TURMA DO PETRÓLEO

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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Sete plataformas da Petrobras iniciam operação em 2013


O compromisso com as metas de produção estabelecidas no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 e o alcance da marca de 300 mil barris por dia de produção no pré-sal foram alguns dos destaques das apresentações realizadas pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, e pelos diretores Almir Barbassa (Financeiro e de Relações com Investidores), José Formigli (Exploração e Produção), José Carlos Cosenza (Abastecimento) e José Alcides Santoro (Gás e Energia) nas sedes das federações das indústrias dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul (Firjan, Fiesp e Fiergs), esta semana. Na Fiergs, nesta quinta-feira (11) pela manhã, o diretor de Tecnologia, Engenharia e Materiais da Petrobras, José Antonio de Figueiredo, também participou da apresentação.
“Esse ano, e nunca tivemos essa marca antes, nada menos do que sete unidades estacionárias de produção entram em operação. Duas já chegaram e a terceira, que é a Cidade de Paraty, saiu nesse fim de semana do estaleiro em direção à locação. O primeiro óleo dessa unidade, que será instalada no campo de Lula Nordeste (pré-sal da Bacia de Santos), será no dia 28 de maio”, revelou a presidente Graça Foster.
 
O diretor de Exploração e Produção da Companhia, José Formigli, destacou ainda que, considerando o período de 2013 a 2017, 25 dessas unidades entrarão em produção, e 38 novas unidades vão passar a produzir petróleo e gás no período 2013-2020. “Pouquíssimas empresas no mundo têm essa demanda de unidades novas. E isso é porque elas não têm o portfólio que temos”, comparou Formigli, destacando o índice de sucesso exploratório de 82% no pré-sal (a média mundial é de aproximadamente 30%).
 
A produção de 2,5 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) em 2016, 2,75 milhões em 2017 e 4,2 milhões em 2020 foi reforçada pela presidente e pela diretoria. Já a produção em barris de óleo equivalente (petróleo e gás) será ainda maior e atingirá 3 milhões em 2016, 3,4 milhões em 2017 e 5,2 milhões em 2020. O pré-sal terá parcela crescente nesse aumento de produção. A marca de 1 milhão de bpd operada pela Petrobras no pré-sal será superada em 2017 e atingirá 2,1 milhões de bpd em 2020. “No ano passado, o pré-sal respondia por 7% da produção. Em 2017, chegará a 42%”, comparou Fomigli.
 
Produção acelerada no pré-sal

“A produção do pré-sal é absoluta realidade”, enfatizou a presidente Graça Foster, destacando que a marca de 300 mil barris por dia na região foi atingida apenas sete anos após a primeira descoberta. “Deixamos de dizer que apenas a descoberta do pré-sal é uma realidade. A produção é uma realidade”, insistiu.
E lembrou a presidente da Petrobras: “Na porção norte-americana do Golfo do México, foram necessários 17 anos para se atingir uma produção significativa, enquanto na nossa Bacia de Campos, levamos 11 anos. Tivemos desafios tecnológicos relevantes no pré-sal. E superamos. Houve redução do tempo de perfuração de poços de 134 dias para 70 em 2012″, disse.
Essa redução no tempo de perfuração gera grande economia de recursos. O diretor Formigli ressaltou que os investimentos na construção de poços (exploratórios e de desenvolvimento da produção) somam US$ 75 bilhões no PNG 2013-2017. Isso representa 32% dos investimentos do Plano e 51% dos investimentos em Exploração&Produção no Brasil. Em função dessa relevância, foi criado o PRC-Poço, Programa de Redução de Custos de Poços. “As plataformas são a parte mais visível, mas os poços, que ficam abaixo delas, são o que custa mais caro”, explico
u.
Redução nas importações de combustíveis

Na área de Abastecimento, a entrada em operação das primeiras etapas da Refinaria do Nordeste, em Pernambuco, em 2014, e do Comperj, no Rio de Janeiro, em 2015, foram destacados pelo diretor José Carlos Cosenza. Ele ressaltou ainda o recorde de carga processada atingido pelas refinarias da Petrobras. “Semana passada atingimos 2,149 milhões de barris por dia de carga processada. Isso permitiu redução de importação de derivados de 10 mil a 15 mil barris por dia na comparação entre o primeiro trimestre de 2013 e o primeiro trimestre de 2012″, comemorou o diretor. Cosenza destacou ainda a importância da entrada em operação das novas refinarias planejadas. A demanda brasileira por derivados deve crescer 4,2% ao ano entre 2012 e 2020. Sem as refinarias Premium I, Premium II e o segundo trem do Comperj, o Brasil importaria 29% da demanda de derivados. A estimativa é de déficit de 972 mil barris por dia. Com as novas refinarias, esse déficit seria suprido.
 
Na área de Gás e Energia, pontuou o diretor José Alcides Santoro, os principais projetos em implantação para o período 2013-2017 são a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN III), em Três Lagoas (MS), a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Cabiúnas (Rio de Janeiro), a Usina Termelétrica (UTE) Baixada Fluminense (Rio de Janeiro) e o terminal de regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) da Bahia.
 
Por fim, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa, enumerou as premissas da sua área, entre elas manter a classificação de grau de investimento da Companhia e não emitir novas ações. “Os desinvestimentos de Us$ 9,9 bilhões vão contribuir para a financiabilidade do Plano”, disse o diretor, ressaltando que a receita gerada pela Companhia no período (US$ 165 bilhões) será responsável pela maior parte do financiamento do PNG.

Profissões: Supervisor de Logística – Armazenagem e Distribuição

O profissional de hoje da série “Profissões” é o Supervisor de Logística de Armazenagem e Distribuição. Esse Profissional atua no coração das operações e quase sempre ele e a equipe são responsáveis pelos resultados alcançados pela empresa.

Para exemplificar a atuação e os desafios desse profissional o Logistics Plan traz uma entrevista com Nelson Santana, Supervisor de Operações Logísticas.

1) Quais são os desafios enfrentados diariamente?

Resposta
O desafio central da logística principalmente no Brasil, é adequar as necessidades da operação aos entraves burocráticos do país, principalmente no que se refere a transporte e aos trâmites fiscais.
Uma vez que a operação pede agilidade, e consideranto as dificuldades burocráticas e de infra estrutura, é necessário que o profissional desenhe um fluxo funcional que atenda de imediato o formato operacional da atividade.
Levando para lado mais prático, seguem alguns pontos importantes:
1 – Escolha do local de distribuição: Deve ser em ponto estratégico da cidade, que permita a definição de rotas alternativas ( Principalmente nas grandes cidades).
2 – Layout: Deve ser desenhado de forma a facilitar o escoamento da operação.
3 – Sistema: De preferência simples que possa dar a equipe operacional ferramentas para medir o desempenho de funcionários e KPI´s da operação.
4 – Equipe: Treinamento voltado para acuracidade, agilidade e dinamismo.
5 – Operação: fazer manutenção periódica da operação, mantendo os KPI´s atualizados e ajustando a operação conforme as necessidades.

2) Qual a característica pessoal que você considera mais importante para um Supervisor de Logística?

Resposta
A característica que considero mais importante para um supervisor de logística é flexibilidade. Mas não posso deixar de mencionar algumas características que como agilidade, dinamismo, capacidade de ouvir, receptividade a mudanças, maleável e rápido nas decisões.
Porque coloquei a flexibilidade como a principal característica? Olhando a logística como um todo, percebemos que é uma área que tem relação com todos os departamento da empresa, e com muitos órgãos externos que complementam as atividades. O profissional que não tem esta característica vai deixar a operação morosa e não alcançara os objetivos traçados. É preciso lembrar, porém, que esta flexibilidade deve ser insieridas nos limites das regras e procedimentos externos e internos, sem ferir os princípios de integridade do profissional e da empresa.
3) O que o mercado tem buscado no profissional de Logística para o cargo de Supervisor?

Resposta
O mercado esta buscando categoricamente um bom gestor de pessoas, pois logística é uma área para trabalhos em equipe, e a empresa de logística que tem um bom gestor já tem na operação 1/3 dos problemas resolvidos.
Lógico que o próximo ponto é a experiência e o conhecimento que o profissional da área deve ter, acompanhado de uma visão global da operação, especializado em armazenamento, distribuição, inventario e transporte.

4) Que peso tem a questão “gestão de pessoas” na sua profissão?

Resposta
Em uma escala de 1 a 10 o gestor tem peso 6, pois é ele que vai conduzir a equipe, e quando falamos de logística, sabemos que as equipes são um tanto quanto volumosas, já que temos que pensar na operação normal ou seja; entradas, saídas e transporte, e também na manutenção diária da operação que esta incluso inventários, relatórios, performance e projetos especiais.