TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

quinta-feira, 13 de setembro de 2012


Faltam profissionais e mineração paga até R$ 50 mil

Vale - Terminal Marítimo Ponta da Madeira MA (Foto: Luiz Claudio Marigo/Vale)Mineração cresce na esteira do preço das commodities e salários ficam inflacionados
(Foto: Luiz Claudio Marigo/Vale)

De um lado, a falta de profissionais capacitados. Do outro, os altos salários para quem consegue se estabelecer no setor. Esse cenário não é um problema só para a construção civil ou as indústrias de óleo & gás e tecnologia. Aquecida pelo preço das commodities – especialmente do ouro, ferro e cobre –, a mineração começa a sofrer o mesmo mal.
Faltam engenheiros, mas não só eles. Psicólogos, economistas, administradores de empresas, médicos do trabalho, geólogos e até mesmo especialistas em recrutamento são um bem escasso. Com isso, os salários no setor subiram e, hoje, são de encher os olhos. É possível ganhar desde R$ 5 mil, em uma vaga mais técnica, até R$ 50 mil, em cargos de alto escalão.
“Dificilmente você contrata um técnico por menos de R$ 5 mil, atualmente. Nos últimos dois anos, os salários aumentaram, em média, 30% em todos os níveis. Antes disso, um cargo deste porte começaria em R$ 3 mil”, diz Fernando Guedes, sócio-gerente da Asap, consultoria de recrutamento de média gerência.
Nada estranho para uma indústria com números tão expressivos. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o setor será responsável por aportes de aproximadamente US$ 75 bilhões entre 2012 e 2016. Como base de comparação, de 2007 a 2011, foram investidos US$ 32 bilhões (menos que a metade).
Nos quadros de funcionários ligados a mineração, os números também impressionam – só que negativamente. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil é um dos países que menos forma engenheiros. São apenas 30 mil por ano – para falar apenas da principal formação exigida pelo setor. Países como Rússia e Índia formam mais de 110 mil profissionais anualmente. A China, por sua vez, entrega ao mercado cerca de 300 mil (dez vezes o número brasileiro).
Para resolver o impasse, as companhias têm adotado diferentes estratégias. O investimento em programas de treinee e estágio ainda é a melhor saída na hora de preencher os postos mais técnicos. Ao investir na base, a empresa resolve internamente a demanda por meio do chamado efeito cascata (a promoção).
Outra tática já esgotada foi a de roubar funcionários da siderurgia. Enquanto a mineração vive seu período de ouro no Brasil, a siderurgia sofria com a competição chinesa. Com isso, houve um enxugamento dessa indústria. “Quem tinha que sair já saiu”, avalia Guedes. No caso de postos de suporte à atividade, disponíveis em áreas de recursos humanos ou saúde, buscar profissionais em outros mercados tem sido a melhor opção.
A falta de mão de obra gabaritada no Brasil faz ainda com que as empresas tenham de importar profissionais para conseguir crescer. Eles vêm do Canadá, Austrália e, principalmente, do Chile. Os números oficiais de empregados com carteira assinada, contudo, é baixo. Por causa das leis trabalhistas, os estrangeiros integram as equipes como consultores, por meio de contratos de prestação de serviços.
E, como toda crise oferece uma oportunidade, empresas de recrutamento especializadas na indústria têm oferecido programas de capacitação. Os cursos podem ser contratados tanto por mineradoras com dificuldade em preencher vagas, quanto por profissionais que querem atuar no segmento.
“O setor deve oferecer aproximadamente 150 mil vagas de emprego até 2015, concentradas principalmente nos estados do Pará, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Maranhão”, estima Denise Retamal, diretora executiva da RHIO’S, consultoria especializada nas indústrias de mineração, petróleo & gás, energia e construção civil.
Confira, abaixo, as principais oportunidades neste mercado.
Áreas
Formação/Capacitação
Salários
Geologia de Exploração Mineral
geólogo de exploração mineral
R$ 5 mil a R$ 8 mil
Engenharia de Planejamento de Minas à Céu-Aberto ou Subterrânea
engenheiro de minas especialista em planejamento de mina: a céu-aberto ou subterrânea
R$ 5 mil a R$ 8 mil
Engenharia de Processamento Mineral
engenheiro metalúrgico, de materiais e de metalurgia ou de processos especialista em plantas de processamento mineral
R$ 5 mil a R$ 8 mil
Engenharia de Mecânica de Rochas
engenheiro de minas ou geólogo especialista em sistemas sísmicos
R$ 5 mil a R$ 8 mil
Gestão de Custos e de Captação de Recursos
economista ou administrador de empresas especialista em custos e captação de investimentos na mineração
R$ 5 mil a R$ 8 mil
Gestão de Recursos Humanos
psicólogo, economista, administrador de empresas especialista em Recrutamento e Seleção para a indústria de mineração
R$ 15 mil a R$ 20 mil
Engenharia de Segurança
engenheiro mecânicos, elétrico, civil (ou com outra especialização)
R$ 7 mil a R$ 16 mil
Engenharia do Meio Ambiente
engenheiro mecânicos, elétrico, civil (ou com outra especialização)
R$ 8 mil a R$ 14 mil
Medicina do Trabalho
clínicos gerais com cursos específicos para medicina do trabalho
R$ 10 mil a R$ 20 mil
Gestão de Projetos de Exploração Mineral
engenheiro de minas ou geólogo especialista em avaliação de áreas e em campanhas de pesquisa mineral
R$ 25 mil a R$ 50 mil
Gestão de Implantação de Projetos de Mineração
engenheiro de minas especialista na construção e colocação, em operação, de Projetos de Extração Mineral
R$ 25 mil a R$ 50 mil
Fontes: RHIO’S e Asap

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Contratações crescem em ritmo mais elevado do que a produção
Folha de SP, Denise Luna
O total de empregados da Petrobras cresceu em ritmo mais elevado do que a produção de petróleo e gás entre 2002 e 2011, segundo estudo do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura). Enquanto o total de contratados aumentou 75% e o de terceirizados subiu 171% no período, a produção de petróleo da empresa cresceu 35%. O estudo também indica baixa produtividade. Com produção diária de 2,6 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás) e 81.198 empregados contratados, cada um deles é "responsável" por 32 barris diários.
Na Exxon, com aproximadamente o mesmo número de empregados e produção diária de 4,5 milhões de barris de óleo equivalente, a média é de 54 barris por contratado. Se considerada só a produção de petróleo, a Petrobras fica na média, com 26,71 barris, mas abaixo da Exxon (28,97) e da Chevron (31,02). Somando os 328 mil terceirizados aos 81 mil contratados da Petrobras, a média de produção cai para seis barris diários por trabalhador. O consultor e sócio do CBIE Adriano Pires afirma que o estudo mostra a ineficiência da companhia, que não tem conseguido entregar suas metas de produção. Em 2002, a produção da estatal era de 1,5 milhão de barris diários de petróleo. Em 2011, ela chegou a 2,021 milhões de barris, o mesmo volume previsto para 2012.
Nordeste investe em energia eólica
NN - Redação
A energia eólica é considerada a maior fonte geradora
de energia limpa do Brasil, sendo obtida através  
dos ventos e captada por hélices ligadas a 
geradores. No Brasil, o nordeste se destaca 
por ser o maior produtor nacional desse tipo de
energia. 
 Petrobras inicia produção em camada do pré-sal de Campos
Brasil Econômico online
A Petrobras informou nesta terça-feira (11/9) que iniciou a produção de petróleo do poço 7-BAZ-02-ESS por meio do navio-plataforma Cidade de Anchieta. A plataforma está localizada no campo de Baleia Azul, no complexo denominado Parque das Baleias, na porção capixaba da Bacia de Campos. Essa plataforma, do tipo FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e exporta óleo e gás), destina-se exclusivamente à produção da camada pré-sal dos campos de Baleia Azul, Jubarte e Pirambu, localizados no Parque das Baleias, nos quais a Petrobras detém 100% de participação.
O FPSO Cidade de Anchieta produzirá óleo de alto valor comercial (28 graus API). Afretado à empresa SBM Services Inc., essa plataforma tem capacidade para processar, diariamente, 100 mil barris de petróleo e 3,5 milhões m3 de gás.  A produção inicial do poço 7-BAZ-02-ESS, já interligado à plataforma, está estimada em 20 mil barris por dia (bpd). Outros nove poços (seis produtores e três injetores de água) serão interligados à plataforma. Segundo a petrolífera, a previsão é que o pico de produção, de 100 mil barris por dia, seja atingido em fevereiro de 2013. O FPSO Cidade de Anchieta foi convertido no estaleiro Keppel, em Cingapura, e integra o projeto de desenvolvimento do pré-sal do Parque das Baleias.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Burocracia trava vinda de mão de obra especializada
O Globo - Débora Diniz
O cenário econômico internacional desfavorável e a carência de mão de obra especializada no Brasil fazem crescer o ingresso de técnicos estrangeiros no país. Relatório da Coordenação-Geral de Imigração (CGIg) do Ministério do Trabalho e Emprego mostra que o número de autorizações concedidas a esses profissionais no primeiro semestre de 2012 aumentou 24% em relação ao mesmo período de 2011, saltando de 26.545 para 32.913.
Para especialistas em Recursos Humanos, porém, o número poderia ser ainda maior, se não fossem a burocracia e as restrições impostas pelo governo ao imigrante, um problema que está atrasando a capacitação da mão de obra local e, consequentemente, reduzindo a competitividade do setor produtivo. Entre as queixas, está o limite de permanência do profissional no Brasil e a extensa lista de documentação exigida, que deve ser traduzida e legalizada em representação diplomática. A carência de trabalhadores especializados é um problema sentido especialmente pelos setores de óleo, gás e infraestrutura. A demanda cresceu com a descoberta do pré-sal e com a disposição do governo de corrigir deficiências históricas na situação de rodovias, ferrovias e outros gargalos logísticos

A Conquista do Pré-Sal


Este vídeo relata  o esforço que a Petrobras tem feito para desenvolver a produção e exploração do pré-sal no país. Dentre os diversos investimentos da estatal, destacam-se: nova equipe de produção e inovação tecnologica. De acordo com o gerente de  executivo de exploração do Pré-Sal da Petrobras, Mário Carminatti, a equipe da estatal formou um modelo geológico para um novo setor que nascia, o"pré-sal". Para Carminatti, "indicar o ponto a ser perfurado é o primeiro ponto básico de um projeto exploratório".