TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014












Curso de Primeiros Socorros 


Descrição
- Em conformidade com a NORMAM-24;
- Duração: 52 horas; - Validade: 5 anos.
Público-alvo
- Trabalhadores e profissionais do segmento offshore.

Pré-requisitos
- Apresentar ASO em dia ou atestado de boas condições
  físicas e mentais recente (último 3 meses);
- Ter concluído com aproveitamento o curso básico de
  segurança (sigla em inglês BST) nos últimos 5 anos /
  atualmente CBSP;
- Ter mais de 18 anos de idade até o dia da inscrição.

Conteúdo
- Importância dos primeiros socorros a bordo;- Conceito de primeiros socorros;- Etapas básicas em primeiros socorros;- Funções vitais;- Sinais vitais e sinais de apoio;- Parada cardiopulmonary;- Hemorragia;- Queimaduras.- Intoxicação;- Alterações circulatórias;- Corpos estranhos;- Transporte de acidentados;- Lesões de tecidos moles;- Lesões traumato-ortopédicas;- Estojo de primeiros socorros;- Gestão da saúde a bordo;- Gestão da enfermaria de bordo;- Gestão da farmácia de bordo.






Curso de Embarcações de 

Sobrevivência e Salvamento 

Descrição
Duração: 44 horas
Validade: 5 anos
Público-alvo
Trabalhadores e profissionais do segmento onshore, integrantes das embarcações de salvamento(baleeira) e resgate (bote de resgate).

Pré-requisitos
- Ter mais de 18 anos;
- Ter concluído o ensino fundamental;
- Apresentar atestado de boas condições de saúde física e mental;
- Ter concluído, com aproveitamento o Curso Básico de Segurança de Plataforma (CBSP, antigo BST) nos últimos cinco (5) anos.
Objetivo
Qualificar o aluno não aquaviário, para as tarefas de lançamento e manobras com embarcações e equipamentos de sobrevivência e salvamento de acordo com o ítem 5.4 da resolução A-891 (21); Regra VI/2, Seção A-VI/2 e tabela A-VI/2-1 do Código STCW-1978.
Conteúdo
- Introdução e segurança no mar;
- procedimento de sobrevivência no mar;
- Uso de equipamentos de sobrevivência;
- Método de resgate por helicóptero
- Embarcações de salvamento e resgate;
- Equipamentos de lançamento;
- Embarcações de salvamento a motor e seus acessórios;
- Fornas de abandono;
- Ações a bordo de uma embarcação de sobrevivência;
- Primeiros socorros;
- Exercícios de lançamento e resgate de embarcação de salvamento;
- Lançamento e manobras sob mau tempo com elaboração de salvamento;
- Equipamentos rádio, sinalização e pirotécnicos;
- Exercícios e lançamento de balsas infláveis;
- Exercícios práticos de manobras.







Curso de Embarcações 

Rápidas de Resgate 

Descrição
Duração: 36 horas
Validade: 5 anos 

Público-alvo
- Trabalhadores e profissionais do segmento offshore integrantes das equipes das Embarcações de Rápidas e Resgate.

Pré-requisitos
- Ter mais de 18 anos;
- Ter concluído o ensino fundamental;
- Apresentar atestando de boas condições de saúde física e mental;
- Ter concluído, com aproveitamento o Curso Básico de Segurança de Plataforma (CBSP, antigo BST) e o Curso de Embarcação de Salvamento e Sobrevivência (CESS) nos últimos cinco (5) anos.

Objetivos
- Qualificar o aluno, não aquaviário, para as tarefas de Embarcação Rápida de Resgate de acordo com o item 5.4 da resolução A-891 (21), Regra VI/2, Seção A-VI/2 e Tabela A-VI/2-2 do Código STCW-1978
.Conteúdo

- Introdução e Segurança;
- Primeiros Socorros;
- Construção e Estrutura da Embarcação Rápida de Salvamento e Itens Individuais de seus Equipamentos;
- Características Particulares e Facilidades da Embarcação Rápida de Salvamento;
- Equipamentos de Navegação e Segurança disponíveis na Embarcação Rápida de Salvamento;
- Precauções de Segurança Durante o Lançamento e Recolhimento da Embarcação Rápida de Salvamento;
- Como Manobrar uma Embarcação Rápida de Salvamento em Condições de Tempo e Mar Adversos;
- Procedimento para Desemborcar uma Embarcação Rápida de Salvamento Emborcada;
- Padrões de Busca e Fatores Ambientais que Afetam Sua Execução;
- Avaliação de Prontidão da Embarcação Rápida de Salvamento e Equipamentos para Uso Imediato;
- Conhecimento da Manutenção, Reparos de Emergência, Enchimento Normal e Esvaziamento dos Flutuadores da Embarcação Rápida de Salvamento;
- Tipos de Motores;
- Operação dos Motores.
.








Equipe de Manobra de 

Combate à Incêndio em Aviação  

Descrição
Duração: 4 dias / 30 horas 
Validade: 2 anos

Público-alvo
- Componentes da Equipe de Manobra de Combate a Incêncio em Aeronave (EMCIA) para exercer a função de Agente de Lançamento e Pouso de Aéronaves (ALPH) ou de Bombeiro de Aviação (BOMBAV).

Pré-requisitos
O canditado deve estar em mínimas condições físicas,  mediante atestado de sáude ocupacional (ASO) ou equivalente, e deve ser considerado capaz de executar os exercícios e simulações previstos para este curso;
- Para certificação em ALPH é necessário 2º grau completo, e 1º grau completo para BOMBAV.

Objetivos
Habilitar componentes da equipe de segurança do helicóptero.
Conteúdo
- Filosofia da SIPAER;
- PPAA da Petrobras;
- NORMAM 27;
- Classes de incêndios e agentes extintores;
- Canhões e extintores de incêndio;
- Operações com helicópteros e preparação de heliponto;
- Aproximação e pouso de helicópteros;
- Sinais visuais entre o piloto e o ALPH, previstos na Legislação Aeronáutica;
- Comunicação rádio entre o helicóptero e a plataforma;
- Procedimento fonia previsto na Legislação Aeronáutica;
- Equipamentos de Emergência – uso e limitações;
- Saída de emergência de helicópteros;
- Transporte de carga – peso e limitações;
- Primeiros Socorros;
- Normas e procedimentos de segurança;
- Prática de combate a incêndio em helicópteros e familiarização com as aeronaves;
- Rotas de fuga do heliponto;
- Operação com fonte externa;
- Localização dos principais equipamentos de helicópteros;
- Embarcações e equipamentos de resgate;
- Combústivel;
- Procedimento em caso de Crash no heliponto e na água ;
- Transporte de passageiros – embarque, desembarque e cuidados.










Curso Avançado de 

Combate a Incêndio 


Descrição
- Duração: 40 horas;- Validade do treinamento: 5 anos.

Público-alvo
- Trabalhadores e profissionais do segmento offshore
 responsáveis pela brigada de incêndio.

Pré-requisitos
- Ter mais de 18 anos;
- Ter concluído o ensino fundamental;
- Apresentar atestando de boas condições de 
saúde física e mental;
- Ter concluído, com aproveitamento o 
Curso Básico de Segurança.

Objetivo:
- Proporcionar ao aluno conhecimentos sobre 
a organização, comando e táticas avançadas de 
prevenção e combate a incêndio de acordo com a  
Tabela A-VI/2-2 do Código STCW-1978.

Conteúdo
- Controle de operações a bordo;
- Organização e treinamento de equipes de combate;
- Inspeção em sistemas e equipamentos de detecção 
e extinção de incêndios;
- Noções de controle de avarias;
- Prática de combate a incêndio;
- Maracanã com aplicabilidade de LGE;
- Containers sobrepostos, simulação com paiol de tintas e cozinha;
- Praça de máquinas;
- Área de tanques






Escape de Aeronave Submersa 

Descrição
Duração: 8 horas 
Validade: 2 anos

Público-alvo
Trabalhadores e profissionais do segmento offshore.

Pré-requisitos
- Estar em condições mínimas de saúde física, atestada por exame
  médico (ASO – Atestado de Saúde Ocupacional) ou equivalente,
  para ser considerado apto a executar exercícios práticos previstos
  no currículo do treinamento.

Objetivos
- Instruir e treinar tripulação e passageiros nos procedimentos de segurança, escape de helicóptero submerso e de sobrevivência no mar.
Conteúdo

- Tipos de helicópteros empregados offshore;
- Procedimentos pré-embarque; 
- Procedimentos de segurança para embarque Procedimentos em vôo; 
- Procedimentos de segurança para desembarque; 
- Perigos associados ao helicoptero;  
- Medidas de segurança aplicadas aos helicópteros Perigos em caso de pouso de emergência; 
- Problemas adicionais em caso de pouso na água; 
- Preparação para pouso de emergência na água; 
- Preparação para pouso de emergência em terra; 
- Ações a serem tomadas após pouso de emergência controlado em terra; 
- Ações a serem seguidas após pouso controlado na água; 
- Prática de evacuação de helicóptero na superfície; 
- Prática de escape de helicóptero submerse; 
- Prática de escape de helicóptero submerso





Curso Básico de Segurança 

em Plataforma 

Certificações: Navy / -  068 /DPC – Sept/12/05 – Reconhecido pela Petrobras e  pelas bandeiras: Libéria, Ilhas Marshall e Panamá. 

Duração:  5 dias 


Validade: 5 anos

Público-alvo: Trabalhadores e profissionais do segmento offshore.

Pré-requisitos: O candidato deve estar em mínimas condições físicas,  mediante atestado de saúde ocupacional (ASO) ou equivalente, e deve ser considerado capaz de executar os exercícios e simulações previstos para este curso.

Objetivos: Preparar com teoria e prática, os profissionais para situações de emergência de abandono, reduzindo riscos de acidentes abordo de embarcações off-shore. 

Conteúdo

Proficiência em prevenção e combate a incêndios; 

Proficiência em primeiros socorros elementares;

Proficiência em segurança pessoal e responsabilidades sociais. 

Curso em conformidade com a Convenção Internacional sobre Normas de Treinamento de Marítimo, Expedição de Certificados e Serviços de Quarto (STCW) e Resolução IMO A.891 (21).

Avaliação de Treinando: Para ser considerado capaz, o estudante deverá demonstrar competência para desenvolver as  atividades práticas e teóricas.      

Número máximo de estudantes por grupo:20 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Petróleo e Gás Natural

São Paulo é referência nacional na indústria de petróleo e gás natural. De acordo com balanço de 2013 da Agência Nacional de Petróleo (ANP), as cinco refinarias em operação no Estado representam 42% da capacidade total do Brasil, sendo responsável por significativa produção de derivados, como gasolina, gás liquefeito de petróleo (GLP), óleo diesel, querosene, entre outros.
Esse desempenho relaciona-se estreitamente com o mercado regional de combustíveis fósseis, no qual São Paulo assume relevância, com 28% do mercado nacional (ANP – 2013). O Estado se sobressai também em relação ao consumo de gás natural, com participação de 23% do total nacional (ANP – 2013).
Em razão de seu conjunto estruturado de instituições de ensino e pesquisa e por sediar cerca de 50% da indústria nacional de fabricantes de equipamentos e prestadores de serviços para o setor, de acordo com estimativas do Conselho Estadual de Petróleo e Gás Natural de São Paulo (Cepeg), o Estado tende a ampliar ainda mais seu papel como referência tecnológica ao longo dos próximos anos.
Em nível nacional, a indústria petrolífera responde por mais de 11% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (IBGE – 2011). Colaboram para esta parcela de participação os investimentos da Petrobras e de outras operadoras do setor feitos nos últimos anos – em grande parte decorrente da descoberta e exploração do pré-sal na Bacia de Santos. O Brasil produz 2 milhões de barris de petróleo por dia (ANP, 2012) e a perspectiva é que a extração cresça significativamente com os esforços financeiros em curso.

Cadeia de fornecedores

A Investe São Paulo preparou um estudo que apontou os sete principais subsetores de atividades ligadas à cadeia produtiva de petróleo e gás natural com maior potencial para o desenvolvimento de novos negócios no Estado. Confira:


Estrutura 

Pré-sal

Estima-se que o volume total das reservas de petróleo na área do pré-sal da Bacia de Santos chegue a 14 bilhões de barris, com destaque para os campos de Lula (RJ) e Sapinhoá (SP), cujos volumes recuperáveis chegam a 6,5 bilhões e 2,1 bilhões de barris de óleo equivalente, respectivamente.Como consequência do alto potencial da região, estão previstos para esses campos a instalação e interligação de seis poços produtores em Lula e cinco em Sapinhoá. Para escoar o gás natural, foram instalados dois grandes gasodutos submarinos, um de 216 km, interligando Lula a Mexilhão, e outro de 145 km, de Mexilhão até a Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGM), em Caraguatatuba, cuja capacidade de processamento é de 20 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural (Petrobras – 2012).
Em 2012, a produção na Bacia de Santos chegou a 126 mil barris de petróleo por dia (bpd) com a manutenção de elevado índice de sucesso exploratório e a constatação de elevada produtividade nos poços produtores. Maior operadora na área, a Petrobras estima que a Bacia de Santos deverá produzir aproximadamente 2 milhões de barris de petróleo por dia, em 2020, coma instalação de 22 novos FPSOs (floating, production, storage and offloading) na região (Petrobras – 2012).
No Estado de São Paulo, estão localizados os campos de Sapinhoá, Carioca, Carioca NE, Guará Sul, Peroba, Caramba, Bem-te-vi, Merluza, Piracaba, entre outros

Novos investimentos

A confirmação dos investimentos da Petrobras na região até 2025, R$ 176 bilhões, representará para o Estado de São Paulo na fase de implantação dos projetos, 130 mil empregos diretos e, na fase de operação, 70 mil. Já em empregos indiretos, estima-se a geração total de 120 mil postos de trabalho.
Com foco nesse potencial, o governo paulista ampliou a oferta de cursos de capacitação profissional e a criação de planos de incentivo para tornar o Estado mais atraente às empresas de petróleo e gás, estimulando o fortalecimento da indústria e a geração de emprego e renda no setor.

Gás natural

São Paulo é o maior consumidor de gás natural do Brasil. Dividido em três áreas de concessão de distribuição de gás canalizado, o Estado é atendido pelas empresas Comgás, Gás Brasiliano e Gás Natural Fenosa, que, juntas, distribuíram em 2013 mais de 16,6 milhões de m³/dia, segundo dados de 2013 da Secretaria de Energia (SE) do Estado de São Paulo.
À medida que a estrutura de abastecimento vai crescendo, o gás natural passa a desempenhar um importante papel na economia paulista, principalmente na indústria, que concentra cerca de 80% do total consumido (SE – 2013). O desenvolvimento da cadeia produtiva do setor está relacionado à perspectiva de crescimento da oferta de gás natural a partir da produção do pré-sal. O incremento de sua exploração proporcionará ganhos ambientais, econômicos e de eficiência energética, além do aumento da competitividade do parque industrial.



Por que investir no setor de Petróleo 
e Gás Natural em São Paulo?

PROMON AJUDA A DESENVOLVER ESTALEIRO DE GRANDE PORTE NA PARAÍBA

Bruno PicozziA Promon Engenharia está ajudando a desenvolver um estaleiro de grande porte para docagens e reparos navais, a ser instalado no litoral norte do Estado da Paraíba. Segundo a empresa, a unidade será comparável às maiores instalações do tipo e deve operar a partir de meados de 2017.
O empreendimento está sendo desenvolvido com o grupo McQuilling Partners e foi nomeado Empresa de Docagens Pedra do Ingá  (EDPI), em alusão ao famoso sítio arqueológico do estado. O projeto será implantado em Lucena, na foz do Rio Paraíba.
Segundo Bruno Picozzi, diretor de novos negócios da Promon, a companhia está envolvida na elaboração dos estudos técnicos e na escolha da área de 83 hectares. “Para os estudos ambientais contamos com a expertise da Brandt Meio Ambiente, subsidiária do Grupo Promon”, explicou. O projeto conta também com a participação de uma equipe de projetistas de empresas portuguesas.
De acordo com Celso Souza, diretor da McQuilling responsável pelo projeto, o estaleiro será capacitado a efetuar a docagem de qualquer navio da frota mercante mundial. “Nenhum outro estaleiro de reparo naval na Bacia do Atlântico Sul terá esses recursos. Em sua capacidade máxima, poderá efetuar a docagem de mais de 100 navios por ano”, afirmou.

EMPRESAS AMERICANAS BUSCAM PARCEIROS NO MERCADO DE PETRÓLEO BRASILEIRO

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) - 
Regina CunhaO departamento comercial do Consulado Americano tem sido bastante procurado por empresas interessadas em explorar o mercado brasileiro, com o objetivo de fornecerem produtos e serviços no país. Com a expansão do setor de petróleo nacional, a presença das grandes fabricantes dos Estados Unidos, como Halliburton, Weatherford e Baker Hughes, aumentou significativamente e a cadeia de subfornecedores americanos está acompanhando este movimento, com a abertura de escritórios locais e a busca de parceiros brasileiros. Como conta Regina Cunha, assistente comercial Sênior do Consulado Americano, o interesse das companhias passa tanto por formar joint ventures com empresas nacionais quanto por realizar aquisições locais.
Como está a procura das empresas americanas pelo Brasil?
As empresas continuam interessadas no mercado brasileiro, para fornecer equipamentos e serviços. Algumas têm procurado nosso departamento de comércio, que ajuda empresas americanas a fazerem negócios aqui, para que possamos identificar parceiros brasileiros para elas.
Que tipos de parcerias elas têm buscado?
Algumas empresas que estiveram expondo na OTC Brasil, em outubro de 2013, manifestaram interesse em abrir escritórios no Brasil. Algumas possibilidades são por meio de aquisições de empresas nacionais ou até pela formação de joint ventures, mas não posso dar detalhes, nem nomes delas. Das 25 empresas que expuseram no pavilhão americano da OTC Brasil, algumas já têm escritório em Macaé, no Rio ou em São Paulo. Outras têm representantes e estão buscando se cadastrar como fornecedores junto à Petrobrás, para tirar o CRCC [Certificado de Registro e Classificação Cadastral].
As empresas que mais têm procurado vocês são de pequeno, médio ou grande porte?
De médio porte. As grandes empresas já sabem o caminho, já têm laços aqui, então no geral não nos procuram. Mas as de médio porte têm buscado bastante. Inclusive, durante a última OTC de Houston, em maio de 2013, a Petrobrás pediu ajuda ao Consulado para facilitar contatos com empresas americanas que ela classificou como interessantes para virem para o Brasil. Ou seja, são empresas que ela quer que estejam aqui, para aumentar o leque de competição.
Quantas empresas eram?
Cerca de 30. Tinham empresas fabricantes de bombas de alta pressão, de aços forjados, de válvulas, entre outras. Eles conseguiram se encontrar com 13 ou 15 lá e os contatos continuaram depois. Uma delas está inclusive conversando com a APEX [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos], para tentar identificar uma área no país.
Quais as áreas que têm interessado mais às empresas americanas?
Isso varia muito. Tem muitas empresas que são subfornecedoras dos grandes fabricantes americanos – como Halliburton, Baker Hughes, Weatherford, entre outras. Por conta das exigências de conteúdo local, esses grandes fabricantes precisam trazer essa cadeia de fornecedores toda, então essas empresas têm se interessado em vir.
Como as empresas americanas estão encarando as regras de conteúdo local brasileiras?
Algumas empresas com que eu conversei durante a feira OTC Brasil manifestaram um pouco de preocupação, por conta de questões burocráticas, pela preocupação com o conteúdo local, mas há também certo desconhecimento de como ele funciona. A gente, do departamento de comércio, está sempre tentando tirar essa impressão um pouco negativa que eles têm. Além disso, tentamos dar caminhos para que eles possam participar do mercado brasileiro através de parceiros, agregando algum valor e utilizando o que o Brasil já tem de tecnologia. 

FALCK INVESTE EM CURSO PARA GERENCIAMENTO DE GRANDES EMERGÊNCIAS EM PLATAFORMAS

fotoA dinamarquesa Falck Safety Services, que no Brasil atua focada no segmento de treinamentos, está passando por uma mudança no modelo de gestão, com o intuito de gerar uma estrutura mais participativa e mais voltada às necessidades dos clientes. O novo executivo de contas da empresa,Reginaldo Cruz, contou que a companhia tem grandes expectativas para 2014, com previsão de ampliar em até 30% o número de cursos ministrados. Para isso, inauguraram um novo Centro de Excelência em Gerenciamento de Grandes Emergências na base de Macaé (RJ) e estão montando uma estrutura similar na unidade da Barra da Tijuca (RJ), onde fornecerão um novo curso voltado para gerentes de plataforma. Além disso, a empresa planeja instituir três pontos de atuação focal pela região Sudeste, distribuídos entre Rio de Janeiro (RJ), Santos (SP) e Vitória (ES). O objetivo é identificar as necessidades das companhias nessas áreas e estruturar cursos de acordo com a demanda delas, podendo ser ministrados nas instalações das próprias empresas ou até a bordo de embarcações, plataformas e FPSOs.
Como avalia o ano de 2013?
Mediante as circunstâncias do mercado, foi um ano muito bom, em que executamos 90% do que havíamos planejado. Identificamos que as empresas decidiram segurar os investimentos no segundo semestre, com o intuito de adiar para esse início do ano os treinamentos com mais intensidade. Então consideramos que tivemos um bom ano em relação ao cenário nacional. Além disso, passamos por uma importante mudança no modelo de gestão.
Pode detalhar essa mudança de modelo?
A empresa está passando por uma grande mudança estrutural para melhorar os serviços junto aos clientes. O processo foi marcado pela chegada do novo CEO ao Brasil, Graham Gall, que trouxe uma gestão participativa, fazendo com que a empresa se mobilizasse para apresentar melhorias. Um exemplo disso foi que acabamos de contratar uma gerente de atendimento aos clientes, que será um canal de atendimento exclusivo para eles.
Quais foram os cursos mais procurados em 2013?
O mais buscado foi o curso básico de segurança em plataforma (CBSP), que teve uma procura de 9 mil treinamentos. Além dele, outros dois cursos foram destaques: Trabalho em Altura e Movimentação de Cargas. Somados, eles representaram cerca de 15 mil treinamentos.
Quantos cursos foram ministrados no ano passado no Brasil?
Realizamos quase 40 mil treinamentos no ano, quase todos para empresas. Temos uma procura por parte de pessoas físicas, mas é irrisória se comparada à de pessoas jurídicas.
Qual a meta para 2014?
A perspectiva para 2014 é maior, com uma projeção de crescimento de 20% a 30%. Essa previsão se dá em função dessa mudança de estratégia das empresas, que postergaram investimentos em treinamento do semestre passado para este ano, e pela ampliação de nossa atuação com pontos focais. E já estamos sentindo um cenário melhor nesses primeiros dias do ano.
Já?
Só para se ter uma ideia, no nosso segundo dia útil de trabalho do ano estive em quatro empresas para fechar contratos de novos treinamentos.
Como será a atuação por meio de pontos focais?
Vão ser instalados em Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES). No Rio, ele já está começando a funcionar em teste e nas outras duas localidades a atuação plena deverá ser alcançada ainda neste semestre. O objetivo é identificar as necessidades das empresas naquelas áreas e estruturar cursos para elas.
De que forma?
Um dos objetivos é formatar cursos para serem ministrados nas próprias instalações das companhias, de modo que não precisem enviar seus funcionários à Macaé, onde fica nossa base. Além disso, também realizamos treinamentos a bordo das plataformas e dos FPSOs, de acordo com a necessidade das empresas.
Há novos cursos em desenvolvimento?
Estamos iniciando um curso chamado Gerenciamento de Grandes Emergências (MOME, na sigla em inglês), que já começou a ser ministrado na base em Macaé e ainda no primeiro semestre vai ser ministrado em nossa base na Barra da Tijuca. O objetivo é criar um cenário offshore com a possibilidade de risco iminente, para capacitar gerentes de plataformas. Toda a estrutura de controle da unidade offshore será simulada para que os profissionais aprendam a dar respostas rápidas a qualquer início de incidente.
A empresa fez novos investimentos para criar o curso?
Inauguramos, recentemente, o Centro de Excelência de Gerenciamento de Grandes Emergências na base de Macaé, e estamos montando outro na Barra. Os investimentos em equipamentos, tecnologia e tudo o mais, somados, são da ordem de R$ 2 milhões.
Os cursos voltados à operação de FPSOs tiveram muito crescimento? Quais as perspectivas neste mercado?
Estamos identificando um grande aumento do treinamento a bordo, tanto em FPSOs, quanto em plataformas, em função de haver muitos estrangeiros embarcados. Como boa parte deles trabalha em regime de 14 ou 28 dias, nas folgas eles querem voltar para seus países de origem. Para atender a isso, nós realizamos treinamentos a bordo. Eles têm duas horas por dia para receber treinamentos.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

CONTRATAÇÃO DE SEGUROS AMBIENTAIS DEVE CRESCER EM 2014

Por Rafael Godinho (rafael@petronoticias.com.br) - 
A legislação ambiental brasileira é uma das mais rigorosas do mundo. De acordo com o Roberto Dalla Vecchia, diretor executivo da AD Corretora de Seguros e especialista na área de Petróleo e Gás, é em cima desse rigor que está plantada a expectativa de bom crescimento nos contratos de seguros de Responsabilidade Civil-Ambiental este ano. Segundo a empresa, o seguro, comercializado há quatro anos, visa ao acionamento de medidas de contenção e mitigação de riscos ambientais. Além disso, oferece apoio para a análise, identificação e tratamento desses riscos. No público-alvo, está um amplo leque de indústrias, de empresas alimentícias a companhias de petróleo.
Qual é o objetivo de um seguro de responsabilidade civil-ambiental?
O objetivo é atender à demanda de poluição súbita ou gradual. A poluição súbita é aquela ligada a uma indústria, um armazém, que de repente sofre um acidente. Um exemplo é o caso daquele derramamento de açúcar queimado em Santa Helena, que escorreu até os rios da região. Já a poluição gradual ocorre quando o tanque de um posto de gasolina, por exemplo, começa a vazar discretamente, contaminando os lençóis freáticos. 
Entre os maiores acidentes em Óleo&Gás, destaco a famosa catástrofe do Alasca [1989]. O vazamento de óleo despertou providências maiores em favor do meio ambiente e por uma cobertura para os prejuízos das empresas: na época, a Exxon chegou a tremer financeiramente. Aqui no Brasil, a Petrobrás se envolveu no derramamento de milhões de toneladas de óleo na Baía de Guanabara.
De forma ampla, qual é a cobertura oferecida?
Além dos danos ambientais, o seguro inclui as custas judiciais do processo, como honorários advocatícios, e as perdas financeiras. Por exemplo, se aquele shopping paulista, construído sobre um lixão, tivesse um seguro como esse, estaria protegido dos embaraços. Deixamos claro, no entanto, que o seguro não cobre multas: subentende-se que a multa é consequência de uma falta individual da empresa.
Cobre também os prejuízos provocados a um povoado local?
Danos pessoais e também materiais estão abrangidos. O seguro cobre toda a responsabilidade da empresa ao transportar, produzir ou operar materiais perigosos, incluindo prejuízos aos habitantes locais.
Qual é seu parecer sobre a legislação ambiental brasileira?
É importante saber por que no Brasil se contrata mais seguro: justamente porque aqui há uma legislação bastante forte. A lei 6.938, de 1981 (Política Nacional do Meio Ambiente), determina que as atividades precisam de um licenciamento ambiental, levando à fiscalização na construção de rodovias, hidrelétricas etc. Hoje temos também uma política nacional de resíduos sólidos, de 2010, para o caso de resíduos nocivos ao meio ambiente.
 O seguro ambiental tem mercado em quais setores? Quais são os tipos mais comuns de clientes?
Indústrias químicas, siderúrgicas, indústria de cosméticos, alimentícias, empresas de papel e celulose, laboratórios analíticos e/ou ambientais. Além disso, empresas de energia, como usinas hidrelétricas e termelétricas. Mas até as eólicas também trazem danos ao meio ambiente: seja aos pássaros da região ou durante a própria fabricação dos equipamentos eólicos. O seguro abrange todo o universo da indústria, de diferentes formas. Também abrange o transporte de resíduos ou descartes perigosos.
Em relação ao setor de petróleo e gás natural, como ocorre o seguro?
A área de Óleo&Gás tem um tratamento específico, porque segue toda uma orientação de cobertura na categoria “riscos de petróleo”. Aqui no Brasil, as apólices de riscos ambientais foram trazidas e desenvolvidas principalmente pelas seguradoras multinacionais. No caso de Óleo&Gás, ainda dependemos muito das coberturas do resseguro que vêm do exterior. Para as coberturas mais complexas, o risco precisa ser bem distribuído entre as resseguradoras. Um dos custos mais pesados seria a limpeza e recuperação da área afetada. 
Quais são os riscos ambientais envolvidos nas siderúrgicas?
Entre os riscos de uma siderúrgica, destacaria a explosão de fornos, com derramamento do material incandescente, e vazamento de substâncias tóxicas. Por exemplo, em Volta redonda [2012], o MPF moveu uma ação civil-pública devido à poluição de uma grande siderúrgica. Além disso, a siderúrgica que não tem seus filtros ajustados ou adequados está submetida a grande risco de poluição do ar.
As empresas sérias hoje se adaptam e se submetem ao ISO 14000 e ao ISO 14001, normas que tratam da mitigação de danos ambientais. Se uma empresa detém o ISO, significa que usa todos os critérios para descarte de material e gerenciamento desses riscos. Nesses casos, a própria seguradora considera uma taxação menor.
Quando começou a surgir o seguro ambiental no Brasil?
Os produtos principais no mercado começaram a surgir há cerca de cinco anos, quando as seguradoras decidiram desenvolver uma cobertura mais especifica. Se hoje várias empresas ainda não buscam o seguro, é porque a quantidade de ocorrências não chegou ainda a abalar a companhia. Nós mesmos começamos a atuar com empresas internacionais que vinham para cá (química e petroquímica). Outro motivo foi a existência de um longo monopólio de resseguro pelo IRB (Instituto de Resseguros do Brasil).
É possível citar alguns dos seus clientes?
Como o seguro está relacionado à responsabilidade civil, as empresas geralmente preferem não se identificar, e nós respeitamos essa solicitação.
Como funciona o seguro no caso de terceirização do transporte de resíduos perigosos?
Quem faz esse transporte são empresas especializadas que geralmente contam com o seguro. Ainda assim, a empresa que contratou a transportadora pode ser responsabilizada. Em caso de catástrofe, a transportadora responde legalmente, mas a indústria também recebe os efeitos legais por ter gerado aquele produto.
O que a AD Corretora espera de 2014, especialmente nesse mercado de seguros de Responsabilidade Civil-Ambiental?
Daremos um passo ainda maior que nos anos anteriores. É um seguro que está em crescimento gradativo, devido aos costumes do mercado brasileiro. De fato, as primeiras apólices foram internacionais. Além disso, a maturação do que plantamos em 2013 é longa. Estamos focados nas atividades em que a necessidade do seguro é maior e onde vamos trabalhar com foco nesse desenvolvimento. Em algumas situações, uma empresa não adquire determinado ativo, devido a um passivo ambiental. Para mim, essa conscientização está caminhando e minha expectativa é de aumento este ano.