na maior empresa do Brasil há promoções para os funcionários, 
porém não ocorre como nas empresas privadas. As promoções 
ocorrem por tempo de serviço, então você pode trabalhar bastante, 
chegar sempre no horário e trabalhar bem mais do que seu companheiro,
 porém quando ocorrer a promoção, vocês serão promovidos juntos. 
Injusto, não?!
Enquanto nas empresas privadas a promoção, na maioria 
das vezes, ocorre por meritrocacia. O profissional se dedicando ao
 extremo, procurando se aperfeicoar, será notado e as promções 
ocorrerão independente do tempo que voce atua na empresa.

Estabilidade
Talvez esse seja o ponto mais apontado como a maior vantagem 
de ser trabalhar na Petrobras. Realmente é importante ter estabilidade 
de emprego ainda mais em uma área em que uma simples crise 
política em um país asiático pode acabar gerando cortes em uma 
empresa.
Para jovens profissionais, talvez o mais indicado seria trabalhar 
em uma empresa privada no início da carreira para acumular 
alguns bens, mesmo sob o risco de demissão.
No entanto cada pessoa tem uma mentalidade e muitos 
jovens sonham com a famosa estabilidade antes mesmo de
 terminar uma graduação.
Status
O emprego na estatal é um fato que chama atenção de muitos 
profissionais porque dá status. Quando alguém fala: "Fulano é 
engenheiro da Petrobras", há um visão de a pessoa é um ser 
supremo, possuidor de uma grande quantidade de dinheiro. 
Nenhuma empresa no Brasil tem dá um status maior do que a 
Petrobras e possivelmente nenhuma empresa terá um dia.
No entanto nós que não somos leigos nesse assunto, 
sabemos muito bem que bons profissionais e maus 
profissionais existem em qualquer empresa, independente 
de ter feito prova para concurso.
Status é ótimo, mas não coloca feijão e arroz no prato de
 ninguém.

Embarque
Quando os profissionais da Petrobras costumam embarcar e 
na verdade são pouco os que trabalham nesse regime. 
Muitos nunca pisaram em uma plataforma e outros embarcam 
esporadicamente, ou por um tempo determinado.
O regime de embarque é 14/21 (14 dias em alto mar, 
21 dias em casa), enquanto as outras empresas têm 
o embarque  14/14 (14 dias em alto mar, 14 dias em casa).

Horário Flexível
Antigamente os trabalhadores da estatal costumavam 
dizer que uma das vantagens do trabalho era a possibilidade 
de por exemplo fazer um curso de aperfeiçoamento, de vez 
em quando até mesmo a estatal bancava o curso.
No entanto, creio eu com as pesquisas em relação ao 
pré-sal, o trabalho aumentou consideravelmente, porém a 
empresa não contratou ainda profissionais suficientes para 
suprir toda essa demanda, então atualmente é mais complicado 
conseguir uma liberação para um curso de aperfeiçoamento profissional.
Em relação as empresas privadas não é certo dar um parecer
 porque isso varia muito de empresa e até mesmo dos superiores.

Conclusão:
Essa post foi criado para que as pessoas aprovadas no 
concurso da Petrobras saibam com clareza os aspectos 
mais importantes na hora de abrir mão do seu atual emprego.
Não é porque você conseguiu ser aprovado que você deve ir. 
Pense e procure entrar em contato com profissionais que já 
trabalharam na Petrobras e decidiram ir para a iniciativa 
privada. Por incrível que isso possa parecer, não são poucos.
Engenharia de Poços: 

A construção de poços é uma das atividades mais importantes da indústria de petróleo. Entre outras, cabe a engenharia de poços a tarefa de perfurar, testar e equipar os poços para que esses atendam aos requisitos de exploração ou produção. A engenharia de poços lida com informações muito importantes e de alto risco, porque pode causar perdas de vidas humanas, destruição de plataformas e danos ao meio ambiente. 

Engloba as seguintes atividades: 



  • Gerenciamento do processo de perfuração e de completação*: avaliação de riscos e incertezas, confiabilidade de equipamentos, estimativas de duração de atividades, custos e processos de contratação.
  • Planejamento do poço: seleção das sondas, dos sistemas e dos equipamentos de perfuração e completação.
  • Projeto do poço: perfuração, cimentação e revestimentos, coluna de produção. Perfis para perfuração de poços.
  • Controle e Segurança do poço: executar medidas de segurança contra kicks* e blowouts*.
  • Verificar estabilidade de poços, dos fluidos e o escoamento durante a operação. 
  • Otimizar e reavaliar as práticas de perfuração.



*COMPLETAÇÃO: Fase posterior à perfuração de um poço, onde é necessário deixa-lo em condições de operar, de forma segura e econômica, durante toda a sua vida produtiva. Conjunto de operações destinadas a equipar o poço para produzir óleo ou gás (ou ainda injetar fluidos nos reservatórios). 

*KICK (JATO DE GÁS): Jato descontrolado de gás para a atmosfera sem ignição.

*
BLOW OUT
 (ESTOURO): Condição de um poço descontrolado devido aos fluidos da formação estourarem na superfície. A causa de um estouro sem controle pode ser sabotagem, falha do equipamento do cabeçote do poço ou do equipamento dentro do poço, descuido da equipe de controle ou por um Ato de Providência. São raros.

Entendendo a Eng° Petróleo - Engenharia de Produção



A Engenharia de Produção de Petróleo está relacionada 
ao conjunto de tecnologias e técnicas que envolvem os 
processos de elevar e escoar a produção multifásica
 (óleo, gás e água) do fundo do poço até a facilidade 
de produção, bem como os processos físico-químicos 
que promovem a separação das fases dentro de rigorosas
 especificações e posterior transporte da produção para os
 terminais. O engenheiro deve conhecer como ninguém o 
comportamento dos fluidos e suas propriedades para que 
o seu escoamento seja feita através dos melhores métodos 
possíveis.

Em poucas palavras, é o Engenheiro responsável pela

 otimização os métodos de elevação do petróleo até a 
plataforma.

Engloba as seguintes atividades:
  • Viabilizar a produção de óleo e gás, garantindo o 
  • escoamento desta produção em campos terrestres 
  • e marítimos.
  • Analisar as propriedades dos fluidos, comportamento 
  • das fases, fluxo de óleo e gás no reservatório.
  • Avaliar quais métodos de elevação artificial serão 
  • empregados, tais como Gás Lift, BCP 
  • (Bombeio por Cavidades Progressivas), BM (Bombeio Mecânico)
  • Examinar toda a cadeia de produção do óleo 
  • até o momento da transferência para os navios.


  • Elaborar instalação de poços horizontais e multilaterais.
  • Criação e instalação de aplicações para controle de 
  • areia, como gravel packing, frac packing, tubos ranhurados.
  • Otimizar a completação e projetar o workover.

Muito petróleo, poucos profissionais


Ipea estima que, nesta década, faltarão engenheiros 
capacitados no setor, sobretudo para o pré-sal. As chances 
também são muitas para os cargos de níveis médio e técnico.
 Por isso, há empregos praticamente garantidos para 
especialistas dessa área. E ainda dá tempo de se capacitar

Manoela Alcântara - Correio Braziliense

Quando entraram na faculdade de engenharia 
mecânica, Thiago Campelo, 25 anos, e Álvaro 
Martins, 26, não imaginavam um mercado tão 
aquecido ao obterem o diploma. Logo depois de 
concluírem a graduação, em 2008, ambos já 
estavam empregados. O primeiro no setor 
público e o outro na área privada. Pessoas 
como eles terão lugar ainda mais garantido 
no mercado de trabalho com o passar do tempo. 
Se o Brasil crescer 6% ao ano, até 2020, a 
contratação de engenheiros capacitados nas 
áreas de petróleo e gás, construção civil, 
mineração, biotecnologia e metrologia ficará 
mais difícil e mais cara. A conclusão é do estudo
 Radar nº 12 – Mão de obra e crescimento, divulgado 
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O fenômeno pode ocorrer devido aos altos índices 

de desvio de função registrados nessas áreas. 
A pesquisa aponta que, entre os graduados, 
apenas 38% atuam na especialidade para a 
qual se formaram. Considerada apenas a 
necessidade para o setor de petróleo e gás, 
que será o de maior crescimento (de 13% a 19%, segundo o Ipea), 
há vagas para as mais diversas funções, também em níveis 
médio e técnico. Segundo a Petrobras, existem hoje mais de 
175 especialidades diferentes de atuação, desde a extração 
até o refino do combustível.

As oportunidades são para cidades ou estados que têm 

atividade in loco — como Rio de Janeiro, Pernambuco, 
Manaus e Maranhão — e exigem conhecimentos bem 
específicos, como soldar um tubo de condução de 
petróleo, montar andaimes e operar escavadeiras. 
Em alguns casos, é necessário ficar longe da família 
e exercer funções em lugares remotos. Tantas dificuldades 
são compensadas nos bons salários. Um iniciante de nível 
médio/técnico, por exemplo, ganha R$ 1,7 mil, enquanto o 
de nível superior recebe cerca de R$ 2,7 mil. Um 
profissional mais experiente, com diploma técnico, 
embolsa aproximadamente R$ 8 mil mensais. Já os 
trabalhadores seniores, graduados e com especializações 
têm salários de R$ 20 mil ou mais.

A demanda é tão grande e a mão de obra tão escassa 

que o governo deu início, em 2003, ao Programa de 
Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e 
Gás (Prominp). “Por meio do Plano Nacional de 
Qualificação Profissional, os interessados podem 
participar de uma seleção, lançada em edital no 
site www.prominp.com.br. Eles são treinados recebendo 
uma bolsa que varia de R$ 300 a R$ 900”, alerta a 
gerente-executiva do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai),
 Mônica Côrtes de Domenico. Depois de concluir o 
curso em um dos 80 parceiros do programa, como o
 Senai, é possível incluir o currículo em um banco 
de talentos, procurado pelas mais diversas empresas.

Na capacitação, podem ser formadas pessoas 

de todos os níveis, inclusive engenheiros 
que queiram se especializar em áreas específicas.
 “Os cursos nos dão um bom parâmetro. Eles já 
chegam com alguma experiência e isso é muito 
positivo. Mas, na maioria dos casos, contratamos 
as pessoas para ensiná-las na prática. Elas demonstram 
o interesse e fazemos um serviço de investimento a 
médio e longo prazo”, relata Cristiane Mendes, 
analista de Recursos Humanos da Queiroz Galvão 
Óleo e Gás.

Um caminho comum mesmo no setor público. 

Thiago Carneiro Campelo, 25 anos, ainda estava 
na universidade quando decidiu prestar um concurso 
para a Petrobras, em 2008. Aprovado em 14º lugar, 
no ano seguinte foi convocado. “Quando estava estudando, 
queria trabalhar com aviação civil. Foi na Petrobras que 
descobri o quão interessante e promissora pode ser a área 
do petróleo”, afirma.

Hoje, o engenheiro trabalha na ponta da 

comercialização da empresa, com produtos 
derivados e consultorias a empresas em todo 
o país. Mesmo com sede em Brasília, ele viaja 
com frequência para atender os clientes. “O setor 
de energia é muito abrangente. A vaga para a qual 
concorri exigia apenas a graduação em engenharia. 
Aqui, temos uma nova formação”, observa. Pensando 
no crescimento, Thiago já faz uma pós-graduação em 
gerenciamento de projetos e não descarta a possibilidade 
de migrar para o serviço mais específico em plataformas 
no mar ou em terra. “Nas plataformas, a ascensão é mais 
rápida e o plano de carreira é diferenciado. Mesmo com o 
regime de confinamento, quero investir também 
em capacitação para essa especialidade”, projeta o engenheiro 
mecânico da Petrobras.

Segundo previsto em acordo coletivo das categorias, 

quem trabalha em plataformas deve ter disponibilidade 
para ficar 15 dias confinado no mar ou em terra. Depois, 
são 20 dias de folga, dependendo da atividade e do regime 
seguido pela empresa.

Ascensão
Embora a produção do pré-sal já tenha sido iniciada em 

alguns campos com teste de longa duração e projetos pilotos
 instalados, até 2014 a meta é aumentar a produção e o
 investimento em mão de obra. Por isso, quem quiser 
ingressar nesse mercado precisa iniciar a qualificação agora. 
Um dos fatores que mais influenciam na mudança de cargos e 
crescimento dentro das empresas é a experiência. “É preciso 
galgar funções. Ninguém começa sendo logo sondador 
(operador de guinchos de sondas de perfuração e 
outros instrumentos), por exemplo. Primeiro é preciso 
ser auxiliar de sondador. Assim acontece com os 
torristas, perfuradores e outros”, exemplifica a 
analista de RH da Queiroz Galvão.

Por isso, uma boa forma de ingressar em empresas 

privadas é ficar atento às seleções para trainee 
(veja matéria na página 3). Depois de escolher os 
melhores recém-graduados, as empresas os fazem 
passar pelos mais diversos setores até aprender o 
que precisam para serem efetivados. Esse treinamento
 faz a diferença no crescimento e na melhoria de salário.
 “Não treinamos as pessoas em vão. Oferecer todo um 
preparo e depois perdê-los para o mercado seria 
burrice. Por isso, a cada dia as organizações fazem 
mais programas de retenção de talentos”, afirma 
Cristiane Mendes.

Álvaro Martins, 26 anos, usou essa possibilidade 

como trampolim. Logo após se formar, passou em 
uma seleção de trainee e ingressou em uma empresa 
de sabão em Luziânia (GO). Ele já sabia que de lá queria
 saltar para a área de petróleo e gás. Ficou quase um ano 
na indústria e decidiu voltar ao Rio de Janeiro, sua cidade 
natal, e aproveitar os cursos e oportunidades da região. 
“Quando cheguei, consegui emprego em uma empresa de 
plataformas. A experiência que tive em Goiás contou muito 
para o que faço hoje. Aliás, nessa área os anos de 
trabalho são essenciais para o crescimento. Os profissionais
 seniores são especialistas e têm salários altíssimos. Quero chegar lá”,
 ressalta Álvaro.

Produção acelerada
A meta de produção de barris de petróleo do Brasil, até 2014, 

apenas para a exploração da camada do pré-sal, é de 241 
mil por dia. Em 2020, esse número sobe para 1,078 milhão barris/dia. 
Só para a empresa, até 2013, está previsto um aumento de 
quantitativo de pessoal por meio de concurso público de 6 mil 
pessoas, além de 800 mil empregos indiretos, segundo a Petrobras. 
A mais recente seleção aberta direcionada ao setor é a da Transpetro, 
com 386 vagas para auxiliar de saúde, eletricista, mecânico, 
moço de convés, moço de máquinas, cozinheiro e taifeiro.

Em Brasília, as capacitações estão nas formações de nível 

superior. Há três anos, por exemplo, além dos cursos 
de engenharia comuns, a Universidade de Brasília (UnB) criou 
a formação em engenharia de energia. Com uma visão ampla 
para atender os mercados das mais diversas formas de geração 
de energia, como as renováveis e não renováveis, a formação tem 
matérias específicas e abrangentes para uma forte formação 
química. “Os alunos aprendem muito sobre essa área de 
petróleo, refinaria, como transformar petróleo em gasolina, 
diesel. É um mercado de trabalho muito amplo e eles terão uma 
noção de todas as áreas, inclusive sobre a preservação do meio 
ambiente, essencial nos dias atuais”, ressalta o coordenador do 
curso de engenharia de energia na UnB/Gama, Manuel Barcelos.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

3M monta fábrica para atender setor de petróleo e gás
Valor, Empresas - Vanessa Dezem 

Apostando na força do mercado brasileiro de petróleo e gás e em seu potencial para ser uma plataforma de exportações, a multinacional americana 3M escolheu o país para construir sua nova fábrica do setor industrial. Em Ribeirão Preto (SP), a unidade inaugurada hoje produzirá microesferas de vidro ocas, um produto de alta tecnologia voltado para atender o pré-sal. Com investimentos de R$ 22 milhões, a capacidade de produção da fábrica é de 250 a 400 toneladas por mês.
Primeiramente, a empresa acredita que mais da metade do volume de vendas será dedicado às exportações. Em poucos anos, no entanto, a 3M prevê que a crescente demanda doméstica absorverá toda a produção, o que vai gerar nova necessidade de expansão. A confiança da multinacional na demanda pelo produto está ligada às necessidades da indústria brasileira de utilizar matérias-primas mais resistentes e eficazes. As microesferas de vidro são misturadas a outros componentes, como resinas, polipropileno e cimento, tornando os materiais mais resistentes e leves.
Setor de serviços se expande com chegada da Petrobras em Vitória (ES)
NN - Adriano Nascimento 

O fortalecimento do setor petrolífero tem contribuído para o crescimento acelerado de cidades que desfrutam do privilégio da exploração de óleo e gás. Um dos exemplos é a capital capixaba, Vitória, que está inserida na Bacia do Espírito Santo. A instalação de uma das sedes da Petrobras elevou o setor imobiliário local, assim como o setor de serviços, que são prestados em sua maioria para a estatal, incentivando a vinda de mais empresas para a cidade. Em entrevista ao NN, o secretário de desenvolvimento de Vitória, Kléber Srizzera, afirma que não existe um investimento específico com mais receptividade por parte da Petrobras, pois “desde hotelaria ao setor de obras, a estatal exerce com afinco o direito de compras de serviços nas mais diversas áreas”
Entretanto, no setor petrolífero ainda não há na cidade um programa específico para a qualificação de mão de obra local. Para o secretário, a prefeitura não possuiu especialização independente, limitando-se ao Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (PROMINP). Sobre os investimentos oriundos dos recursos financeiros do petróleo para o desenvolvimento de Vitória, Srizzera informa que os royalties destinados à cidade são baixos, principalmente se comparados com as cidades do norte fluminense (RJ), e que devido a esta dificuldade, servem somente para movimentar os demais setores de serviços e manter a atuação em educação e saúde.

Pré-sal: Santos atrai grandes investimentos

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ECONOMIA  A exploração do petróleo do pré-sal na Bacia de Santos vai levar um novo tipo de atividade econômica ao litoral paulista, que hoje tem como principais atividades o turismo e o porto de Santos. Com a entrada em produção dos campos, municípios da Baixada Santista e do litoral norte devem receber atividades como bases de apoio logístico às petrolíferas (de onde saem helicópteros, barcos e navios para a produção em alto-mar), escritórios da Petrobras e de outras empresas petrolíferas ou fornecedoras, manutenção de navios e barcos, além de cursos na área de petróleo e gás.
INVESTIMENTOS  Muita coisa ainda está indefinida quando se fala do pré-sal, já que os campos ainda estão em fase de teste e ainda não se sabe qual será o volume e o ritmo de produção nos próximos anos. Mesmo assim, o setor de petróleo e gás injetará investimentos de USD 200 bilhões em cinco anos feitos pela Petrobras e por empresas privadas, tanto no pré-sal como em outras áreas onde já há produção de petróleo. Dos US$ 224,7 bilhões que a estatal investirá nos próximos cinco anos, US$ 53,4 bilhões serão destinados ao pré-sal da Bacia de Santos, segundo o Plano de Negócios 2011-2015.
NOVATA  De olho no pré-sal da bacia de Santos, a Barra Energia, empresa criada em 2010, anunciou no final do ano passado que firmou dois acordos independentes para adquirir uma participação total de 30% no bloco BS-4 das empresas Chevron Brasil Atlanta e Oliva Exploração e Produção Ltda (20%) e da Shell Brasil Petróleo Ltda (10%). O consórcio é formado atualmente pela Shell (40%) que é a operadora do bloco, Petrobras (40%) e Chevron (20%). O bloco está localizado a 185 km da costa, a sudeste da cidade do Rio de Janeiro, em lâmina d’água de aproximadamente 1.550m. Na ocasião, o presidente da companhia, afirmou que essa aquisição é mais um passo importante na  estratégia de construir um portfólio de alta qualidade de ativos de exploração e produção de petróleo no Brasil.
EMPREGO  Com toda essa movimentação econômica, municípios já fazem obras de infraestrutura e buscam parcerias para aumentar a oferta de qualificação profissional na área de petróleo e gás e também na área naval. A ideia é que os moradores do litoral paulista possam preencher boa parte dos empregos gerados pelo pré-sal.
PARCERIA  O posicionamento de recursos da Petrobras em São Paulo, estado cujo litoral ocupa grande parte da Bacia de Santos, deu mais alguns passos nesta semana. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, firmou com a Secretaria de Energia do estado paulista um protocolo no qual as partes se comprometem em azeitar a relação entre os investimentos da companhia no estado e o retorno em infraestrutura, dependente da ação do governo. Por nota, a Petrobras destacou três de suas necessidades: base logística, incentivos à pesquisa e formação de mão-de-obra.
Petrobras aproxima-se mais de São Paulo
NN - Redação 

O posicionamento de recursos da Petrobras em São Paulo, estado cujo litoral ocupa grande parte da Bacia de Santos, deu mais alguns passos nesta semana. Gabrielli, ao apagar das luzes de sua gestão à frente da petroleira estatal, firmou ontem com a Secretaria de Energia do estado paulista um protocolo no qual as partes se comprometem em azeitar a relação entre os investimentos da companhia no estado e o retorno em infraestrutura, dependente da ação do governo. Por nota, a Petrobras destacou três de suas necessidades: base logística, incentivos à pesquisa e formação de mão-de-obra.
No mesmo dia da assinatura do protocolo, o diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras, Luiz Cláudio Costa, destacou o quão imbuídos estão os cofres da estatal em relação ao estado: R$ 496 milhões foram aplicados, somente na área de ciência e tecnologia. Deste total, R$ 292,64 millhões foram investidos em pesquisa e o restante alocados em projetos de infraestrutura. O diretor informou ainda que o principal canal de investimento é modelo Rede Temática, no qual, ao invés de começar do zero, a Petrobras investe em capacitação e maquinário de pesquisa em redes conveniadas.
Petrobras prevê recorde de produção no Brasil em 2012
J. Commercio, Economia 

A produção de petróleo da Petrobras no Brasil em 2012 deverá superar a de 2011, com menos dificuldades vislumbradas pela estatal com a escassez de sondas, em meio aos desafios com o declínio da extração dos campos maduros, afirmou nesta terça-feira o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, sem dar detalhes sobre as metas para este ano. Em 2011, apesar de ter produzido um recorde no País, a estatal fechou o ano com produção 3,7% abaixo da meta.
"Em 2011, iríamos receber 13 sondas, e recebemos 11... É um desafio enorme manter a produção, apesar de não atingir o objetivo, batemos o recorde (no ano passado)", disse o presidente da estatal nesta terça-feira a jornalistas em evento em São Paulo. Gabrielli apontou que o problema das plataformas não deve se repetir neste ano. Para 2014, Gabrielli afirmou que a Petrobras terá à sua disposição 37 sondas capazes de trabalhar em áreas de mais de 2.500 m, contra somente duas em 2007. Ele não deu detalhes sobre a disponibilidade de sondas para 2012 e 2013.
Petrobras faz licitação bilionária de plataformas do pré-sal
O Globo, Economia - Ramona Ordoñez 

Hoje é um dia importante para os fabricantes de equipamentos e materiais para a indústria petrolífera no Brasil. A Petrobras vai receber hoje as propostas das empresas que estão participando de uma megalicitação para construção, montagem e integração dos módulos que serão instalados nas oito primeiras plataformas de produção de petróleo que irão para os campos do pré-sal já em desenvolvimento na Bacia de Santos. O valor da encomenda é uma incógnita, mas alguns técnicos do mercado estimam que essa licitação poderá representar investimentos entre US$ 3,7 bilhões a US$ 4 bilhões.
A expectativa é de um índice de nacionalização elevado, acima de 60%. Os módulos são todas as instalações e equipamentos de produção (como a unidade de processo) que ficam em cima da plataforma. A entrega das propostas técnicas e comerciais será em reuniões individuais por empresas, em horários pré-estabelecidos com cada participante. A companhia informou que espera assinar os contratos de encomendas dos módulos dessas primeiras plataformas ainda no primeiro semestre deste ano.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Alunos do Mater Christi - Amigos do Brasil

Alunos do Projeto Amigos do Brasil assistem as aulas com o Prof.Valdson da "Turma do Petróleo" iniciando o ciclo de palestras e aulas.








Contratação no setor de petróleo e gás deve crescer até 40% em 2012

Confira o perfil de executivos e técnicos que a indústria está procurando. Falta quem fale inglês

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Atualizado:
RIO - Em alta e com déficit de mão de obra, o setor de petróleo e gás registrou aumento significativo da contratação em 2011, e a previsão é de que o número continue a subir em 2012. Pesquisa da Asap (consultoria de recrutamento e seleção de executivos de média gerência) no Rio registrou um crescimento do recrutamento de executivos do setor de mais de 50% em 2011, em relação a 2010. Para 2012, a estimativa é de que haja um aumento de 30% a 40% na efetivação de engenheiros para cargos de gestão no estado.
- O Brasil está se preparando para explorar de fato as reservas de recursos minerais descobertas nos últimos anos. As empresas exploradoras ainda estão se estruturando, por isso a demanda por profissionais especializados crescerá em 2012 - diz Rafael Meneses, sócio-gerente da Asap no Rio. - A demanda só não aumentará proporcionalmente mais do que ocorreu em 2011 porque muitas companhias se anteciparam e efetivaram mais executivos, então, já por conta dos projetos deste ano.
Recrutadores dizem que o perfil dos profissionais de nível universitário da área é de engenheiros que tenham experiência com coordenação de pessoas e de grandes projetos, o que, segundo eles, ainda é difícil de achar. Outra grande dificuldade, informam, é encontrar esses engenheiros com um bom nível de inglês. Por incrível que possa parecer, muita gente não consegue oportunidade maior de crescimento por conta da falta de fluência no idioma.
Outra demanda que tem crescido cada vez mais no setor de petróleo e gás é por profissionais de recursos humanos especializados. Isso porque é necessário treinar os gestores e desenvolver políticas adequadas de retenção de talentos, procedimentos que devem estar bem adequados às especificidades da área.
- Os profissionais de recursos humanos em petróleo e gás estão tão valorizados que as grandes companhias do setor estão aumentando a remuneração deles e lhes oferecendo chances de passarem pelo menos um ano no exterior - conta Meneses.
O aquecimento econômico brasileiro, com a baixa oferta de profissionais qualificados em diferentes segmentos de Norte a Sul do país aliada ao imediatismo da geração Y, surte reflexos na formação de líderes. Uma enquete feita pela Asap mostrou que 58% de 696 profissionais de petróleo e gás ouvidos não consideram seus gestores bons líderes.
- Esse número pode revelar uma falta de preparação comportamental dos atuais líderes, que assumem uma posição de gestão muito cedo e falham em alguns atributos na hora de motivar, engajar, comunicar e envolver os seus subordinados, o que é característica fundamental da liderança - explica Meneses. - As empresas do setor estão começando a mostrar preocupação em formar líderes dentro de casa, e, para isso, uma das formas encontradas é investir na retenção dos talentos e focar em contratações de profissionais alinhados com a cultura corporativa em primeiro lugar, para depois avaliar a técnica.
Cresce número de mulheres estudando para serem técnicas na área
A área técnica, no entanto, ainda é a que tem maior déficit de profissionais, porque envolve maior número de pessoas. Tanto é que, segundo a Petrobras, até 2015, vão surgir mais de 50 mil vagas por ano para técnicos na indústria de petróleo, gás e energia - além do segmento naval. Os principais nichos em que esses profissionais são necessários são os de soldagem, equipamentos pneumáticos, hidráulicos e de manutenção de máquinas.
Segundo pesquisas, o número de mulheres estudando no segmento aumentou de menos de 10%, em 2008, para quase 30% agora:
- As mulheres estão entrando com todo gás na área. Elas são mais cuidadosas e detalhistas, por isso são muito apreciadas para o acabamento do trabalho de soldagem, por exemplo.
Ainda segundo as pesquisas, para ser um técnico da área é necessário ser disciplinado e centrado, pois é importante seguir as regras de segurança.
- Quem é criativo demais, quer reinventar as coisas, não se adapta a este mercado. O ideal é saber seguir as regras, porque errar, neste ramo, é como um médico errando no hospital: pode ser fatal para a própria pessoa e para outros, sem falar dos danos ambientais 



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