O Brasil está atrasado na corrida mundial
pela exploração comercial do gás de xisto,
também chamado de gás não convencional,
encontrado em rochas subterrâneas. O governo
dos Estados Unidos afirma que o Brasil tem a
nona reserva mundial, com 226 tcf (trilhões de
pés cúbicos), número não endossado pela
ANP (Agência Nacional do Petróleo). Enquanto
o assunto engatinha no Brasil, a indústria
química e petroquímica local teme pelo seu
futuro. As enormes reservas norte-americanas (826 tcf) derrubaram
os preços lá
ao nível de um quarto do valor cobrado no Brasil. Segundo a KPMG,
o negócio
ganhou tal dimensão que os Estados Unidos podem deixar de ser
importadores
e se tornar exportadores.
Segundo o professor de planejamento energético da Coppe/UFRJ, Alexandre
Szklo, o preço baixo cobrado pelo gás nos EUA se deve à existência de uma
grande rede de gasodutos já amortizada e à ação de pequenas empresas de
tecnologia na pesquisa do gás de xisto. A produção de gás não convencional
no Brasil praticamente inexiste. A única exploração aqui é feita pela Petrobras,
no município de São Mateus do Sul (PR). A estatal produz apenas 130 mil metros
cúbicos de gás por dia. O Brasil tem consumo diário de 49 milhões de metros
cúbicos por dia.
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