TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Nove plataformas que vão ampliar a produção de petróleo no Brasil

Todos os dias trabalhamos para nos tornarmos uma das cinco maiores produtoras mundiais de petróleo. No ano passado, tivemos a inédita marca de nove plataformas entregues, o que vai adicionar à nossa capacidade de produção 1 milhão de barris por dia.
Conheça melhor essas nove plataformas concluídas:
1) P-58
Do tipo FPSO, a P-58 entrou em operação em março de 2014. Instalada a cerca de 85 km da costa do Espírito Santo, em águas com profundidade de 1.400 metros, tem capacidade para processar por dia até 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de m3 de gás natural, dos reservatórios do pré-sal e pós-sal.


2) P-55
Do tipo semissubmersível, a P-55 é a maior plataforma desse tipo no Brasil. Entrou em produção no final de 2013, no Campo de Roncador (Bacia de Campos), ancorada a uma profundidade de cerca de 1.800 metros. Tem capacidade diária para processar 180 mil barris de petróleo e comprimir 4 milhões de m³ de gás natural.
3) P-63
Unidade do tipo FPSO, a P-63 entrou em produção em novembro de 2013. Tem capacidade para processar, diariamente, 140 mil barris de petróleo e 1 milhão de m³ de gás e de injetar 340 mil barris de água. A P-63 compõe o primeiro sistema de produção de Papa-Terra (Bacia de Campos), que conta também com a P-61 e a SS-88 TAD.
4) FPSO Cidade de Paraty
O FPSO Cidade de Paraty entrou em produção no pré-sal da Bacia de Santos (área de Lula Nordeste) em junho de 2013, ancorada em profundidade de 2.120 metros, a cerca de 300 km da costa. Tem capacidade de processar diariamente 120 mil barris e comprimir 5 milhões de m³ de gás natural.
5) FPSO CIdade de Itajaí
O FPSO Cidade de Itajaí entrou em produção em fevereiro de 2013, no pós-sal da Bacia de Santos (Campo de Baúna e Piracicaba), a 210 km da costa. Tem capacidade para processar até 80 mil barris de petróleo leve e 2 milhões de m3 de gás por dia.
6) FPSO Cidade de São Paulo
O FPSO Cidade de São Paulo entrou em produção em janeiro de 2013, no pré-sal da Bacia de Santos (Campo de Sapinhoá). Tem capacidade para processar 120 mil barris de petróleo e 5 milhões de m3 de gás por dia.
7) P-61
Primeira plataforma do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Plataform) a ser construída e a operar no Brasil, a P-61 atuará no campo de Papa-Terra (Bacia de Campos) em conjunto com a P-63. Juntas, as unidades têm capacidade para produzir 140 mil barris de petróleo por dia. A previsão é que entre em produção no segundo semestre de 2014.
8) P-62
Instalada a cerca de 125 km da costa, na Bacia de Campos, em águas com profundidade de 1.600 metros, essa plataforma do tipo FPSO deve entrar em produção no primeiro semestre de 2014. Tem capacidade para processar por dia até 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de m3 de gás natural dos reservatórios do pós-sal.
9) SS-88 TAD
A unidade semissubmersível SS-88 TAD (Tender Assisted Drilling) será ancorada ao lado da P-61, no campo de Papa-Terra (Bacia de Campos), para dar suporte de energia, acomodações, armazenamento de fluido de perfuração e sistemas de apoio.
Petróleo ainda que tarde!

Por Vladimir Sacchetta

Visionário e empreendedor, criador da nossa melhor literatura infanto-juvenil e fundador da indústria editorial brasileira. Autêntico intelectual militante, Monteiro Lobato (1882-1948) defendia o binômio prosperidade e distribuição de riqueza num projeto de nação que previa um povo soberano em pleno exercício da cidadania. Idéias que o acompanhavam desde os tempos de estudante de Direito no Largo São Francisco, tornaram-se ainda mais sólidas após uma estada como adido comercial em Nova York, entre 1927 e o início de 1931.
Nas searas de Tio Sam, fascinado pela pujança econômica e pelos ícones do progresso, visitou Detroit, com sua indústria automobilística liderada por Henry Ford. Percorreu bibliotecas públicas, andou de metrô, deixando-se encantar pelo jazz, cinema falado e por desenhos animados, cujos personagens, como o Gato Félix, incorporaria mais tarde às suas histórias. De volta ao Brasil, logo após a Revolução de 30, buscou levar adiante planos que colocariam sua terra natal nos trilhos da modernidade. Vislumbrando as bases do desenvolvimento no tripé representado por ferro, petróleo e transportes, tentou implantar uma indústria siderúrgica ao mesmo tempo em que fundou empresas de prospecção: seu negócio era transformar as pedras em ferro, converter o ferro em máquinas e extrair da terra o petróleo que move as máquinas.

Desenvolver nossa indústria petrolífera e colher dela todos os lucros. Esta era a receita de Monteiro Lobato, para tornar o Brasil um grande produtor de matéria-prima combustível e, mais do que isso, convertê-lo num dos maiores fornecedores mundiais. "Nesse dia, enriquecidos e poderosos, havemos de sorrir com piedade dos tempos de hoje, deste miserável hoje em que vivemos dum cafezinho vendido lá fora, dum algodãozinho, duns couros de cabrito, dumas piaçavas e outras quireras de índios", sonhava em voz alta, em mais uma das palestras da sua célebre campanha do petróleo. Com o entusiasmo que sempre foi marca da sua personalidade, apesar de avesso a discursos e conferências, Lobato percorreu o país com o objetivo de convencer o público da existência e possibilidade de exploração do combustível nacional. "Mas por que essa fúria pelo petróleo? Ambição? Loucura? Monomania?", perguntava em 1937 a um auditório lotado em Uberaba: "Nada disso. Apenas dó da minha terra. Um dó que nasceu em conseqüência de uns anos que passei nos Estados Unidos". (...)

Para o criador do Sítio do Picapau Amarelo, o raciocínio era simples. Assim como eles, americanos, também fomos colônia por alguns séculos. Estávamos localizados em um único continente e, a exemplo deles, possuíamos vasto território com os mesmos elementos humanos que entraram na sua composição étnica, forjada por europeus, índios e negros. As riquezas naturais de ambos se equivaliam, assim como as formas de governo. Com tantos pontos em comum, por que um acabou tornando-se uma verdadeira potência enquanto o outro, condenado à pobreza, sobrecarregado de dívidas, tinha 70% da população mergulhada em completo analfabetismo?

Sem se dar conta do passado histórico que fez drenar boa parte da vitalidade e das riquezas da América Latina, Lobato acreditava que o segredo dos Estados Unidos vinha do subsolo. "A superfície apenas permite a subsistência. O enriquecimento vem de baixo. Vem das substâncias minerais", dizia, inflamado com a perspectiva de que, uma vez mobilizadas essas fontes naturais, poderíamos "ferrar" o Brasil inteiro e o mundo. Mas se continuássemos de cócoras, como o Jeca Tatu, fatalmente mudaríamos de dono. "Surge pois o dilema: ou continuamos deitados no berço esplêndido e gente nova vem tomar conta disto ou, postos de pé, estaremos habilitados a arreganhar os dentes."

Petroleum quod serum tamen


"Um dia", escreveu Lobato, "o coronel Drake fura a terra na Pensilvânia e faz jorrar um líquido negro chamado petróleo. O mundo vai mudar." Ocorrida em 1857, aquela descoberta ia alterar definitivamente a correlação de forças no planeta. A Inglaterra perdia a posição hegemônica baseada no carvão, enquanto os Estados Unidos construíam sua supremacia. Disposto a seguir o exemplo dos americanos, Monteiro Lobato resolveu apostar no petróleo. Na sua visão, porém, a democracia era o pressuposto da independência econômica, que se viabilizaria por meio de uma sólida estrutura industrial. Ele, que já tentara a siderurgia, agora se lançava em busca do ouro negro. "Quem olha para o mapa da América vê logo que a América é o grande continente do petróleo, de norte a sul, desde o Alasca até a Patagônia. E vê que praticamente todos os países da América já tiraram petróleo, menos o Brasil, que é o colosso em território que sabemos. (...) Só o Brasil persiste na sua bobagem de duvidar. E, no entanto, não existe no mundo país mais rico que o nosso em sinais superficiais de petróleo."

Descartando eventuais parcerias com o governo, ele se dirigiu diretamente ao público. "Compreendi ser o petróleo a grande coisa, a coisa máxima para o Brasil, a única força com elementos capazes de arrancar o gigante do hino de seu berço de ufanias", disse ele, em uma de suas conferências em Belo Horizonte onde, apelando para a emoção, invocou o lema dos Inconfidentes: "O nosso sonho de hoje é a independência econômica, e a nossa divisa, Petroleum quod serum
tamen - petróleo ainda que tarde".
Seu empenho dá bons resultados. Em carta de 27 de dezembro de 1931 a Manuel Carneiro Muniz, seu antigo auxiliar no consulado de Nova York, Lobato anuncia o lançamento da Companhia Petróleos do Brasil, cuja subscrição alcançara, nos primeiros quatro dias, quase metade das ações. (...)
Empolgado com a receptividade, que facilitava a captação de recursos para seus empreendimentos, no início do ano seguinte escreveu a Lino Moreira, amigo desde os tempos da juventude, com quem compartilhava a nova aventura. "Em 12 dias úteis reuniu o capital necessário e hoje, sem um mês ainda de idade, ninguém larga ação pelo mesmo preço que a pagou." E avisava que ia partir para a segunda etapa, com a incorporação da Companhia Petróleo Nacional, e realizar perfurações em Alagoas, segundo ele o ponto onde talvez existisse petróleo em maior quantidade e melhor condição estratégica para a exportação. A Anísio Teixeira, aluno de mestrado da Universidade de Columbia e adversário de xadrez nos domingos nova-iorquinos, contaria, ainda em 1932, que seus planos iam às mil maravilhas:

"A vitória está assegurada e, a não ser que me veja espoliado por leis do Juarez [Távora], nacionalizadoras do petróleo, que venham matar o surto da futura indústria e privar-me do que com ela eu possa vir a ganhar, terei meios de realizar várias grandes coisas que me fervem na cabeça". Uma delas consistia em tirar o Brasil do atraso secular e torná-lo competitivo e atuante no mercado internacional. "Mais sabão ou mais açúcar não influencia em nada a vida do país; enriquecerá uns tantos homens apenas. Mas petróleo, petróleo a jorrar de mil poços, gasolina a 200 réis, óleo combustível a 100 réis, influencia e tremendamente, pois equivale à maior das revoluções econômicas e ao começo do Brasil de amanhã - sadio, forte, poderoso." (...)

Aos que chegavam a seu escritório, Lobato não escondia a alegria. Mostrava um frasco com óleo esverdeado, dizendo: "Cheire isso aí. É petróleo bruto. Petróleo brasileiro. Uma gota do oceano de petróleo que dorme em nosso subsolo e há de jorrar um dia, para inundar de riqueza todo o Brasil!". Em seguida, tomava uma folha de papel, embebia no líquido e botava fogo. "Veja a fumaceira que faz. Sinta bem esse cheiro. Cheiro de petróleo! Petróleo arrancado à terra brasileira!"

Para reforçar suas idéias, em junho de 1935 fez lançar, pela Companhia Editora Nacional, A luta pelo petróleo. Na obra de Essad Bey, traduzida por Charlie Frankie, colaborador de Lobato em levantamentos geofísicos e prospecções, ele assinava a revisão e escreveu um prefácio denunciando a ineficiência do Serviço Geológico, órgão oficial encarregado das pesquisas, a quem acusava de encampar a política dos trustes internacionais: "Não tirar petróleo e não deixar que ninguém o tire".

Apesar do entusiasmo de Lobato, Araquá não ia bem. As brocas de perfuração foram sendo moídas por uma enorme camada de basalto. Ao invés de petróleo, jorrou apenas água sulfurosa. Em março de 1938, o escritor envia uma carta a Getúlio Vargas, no momento em que o ditador se preparava para assinar novas diretrizes para a exploração das riquezas minerais. Nela, Lobato reiterava que o Código de Minas, tornando sem efeito os registros de jazidas efetuados de acordo com as regras anteriores - e sobre cujas bases se haviam erguido os negócios nacionais do setor -, abalaria a estrutura desses empreendimentos. Mas, apesar disso, abriu mais uma frente de prospecção, agora em Porto Esperança, Mato Grosso, e prosseguiu disparando missivas desassombradas tanto para Vargas quanto para o general Horta Barbosa, presidente do Conselho Nacional do Petróleo.

O enfrentamento com a cúpula do Estado Novo culminou na sua detenção no início de 1941 e, mais tarde, na liquidação das companhias que havia fundado. "Depois que me vi condenado a seis meses de prisão, e posto numa cadeia de assassinos e ladrões só porque teimei demais em dar petróleo à minha terra, morri um bom pedaço na alma", confessaria a Godofredo Rangel nesse mesmo ano.

Com a redemocratização em 1945, que permitiu a reorganização da sociedade civil e o ressurgimento dos movimentos populares, o tema petróleo voltou à ordem do dia. A retomada dos investimentos no pós-guerra reacendeu os debates em torno da questão energética. O petróleo mobilizou a opinião pública e suscitou polêmica. Técnicos, empresários, militares, estudantes e trabalhadores, além dos parlamentares que deveriam votar o Estatuto do Petróleo no Congresso, dividiam-se em duas correntes. De um lado estavam os nacionalistas, que defendiam a presença do Estado na infra-estrutura e na indústria pesada. Do outro, os chamados entreguistas, com respaldo das Sete Irmãs, o cartel que reunia as maiores empresas mundiais do petróleo, que advogavam a entrada do capital estrangeiro no setor.

Curioso é que, desta vez, o mesmo Horta Barbosa, responsável por colocar Lobato atrás das grades do Presídio Tiradentes, apropriou-se das suas idéias e passou a defendê-las em palestras em prol da soberania nacional. Com apoio da União Nacional dos Estudantes, foi fundado o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo, que levantou a bandeira de "O Petróleo é Nosso". A intensa participação popular fez cair o projeto de Estatuto do Petróleo, favorável à ação irrestrita das multinacionais. E, em 3 de outubro de 1953, cinco anos após a morte do escritor, Getúlio Vargas sancionou a Lei 2004, criando a Petrobras.

Monteiro Lobato só conseguiu fazer jorrar o óleo negro na torre Caraminguá I, plantada no imaginário de O Poço do Visconde, livro de 1937. Acabaria não presenciando o nascimento de uma grande empresa brasileira, competente e rentável. Uma estatal em tudo diversa da burocracia e da ineficiência que Lobato identificava em tantos órgãos públicos do seu tempo. Maior do país e entre as mais importantes do mundo no setor, a Petrobras torna realidade, no seu cinqüentenário, os sonhos de um escritor-cidadão que um dia ousou acreditar na nossa auto-suficiência em matéria-prima combustível.
(A ÍNTEGRA DESTE TEXTO FOI PUBLICADA NA REVISTA SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL, EDIÇÃO ESPECIAL SOBRE OS 50 ANOS DA PETROBRAS, DEZEMBRO DE 2003)
VLADIMIR SACCHETTA, jornalista e produtor cultural, escreveu, em co-autoria, Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia, Ed. Senac, ganhador dos Prêmios Jabuti e Livro do Ano de 1998. É o diretor de conteúdos deste sítio.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Curso Técnico Petróleo e Gás


Resolvi escrever sobre a área de Petróleo e Gás para todos
aqueles que assim como eu estão perdido sem saber muito 
bem o que o curso, tempo de duração, salário inicial, 
pólos de trabalho, etc. Vou tentar esclarecer dúvidas 
escrevendo tudo o que achar sobre a área. 
De início achei essa matéria bem interessante 
sobre a área que pode esclarecer algumas dúvidas. 
Espero que possa ajudar.
O setor de Petróleo e Gás Natural vem experimentando 
uma demanda crescente por recursos humanos qualificados. 

O curso visa capacitar profissionais para atuar em 
empresas do setor, através de uma abordagem 
ampla e diversificada. Para profissionais que já atuam 
no setor, trata-se de uma oportunidade de 
enriquecimento profissional numa Instituição de 
Ensino reconhecida nacionalmente como um 
Centro de Excelência.

O que faz o profissional

O profissional desta área está apto a implantar 
tecnologias nas diversas unidades da indústria 
do petróleo. Opera e otimiza a produção e o
 processamento, tanto do petróleo quanto do
gás natural, de acordo com as mais modernas 
tecnologias do setor. Suas áreas compreendem 
prospecção, perfuração, completação, estudo de 
reservatórios, transporte e armazenamento de óleo cru, 
gás e derivados, refino de petróleo e gás, 
comercialização do petróleo e seus derivados.
O mercado que lhe espera
As oportunidades de emprego neste segmento 
do mercado de trabalho são muito promissoras. 
A mídia vem divulgando, freqüentemente, altos 
investimentos neste setor, através de programas 
que permitirão aumento nas áreas de exploração 
e produção e na capacidade de refino. Como 
conseqüência, existirá uma grande oferta de 
empregos diretos e indiretos.
Para atuar na área de petróleo (gás faz parte 
desta indústria), o profissional deve ser curioso 
e investigativo e, fundamentalmente, atualizado, 
sempre questionando o seu conhecimento contra 
as situações apresentadas, e não pode ter medo 
de números: quase tudo acaba sendo mensurado 
de alguma forma.
Não podemos esquecer que o profissional tido 
como bom, em qualquer atividade, é aquele que 
apresenta resultados rápidos e com qualidade. 
Para chegar a esse ponto, o profissional 
precisa estar envolvido com o trabalho, 
mostrando capacitação, competência e compromisso.
Mais da metade de todo o petróleo, e 70% de 
todo o gás do planeta, ainda estão para serem 
descobertos. A indústria do petróleo engloba 
todo o tipo de profissional e de atividades: 
técnicas, financeiras, tributárias, jurídicas, 
médicas etc. Dentre elas, sempre haverá colocação 
para os profissionais destacados pelo mercado. 
Ainda por muitos anos continuará sendo 
necessário explorar, produzir, refinar e transportar 
petróleo e derivados.
Essas atividades garantirão, por si só, 
empregabilidade aos que estiverem preparados. 
Nesse sentido, o profissional pode esperar um
 mercado amplo e com capacidade de absorver os
 atualizados e bem formados.
O trabalho com petróleo compara-se ao do 
artista de teatro: muito empenho ao estudar (o texto),
 muito gosto ao atuar (no palco), e muito prazer ao 
apreciar o produto (a peça)... Uma mistura 
equilibrada e compatível, com bons ingredientes, 
sempre trará bons resultados.
Fonte: Antenados na Geral - Thaty Jornalista

Vale a pena investir em uma carreira na área de Petróleo?

Pensando em seguir carreira na área petrolífera? Conheça algumas das principais profissões deste campo e os salários!
petroleo

Com as novas descobertas de reservatórios  marítimas no Brasil  a oferta de emprego nessa área cresceu significativamente. De acordo com a ANP, serão criado mais de 200 mil empregos no país nos próximos dez anos. Porém, há uma grande escassez de mão de obra qualificada neste setor, o que impulsiona os elevados salários dos profissionais. Com a área do Petróleo e Gás em plena expansão no país muitas empresas estão recrutando profissionais para serem treinados internamente. De acordo com uma pesquisa da Catho, alguns empregos nesse setor podem gerar salários de até R$ 25 mil por mês. Conheça os principais cargos da área de Petróleo e veja a média salarial de cada um deles.

Engenheiro de Petróleo

O Engenheiro de Petróleo é um dos profissionais de maior importância dentro do campo do Petróleo. Ele é responsável por maximizar a produção de jazidas e poços de gás natural e de petróleo. Também cuida do transporte do petróleo e dá o destino correto aos resíduos. Além disso, esse profissional elabora projetos de intervenção nos poços e determina qual o potencial produtivo dos mesmos. O Engenheiro de Petróleo pode trabalhar tanto no setor administrativo das plataformas dentro de escritórios, quanto na parte operacional. A média salarial deste profissional varia entre R$ 10.300,00.

Técnico de Produção

O Técnico de Produção tem como principais funções controlar, planejar e programar a produção petrolífera. Também faz o acompanhamento da produção de gás e óleo. Além disso, realiza a manutenção das máquinas, elabora diagnósticos sobre os desvios da produção e presta acessória técnica a outros setores das plataformas. A média salarial do Técnico de Produção é de R$ 2.540,00.

Mecânico de Sonda

O Mecânico de Sonda é o responsável por realizar a manutenção corretiva e preventiva da sonda e de seus equipamentos, executando atividades de troca, intervenção e ajustes nos poços. Também lida com a montagem e desmontagem de equipamentos que compõem a sonda. A média salarial do Mecânico de Sonda é de R$ 2.524,00.

Sinaleiro

Também conhecido como Rigger, o Sinaleiro tem como função coletar dados e elaborar planos de estudo para a movimentação do petróleo e do gás. O profissional desta área também orienta o operador do guindaste através de sinais específicos. O Sinaleiro conhece as técnicas de transporte, remoção, arrastos e içamento. Também lida com cálculos necessários para a utilização dos cabos de aço no transporte da carga. A média salarial deste cargo é de R$ 1.712,00.

Plataformista
O Plataformista é o responsável por operar as plataformas de perfuração, transportando e recolhendo o petróleo, garantindo o perfeito funcionamento de todos os processos da exploração petrolífera. É responsável ainda por realizar a pesquisa sísmica, pela perfuração de poços e pela avaliação da área a ser perfurada. A média salarial de um Plataformista é de R$ 2.085,00.

Bombeador

O Bombeador é o profissional responsável pelo refino e pela produção do petróleo e gás. Utiliza ferramentas de elevada qualidade para controlar os efluentes e os produtos. Também prepara os equipamentos para os serviços de manutenção. A média salarial de um Bombeador é de R$ 2.340,00.

Técnico de Petróleo

O profissional Técnico em Petróleo tem como principal função oferecer suporte à área de controle e de acompanhamento da produção de gás e óleo. Também elabora relatórios diários sobre a produção das plataformas petrolíferas e organiza documentos relacionados ao seu setor. A média salarial desta área é de R$ 3.924,00.

Supervisor de Sondagem

O Supervisor de Sondagem tem como principal função supervisionar as operações realizadas com sondas em poços petrolíferos. Lidera as equipes para a manutenção das sondas, fornecendo suporte técnico e orientações. Além disso, realiza a montagem e as adaptações em sondas novas e em seus equipamentos periféricos. A média salarial de um Supervisor de Sondagem é de R$ 5.980,00.

Engenheiro de Reservatório

O Engenheiro de Reservatório realiza atividades relacionadas as propriedades petrolíferas de rochas e das propriedades dos fluidos que formam o gás e o óleo. A média salarial de um Engenheiro de Reservatório é de R$ 10.500,00.
Petróleo e seus Efeitos no Meio Ambiente

Na década de 1970, técnicos da Petrobras procuravam reservas de petróleo na bacia do Rio Jandiatuba, região do Alto Amazonas, onde viviam grupos indígenas ainda não contatados. Houve confrontos com os índios que, empunhando arco e flecha, saíram em defesa de sua terra. Os funcionários da Petrobras, por sua vez, responderam jogando dinamite, usada originalmente para fazer pesquisas. Esse é o exemplo de um dos impactos, talvez dos menos conhecidos, que a exploração do petróleo pode provocar.
Os mais freqüentes e evidentes são os vazamentos de óleo. No Brasil, o último derramamento de grandes proporções ocorreu em 2000, no Rio de Janeiro, quando foram lançados 1,3 milhões de litros de óleo cru na águas da Baia de Guanabara. Riscos são inerentes a todas as atividades relacionadas ao petróleo, do poço ao posto.
Em 1968, a Petrobras começou a exploração de petróleo em águas marinhas. Hoje, essa modalidade representa 84% da produção nacional. Engana-se, porém, quem acredita que os derramamentos são a única fonte de riscos e impactos negativos advindos da exploração e produção de petróleo no mar. Após 45 dias, um poço perfurado já representa uma fase de impactos agudos sobre a fauna e flora. "São descartados fluidos de perfuração, cascalhos saturados de diferentes substâncias e compostos tóxicos, incluindo metais pesados como mercúrio, cádmio, zinco e cobre", explica Guilherme Dutra, da ONG Conservation International Brasil. Na fase do refino, existe o problema do descarte de efluentes líquidos, a emissão de gases e vapores tóxicos para a atmosfera, além dos resíduos sólidos, normalmente armazenados em aterros industriais.
Já os impactos produzidos pelo derramamento de óleo na água são mais visíveis. Especialistas em poluição enfatizam que os acidentes deixam marcas por vinte anos ou mais e que a recuperação é sempre muito longa e difícil, mesmo com ajuda humana. O contato com o petróleo cru causa efeitos gravíssimos principalmente em plantas e animais. O óleo recobre as penas e o pelo dos animais, sufoca os peixes, mata o plâncton e os pequenos crustáceos, algas e plantas na orla marítima. Nos mangues, o petróleo mata as plantas ao recobrir suas raízes, impedindo sua nutrição. Além disso, a baixa velocidade das águas e o emaranhado vegetal nesses locais dificulta a limpeza. O petróleo, embora seja um produto natural, originário da transformação de materiais orgânicos, existe apenas em grandes profundidades, entrando muito pouco em contato com o ambiente terrestre, fluvial ou marítimo. É insolúvel em água e tem uma mistura corrosiva venenosa com efeitos difíceis de combater.
A região da costa do Alasca, por exemplo, continua a apresentar até hoje problemas resultantes dos resíduos do óleo derramado pelo petroleiro Exxon Valdez, mesmo após 15 anos do acidente. Em 1989, o navio liberou 42 milhões de litros de óleo no mar contaminando uma extensão de 1900 quilômetros. Técnicos do Greenpeace acreditam que a recuperação da área ainda está longe de ser alcançada. A empresa Exxon, que comercializa produtos da marca Esso, foi multada em US$ 5 bilhões pelos danos ambientais causados, mas entrou na justiça recorrerendo da decisão.
Mais segurança e pesquisas para amenizar danos
Depois do acidente na Baía de Guanabara, em 2000, a Petrobras iniciou a implementação do Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional - Pégaso. O objetivo é criar padrões internacionais de segurança e proteção ambiental na empresa. Foram instalados nove centros de defesa ambiental no país. Segundo o departamento de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobrás, esses centros funcionam como uma espécie de corpo de bombeiros contra vazamentos de óleo, com profissionais de prontidão 24 horas, barcos, balsas, recolhedores e milhares de metros de barreiras de absorção e contenção de óleo. Além disso, a Petrobras mantém uma embarcação na Baía de Guanabara, no litoral de Sergipe e no canal de São Sebastião, em São Paulo, especializada no controle de vazamentos. Todas as unidades da companhia no Brasil tem Certificado ISO 14001, que exige a manutenção de sistemas de monitoramento do impacto de suas atividades.

Fonte: Departamento de Segurança e Meio Ambiente da Petrobras

Enquanto isso, no Parque de Desenvolvimento Tecnológico da Universidade Federal do Ceará, Padetec, começam as primeiras simulações de campo do uso da quitosana na remoção de óleo do mar. O objetivo é desenvolver um produto baseado em uma bactéria imobilizada em quitosana que biodegrade o óleo. A quitosana é um derivado de quitina, biopolímero encontrado em invertebrados marinhos, insetos, fungos e leveduras. No processo químico de absorção de óleos, a quitosana envolve as gotas de óleo ou gordura, aprisionando-as. "Nos últimos ensaios realizados de simulação de vazamento o percentual de remoção de petróleo foi calculado em 92%. É provável que com a utilização do processo possamos reduzir significativamente os níveis de contaminação em um tempo muito menor que a biodegradação natural", acredita o professor Afrânio Craveiro, que coordena os estudos sobre os polímeros naturais no Padetec. A utilização de microorganismos nativos da biota é uma alternativa para a diminuição do tempo de recuperação e para amenizar os danos. Muitas vezes os métodos utilizados para remoção do petróleo, como água quente, vapor e solventes, são tão danosos quanto o óleo.
Clareiras na Amazônia
O Brasil já ocupa o segundo lugar entre os maiores consumidores de gás natural, com mais de 920 mil veículos adaptados para utilizá-lo. O GNV apresenta bom rendimento econômico e sua combustão é limpa, razão pela qual ele dispensa tratamento dos produtos lançados na atmosfera. Outra vantagem é que motores movidos a gás apresentam menor índice de desgaste das peças. Para ampliar o fornecimento do gás natural no Brasil, a Petrobrás está investindo no potencial das reservas deste combustível em plena selva amazônica. O maior obstáculo para a exploração destes recursos na selva são os ambientais, já que o escoamento das reservas impõe a construção de milhares de quilômetros de gasodutos rasgando a floresta. O gasoduto fica enterrado a uma profundidade de no mínimo um metro. Seu tempo de vida útil é de 20 anos. As críticas apontam para o risco de contaminação da água e do solo e a alteração da vida das populações indígenas e ribeirinhas. A construção dos gasodutos demanda a abertura de estradas e de uma faixa de vinte metros de largura para colocação dos tubos. Muitas operações tem que ser feitas de helicóptero, abrindo clareiras na floresta para pousos e decolagens. O desmatamento, por sua vez, implica no desaparecimento de espécies e degradação do solo.
Na primeira fase de exploração dos recursos minerais da Amazônia a solução encontrada para os problemas de escoamento da produção tinham menor impacto na região. Quando a produção de petróleo atingiu os três mil barris diários foi construído um pequeno oleoduto de Urucu até o Rio Tefé. De lá, o óleo seguia em em barcaças até o Rio Solimões onde a Petrobras construiu um terminal com uma grande embarcação chamada de "navio-cisterna" para armazenamento. Outros navios então buscavam o óleo para levá-lo para a Refinaria de Manaus (Reman). "Quando você abre um estrada ou uma clareira longa no meio da mata, especuladores começam a ocupar as laterais. É um processo inevitável sob o qual não se tem controle e que detona ainda mais o processo de desmatamento", explica o professor titular do departamento de geografia da USP Aziz Nacib Ab'Saber. Na sua opinião, para solucionar a complicada logística para o transporte, em hipótese alguma deveriam ser estabelecidos os dutos de longa distância, já que esta estratégia seria o caminho para uma expansão fundiária previsível. "Melhor seria usar um ponto na estrada Porto Velho- Amazonas e fazer uma instalação com reservatórios grandes para o óleo e o gás extraídos de Coari. Destes reservatórios eles seguiriam para Manaus, Roraima e Acre, sem precisar abrir outras estradas", sugere Ab' Saber.
A pequena cidade de Coari, a 600 quilômetros de Manaus, já dá sinais de mudanças depois do início da exploração do petróleo e do gás natural pela Petrobras. Como a cidade passou a receber muito dinheiro com os royalties da exploração, começou também a atrair outras populações, tanto das redondezas como de outras regiões, em busca de emprego. O novo perfil trouxe problemas como aumento da prostituição e da violência, por exemplo. A população ribeirinha também sente o afastamento dos peixes devido à movimentação das embarcações no terminal construído pela Petrobras no Rio Solimões. A jazida de Coari foi descoberta em 1986. Estima-se que tenha 50 bilhões de metros cúbicos de gás natural ou 10% das reservas nacionais. Urucu tem ainda 100 milhões de barris de óleo de boa qualidade.
Para recuperar as áreas desmatadas pela exploração do gás foi criada a rede Clareiras na Amazônia: avaliação, prevenção e recuperação dos danos causados em áreas de prospecção e transporte de gás natural e petróleo na Amazônia Brasileira, projeto coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (Inpa). Composta por nove instituições de ensino superior, a Rede desenvolve tecnologias para recuperar áreas abertas na floresta. Segundo o coordenador da Rede, Luiz Antonio de Oliveira, cerca de 300 hectares foram desmatados até agora. Destes, menos de 30 ainda estão em fase inicial de recuperação. Antes dos desmatamentos é feita caracterização da flora e da fauna das regiões. "Esse trabalho tem permitido catalogar novos insetos, pássaros e plantas já que o local é de mata virgem e controlado pela Petrobras, que proíbe a caça e a pesca", conta Oliveira. O trabalho teve início em 2003. Já foram investidos R$ 1,5 milhão financiados pela Finep (Financiadora e Estudos e Projetos), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, através do Fundo Setorial do Petróleo. A Petrobras também mantém um viveiro com mudas de plantas para recobrir as áreas o mais rapidamente possível já que a abertura de clareiras na floresta retira a vegetação e a camada superficial do solo, expondo-o à chuva e ao sol, o que pode provocar a erosão. Através de sensoriamento remoto é possível acompanhar o estágio de reflorestamento das clareiras. A equipe do projeto faz visitas diárias às clareiras e jazidas. "Sabemos que uma clareira está efetivamente recuperada quando a vegetação cobre toda a área e há a formação de matéria orgânica sobre a superfície do solo", explica o coordenador.
Hidrogênio: forte candidato para substituir o petróleo
Considerado o melhor candidato para substituir os combustíveis fósseis em veículos automotores, o hidrogênio é abundante no planeta e sua combustão só gera água pura. Pode ser produzido a partir de diversas fontes: álcool, biogás, água, gás natural, biodiesel. Ainda é um combustível mais caro do que o petróleo, mas está sendo considerado a solução dos problemas ambientais associados aos combustíveis fósseis, principalmente quanto às emissões de dióxido de carbono, o CO2. A partir de 1999, o Ministério da Ciência e Tecnologia passou a avaliar a reforma de etanol como alternativa para produção de hidrogênio para abastecer o mercado interno e a América Latina. Em 2001, foi criado o Centro Nacional de Referência em Energia do Hidrogênio (Ceneh) e, em seguida, o Programa Brasileiro de Sistemas de Célula a Combustível (Procac). No Segundo Encontro sobre Célula a Combustível, realizado no mês de outubro no Ipen, em São Paulo, Adriano Duarte Filho, coordenador adjunto do Procac, afirmou que o objetivo do programa é tornar o país um produtor internacionalmente competitivo nessa área.
A tecnologia das células a combustível converte a energia química do hidrogênio em eletricidade e tem como resíduo a água. Um carro com célula a combustível e abastecido com hidrogênio praticamente não vaza óleo, não emite ruído e poluentes, além de ser entre duas e três vezes mais eficiente que um carro com motor a combustão. Na opinião do professor e físico Ennio Peres da Silva, representante da Unicamp no Ceneh, no início da próxima década já estarão nas ruas alguns veículos comerciais. Hoje eles já existem, mas são fornecidos apenas em condições especiais. Frotas de veículos só a partir de 2020. "Isso vai depender de muitos fatores, como o agravamento das questões ambientais associadas ao efeito estufa, lideranças políticas, influências de grupos econômicos etc.", completa ele. O gás natural, mesmo com os melhores sistemas de redução de emissões, ainda emite o CO2. Com o hidrogênio a emissão é praticamente nula, desde que ele seja obtido de fontes renováveis de energia, segundo Silva. Do ponto de vista de segurança, ele tem o mesmo nível de periculosidade do gás natural. "Hoje em dia as normas de segurança para o manuseio de combustíveis são muito rigorosas e, atendendo-se essas normas, não deve haver maiores problemas com o uso do hidrogênio", acredita o físico.

Enquanto tecnologias seguras para a exploração de petróleo não são disponibilizadas, a solução para os inúmeros problemas derivados dessa atividade pode ser a exclusão de áreas mais sensíveis. A região de Abrolhos na Bahia conseguiu ser poupada da exploração. O Banco de Abrolhos é uma área rasa com cerca de 56 mil quilômetros quadrados, ao largo da costa sul da Bahia. É a região com maior biodiversidade no Atlântico Sul onde, por exemplo, ocorre a reprodução de baleias jubarte no Atlântico. Abrolhos tinha sido incluída nas rodadas de licitações para exploração de petróleo marinho da Agência Nacional de Petróleo, ANP. A ONG Conservation International Brasil liderou um estudo com outras instituições para avaliar os impactos da exploração e produção de petróleo no Banco de Abrolhos e adjacências. Do estudo resultou um banco de dados com registros de tartarugas, cetáceos, peixes, plantas, corais, além de informações sobre o uso turístico e pesqueiro da região que foi confrontado com os impactos potenciais e efetivos das operações com petróleo. "A versão final do documento gerou um processo de discussão que resultou na exclusão de 162 blocos dos processo de licitação pelo governo brasileiro. Outros 81 blocos foram excluídos por medida cautelar pela justiça federal", conta Guilherme Dutra, biólogo e diretor do programa marinho da CI-Brasil. Ele defende a exclusão de áreas mais sensíveis do foco da exploração de petróleo. "As complexas implicações ecológicas, sociais e econômicas da exploração de óleo e gás natural em áreas de recifes de corais ainda necessita de maior atenção por parte dos governos, ambientalistas, da academia e do setor privado", completa.