TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

sexta-feira, 23 de novembro de 2012


Dilma quer destinar 100% dos royalties do petróleo para educação

Presidente ressalta que a economia do país 'precisa crescer, no mínimo, 4% ao ano'
Redação NNpetro - 
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que vai reapresentar, no âmbito do Plano Nacional de Educação, a destinação integral dos royalties do petróleo para a educação.
Na entrevista, a presidente Dilma afirmou que, assim como a Noruega utilizou seus royalties para resolver o problema da previdência, o Brasil deveria utilizar o mesmo para resolver os problemas da educação.
Dilma também disse ao jornal que, “o governo tem a convicção de que o país não vai se desenvolver se não der importância à indústria”. A presidenta também ressaltou que a "economia brasileira precisa crescer no mínimo 4% ao ano".
Dilma Rousseff tem até o dia 30 de novembro para sancionar o Projeto de Lei que modifica as regras para a distribuição dos royalties do petróleo. O texto foi entregue à presidenta na noite de sexta-feira (09/11), de acordo com nota publicada pelo Planalto.
Recentemente, o Banco Central (BC) apontou novamente queda na economia brasileira. Segundo o BC, a expectativa para o PIB em 2012 é de aumento de 1,52%. A projeção para o crescimento do PIB em 2013 também diminuiu, com estimativa para 3,96%.
(Com informações Valor)

Petrobras estabelece metas nas paradas de plataformas

Companhia tenta recuperar eficiência na produção de petróleo
Redação NNpetro - 
A Petrobras decidiu encurtar o tempo de manutenção de suas plataformas com o objetivo de aumentar a eficiência da produção de petróleo. A Companhia busca frear a queda de produção registrada principalmente na Bacia de Campos, que passou por um período longo de manutenção e registrou a pior queda em cinco anos.
“Não tivemos a produtividade planejada nos anos 2010 e 2011, em relação à forma como estávamos fazendo paradas, e é este o grande foco de ataque”, disse ontem (21) a gerente-executiva de Engenharia de Produção de Exploração e Produção da Petrobras (Proef), Solange Guedes.
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Cada plataforma terá uma parada programada a cada três anos, por um período de 15 dias para a manutenção. A primeira unidade a ter parada programada será a P-56, no campo de Roncador, em fevereiro de 2013. A P-40, no campo de Marlim Sul, deverá parar para manutenção em abril.
A Petrobras detalhou nesta quarta-feira, na sede da empresa, a ampliação do Proef da Bacia de Campos para os campos de petróleo sob responsabilidade da Unidade do Rio de Janeiro. Para recuperar a eficiência perdida nos últimos três anos na bacia, a estatal investirá US$ 710 milhões para sete concessões novas.
A unidade Rio de Janeiro responde pela maior produção de petróleo do Brasil, com 900 mil barris por dia, ou 47 % de toda a extração do país. Existe a possibilidade de que o programa de melhorias operacionais seja estendido também a plataformas da unidade Espírito Santo, disseram executivos da empresa durante a coletiva de imprensa.
Metas
As unidades P-55 e P-62 devem entrar em operação no final 2013 e início de 2014, respectivamente. Com elas, a produção da unidade Rio de Janeiro deverá crescer para 950 mil barris diários em 2016. A companhia busca voltar a 90% na produção de Campos, que caiu 16% de janeiro a setembro deste ano.  Nos campos novos, a eficiência caiu de 96% em 2009 para 91% neste ano. A meta é voltar para 94% até 2016.
(Com informações do Estado de S.Paulo)

Aposentados retornam ao mercado do setor de O&G

Ausência de profissionais qualificados é o principal motivo da contratação
NNpetro - Margarida Putti -
Devido à ausência de mão de obra qualificada no mercado de óleo e gás, muitos aposentados estão retornando às suas antigas atividades em diversos setores. Segundo pesquisa realizada pela Hays Consultoria, atualmente 20% das empresas contratam profissionais já aposentados por questão da qualificação e responsabilidade profissional.
De acordo com a diretora da Transition RH, Luciana Torres, a escassez de mão de obra qualificada é um fato real no Brasil, e tem aberto portas constantemente para profissionais experientes como aposentados.
“A escassez é um fator que sem dúvida abre portas para profissionais mais experientes, sejam aposentados ou ainda no mercado de trabalho, porém com idade mais avançada. Esse fato abre portas também para a importação de mão de obra qualificada. Contudo, acredito que essa tendência irá diminuir na medida em que os mais jovens percebam as vantagens nas qualificações exigidas e procurem especializações adequadas, aprimorem seus conhecimentos, aprendam línguas etc. Esse é um momento para os mais experientes procurarem um local no mercado formal”, afirma.
Luciana explica que os cargos e setores mais procurados pelas empresas para esses profissionais são os de nível sênior, em áreas mais tradicionais como engenharia, comércio varejista, e, sobretudo posições que exijam habilidades e competências na inteligência de negócios.
“Todos os setores do mercado de óleo e gás que exijam algum tipo de conhecimento técnico que não se tornam obsoletos rapidamente, (como a criação de tecnologias virtuais, por exemplo) são áreas de trabalho para os profissionais aposentados”, diz Torres.
De acordo a diretora, a experiência adquirida com os anos faz com que esses profissionais possam agir com mais prudência e segurança. Luciana ressalta também que o setor de Óleo & Gás é um dos mais procurados, principalmente por ser tão delicado e complexo, não só em termos comerciais bem como político e ambiental.
Contratação
A Transition RH, empresa especializada em assessoria e consultoria na gestão executiva, trabalha com posições seniores para todos os mercados. Luciana afirma que algumas áreas priorizam a modernidade, a rapidez e o imediatismo. Outras necessitam de uma longa experiência, como é comum no setor de O&G. “Não selecionamos ou buscamos especificamente "aposentados" para nenhum Job e sim profissionais que tenham as qualificações técnicas e comportamentais exigidas para o cargo. Entendemos o perfil técnico da vaga, conversamos com o RH e com o Gestor da área. Procuramos e encontramos esse profissional estando ele ativo no mercado de trabalho, em fase de recolocação ou mesmo que este esteja aposentado com interesse em continuar trabalhando”, afirma Luciana Torres.




Mercado livre de energia abre oportunidades de trabalho

Especialista em Gestão de Risco fala sobre tendências no setor energético
Redação NNpetro -
A rápida evolução do mercado livre de energia elétrica no Brasil também causa impacto nas empresas do segmento que abrem vagas para Especialistas em Gestão de Risco. “Para atuar na área, o profissional precisa ser multidisciplinar, pois é necessário conhecer bem o mercado financeiro e o setor elétrico brasileiro. Geralmente, os formados em ciências exatas têm vantagens, devido ao domínio de conceitos matemáticos e estatísticos”, afirma a Assessora de Gestão de Risco da Trade Energy, Regina Pimentel.
Outros requisitos fundamentais para atender as necessidades do setor são a compreensão da natureza das variáveis para cada atividade, que englobam a gestão de riscos de crédito, operacionais, financeiros e de mercado. Este último refere-se a quantidades e preços da commodity negociada.  Além disso, no cenário de energia, o especialista deve entender os conceitos básicos sobre o parque de geração, transmissão e distribuição, formação de tarifas e preços, natureza da oferta e demanda, fontes de geração, e conhecer o processo de gestão do mercado realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Em função da globalização nos negócios, como na maioria das áreas de trabalho, inglês, informática e a atualização constante também são indispensáveis. “O especialista deve levar em conta que precisa evoluir junto com o mercado”, declara a executiva.
O dia a dia das atividades exercidas pelo Especialista em Gestão de Risco explica os motivos para estas exigências. De acordo com Pimentel, são realizadas avaliações de rotina da posição financeira da carteira, levando em conta a movimentação do mercado e a percepção do profissional quanto à evolução deste cenário. “Estas funções contribuirão para que a empresa estabeleça a sua estratégia de compra e venda, aliando aspectos como quantidades, preços e períodos. A avaliação é feita em termos de expectativas de ganhos médios e de perdas máximas”, relata.
Como o mercado livre de energia no Brasil e esta vertente profissional são considerados relativamente novos no país, a maioria dos executivos que já atua é oriunda da área de planejamento energético ou financeiro. Assim, cada um deles precisou adquirir conhecimentos complementares da outra área. “A aquisição do aprendizado adicional pode ser feita por meio de cursos específicos. É interessante que empresas e profissionais continuem investindo neste segmento que, com certeza, é muito promissor”, finaliza Pimentel.

Brasil é uma potência tecnológica na exploração de pré-sal, diz Viana

Geólogo aponta os desafios tecnológicos no setor de O&G
NNpetro Júlia Moura - 
Mais de um terço das descobertas mundiais em águas profundas e ultra-profundas nos últimos cinco anos é atribuída à Petrobras. Quanto ao pré-sal, a estatal esteve presente em 100% das descobertas. Desde 2010, o volume de reservas da Petrobras cresceu 8%. Mas, para conquistar maior autonomia energética, o país precisa continuar apostando em avanço tecnológico na área de exploração de petróleo e gás, segundo o geólogo e gerente de novas fronteiras exploratórias da Petrobras, Adriano Viana, responsável pela descoberta de pré-sal no poço de Tupi, na Bacia de Santos.
“O Brasil é uma potência tecnológica na exploração de pré-sal e já  tem autonomia  energética . Sem dúvida, em uma década o país estará produzindo plenamente no pré-sal”, avalia Viana, em entrevista ao NNpetro durante o Congresso Nacional de Oceanografia, no Rio de janeiro
O desafio - encarado pelo Brasil como uma grande oportunidade para  aumentar a produção de óleo e gás e iniciar uma revolução tecnológica - é a exploração das reservas de hidrocarbonetos localizadas em águas profundas e ultraprofundas, podendo chegar a 5 mil metros de profundidade. É o caso do poço de Lula, também na Bacia de Santos, em que a extração do petróleo nessa formação de pré-sal brasileiro está nesta marca e chegou a profundidade máxima de 7,6 mil metros, recorde de perfuração brasileira. Além da complexidade geológica, Viana aponta outro desafio: a complexidade ambiental. 
“Trabalhar em águas profundas e ultraprofundas é um desafio. A Petrobras já tem esta tradição na Bacia de Campos, que atua nesta área há mais de 20 anos, e é reconhecida mundialmente pela liderança em tecnologia. O desafio hoje é muito mais uma questão.
Indústria X meio acadêmico
A projeção de exploração das reservas brasileiras é de um total 15 bilhões de barris recuperáveis, com grande chance de superar esta marca, segundo  Viana. Para alcançar este número, se faz necessário uma aproximação da indústria com o meio acadêmico. A companhia busca produzir 4,2 milhões de barris diários em 2020, tendo que duplicar a produção em menos de uma década.
“Indo para áreas de fronteira temos condições de explorar camadas de muito valor, além de melhorar o fator de recuperação de campos já descobertos. Para isso, precisamos de tecnologia de ponta, além de investir em capital humano. A demanda é tão grande que os fornecedores estão sobrecarregados. Nós exigimos muito deles. O desafio hoje é a indústria acompanhar o ritmo de demanda da Petrobras”, aponta o geólogo.
A companhia investiu fortemente em investigação e desenvolvimento (I&D) e em parceria com empresas de serviços e equipamentos, como a Schlumberger e a Baker&Hughes. A Petrobras é a quarta maior do seu setor que investe em I&D. Entre 2001 e 2010, a estatal cresceu 59% na área de recursos humanos em exploração e produção (E&P). “A exploração tem que estar pautada em custo, tempo e investimentos. Os desafios são na área de conteúdo nacional, competitividade aliada à sustentabilidade, além da simplificação e padronização”, finaliza Viana, lembrando que “este é o momento da Petrobras resgatar o seu investimento”.

Shell fecha oleoduto na Nigéria por danos causados por roubo

Empresa anglo-holandesa diz que seis pontos de roubo foram confirmados até agora
Redação NNpetro - 
A Shell informou neste domingo (11) o fechamento de um oleoduto na Nigéria no dia 31 de outubro, interrompendo uma produção de 25.000 barris por dia (bpd). Ação de ladrões de petróleo no oleoduto do Rio Imo levou a suspensão das atividades, de acordo com a empresa anglo-holandesa.
"(Shell) fechou o oleoduto do Rio Imo, em suas operações orientais, depois que encontrou vários pontos de roubo de petróleo", disse um comunicado enviado por e-mail da unidade nigeriana da Shell.
Segundo a empresa, seis pontos de roubo foram confirmados até agora na linha de 12 polegadas, dos quais três foram reparados.
A Nigéria é um dos maiores produtores de petróleo da África, mas o roubo de petróleo, revendido no mercado negro, é um grande problema no país. Segundo uma estimativa da Shell, aproximadamente 150.000 barris de petróleo e de condensados são roubados diariamente. A Nigéria exporta atualmente mais de dois milhões de barris por dia.
(Com informações da Reuters)

Governo quer facilitar entrada de profissionais qualificados no Brasil

Grupo de trabalho é formado para montar projeto da nova política de migração
NNpetro - Júlia Moura -
A falta de mão de obra qualificada e ao mesmo tempo a tentativa de acelerar a qualificação profissional no Brasil são dois desafios do Governo Federal. Com esta proposta, um grupo de trabalho envolvendo quatro ministérios foi montado em Brasília, coordenado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). 
Reunidos desde meados de agosto, o Grupo busca facilitar a entrada de trabalhadores estrangeiros qualificados ao Brasil e, com isso, aumentar a competitividade da economia. Profissionais como engenheiros da área petroquímica e técnicos de inovação tecnológica, setores onde há carência de mão de obra nacional qualificada, terão sua entrada no país desburocratizada, com estímulo de permanência no Brasil.
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Na última quarta-feira (07), a SAE firmou parceria com a EMDOC, consultoria especializada em imigração, para realização de estudo inédito no Brasil e apontar as principais dificuldades no processo de imigração. A pesquisa “Contratação de mão de obra estrangeira no Brasil: uma análise da experiência das empresas brasileiras” objetiva entrevistar mais de 200 empresas que, nos últimos anos, contrataram trabalhadores imigrantes.
De acordo com a secretaria, as informações são de grande importância para o aprimoramento da política de imigração, tema de relevância estratégica para o Brasil, pois a entrada de mão de obra estrangeira qualificada pode gerar, entre vários benefícios, melhoria na produtividade e na capacidade tecnológica do setor produtivo. O Estatuto do Estrangeiro está em vigor desde 1981 e é considerado, pelo Governo, obsoleto. O prazo médio para emissão de visto para um trabalhador estrangeiro pode levar até 8 meses.
Segundo informações do Conselho Nacional de Imigração (Cnig), apenas 55 mil autorizações de trabalho foram concedidas para estrangeiros entre janeiro e setembro deste ano, sendo 49 mil vistos temporários (estadia de até dois anos) e 6 mil permanentes. Apesar do aumento em relação a igual período de 2011, a concessão das autorizações está concentrada em trabalhadores menos qualificados, como tripulantes de embarcações turísticas, que ficam poucos dias no país.
Força-tarefa
Com as descobertas do pré-sal, a indústria de petróleo e gás e de inovação tecnológica pressionam o Governo para facilitar a entrada de profissionais qualificados. O Grupo criado pelo Governo avalia questões como: relevância da imigração para o Brasil; o potencial do país para atrair imigrantes; mercado de imigrantes no mundo; alternativas de trabalho para o estrangeiro no Brasil (requisitos e legislação migratória); e procedimento atual para imigrar para o Brasil (fortalezas e debilidades da política migratória). De acordo com a SAE, estas medidas visam a autonomia brasileira, no futuro, de mão de obra especializada.
Petrobrás pode cancelar
refinarias no Nordeste
Estado de S. Paulo - Sabrina Valle
As refinarias Premium 1 (Maranhão) e
 2 (Ceará) estão na lista de projetos
 que precisariam ser cortados, caso a 
Petrobrás não consiga reajustar o preço
 de seus combustíveis como previsto 
no plano de negócios 2012-2016, 
segundo fontes da 'Agência Estado'.
 Em último caso, também parte do 
Complexo Químico do Rio de Janeiro
 (Comperj) corre o risco de se tornar
 inviável. Segundo fontes, atrasos no plano de desinvestimento 
da companhia (US$ 14,8 bilhões) também atrapalham a 
capacidade da empresa de financiar os projetos.
Um corte nos planos de refino teria implicações políticas, já
 que os três Estados contam com os recursos bilionários e
 com a criação de emprego trazidos pelas obras. Os três projetos
 já foram alvo de polêmica em junho, depois que Graça enquadrou
 como "em avaliação" as refinarias Premium 1 e 2 e parte do 
Comperj (segunda fase da refinaria e unidade petroquímica). 
Os cortes no programa de investimentos não seriam imediatos,
 nem feitos numa só leva. Ao todo, estão em avaliação US$ 27,8 
bilhões dos US$ 236,5 bilhões de investimentos previstos até 
2016. Parte do orçamento das refinarias está fora desse valor, 
pois a previsão de conclusão das obras é para depois de 2016.
 Iraque será o segundo maior exportador mundial de petróleo
em 2030
NNpetro - Dinheiro Vivo
A Agência Internacional de Energia (AIE)
 prevê que a produção de petróleo do
 Iraque irá registar um forte crescimento
 nos próximos anos, permitindo ao 
país do Golfo Pérsico tornar-se em 2030
 no segundo maior exportador mundial
 desta matéria-prima, superando
 a Rússia. "O desenvolvimento do sector
 energético iraquiano será muito 
importante para as perspetivas do país
 e também para a saúde da economia mundial", afirmou o 
economista-chefe da AIE, Fatih Birol.
A Agência dependente da Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que nas próximas 
décadas o Iraque seja o principal motor de crescimento da oferta de
 petróleo, ao passar da sua atual produção de 3 milhões de barris
 diárias para mais do dobro em 2020 e cerca de 8 milhões em 2035
. "O êxito não está garantido e o fracasso de alcançar os crescimentos
 previstos colocará em dificuldade os mercados mundiais de petróleo",
 acrescentou o mesmo responsável.

Carreira: Geólogo fala sobre novas descobertas de petróleo


O geólogo da Petrobras, Jeferson Kinzel, explica que a principal missão desta profissão é descobrir petróleo novo e abrir novas fronteiras para o desenvolvimento do ouro negro no Brasil. Completando 21 anos de carreira na Petrobras, o geólogo acredita que as novas descobertas do pré-sal mudará ainda mais o planejamento da companhia e de todo o país.

Yara Fertilizantes busca parcerias com Vale e Petrobras

Empresa quer oferecer redes de tecnologia e distribuição para projetos de fertilizantes
Redação NNpetro - 
A empresa norueguesa de fertilizantes Yara International, a maior fabricante de capital aberto de adubos nitrogenados do mundo, disse que procura parcerias com a Vale e a Petrobras em uma tentativa de aumentar a produção no Brasil.
A Yara, com base em Oslo, quer unir-se às duas companhias para oferecer redes de tecnologia e distribuição para projetos de fertilizantes, disse Lair Hanzen, chefe de operações no Brasil, em entrevista ontem. A empresa também considera aquisições ou construção de novos projetos na maior economia da América Latina, acrescentou Hanzen. “Isto poderia significar ter uma participação nas empresa (Vale e Petrobras) em uma planta de produção”, afirmou.
Companhias ligadas à mineração -da Vale à Anglo American - devem investir US$ 18,9 bilhões em projetos de fertilizantes no Brasil nos próximos cinco anos com o país buscando reduzir a dependência de nutrientes agrícolas importados. O Brasil importa mais de 90% da sua necessidade de potássio e 75% de adubos nitrogenados, de acordo com a Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos).
“Companhias como a Yara, Petrobras e Vale estão sempre conversando, mas isso não significa que agora é o melhor momento”, declarou Hanzen. O executivo da Yara  afirmou ainda que a empresa continua trabalhando o tempo todo para o momento em que houver oportunidade, ser a favorita.
Um assessor de imprensa da Vale, no Rio de Janeiro, disse que não era um porta-voz autorizado e não quis falar sobre o assunto. A assessoria da Petrobras também não se manifestou em relação ao pedido da Bloomberg.
Cerca de 30% do volume vendido pela Yara no Brasil é produzido localmente, incluindo a produção comprada da Vale, disse Hanzen. A Yara quer que a fonte de quase todos os produtos seja produzida localmente, sem mencionar um prazo para a meta.
A Yara tem 11% da distribuição brasileira de fertilizantes e espera aumentar as vendas no país para US$ 2 bilhões este ano ante US$ 1,7 bilhão no ano passado, de acordo com o executivo, um brasileiro que assumiu as operações locais em agosto.
(Com informações da Bloomberg e Valor Econômico)