O Brasil está prestes a mudar o centenário
e milionário serviço de praticagem. A Marinha
reconhece que poderá dispensar, já a partir
do ano que vem, a contratação do serviço
de assessoria aos comandantes de
navios habituados a certos terminais
portuários. Outra mudança efetiva poderá
surgir de um comitê que está sendo criado
pelo governo para rever os altos custos,
que, segundo levantamento dos armadores, são até 1.000%
superiores aos
registrados em países vizinhos, o que compromete a competitividade
nacional. Além disso, cria uma elite de cerca de 400 profissionais no país
que, não raro, recebem até R$ 150 mil mensais, ou até R$ 300 mil mensais
no Maranhão.
Empresários do setor de navegação afirmam que os custos dos serviços
de praticagem nos portos brasileiros estão entre os mais altos do mundo.
O Sindicato Nacional de Empresas de Navegação Marítima (Syndarma)
afirma que o custo da praticagem "afeta diretamente a competitividade
das empresas". Para atracar um navio no Porto de Manaus, o preço
dos serviços dos práticos, segundo os armadores, chega a R$ 250 mil.
Eles podem ter de esperar três dias por um profissional. Os práticos
rebatem as críticas. Otávio Fragoso, diretor do Conselho Nacional de
Praticagem, afirma que a praticagem no Brasil não é mais cara que a
média mundial. Ele diz que a FGV fez estudo, contratado pelo próprio
Conapra, que prova que, em média, os custos de Santos, por exemplo,
são 10% a 31% superiores à média mundial, o que seria, em grande parte,
decorrente do câmbio.
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