Vazamento na Bacia de Campos pode ser
10 vezes pior que o divulgado
ONG especializada em interpretação de imagens de satélite
estima que derramamento seja de 594 mil litros por dia
Foto: ReproduçãoAmpliar
Imagem tirada em 14 de novembro pelo satélite MODIS/Aqua mostra
a mancha de óleo na Bacia de Campos
De acordo com a ONG Skytruth, especializada em interpretação
de fotos de satélites com fins ambientais, o problema no campo
Frade, na bacia de Campos pode ser dez vezes pior do que o
divulgado pela Chevron. A análise das imagens do satélite
Modis/Aqua, da Nasa, tiradas há quatro dias, mostram que a mancha
de óleo aparentemente vinda do poço Frade se estende por 2.379
quilômetros quadrados. A Chevron anunciou que tomou a precaução
de fechar o poço na superfície, como medida de segurança, e
atualmente está no processo de vedar e abandonar o poço.
Leia mais: Chevron vai fechar e abandonar poço danificado na
Leia mais: Chevron vai fechar e abandonar poço danificado na
nós estimamos que a taxa de vazamento seja de 3.738 barris
por dia (594.294 litros).
O que é dez vezes mais que o estimado pela Chevron
(330 barris por dia, ou 52.465 litros)”, informou a ONG em seu blog.
A Skytruth foi um dos primeiros a anunciar a dimensão do
vazamento do Golfo do México em 2010.
Foto: DivulgaçãoAmpliar
Navios de apoio usando barreiras para recolhimento do óleo na Bacia de Campos
A assessoria de imprensa da Chevron afirmou ao iG
que estimativa para o volume total do vazamento
é de 400 a 650 barris. Em seu comunicado, a ANP
informou que o a vazão média da exsudação termo
usado para designar a migração do óleo da rocha
para outro ambiente, no caso o mar-- pode estar
entre 200 a 330 barris de petróleo por dia. Segundo
a agência, a estimativa de óleo na superfície do mar
na região de Frade é de 521 a 882 barris - muito menos
que o estimado pela Skytruth. A empresa ressaltou, em
nota, que 17 navios participam da contenção e
recolhimento do petróleo derramado.
Contatada pelo iG, a ANP ainda não divulgou uma nota
oficial sobre as informações divulgadas pela Skytruth.
Em comunicado, a ANP afirma que causa do vazamento
ainda é desconhecida. A principal hipótese, levantada
pela concessionária, é de que uma fratura provocada
por procedimento estabilização do poço tenha liberado
fluido que vazou por uma falha geológica, formando a mancha
identificada no dia 8.
"O que foi detectado é que com a perfuração houve aumento
"O que foi detectado é que com a perfuração houve aumento
de pressão em algum ponto e houve essa fissura na rocha que
fez com que o óleo vazasse", disse à Reuters o diretor da
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP),
Florival Carvalho.
A Chevron Brasil anunciou nesta terça-feira (15) a redução do
A Chevron Brasil anunciou nesta terça-feira (15) a redução do
vazamento de óleo no Campo Frade garantiu que o poço de
petróleo danificado será selado e abandonado com a aprovação
da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
De acordo com a ANP, o abandono do poço prevê, em primeiro
lugar, o emprego de lama pesada para "matar" o poço e testar
a eficácia dessa medida para estancar o vazamento. Em seguida,
será usado cimento para vedar o poço de forma definitiva. Segundo
o cronograma previsto, o vazamento do poço deverá estar controlado
nos próximos dias.
(Com informações da Reuters e EFE)
(Com informações da Reuters e EFE)
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