Afinal, pra quê serve a faculdade?
No post de hoje quero convidá-lo a refletir sobre qual a verdadeira função de um curso superior em nossas vidas, e também sobre a razão de muitos se graduarem e continuarem sem saber o que fazer com o diploma.
Como você talvez já saiba, o termo “Academia” vem do grego “Akademía”, e originalmente foi o nome da casa de Platão, uma espécie de escola aonde os filósofos e pensadores da época se reuniam para discutir idéias. Ali se encontravam para trocar experiências, dialogar, questionar uns aos outros e, como conseqüência disso, produzir conhecimento.
A partir destas “conversas” foram nascendo e tomando forma muitas das diversas ciências que se desdobraram na infinidade de conhecimento que temos hoje no mundo. Sem dúvida, grande parte do avanço tecnológico que você vê a seu redor neste momento começou a partir das idéias destes homens, que se colocaram em um determinado lugar para discutirem dúvidas e compartilhar opiniões.
Não é a toa que até hoje a universidade é chamada de “Academia”, ou seja, o lugar em que se reúnem pessoas que pensam e dialogam com o objetivo de produzir cada vez mais conhecimento.
Agora quero pedir que faça um teste, se puder. Saia do computador por alguns segundos, ligue para um colega, um amigo, ou dirija-se a algum familiar e faça a seguinte pergunta:
__ Qual a principal função de uma universidade?
Faça a pergunta a três, quatro, cinco pessoas… Perguntou?
Estou seriamente inclinado a dizer que nenhuma delas respondeu: Produzir conhecimento!
Geralmente se obtêm respostas como: “Ensinar as pessoas! Formar cidadãos! Formar profissionais! Abastecer o mercado de trabalho!”. Colaborar para o desenvolvimento da comunidade!
Veja, é muito importante que a universidade cumpra estas funções sociais. Mas a principal função de uma “academia” é estimular interações interessantes e criativas que venham a resultar sempre em algum tipo de conhecimento.
Deveríamos, em nosso processo educacional, ter experimentado muito mais a possibilidade de interrogar o mundo e buscar nossas próprias respostas. Só que em vez disso, passamos a maior parte do tempo de nossos estudos aprendendo o que perguntaram e o que responderam aqueles que vieram antes de nós, e esquecemo-nos de desenvolver melhor a habilidade de fazermos nossas próprias perguntas.
É triste, mas o que vemos até hoje em muitos campi da vida, são alunos e professores que parecem não fazer a mínima idéia de estarem em uma academia. (talvez porque não estejam mesmo!).
É por isso que o sujeito se gradua e fica perdido. Porque aprendeu a dar respostas, e não a fazer “perguntas inteligentes”, que é justamente o que o mercado busca.
Não é de alarmar apenas, não é um absurdo simplesmente; é um disparate total!
Concorda comigo? Ou acha que as coisas já estão mudando?
Nenhum comentário:
Postar um comentário