TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Descoberta de petróleo em Sergipe muda ‘tabuleiro’ de royalties
O Globo, Economia - Vivian Oswald 

A confirmação da presença de petróleo e gás em águas profundas na bacia Sergipe-Alagoas, anunciada ontem (21) pela Petrobras, pode mudar o xadrez da distribuição dos royalties. A descoberta revela que outros estados podem passar a ser grandes produtores de petróleo no mar, além de Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. Assim, terão de se dispor a dividir as riquezas do futuro. A reação foi imediata. O secretário de Desenvolvimento do ES, Marcio Félix, mandou ainda pela manhã um tweet para o governador de SE, Marcelo Deda: "Sergipe poderá não ganhar os royalties da importante descoberta de Barra com as mudanças nas regras sobre royalties".
A proposta apresentada pelo governo na semana passada e a do senador Wellington Dias (PT-PI) se concentram justamente na divisão dos royalties no mar entre as unidades da federação..Os estados produtores já haviam apresentado como argumento, para sensibilizar as outras unidades da federação, um mapa com o potencial de novas descobertas nas bacias sedimentares do país. Diziam que optar agora pela divisão dos royalties por igual poderia limitar o potencial de receitas de estados e municípios no futuro sobre a exploração de novas áreas.
Descoberta de petróleo e gás na Bacia de Sergipe-Alagoas


A Petrobras confirmou a presença de acumulações de petróleo e gás em águas ultraprofundas na Bacia de Sergipe-Alagoas, após conclusão de teste de formação na área de concessão BM-SEAL-11, localizada no bloco SEAL-M-426. Trata-se do primeiro projeto exploratório em águas ultraprofundas na parte sergipana desta bacia. O poço, denominado 1-BRSA-851-SES (1-SES-158), conhecido informalmente como Barra, está localizado em profundidade de água de 2.311 metros, a 58 km da costa do estado de Sergipe e a 90 km da cidade de Aracaju. As informações até agora obtidas são suficientes para confirmar a descoberta de uma nova província petrolífera na Bacia de Sergipe-Alagoas.

A comprovação da descoberta ocorreu por meio de perfilagem (registros de características de uma formação) e amostragem (líquidos e gases) de fluido em teste de formação a poço revestido. Foram confirmadas excelentes condições de porosidade dos reservatórios em profundidade de cerca de 5.050 e 5400 metros.  No intervalo superior, foi constatado condensado e petróleo leve de excelente qualidade, com grau API em torno de 43º e no intervalo inferior, verificou-se a ocorrência de petróleo com 32º API. Além disso, a ANP aprovou a proposta de Plano de Avaliação enviada pelo consórcio, com  objetivo de delimitar a acumulação descoberta.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Opinião e Comentario

Bom dia!


Como já viram não sou muito de escrever,prefiro colocar assuntos que vão de interesse para quem acessa o blog,mais não posso deixar de comentar sobre alguns comentários do Sr Marcos Valério Silva,até mesmo coloquei uma reportagens dele no blog " Curso fácil emprego difícil ",ontem procurando em alguns blogs assuntos de interesse geral li algunas postagem desse senhor,não questiono sua capacidade profissional pois sei que o mesmo esta onde está hoje profissionalmente graças a boas escolas e vontade própria.
Disser que cursos de Capacitação;Qualificação;Técnicos e Tecnólogos não serve para nada, isso não pode ser deixado de lado,realmente há muitas escolas e até Faculdades ou Universidades que deixam a desejar sobre os cursos na área de Petróleo e Gás,mais isso não generaliza a todos.
Há escolas e escolas,os cursos de capacitação dão uma base ao jovem,os técnicos e tecnólogos lapidam mais o profissional e com certeza o curso universitario dão o acabamento final disso tudo.
Mais é bom lembrar que todos iniciam de baixo,tem que aprender de alguma forma,achar qual realmente é sua afinidade profissional no segmento de Petróleo e Gás para então crescer,canso de ver jovens recem formados em cursos universitarios de Petróleo e Gás iniciarem como homem de área e ai? é uma ofensa profissional aprender por baixo ou devemos disser não! só entro para ser Engenheiro! Qual é ? Devemos sim buscar aprender de todas as formas seja curso básicos ou não e a qualificação se adquire no tempo de serviço,aos poucos,a menos que as empresas desejem tão rapidamente profissionais que abre mão de certo requisitos e um deles é a pratica em si.
Devemos ter cuidado com que muito se lê na net pois tem muita gente que fala besteira e parece que tem medo de novos profissionais que surge no mercado,ao invés de ficar falando faça seu trabalho e preocupe-se com profissionais que estão vindo de fora pois aqui é um paraíso para eles devido a  nossa falta no mercado.
Infelizmente não são todos que tem oportunidade de estudar em otimas escolas e terem a chance de trabalhar no exterior conseguindo assim empregos de qualidade.
Sempre falo nas minhas aulas aprendam Inglês,Informática com base maior em Planilhas de Excell,façam cursos de extensão,cursos técnicos com base na linha de petróleo,para chegar em uma faculdade mais estruturado.
O mercado existe para todos,só os bons profissionais sobrevivem em todos os segmentos não só de Petróleo,mais não tem muita escolha devemos começar de baixo,procurar uma escola com bons preceitos no mercado,não acreditar em promessas de emprego fácil ou estagio,nenhuma escola de base faz isso é mentira!Só alguns cursos técnicos dão a pratica na sua grade curricular se informe e nenhuma faculdade ou universidade da estagio ou emprego devemos procurar sozinhos.
Cursos rápidos dão noções para você nada mais que isso e se você saiu agora do ensino médio ou ainda esta nele se não tiver uma boa base de química,física,matématica todo fica mais difícil,mais não impossível.
Pense nisso!


Felicidades!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Nem Todo o Petróleo é Nosso

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"Os autores deste livro demonstram que hoje, devido a descaminhos na política energética brasileira, 'Nem Todo o Petróleo É Nosso'. Dentre os recursos naturais de maior importância e, por isso, alvo da maior cobiça internacional, destaca-se o petróleo, fonte de energia para muitas atividades essenciais, principalmente o transporte, mas também para o rico e amplo espectro da petroquímica. O Brasil criou o seu modelo de aproveitamento do ouro negro, consolidado na década de 1950, com a criação da Petrobrás, garantindo para os brasileiros os frutos de tão preciosa riqueza. Também traçou rumos adequados para a produção da hidroeletricidade e, mais tarde, para os bio-combustíveis". - Adriano Murgel Branco.

Entrevista com Sonia Agel

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1X) A realização da 11ª rodada de Licitações de Áreas da ANP está na dependência da aprovação presidencial. A entrevista
 dessa semana é com a Sonia Agel, do escritório Schmidt, Valois, Miranda, Ferreira & Agel - Advogados. Ex-Procuradora Geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a especialista fala sobre temas polêmicos do setor petrolífero, como a 11ª Rodada de Licitações e a questão dos royalties.
1X) Pode não haver tempo hábil para que ela aconteça ainda em 2011. A senhora acha que há prejuízo para o setor e para a agência caso a rodada fique para 2012?
A interrupção das rodadas de licitações patrocinadas pela ANP, com sucesso durante 10 anos, traz prejuízos não somente para o setor mas também para o País, seja pelo adiamento da esperada auto suficiência do petróleo, como da limitação dos recursos advindos das participações governamentais além da possibilidade de ampliação do mercado de trabalho. Ademais, acredito que essa interrupção possa fazer com que o portfólio das empresas passe a focar outros países produtores, como por exemplo, a Africa.
2X) O setor petrolífero nacional está acolhenco cada vez mais empresas locais como HRT, Queiroz Galvão e OGX. Qual a sua expectativa para a 11ª rodada, com relação à possível participação de petrolíferas brasileiras nos leilões?

Pelo interesse já demonstrado por inúmeras empresas nacionais e estrangeiras, acredito que a 11ª Rodada seria um sucesso. Pelo perfil das áreas que, segundo divulgado na mídia, seriam oferecidas, uma grande parte das empresas participantes seria de médio porte, nacionais ou estrangeiras.
3X) Como se dá o processo dos leilões da AN, durante sua realização, ou seja, como funciona a disputa no dia da licitação? O mecanismo é o mesmo de um leilão comum ou há alguma especificidade?
O leilão de blocos obedece um procedimento próprio conforme previsto na Lei do Petróleo e na regulamentação expedida pela própria ANP. Até a 10ª Rodada, a oferta para os diferentes blocos era composto de um Bônus de Assinatura mais um comprometimento com um Programa Exploratório Mínimo e um também comprometimento com um percentual de conteúdo local nas operações de exploração e produção. Cada um desses três itens possui um peso que ao final, combinados, indicam o vencedor com a melhor oferta. Não há como afirmar se essa regra será mantida na 11ª Rodada, caso aconteça.
4X) Com relação à disputa pelos royalties do petróleo, qual a sua opinião sobre os modelos de concessão e partilha? Qual deles se adapta melhor à realidade do setor petrolífero brasileiro e por que?
O modelo de  concessão mostrou ser o modelo adequado para atrair a entrada de novos agentes a exemplo dos países mais desenvolvidos tais quais Estados Unidos, Canadá, Noruega, Dinamarca, Holanda, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Venezuela e Arábia Saudita, dentre outros, que o adotam. Segundo esse modelo,  as reservas de óleo e gás contidas no subsolo constituem propriedade do Estado, o qual permite que empresas nacionais e estrangeiras, possam explorá-las, por sua conta e risco, isoladamente ou em consórcio com outras empresas, sob a regência das condições e prazos previstos no contrato e mediante a compensação obrigatória ao Estado através do pagamento das Participações Governamentais.
O Contrato de Partilha da Produção adotado nos países como Indonésia, Malásia, China, Índia, Paquistão, Yemen, Omã, Síria, Egito, Líbia, Nigéria, Angola, Curdistão, Cazaquistão, dentre outros, tem como principal característica a divisão, entre a União e a empresa contratada, do petróleo e gás natural extraídos de uma determinada área exploratória. O modelo adotado no Brasil, que tem a PPSA como participante obrigatória, juntamente com a Petrobras, em todos os contratos de partilha firmados, é uma grande incógnita quanto a sua eficácia e segurança jurídica.
5X) Qual a sua opinião a respeito da Medida Provisória que deu à ANP poder de regular o mercado de etanol? É positivo para o setor?
Em tese, o fato da ANP regular o mercado de etanol é positivo na medida que se trata de um combustível e, portanto sujeito à regulação como os demais. No entanto, a cadeia de etanol envolve outras entidades representativas cujos interesses podem gerar uma superposição de procedimentos burocráticos que inviabilizarão o mercado de etanol, já que, como uma commodity deve se submeter a um mínimo regramento.

Petróleo no Brasil – O crescimento


Em 2003, a descoberta de outras bacias estabeleceu um novo período da atividade petrolífera no Brasil. A capacidade de produção de petróleo passou a suprir mais de 90% da demanda por esta fonte de energia e seus derivados no país. Em 2006, esse volume de produção atingiu patamares ainda mais elevados e conseguiu superar, pela primeira vez, o valor da demanda total da nossa economia. A conquista da auto-suficiência permitiu o desenvolvimento da economia e o aumento das vagas de emprego.

Com o passar do tempo, o Brasil se tornou uma das únicas nações a dominar a tecnologia de exploração petrolífera em águas profundas e ultra-profundas. Em 1997, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, uma lei aprovou a extinção do monopólio estatal sobre a exploração petrolífera e permitiu que empresas do setor privado também pudessem competir na atividade. Tal medida visava ampliar as possibilidades de uso dessa riqueza.
Na década de 1960, novas medidas ampliaram o grau de atuação da Petrobras na economia brasileira. No ano de 1968, a empresa passou a desenvolver um projeto de extração iniciando a exploração de petróleo em águas profundas. Após as primeiras descobertas, outras prospecções ampliaram significativamente a produção petrolífera brasileira. Em 1974, ocorreu a descoberta de poços na Bacia de Campos, a maior reserva de petróleo do país.
No ano de 2007, o governo brasileiro anunciou a descoberta de um novo campo de exploração petrolífera na chamada camada pré-sal. Essas reservas de petróleo são encontradas a sete mil metros de profundidade e apresentam imensos poços de petróleo em excelente estado de conservação. Se as estimativas estiverem corretas, essa nova frente de exploração será capaz de dobrar o volume de produção de óleo e gás combustível do Brasil.
A descoberta do pré-sal ainda instiga várias indagações que somente serão respondidas na medida em que esse novo campo de exploração for devidamente conhecido. Até lá, espera-se que o governo brasileiro tenha condições de traçar as políticas que definam a exploração dessa nova fonte de energia. Enquanto isso, são várias as especulações sobre como a exploração da camada pré-sal poderá modificar a economia e a sociedade brasileira.

A Crise do Petróleo


Foram vários os fatores que propiciaram a elevação do preço do petróleo, dentre eles podemos citar a criação da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), formada pelos principais produtores de petróleo do mundo para unificar o preço do produto, promovendo um cartel internacional e controlando a oferta do produto no mercado.Desde que o petróleo foi descoberto, no final do século XIX, foi consumido pela sociedade de forma abundante, principalmente na atual sociedade industrial e de consumo. Na década de 70 descobriu-se que o petróleo é uma fonte esgotável, tal afirmação elevou o preço do produto, em pouco mais de sete anos o preço do barril de petróleo praticamente triplicou. Isso provocou o aumento do valor do produto primário de países subdesenvolvidos, superando os produtos industrializados oriundos de países desenvolvidos.
O petróleo também serve como instrumento político para exercer pressão sobre as grandes potências mundiais.  Estados Unidos e Europa apoiaram Israel na guerra contra os Árabes, fornecendo armamentos, tal fato irritou os países Árabes, que utilizou o petróleo como meio de atingir as nações que apoiavam Israel, pois diminuíram a produção e elevaram os preços. Entre as décadas de 80 e 90 várias oscilações no valor do petróleo ocorreram.
As crises do petróleo podem ser provocadas por conflitos no Oriente Médio, que limita a produção e eleva o valor. O nível de consumo de um importador interfere no preço, o que reforça a lei da oferta e procura. Ao analisar esses fatos, que muitas vezes provocam divergências, dá para imaginar o que acontecerá quando esse recurso esgotar, pois estimativas revelam que o combustível se findará daqui a 70 anos, aproximadamente, o que forçará o homem a buscar novas alternativas de fonte de energia.

Mais 2,2 bi de barris às reservas
J.Commercio, Economia 

O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse ontem que a empresa já descobriu 2,2 bilhões de barris de petróleo em áreas concedidas da Bacia de Campos nos últimos anos com o projeto varredura. O programa objetiva perfurar nas áreas dos campos de concessão da estatal para encontrar novos reservatórios e adicionar produção naquelas capacidades já instaladas. “Com esse programa descobrimos nos últimos anos mais de 2,2 bilhões de barris que serão incorporados nas nossas reservas, dos quais nós já estamos produzindo hoje quase 127 mil barris por dia”, disse Barbassa no Encontro Econômico Brasil-Alemanha, no Rio.

Segundo ele, há 67 oportunidades de perfuração na região nos próximos cinco anos, incluindo descobertas no pré-sal e no pós-sal, dentro de áreas de concessão da Petrobras. Barbassa disse ainda que, com mais sondas disponíveis, a Petrobras deve reforçar esse trabalho e o patamar de 2,2 bilhões de barrir pode subir, com a realização de novas pesquisas geológicas.
Planos para perfurar mais sete poços
Brasil Econômico, Empresas - Ricardo R Monteiro 

Única petrolífera estrangeira na condição de operadora em campo no pré-sal brasileiro – no prospecto batizado de Gato do Mato, no BM-54 – a Shell planeja perfurar seis a sete poços de exploração no Brasil, ainda este ano. No início de 2012, os planos incluem a perfuração dos primeiros dos seis poços de produção previstos para a fase 2 do Parque das Conchas (BC-10), um projeto sobre o qual deposita expectativas ambiciosas. A companhia tem expectativa de alcançar 30 mil barris por dia no local.
Embora tenha sido mal sucedida na perfuração de um poço no pré-sal do Parque das Conchas, a companhia deposita expectativas de encontrar óleo comercialmente viável na nova província petrolífera, no BMS-54. Como se localiza na Bacia de Santos, em área próxima a campos já em produção da Petrobras, a petrolífera estrangeira espera ter melhores resultados do que no pré-sal do BC-10. O BMS-54 chegou a ser a ser incluído no balanço mundial da matriz já em 2010.
Rio tem maior concentração de investimentos do mundo
 

O Rio de Janeiro vai receber, de 2011 a 2013, investimentos públicos e privados que somarão R$ 181,4 bilhões. Comparado com a dimensão territorial do estado (43,7 mil km2), o volume do investimento é de mais de R$ 4 milhões por quilômetro quadrado, fazendo do Rio o maior concentrador de investimentos do mundo. Os dados são do estudo Decisão Rio do Sistema FIRJAN, que mapeia os investimentos anunciados para o estado no período de três anos. Na comparação com o Decisão Rio 2010-2012, houve aumento de 45,2% nos investimentos na indústria de transformação, com destaque para o aumento dos investimentos na indústria naval (254%).
O setor de Petróleo e Gás receberá cerca de R$ 107,9 bilhões em investimentos da Petrobras e de empresas parcerias. E, para os demais setores, está previsto o total de R$ 6,7 bilhões. Os principais investimentos são os projetos relacionados à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos (R$ 11,5 bilhões), Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (R$ 9,1 bilhões), Usina termonuclear Angra 3 (R$ 8 bilhões), Estaleiro da Marinha do Brasil / Prosub (R$ 3,8 bilhões), Estaleiro OSX (R$ 2,3 bilhões). Também se destacam a Brasfels (R$ 1,9 bilhão), Eisa (R$ 1,8 bilhão), Complexo Portuário do Açu (R$ 1,8 bilhão), Refinaria Duque de Caxias (R$ 1,3 bilhão). O Norte Fluminense receberá 7,7% desses investimentos em função da infraestrutura logística, siderurgia, energia e indústria naval.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Só infraestrutura avança na indústria
Estadão, Economia - Renée Pereira 

Nos próximos três anos, a indústria eólica vai fabricar cerca de 4 mil aerogeradores e 4 mil torres; nos estaleiros, 278 embarcações já estão em construção e outras 65 ainda serão contratadas; no setor ferroviário, até o fim da década, a produção deverá atingir 40 mil vagões e 2.100 locomotivas. Ao contrário da indústria tradicional, esses fabricantes não têm do que reclamar: estão com a carteira cheia de pedidos e faturando como nunca. Alguns são estrangeiros e estão estreando no mercado brasileiro. Outros decidiram reativar antigas estruturas abandonadas por causa da falta de demanda.
Sem grandes negócios no mercado internacional, impactado pela crise mundial, as empresas decidiram se concentrar nos mercados emergentes. No Brasil, elas estão aproveitando para faturar em cima da baixa oferta da infraestrutura brasileira, que representa inúmeras possibilidades de investimentos. No setor naval, só as ampliações já não resolvem mais. O jeito tem sido abrir novos estaleiros. São sete empreendimentos em construção no Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro. De inexpressiva no início dos anos 2000, a indústria naval brasileira já representa 4% do volume total de navios em construção no mundo.
Petrobras deve deixar blocos em que é minoritária no México
DCI, Indústria 

O plano de desinvestimento de USD 13 bilhões que a Petrobras realizará nos próximos dois anos e meio para direcionar seus recursos no mercado nacional já tem um alvo: as participações minoritárias em blocos do Golfo do México que deverão ser vendidas. Segundo o gerente executivo da estatal para Estados Unidos, África, Europa e Ásia, Fernando Cunha, a empresa ainda não tem uma lista dos ativos que devem ser colocados à venda. Ele ressaltou, no entanto, que estão fora desse grupo os campos de Cascade e Chinook, que a Petrobras opera na região.
Sobre as operações da empresa no exterior, ele (Fernando Cunha) afirmou que a empresa não está cogitando sair da Nigéria. Lembrando que a companhia produz óleo de “excelente qualidade” no país. O executivo também afirmou que a operação em Portugal é interessante para a companhia. Sobre Angola, Cunha declarou que se trata de uma província importante. A empresa detém o bloco 26 e deve furar um poço no pré-sal angolano.
OGX recebe Licença e inicia instalação na Bacia de Campos
NN - Redação 

A OGX, empresa brasileira de óleo e gás natural,  recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) Licença de Instalação (LI) referente ao Teste de Longa Duração (TLD) e Desenvolvimento da Produção de Waimea, no bloco BM-C-41, na Bacia de Campos. A OGX detém 100% de participação nesse bloco. Após a concessão da licença, a companhia iniciou a instalação dos equipamentos para o começo do TLD em Waimea.
A instalação dos equipamentos submarinos será feita através do barco Aker Wayfarer, que tanto tem capacidade de instalar o sistema de ancoragem do FPSO OSX-1, quanto de interligar as linhas flexíveis. Para iniciar a ancoragem, as estacas são cravadas uma a uma e suportam a boia através de amarras e cabos. Finalizada essa ancoragem, inicia-se a interligação das linhas flexíveis à boia que será posteriormente conectada ao FPSO.
Sinal vermelho para petróleo na Bahia
O Globo, Economia - Catarina Alencastro 

O Ibama negou licença para a exploração de petróleo no Brasil, o que não acontecia há seis anos. Terminou na noite da última quinta-feira (15), um imbróglio que se arrastou durante quase oito anos, quando a empresa americana El Paso Óleo e Gás do Brasil deu início ao processo de licenciamento ambiental para explorar petróleo e gás em águas rasas no Campo de Pinaúma, a 11 km da Ilha de Boipeba, no Sul da Bahia. Segundo o Ibama, não há viabilidade ambiental para que o empreendimento aconteça, ainda que a empresa tenha modificado seu projeto original, afastando-o da costa e diminuindo o número de poços e perfurações.
A comissão de Avaliação e Aprovação de Licenças Ambientais do Ibama entendeu que por estar a tal proximidade da costa, um potencial vazamento de óleo poderia não ser contido a tempo, já que em oito horas o óleo chegaria à praia, arrasando pelo caminho corais e manguezais. Por outro lado, a região próximo ao Morro de São Paulo, também tem uma fauna marinha que só existe ali e tartarugas marinhas ameaçadas de extinção. E a exploração causaria impactos graves a esse bioma. Além de não apresentar medidas migratórias  suficientes, o Ibama avaliou que a empresa não explorou a tecnologia de ponta disponível no mundo para minimizar o impacto.

domingo, 18 de setembro de 2011

A importância do Direito do Gás no Brasil

O Direito do Gás é um tema intrigante, tendo em vista que passamos décadas perfurando poços petrolíferos, mas apenas há pouco tempo passamos a nos preocupar com a utilização do gás na matriz energética. O conhecimento aprofundado no gás passou a ter relevância técnica nos projetos petrolíferos, até se tornar um novo desafio mundial na indústria exploratória do setor de Oil and Gas. Na atualidade, o impacto ambiental da não utilização de tal recurso natural, os prejuízos econômicos, começaram a fazer parte dos estudos globais dos players da E&P, que se questionaram sobre as perdas e problemas relacionados a liberação de tais bens naturais na atmosfera, além dos bilhões de dólares anuais que tal perda significava. Então, analisar o uso do gás na elaboração de um projeto petrolífero ou social de um país, tornou-se mais um diferencial nas etapas de planejamento de uma empresa exploratória de tal recurso natural.
O sucesso da utilização do Gás é um dos objetivos da indústria nacional e internacional, compatibilizando também os custos de tal utilização no mercado de consumo. Logo, a indústria do Gás necessita ampliar os estudos sobre as áreas de exploração, criando um cenário geológico e um levantamento do que será explorado, para a minimização de riscos e ampliação das chances de sucesso nos empreendimentos ligados a cadeia de consumo do gás. O Gás, em sua nova potencialidade mercadológica, está numa vertente crescente, já que traduz um mercado de ampla expansão, mas de vultuoso investimento mundial. Mega descobertas de tal substância em atividades exploratórias, revelam um enorme potencial de produção de energia. Com isso, a indústria do Gás no Brasil vem ampliando sua malha tecnológica e os investimentos financeiros para atender as novas demandas do consumo. Por isso, investir no desenvolvimento sustentável e assegurar uma legislação robusta nacional é nosso grande marco.
O nosso “gol” será investir em infra-estrutura, mão de obra especializada, equipamentos, proteção ambiental, para que a atividade no setor continue movimentada. O mercado de trabalho tende a crescer, tal como a necessidade de novos profissionais nos setores jurídicos, de transportes, logística, na área de suprimentos, além de um novo corpo administrativo interno nas empresas que visam tal fatia da indústria. No ano de 2011, por exemplo, o país possui tal “Ouro” em vários setores em áreas onshore e offshore, o que permite uma corrida ao “Eldorado Brasileiro”.
O investimento no mercado do gás se tornou mais procurado, tendo em vista que os riscos foram abrandados, o que permitiu ao investidor internacional optar pelo Brasil como a nova fonte de riquezas, trazendo novos negócios e serviços ao nosso país. Logo, por meio da nova lei do gás nº 11909 de 4 de março de 2009, houve o início do novo marco legal do Direito do Gás. Estude tal tema, invista e saia na frente neste novo mercado.