TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Petroleiras miram óleo e gás no Norte do País
Estadão, Sergio Torres
Espécie de prima pobre das riquezas do pré-sal da Região Sudeste, a margem equatorial brasileira é o objetivo imediato das grandes petroleiras interessadas em expandir suas áreas de atuação no País. A faixa litorânea que cruza cinco bacias com potencial petrolífero, do Amapá ao Rio Grande do Norte, será oferecida à iniciativa privada em maio de 2013, a se confirmar a intenção do governo manifestada pelo ministro Edison Lobão (Minas e Energia).
A 11ª rodada de licitações organizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) disponibilizará até 174 blocos. A metade exata, 87, fica na margem equatorial. Os demais, todos terrestres, possuem reservatórios de gás natural, como já constatado na Bacia do Solimões. O crescimento da oferta de gás é uma necessidade do País, disse ontem a presidente da Petrobrás, Graça Foster, ao falar sobre o memorando de entendimentos firmado com a petroleira nacional HRT, que já descobriu gás na Amazônia. "A HRT anunciou descobertas interessantes. (...) Nós temos também descobertas interessantes na Bacia do Solimões, no Amazonas. (...) Temos proposta de fazer análise em conjunto para otimizar custos operacionais, custos futuros de ambos os lados", disse ela, referindo-se à produção e ao escoamento do gás amazônico.

Pré-sal apresenta produção maior do que previsto

Em Santos, o índice de sucesso é de 90%. Poços do campo de Lula já produzem 50%
Redação NNpetro - Agência Estado - 
As explorações do pré-sal, especialmente na Bacia de Santos (litoral norte de São Paulo e sul do Estado do Rio de Janeiro), têm surpreendido a Petrobras. Os primeiros quatro poços do campo gigante de Lula, por exemplo, estão produzindo 50% a mais do que o previsto - sucessos exploratórios que têm ofuscado a produção no pós-sal da Bacia de Campos (litoral norte do Rio e sul do Espírito Santo). Em Santos, o índice de sucesso é de 90%, contra os cerca de 30% da média mundial.
Apenas os recursos da área da cessão onerosa e o potencial recuperável dos dois campos do pré-sal (Lula e Sapinhoá) que a Petrobras declarou comercialidade à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) equivalem a tudo o que a companhia produziu desde sua fundação, em 1953. São 15,4 bilhões de barris.
“" Só isso é igual a toda a produção que a Petrobras já teve, e vocês sabem que não é só isso”", disse à Agência Estado o gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga. “Os poços têm tido produtividade melhor do que o inicialmente esperado.”
Os quatro campos de Lula chegaram à meta esperada para seis poços: 100 mil barris por dia. Hoje, o pré-sal já responde por 5% da produção de cerca de 2 milhões de barris diários da companhia. A previsão é de que passe para 31% em 2016 e 50% em 2020.
Hoje, o horizonte potencial de reservas da Petrobras é o dobro de tudo o que já foi produzido: 31,5 bilhões de barris de óleo equivalente. Mas os números não levam em conta, por exemplo, o campo de Carcará (Bacia de Santos), ainda não declarado comercial e, portanto, fora das estimativas oficiais. Sócia da Petrobras, a petroleira Barra Energia crê que Carcará é, seguramente, um dos maiores reservatórios do pré-sal.“Posso dizer com segurança que nossa expectativa é que seja um dos mais significativos do pré-sal”, disse o diretor e CEO da empresa,
Em quatro anos, a produção acumulada no pré-sal de Campos e Santos superou 100 milhões de barris de óleo equivalente. Em 2017, passará a 1 milhão de barris, conforme os planos da Petrobras. É aproximadamente metade do volume recuperável do Campo de Garoupa, que produz há 30 anos e está até hoje em produção. 
(Com informações do jornal Estado de S. Paulo)
Gasmig prevê crescer no setor industrial
Valor Econômico - Marcos de Moura e Souza
Há dois anos Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) inaugurou um gasoduto para abastecer empresas, sobretudo as siderúrgicas, da região do Estado conhecida como Vale do Aço. De lá para cá, a demanda só cresceu e hoje a quantidade de insumo vendido para esses poucos mas importantes clientes já contribui com 45% do faturamento da empresa. Agora, a companhia fala em atingir um novo patamar de vendas para a região: 2 milhões de m3 ante os atuais 1,3 milhão de m3.
A Gasmig fornece diariamente em todo o Estado uma média de 3,2 milhões de m3. A previsão é atingir 3,5 milhões de m3 em 2013. Controlada pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Petrobras, a Gasmig atingiu no ano passado pela primeira vez a marca do R$ 1 bilhão de faturamento. Este ano, até julho, já havia faturado R$ 726 milhões, 24,5% a mais do que o registrado no mesmo período de 2011. Em agosto, começaram as obras de construção de um gasoduto que levará o combustível a residências de dois bairros de Belo Horizonte. A partir de 2013, a empresa promete dar início às obras para levar esse gasoduto a outros 22 bairros. Os investimentos nesse projeto de expansão da rede somarão R$ 200 milhões.

Oportunidades de negócios na Bacia de Santos é agora, diz Igor Tavares

Diretor da Santos Offshore afirma que evento impulsionará as operações do pré-sal brasileiro
NNpetro - Margarida Putti - 
Em entrevista ao NNpetro, o diretor de eventos da Reed Exhibitions Alcantara Machado, responsável pela gestão da Santos Offshore 2012, Igor Tavares, declarou que o evento é uma plataforma de negócios para o setor de O&G. Para o executivo, o momento de negócios na Bacia de Santos é agora, pois o campo será a maior em operação offshore daqui a cinco anos, com mais de 1 milhão de barris por dia.
1X) NNpetro – Este ano, a Santos Offshore chega a sua sexta edição, tendo como responsável uma organizadora de eventos internacionais do setor de O&G. Desta forma, quais são as expectativas de novos negócios para este evento?
Igor Tavares - Esta é a primeira vez que a Santos Offshore está sendo integralmente organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, maior organizadora nacional e internacional de feiras e eventos, e mesma organizadora da World Future Energy Summit (Abu Dhabi – Emirados Árabes), Brasil Offshore (Macaé – Rio de Janeiro) e SPE Offshore Europe (Aberdeen – Escócia), os maiores eventos do segmento no mundo. Com isso, a Santos Offshore passa a fazer parte da rota dos principais eventos internacionais e da agenda de empresários e grandes compradores internacionais do setor. Neste ano, o evento reuniu mais de 100 expositores entre IOCs (Empresas Petrolíferas Internacionais) e NOCs (Empresas Petrolíferas Nacionais), Drilling Contractors (Empresas de Perfuração), operadores logísticos e de atividades subsea (submarina), fornecedores de máquinas e equipamentos, entidades financiadoras e consultorias. E a principal novidade da feira é a inédita parceria realizada pela organização do evento com o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). Também vale ressaltar que o patrocínio master é da Petrobras e que a feira conta com o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e Secretaria de Energia do Estado de São Paulo. Também esperamos um público entre 10 e 12 mil visitantes durante o evento, que podem participar das diversas rodadas de negócios que estamos realizando.
2X) NNpetro - A bacia de Santos é considerada uma das maiores descobertas no pré-sal da Petrobras. A empresa tem investido no desenvolvimento de serviços para atender às expectativas de exploração da região. Com isso, qual é a real influência da Santos offshore no setor de E&P?
Igor Tavares - A Santos Offshore 2012, se consolida como o maior evento do setor de E&P Offshore do estado de São Paulo e se torna a plataforma definitiva para realizar negócios no pré-sal na Bacia de Santos, para a qual são estimados investimentos de bilhões de dólares para os próximos três anos. Estamos nos posicionando neste cenário como a alavanca que proporcionará a oportunidade para empresas de todos os tamanhos fazerem parte desse crescente mercado. E, certamente, não restam dúvidas que a tendência é crescer cada vez mais.
3X) NNpetro – O evento pretende reunir representantes de pequenas, médias e grandes empresas da cadeia de petróleo e gás. Quais serão as oportunidades para a indústria brasileira deste setor?
Igor Tavares - A Santos Offshore deste ano, apresenta rodadas de negócios promovidas pelo Competro Fiesp/Ciesp e Sebrae-SP, e com a metodologia da Organização Nacional da Indústria do Petróleo – Onip, a mesma utilizada na Brasil Offshore, de Macaé-RJ, possibilitando que empresas de pequeno, médio e grande porte possam apresentar seus produtos e serviços aos representantes da cadeia do setor offshore. Em 2011, 23 empresas participaram da rodada e movimentaram cerca de R$ 38 milhões em novos negócios. Intensificados pelas demandas por conteúdo local e com a composição da cadeia de fornecedores do setor, os negócios do pré-sal em Santos encontram nas rodadas um catalisador de parcerias, aproximando compradores de fornecedores e favorecendo o desenvolvimento do segmento. Além disso, a Santos Offshore sediou uma importante conferência nesta quarta-feira, dia 17, com uma palestra sobre o desenvolvimento do setor Offshore e as implicações para a Bacia de Santos ministrada pelo Gerente Geral da Petrobras Santos, José Luiz Marcusso, com representantes da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Teremos uma ampla programação com várias apresentações e palestras ao decorrer da feira. As empresas que ainda não possuem cadastro na Petrobras também terão a oportunidade de se registrarem como possíveis fornecedores da estatal.
4X) NNpetro – A presidente da Petrobras, Graça Foster, deu um alerta à indústria de fornecedores dizendo que não aceitará atrasos em obras contratadas. Você acha que Brasil está pronto para atender a atual demanda da indústria petrolífera?
Igor Tavares - O Brasil está parcialmente preparado, com algumas áreas e fornecedores em diferentes estágios de desenvolvimento. O maior gargalo, e que compromete todos os demais, em minha opinião, é a formação profissional. Vão faltar técnicos e engenheiros para a Petrobras, além de fornecedores nos próximos 10 anos. Sem estruturarmos este lado primeiro, não chegaremos aonde almejamos na curva de produção e manufatura de produtos e serviços à indústria lá na frente. Por isso, temos uma Sala Jovem nesta edição da Santos Offshore. Este espaço é destinado aos universitários e estudantes que buscam compreender o perfil, a carreira e as oportunidades para entrar na indústria do petróleo e gás do Brasil.
5X) NNpetro – A indústria brasileira offshore está passando por uma grande transformação. Os investimentos vão desde capacitação de profissionais, pesquisa, estudos de perfuração e produção até barcos de apoio. O que a Santos offshore está oferecendo para o público visitante (profissionais do setor) que busca oportunidade de trabalho?
Igor Tavares - A Santos Offshore está preocupada em oferecer oportunidades e principalmente a possibilidade do público ter acesso as informações referentes a qualificação profissional e oportunidades de trabalho. Para isso, nesta quinta-feira, dia 18, serão promovidas duas sessões simultâneas na área de conferência da Santos Offshore. Uma com foco nas oportunidades de negócios na Bacia de Santos e outra no desenvolvimento de profissionais para atuarem no setor de E&P Offshore. A primeira terá uma explanação do Programa Brasil Maior, criado pelo MIDC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), e do Plano de Desenvolvimento de Fornecedores, da Petrobras. Já a segunda, voltada para o público jovem, que contará com diversas apresentações sobre o campo de trabalho Offshore, demanda de profissionais, treinamento, capacitação e gestão de carreira.

Você sabe para que serve o tungstênio?


O nome pode parecer estranho, mas o tungstênio está mais presente em nossas vidas do que imaginamos e sua valorização no mercado exterior é crescente. Utilizado na indústria eletrônica, petrolífera, de construção, empregado na fabricação de filamentos de lâmpadas, telefone celular, tubo de raios catódicos (presentes em monitores de TV’s e computadores), nas canetas esferográficas, entre outros, o metal, também conhecido como wolfrâmio, é extraído de minérios de alto valor agregado como a wolframita, scheelita e cassiterita.
A principal característica que o faz um elemento peculiar é a capacidade de resistir às temperaturas elevadas, por isso tem um considerável valor industrial e no mercado de importação e exportação. Tanto que, em meados dos anos 20, uma grande companhia tentou patenteá-lo, mas teve o pedido rejeitado pelo governo dos Estados Unidos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o tungstênio possuiu um papel considerável na diplomacia entre países. Na época, como Portugal era o maior distribuidor do elemento na Europa, sofreu pressão bilateral. Os países Aliados e do Eixo disputavam o material que, por resistir a altas temperaturas e possuir resistência mecânica, era importantíssimo na indústria bélica.
Um exemplo bem comum em nosso dia a dia são as lâmpadas incandescentes - utilizadas nas residências por muitos anos e que está em processo de banimento no mercado brasileiro - possuem fios de tungstênio, responsáveis pelo funcionamento durante um longo período. Entre os tipos mais comuns estão também as lâmpadas automotivas e refletoras, além das especiais, empregadas em projetores audiovisuais, luzes de câmera de vídeo, instrumentos médicos e científicos.
Outro exemplo é a bolinha da caneta esferográfica, que a faz deslizar e dispersar tinta enquanto se escreve, também fabricada com o metal. Além disso, uma curiosidade que vale ser destacada é a aplicação do carbeto de tungstênio em joias, mais precisamente em anéis. O material caiu no gosto de mulheres e de casais, que passaram a adquirir até alianças de compromisso deste metal, por ser hipoalérgico e não perder o brilho como os demais.
Mercado brasileiro
Em terras brasileiras, as reservas de scheelita, responsáveis por maior parte da produção brasileira do tungstênio, são encontradas no Rio Grande do Norte, nas cidades de Acari, Bodó,Currais Novos, Lajes e Santana do Seridó. Na região, existem aproximadamente 35 mil toneladas do metal, entre minas indicadas e medidas. Somente nos três primeiros meses de 2012, o Estado havia exportado US$ 1,55 milhão, valor três vezes maior quando comparado ao mesmo período em 2011, o que representa 70% das exportações do produto. Já a wolframita é encontrada em Conceição do Araguaia e São Félix do Xingu, no Estado do Pará, e em Nova Trento, Santa Catarina.
No entanto, atualmente, a China lidera este mercado e é responsável por aproximadamente 65% das reservas mundiais e por 85% da produção, seguida de Rússia, Áustria e Portugal.
*Dominic de Souza é diretor comercial da Citra do Brasil, empresa nacional com 25 anos de atuação na comercialização de produtos nacionais e importados em segmentos como petróleo, portos, mineração, siderurgia, metalurgia do pó, ferroviário, agricultura e tratamento de superfície.

De onde vem o Gás Natural?

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O gás natural é um combustível fóssil, resultado da decomposição de matéria orgânica que foi soterrada a grandes profundidades terrestres.  Esse gás pode ser utilizado na geração de energia para usinas termoelétricas e indústrias, na combustão dos automóveis e até para uso doméstico em residências.
Neste vídeo, você confere todo o processo que envolve a formação do gás natural: da perfuração dos campos exploratórios de petróleo até a rede de distribuição do produto.
Nova turma do curso de OPERADOR DE SONDA DE PERFURAÇÃO do IFRN de Mossoró pela FUNCERN. 2012.

Desejamos Boa Sorte a todos pelos novos caminhos do Mundo do Petróleo e Gás Natural.