TURMA DO PETRÓLEO

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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Projeto ajuda estudantes a escolher corretamente a carreira profissional

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Entrevista com Agustín Castaño,novo Diretor-Presidente da Energy Talent, empresa de recrutamento de profissionais para os setores de petróleo e gás, infraestrutura, engenharia e recursos naturais feita pela 5x Petróleo.

1X) Qual a sua projeção para o ano que se inicia no mercado de petróleo e gás?
No upstream, a demanda está concentrada na exploração (em alguns casos permeando para desenvolvimento) das áreas já concessionadas, abrangendo tanto águas profundas como rasas, e também onshore. Porém, a demora em licitar novas áreas é um obstáculo para a entrada ativa de novos participantes e, se este cenário for prolongado, poderia gerar a desmobilização de alguns grupos de especialistas.
Nesse contexto, as atividades ligadas à perfuração serão as de maior procura, e, consequentemente, toda a cadeia relacionada com a construção e operação de sondas. No downstream, o principal impulsionador da demanda é a continuidade dos projetosgreen fields, e ainda dos investimentos no parque de refino existente. Os demandantes serão os EPCistas, as empresas de engenharia, de construção de equipamentos, de montagem industrial etc.
2X) No momento de preencher uma vaga ou recolocar um profissional no mercado, quais as principais competências requeridas pelo setor atualmente?
Considerando que as competências podem agrupar-se em formação técnica, conhecimento do negócio e especialização funcional, as habilidades relacionadas com formação técnica são as mais requeridas. Em algumas categorias se importam especialistas para cobrir as posições, sendo muito procurados os brasileiros que moram no exterior.
Completando as categorias técnicas, menção especial para os profissionais de pesquisa e desenvolvimento, com ênfase na localização dos polos tecnológicos. Já nas especializações funcionais, há demanda específica por profissionais de Recursos Humanos que possam administrar uma convivência intergeracional eficaz, dadas a brecha de faixas etárias existente no setor e a chegada da geração Y.
3X) No atual cenário do setor, a procura maior é por qual nível de profissionais e por quê?
O nível acadêmico, embora sempre relevante para as posições gerenciais, é menos determinante para as posições de formação técnica, em que os fatores críticos são a qualificação profissional e a experiência no ofício, desde um geólogo até um soldador.
4X) Há no setor um debate entre o lugar ocupado por técnicos e por engenheiros. De que forma o senhor analisa essa questão, pelo lado do mercado de óleo e gás?
Complementando a questão anterior, a formação de engenharia é crítica para produção, desenvolvimento, logística, entre outras funções, tanto para operadores como para prestadores de serviços e fornecedores de equipamentos. Cabe um comentário especial para a alta demanda de líderes experimentados na condução da execução de projetos industriais de diversos tipos. Os técnicos especializados, por sua vez, são necessários ao longo de toda a cadeia em múltiplas posições. Assim, tanto técnicos como engenheiros estão em alta procura.
5X) O pré-sal já é uma realidade para a indústria de petróleo nacional. O quão importante é a exploração do pré-sal, no sentido da alavancagem das oportunidades do mercado?
A exploração do pré-sal é um grande impulsionador da demanda, tanto nas funções de construção de equipamentos, prestação de serviços e operação como nas de pesquisa e desenvolvimento, dados os desafios tecnológicos e logísticos que acarreta. Porém está atualmente restrita aos titulares das concessões existentes. Para dar continuidade em médio prazo, deveria ativar-se a aplicação do regime de partilha para novas áreas.
Projetos de geração eólica somam 34 e já movimentam R$ 6 bilhões
Valor, Especial/Bahia - Fernando Teixeira 

De início deixada de lado em favor de ventos mais notórios, como aqueles do Rio Grande do Norte, Ceará e mesmo Rio Grande do Sul, a Bahia está virando o jogo e promete assumir a liderança como maior província eólica do país. Os projetos em andamento já asseguram ao Estado um segundo lugar na produção de energia, atrás das eólicas potiguares. Mas as perspectivas são grandiosas: o governo do Estado tem registrados 16 grupos prospectando os ventos baianos, com potencial de geração de energia de 20 a 25 GW - quase uma vez e meia a potência de Itaipu.
Para os próximos dez anos, o cálculo é de investimentos de R$ 42 bilhões. Além de áreas com bons ventos, a Bahia tem contado com apoio do governo do Estado nos processos de licenciamento ambiental e regularização fundiária, além de uma política ativa de atração de fornecedores, via redução de ICMS - além de Alstom e Gamesa, com fábricas já instaladas, há negociações em andamento para a chegada de empresas como GE, Siemens Acciona, Vestas e Windair.
Diesel menos poluente encalha no posto
Folha, Commodities - Tatiana Freitas 

O diesel menos poluente S50, que começou a ser vendido neste ano no varejo de combustíveis, encalhou nos postos por falta de demanda. Apenas veículos com motores adaptados ao novo diesel, produzidos a partir deste ano, são obrigados a abastecer com o S50 -caso contrário, o motor será danificado. Como praticamente não há veículos fabricados em 2012 em circulação, o consumo do S50 está limitado a "curiosos", segundo representantes de distribuidoras e postos.
"Apenas donos de camionetes estão comprando o S50", diz Ricardo Hashimoto, diretor de postos de rodovias da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis). Dependendo da região, o novo diesel chega ao consumidor por um preço de R$ 0,12 a R$ 0,16 maior do que o S500, que é o mais comum hoje nos grandes centros urbanos, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Nas refinarias da Petrobras, a diferença é de R$ 0,06 por litro
Brasil terá de importar mais gasolina este ano
Estadão, Economia - Sabrina Valle e Sergio Torres 

O consumo de combustíveis cresceu em 2011 mais do que o dobro da evolução do Produto Interno Bruto. Pela estimativa da Petrobrás, o PIB do ano passado deverá ficar em 2,8%, enquanto o consumo de derivados terá crescido 6,3%. A expectativa do diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, é de que esse quadro vai se manter em 2012, o que obrigará o governo a importar ainda mais gasolina do que neste ano, de modo a evitar o risco do desabastecimento.
Para Costa, o consumo de derivados neste ano também superará o crescimento da economia em, pelo menos, 50%. A se confirmar a previsão, será o terceiro ano consecutivo que a demanda por derivados do petróleo ficará acima do PIB. Contribuem para isso o aumento do poder aquisitivo da população, o que propicia mais consumo e gastos com combustíveis. A conta inclui gasolina A (sem etanol), óleos diesel e combustível, querosene de aviação, nafta e gás liquefeito de petróleo (GLP). São desconsiderados o gás natural e o etanol, não comercializados pela área de abastecimento.

Como encontrar petróleo!




Como encontrar petróleo!
  1. Antigamente, o óleo era coletado na superfície.
  2. No século 19, eram perfurados poços de algumas dezenas de metros de profundidade.
  3. Hoje, os poços atingem vários milhares de metros.
Desde os tempos antigos, na Mesopotâmia, o óleo que exudava para a superfície era coletado para uso medicinal e também usado como combustível para iluminação e impermeabilização de barcos. Depois de termos extraído óleo de reservatórios acessíveis por 150 anos, hoje está cada vez mais difícil encontrar rochas impregnadas por hidrocarbonetos. Os exploracionistas atuais precisam olhar centenas e até milhares de metros abaixo do solo.
A tarefa do geólogo é observar, explorar e meticulosamente registrar todas as pistas da possível presença de hidrocarbonetos abaixo do solo. Geólogos são pessoas de ação e naturalistas. Eles examinam rochas e levam amostras para comprovar sua natureza e registrar a camada de onde foi retirada. Eles então procurarm reconstituir o cenário que pode ter sido desenhado há bilhões de anos.
  1. Levantamento aéreo
  2. Levantamento por satélite
Combinando fotografias aéreas e de satellites as observações do geólogo servem para formular a hipótese inicial. Sim, pode haver óleo em baixo do solo e poderá valer a pena pesquisar com mais profundidade.
Agora é a vez do geofísico estudar as propriedades físicas do subsolo. Diversos métodos são utilizados nessa fase e uma comparação dos resultados serve para enriquecer as conclusões dos geólogos. A Gravimetria mede o campo gravitacional e fornece alguma idéia da natureza e da profundidade das camadas, dependendo de sua densidade. A Magnetometria (técnica geralmente executada pelo ar) mede as variações do campo magnético. Ela fornece uma idéia da distribuição da profundidade de terrenos cristalinos que não apresentam nenhuma chance de conter óleo.
  1.  Sinal emitido por caminhão vibrador ou exploções com dinamite de forma controlada
  2. Ondas refletidas são recebidas por geofones ( sensores terrestres )
  3. Dados transmitidos ao laboratório-móvel
Um choque na superfície gera uma onda sonora que é refratada e refletida no subsolo. O modo como as ondas se propagam varia conforme elas passam através das diferentes camadas. Por meio de um microfone altamente sensível, conhecido como geofone, o geofísico escuta e registra o eco dessas ondas.
Os registros sísmicos do geofísico são processados por poderosos computadores. O terreno é mapeado por meio de pontos ligados em linhas isócronas no solo no qual as ondas levam exatamente o mesmo lapso de tempo para serem refletidas de volta à superfície. Esse método produz imagens bi e tri-dimensionais das camadas do subsolo e os mapas sísmicos daí resultantes contribuem para inferir se alguma camada poderá conter hidrocarbonetos.
No jargão petroleiro, a exploração e a produção no mar é chamada de "offshore." Devido ao fato de ser impraticável pesquisar o terreno no fundo do mar, os métodos sísmicos são usados sistematicamente. Já que os barcos podem navegar facilmente em qualquer direção, os levantamentos sísmicos são, de fato, mais fáceis de serem realizados no mar do que em terra.
O geofísico pode portanto obter mais dados offshore do que em terra e imagens tridimensionais mais precisas, uma vez que os dados tenham sido processados.
Todos esses resultados são reunidos e estudados. Geólogos e geofísicos, em conjunto com engenheiros de perfuração, produção e reservatório, fornecem dados aos economistas e analistas financeiros. Pela comparação de números, parâmetros e probabilidades eles buscam uma estratégia para o desenvolvimento do reservatório, no caso de confirmação da presença dos hidrocarbonetos.
Cada membro da equipe de exploração contribui para executar a missão. Ao se reunirem e compararem suas experiências, conhecimentos e descobertas, sua conclusão final é o resultado do esforço conjunto de uma equipe e são anunciadas resumidamente:
Não: as chances de resultados são mínimas; ou...
Sim: o "prospecto", isto é, esse reservatório é altamente promissor, vale apostar nele. O grupo vai “pagar para ver” e decide pela perfuração.
Geólogos, geofísicos e engenheiros de reservatório concluíram que há um “prospecto” ou uma possível área de produção. Mas para descobrir se ali de fato existem hidrocarbonetos cativos na rocha, eles terão que perfurar até aquela região.
É comum a perfuração ser ajustada diretamente sobre a camada mais grossa de hidrocarbonetos.
Alguns campos estão posicionados a profundidades equivalentes a 12 vezes a Torre Eiffel...
O posicionamento da sonda de perfuração é baseado no conhecimento existente das condições de subsolo e da topografia do terreno. Geralmente, esse ponto é situado verticalmente acima da parte mais espessa da camada do estrato que supostamente contém hidrocarbonetos. A operação de perfuração é geralmente realizada sobre condições difíceis. Um buraco inicialmente pequeno, com um diâmetro entre 20 e 50 centímetros, desce a uma profundidade entre 2.000 e 4.000 metros. Em alguns casos poderá ir além e chegar a mais de 6.000 metros. Há casos que a  perfuração já atingiu a profundidade de 10 quilômetros.
A torre de perfuração é a parte visível do poço. É uma torre metálica bem alta que serve para abaixar as colunas de perfuração verticalmente no subsolo. Essa coluna, de fato, é um conjunto de tubos aparafusados uns nos outros pelas pontas. Na perfuração rotativa, esses cabos movimentam a ponta da broca de perfuração (drill-bit) e, à medida que a operação avança, elas canalizam a lama para o fundo do poço.
O sistema de perfuração consiste em haste, cabo de perfuração, alavanca direcional e broca de perfuração (drill-bit). A broca mais comum consiste em três cones feitos de aço extremamente resistente capaz de penetrar no interior da rocha. Quando esta é muito dura, é utilizada uma broca tipo monobloco com ponta de diamante.
Uma lama especialmente formulada e preparada sob a supervisão do engenheiro de poço é injetada através da cavidade do cabo de perfuração para resfriar a broca e consolidar as paredes do poço. A lama auxilia também a prevenir que o óleo, gás ou água espirrem até a superfície. E por fim, a lama limpa o fundo do poço e carreia o resíduo de rocha resultante da perfuração pelo tubo até a superficie. O geólogo analisa estas amostras para entender a natureza das rochas e detectar sinais de hidrocarbonetos.

Quando uma certa profundidade é atingida, a equipe de exploração realiza uma série de medições  conhecidas como well-logging (perfilagem de poço). Um sensor eletrônico é baixado no poço para medir as propriedades físicas das rochas poligonais. Estas medições verdadeiras podem confirmar ou não a hipótese formulada antes da perfuração e geralmente provê dados mais acurados. As laterais do poço são então consolidadas por meio de tubos de aço aparafusados uns nos outros e o revestimento de proteção é cimentado ao terreno a fim de manter os estratos separados uns dos outros.
Os fragmentos de rochas trazidas à superfície não fornecem informações suficientes para uma compreensão mais detalhada das rochas poligonais: é aí que os testemunhos desempenham importante papel. A broca de perfuração é substituida por uma broca oca chamada de ferramenta de cortar testemunhos, que extrai amostras cilíndricas da rocha de vários metros de comprimento. Um estudo dos testemunhos produz informações sobre a natureza da rocha, sua declividade, estrutura, permeabilidade, porosidade, fluidez, presença de fósseis, etc.
Neste exemplo, um poço a cada cinco perfurados encontra óleo.
A perfuração avança gradualmente, a uma velocidade de alguns metros por hora, reduzindo para um metro por hora quando tiver atingido os 3.000 metros abaixo da superfície. Obstáculos são encontrados de tempos em tempos e toda a coluna de perfuração tem que ser puxada para cima a fim de proceder a troca da ponta da broca.
Um poço exploratório leva de três a seis meses para ser perfurado. Quatro de cada cinco, ou até mesmo seis de cada sete poços em áreas de fronteira exploratória, fracassam na questão da viabilidade comercial do óleo ou gás. Ás vezes, porém, a broca atinge uma rocha impregnada de hidrocarbonetos, a partir daí a equipe de perfuração intensifica a pesquisa e a perfilagem do poço para descobrir mais óleo. 
A fase exploratória foi um sucesso: um reservatório foi identificado como prospecto de uma produção lucrativa.  Baseado em projeções dos preços futuros de óleo e gás, o próximo passo é determinar se as vendas da produção explotada do reservatório serão suficientes para cobrir os elevados custos dos estudos, desenvolvimentos, construção e financiamento, assim como os custos de produção apropriados. Colocar o reservatório em produção requer uma decisão importante, já que o desembolso de investimentos pode representar diversas centenas de milhões, até bilhões de dólares.