TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

TECNOLOGIA EM ÁGUAS PROFUNDAS

Por Edevaldo Bonfim / Gerente Geral da Parker Hannifin -
No Brasil e no mundo, um dos mercados que apresentam maior potencial de crescimento é o da prospecção e produção de óleo e gás. A humanidade precisa do petróleo, pois ele representa uma fonte de energia sobre a qual existe pleno domínio tecnológico. O mundo é substancialmente movido por ele, assim acreditamos que levará tempo para que se desenvolvam alternativas capazes de substituí-lo.
Com a descoberta de grandes reservas na camada do pré-sal brasileiro, campos antes somente mapeados e para os quais não havia tecnologia disponível para operação comercial hoje já podem ser explorados. Os investimentos para exploração do petróleo na camada do pré-sal são enormes, o que traz oportunidades de desenvolvimento e crescimento para as empresas que atuam neste segmento.
Nós da Parker estamos atentos a esta tendência, e preparados para fornecer aos clientes deste mercado uma gama completa de soluções que incorporam alta tecnologia, proporcionam elevado desempenho e contribuem para a melhora da eficiência e produtividade. Destaco por exemplo nosso serviço Parker On Site, contêineres especialmente montados para serem levados às plataformas marítimas que operam a muitos quilômetros da costa.
Estes contêineres representam autossuficiência em recursos embarcados, com unidades preparadas para suprir as plataformas de exploração e produção de produtos e serviços fundamentais para o funcionamento adequado e confiável de equipamentos e sistemas – como mangueiras e conexões, produtos para filtração, vedações e condicionamento e monitoramento de fluidos.
No último dia 20 de setembro, inauguramos nossa nova unidade avançada, localizada em Macaé (RJ). O Oil & Gas Service Center é uma estrutura completa de serviços que foi concebida para atender este que é um polo concentrador de empresas de alta tecnologia, onde se estabeleceram empresas que atuam em toda a cadeia de exploração e produção de petróleo, tradicionais usuárias das soluções Parker, dedicadas tanto à fabricação de equipamentos, quanto a serviços offshore e às atividades de reparo e manutenção.
Nosso diferencial é que podemos fornecer às empresas que participam do mercado offshore brasileiro um portfólio muito abrangente de componentes e sistemas, aliado ao suporte técnico e ao conhecimento que são indispensáveis para o desenvolvimento de projetos de engenharia de alta confiabilidade. E agora, com o Oil & Gas Service Center, comprovamos nossa disposição de seguir investindo para crescer junto com o Brasil.

VICEL FORMA PARCERIAS PARA TRATAMENTO DE ÁGUA EM NAVIOS E PLATAFORMAS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) -
O grupo Vicel atua no segmento de tratamento de água e esgoto em plataformas e navios e está com um novo lançamento no setor. A empresa começou a fornecer um sistema de tratamento de águas cinzas para as embarcações e unidades de produção, com o objetivo de atender à demanda gerada por uma norma recente do Ibama, cujo objetivo é obrigar as empresas a tratarem os resíduos líquidos antes de serem lançados ao mar. A empresa, sediada em Rio das Ostras (RJ), representa fabricantes internacionais no Brasil, mas o diretor comercial, Helio Brasileiro, conta que já começaram a planejar o passo seguinte, com negociações em andamento para formar joint ventures locais. A primeira delas, com a Aqua-Chem, já saiu do papel, gerando a Aqua-Chem do Brasil.
 
Qual é a atuação do Grupo Vicel?
 
A Vicel é uma empresa brasileira de serviços técnicos de equipamentos para tratamento de água e esgoto de plataformas e navios. A empresa faz a instalação e manutenção dos equipamentos. Nós somos representantes da Severn Trent De Nora e a Aqua-Chem.
 
E como funciona a parceria com estas empresas?
 
Nós atuamos com equipamentos que são fabricados por nossas representantes. Fazemos a instalação e manutenção dos equipamentos, e estamos buscando fazer parcerias com as empresas fabricantes, por meio de joint ventures. Com a Aqua-Chem, essa operação já foi realizada, formando a Aqua-Chem do Brasil.
 
Qual é a estrutura atual da empresa?
 
A nossa unidade fica na Zona Especial de Negócios de Rio das Ostras. É lá onde fica a nossa base de serviços. Também temos um escritório no Rio Janeiro, que atua na parte comercial da companhia.
 
Quais são os contratos mais importantes?
 
Temos contratos com diversas empresas. Uma delas é a Petrobrás, que conta com 52 equipamentos fornecidos por nós em operação e outros 59 aguardando instalação nos próximo anos. Também temos contratos com a Statoil e com empresas de perfuração.
 
E quais os equipamentos vocês fornecem?
 
Posso mencionar a unidade dessalinizadora por osmose reversa, que é fabricada pela Aqua-Chem. É uma tecnologia utilizada para geração de água potável em navios ou plataformas. A unidade capta a água do mar, que passa por um sistema de membranas que retém o sal e filtra a água. A Vicel também distribui o sistema Balpure. É uma tecnologia desenvolvida pela Severn Trent De Nora consagrada para tratamento da Água de Lastro.
 
Como funciona?
 
A água de lastro é aquela que os navios armazenam em tanques para manter o equilíbrio durante a navegação. Quando o navio está descarregado, enchem-se os tanques com a água do mar. O problema é que essa água tem vida marinha. Então, quando o navio realiza esse procedimento na China, por exemplo, e descarrega essa água no Brasil, essa água pode causar um impacto ecológico. Por causa disso, essa água precisa passar por tratamento antes de ser descartada.
 
Quais são as outras tecnologias fornecidas?
 
Nós lançamos o Sistema de Tratamento de Águas Cinzas para Navios e Plataformas (GWTS, em inglês). O sistema é projetado e fabricado pela própria VICEL com 90% de conteúdo local. A tecnologia já está sendo fornecida. Trata-se de um sistema complementar aos sistemas de tratamento de água negras – afluentes de vasos sanitários, chuveiros e pias. Existe uma norma técnica do IBAMA, a NT 01/11, que obriga que navios e plataformas tratem as águas cinzas antes de serem lançadas ao mar.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Quanto Ganha os Profissionais de Plataformas de Petróleo


QUE ÁREAS EXISTEM NUMA PLATAFORMA???

As áreas a seguir existem tanto numa Plataforma de Perfuração quanto numa Plataforma de Produção, As únicas Plataformas onde existem essas 2 equipes são as Plataformas Fixas. o que cada profissional faz em cada uma das áreas?, assim como as formações mais recomendadas para cada uma delas.

Operação de Perfuração
A Operação de Perfuração é realizada pela empresa conhecida como Drilling Contractor, que é a empresa que faz a perfuração. Geralmente também é a dona da sonda. As empresas mais conhecidas desse segmento são: Transocean, Pride, Noble, Seadrill, Diamond Offshore (Brasdrill), Petroserv, Odebrecht Oleo e Gás, Queiroz Galvão Óleo e Gás.

A Drilling Contractor fornece toda mão-de-obra para a operação de perfuração, passando pela equipe de Perfuração, Movimentação de Carga, Subsea, Manutenção, Segurança e Almoxarifado.

A equipe de perfuração é composta pelas seguintes funções:
• Toolpusher - É o encarregado da equipe de Perfuração. O responsável direto pela mesma e que reportará ao Company Man (Supervisor de Perfuração da Operadora)
• Driller (Sondador) - Profissional que comanda a perfuração. É ele que opera o Top Drive, coloca o peso na coluna de perfuração, controla a pressão e etc.
• Assistente de Driller - Como o nome diz, auxilia o Driller em suas atividades.
• Torrista (Derrickman) - Apesar do nome, não é o Torrista que fica na lá em cima na torre, como muitos pensam. O Torrista tem um dos trabalhos mais importantes e complexos da atividade da perfuração. Ele é o responsável pelo controle da vazão da lama de perfuração, pela operação das bombas de lama e demais atividades pertinentes a isso, trabalhando em conjunto com o Químico.
• Assistente de Torrista - O assistente de torrista, em algumas empresas, também chamado de bombeiro, que é o profissional que fica manobrando os tubos no monkey board, nome dado ao alto da torre, próximo ao topo, onde se armazenam os tubos.
• Plataformista (Roughneck) - É o famoso profissional que conecta e manobra as colunas de perfuração, que sempre aparecem nos vídeos de manobras e conexões de tubos.
Já a Equipe de Movimentação de Carga é composta pelos:
• Guindasteiros - É o Operador de Guindaste. Tanto na movimentação de cargas dentro da plataforma, como para auxiliar na perfuração, movimentando os tubos e revestimentos.
• Auxiliar de Guindasteiro - É aquele que Auxilia o Guindasteiro nas manobras de cargas com sinais visuais e orientação externa.
• Homem de Área (Roustaboud) - Talvez como muitos pensam também, o Homem de Área não fica na perfuração, e sim auxilia a movimentação das cargas e limpeza da área.
A Equipe de Subsea é composta por profissionais responsáveis pela instalação e manutenção dos equipamentos subsea, como BOP, Risers, Árvore de Natal e etc.

A Equipe de Segurança é composta pelos chamados RSTC, que são os Coordenadores de Segurança e Treinamento da Equipe de Perfuração. Ele, juntamente com o Técnico de Segurança da empresa operadora, que são o responsável pela segurança da plataforma. São 2 a bordo por turma, cada um em um turno.

Para dar suporte à toda essa atividade, existe a equipe de Manutenção, composta por Mecânicos, Eletricistas, Técnicos em Eletronica e etc, responsáveis por fazer toda manutenção dos equipamentos numa sonda.

Como uma atividade onde a quantidade de materiais e ferramentas são imensas, é imprescindível ter uma pessoal responsável por eles. Esse papel é desempenhado pelo Almoxarife Offshore.

COMO ENTRAR?

As equipes e áreas citadas acima são de responsabilidade das Drilling Contractors, ou seja, se você deseja trabalhar nessas áreas, você deve procurar pelas empresas acima, são elas que contratam esses tipos de profissionais.

LISTA DE DRILLING CONTRACTORS

As formações desejadas para trabalhar nessa área específica variam bastante. Para trabalhar na Equipe de Perfuração e Movimentação de Carga por exemplo, não se exige um curso Técnico ou Superior especificamente por exemplo, o mínimo requerido é o Ensino Médio completo. Existem algumas instituições que ministram cursos de Qualificações nessas funções não se candidate profissionais com muita qualificação, ou pelo menos não coloque isso no CV, pois tem dificuldade para entrar, por exemplo alguém que tenha Pós-Graduação e quer se candidatar à vaga de Homem de Área.

Já para se trabalhar na equipe de Manutenção, os cursos Técnicos tradicionais são o mais recomendados, seja de Mecânica, Instrumentação, Elétrica, Eletrotécnica, Eletronica, e etc.

Na Equipe de Subsea, valoriza-se muito profissionais com conhecimento principalmente em Mecânica com ênfase em Hidráulica. De preferencia Engenheiros, mas ainda se vê técnicos trabalhando nessa área.

Se você desejar trabalhar na Equipe de Perfuração e seu sonho é um dia ser um Sondador, você NUNCA começará como Sondador. Isso acontece pois existe toda uma etapa a percorrer para chegar até lá. Mesmo porque nenhuma empresa colocará um profissional sem experiencia para operar uma sonda. A pessoa deve passar por todas as etapas na hierarquia da equipe de perfuração até chegar a Driller, e depois se quiser subir, Toolpusher.

Algumas pessoas que começam na equipe de perfuração ou movimentação de carga quando tem um curso Técnico, acabam migrando para a área de manutenção, por ser uma função mais garantida e no qual garante um conhecimento importante para o profissional

Cada função tem um número de níveis em cada uma delas. Esse número depende de empresa para empresa. Em algumas você tem por exemplo, Plataformista Nivel 1, 2 e 3, ou as vezes até mais. Assim também, para outras funções. Quanto maior o nível, maior a experiencia e salário. Existe até a função de Plataformista Líder, que é aquele Plataformista mais experiente e que coordena as manobras e conexões no Drill Floor.

Para você que tem Ensino Superior, de preferencia Engenharia, a outra forma de entrar nesse tipo de empresas é através de Programas de Trainee. Grandes empresas sempre estão abrindo esses Processos, como a Transocean e a Odebrecht Óleo e Gás por exemplo.

QUAL O NÍVEL SALARIAL???

Essa com certeza é a pergunta de maior interesse de quem chegou até aqui! Qual o salário em cada uma delas???

Começando pela Equipe de Perfuração, o salário mais baixo é do Plataformista, que está na casa dos R$ 3100,00. Um Assistente de Driller, R$ 8700,00 e um Toolpusher, aproxidamente uns R$ 25000,00

Na Equipe de Movimentação de Carga, o Homem de Área ganha por volta de R$ 2600,00

Para aqueles que acham que é nessas 2 áreas que pagam melhor, engana-se, pois na Equipe de Subsea e Manutenção paga-se muito bem também. O Mêcanico está ganhando R$ 9000,00 e o Assistente de Subsea nada mais, nada menos que R$ 15000,00. Aliás, segundo informações do próprio pessoal que trabalha nessa área, o segmento de Subsea é tido como a nata da perfuração, onde ganha-se mais.
CURSO DE FORMAÇÃO DE SUBSEA.

A Maplo é responsável pela formação de 95% dos profissionais da área de Subsea que operam no Brasil. A escola é credenciada pelo IADC e possui corpo docente constituído por engenheiros e técnicos especializados, com ampla experiência na área de Subsea no Brasil e no exterior.
O curso de formação em Subsea é realizado em Campos dos Goytacazes, com prática em plataformas sob orientação e assessoramento técnico da Maplo.
O credenciamento do IADC (International Association of Drilling Contractors) assegura aos trainees, assistentes, engenheiros subsea e representantes de companhias que procuram a Maplo realizar sua formação dentro de padrões internacionais de qualidade, formando-se com a maior autoridade em Subsea engineering do Brasil. São mais de 12 anos capacitando profissionais de alto desempenho para inspeção, manutenção e operação de BOPs e demais equipamentos de controle de poço.

Diferenciais Maplo

Credenciamento junto ao IADC
A Maplo é credenciada junto ao IADC (International Association of Drilling Contractors) assegurando aos profissionais de Subsea treinados pela escola uma formação em alto padrão de qualidade e preparação para imediata inserção em bases e plataformas.
Corpo Docente e Estrutura Tecnológica
Reconhecidamente o centro de treinamento de controle de poço tecnologicamente mais avançado, a Maplo reúne ainda corpo de instrutores altamente capacitados, credenciados pelo IADC (International Association of Drilling Contractors) e com ampla vivencia profissional em subsea engineering.
+Consulte-nos sobre a formação de turmas fechadas

Conheça a Formação

A Formação em Subsea é realizada com duração total de 240 horas, em 6 semanas. O curso de formação em Subsea é dividido em 6 módulos de 40 horas, com abordagem teórica intensiva e prática em plataformas com assessoramento técnico da Maplo.
RIGGING - Operações com Guindastes

Quando é necessário o plano de Rigging?
As empresas contratantes de serviços envolvendo içamento de cargas com guindastes encontram, em geral, certas dificuldades em estabelecer parâmetros e critérios técnicos que possam justificar a necessidade de um plano de rigging para esta tarefa. Tais dificuldades independem da natureza do serviço, que pode ser um simples descarregamento de caminhão ou até mesmo uma operação complexa, envolvendo a mobilização de mais de um guindaste e com elevado grau de risco.

O planejamento do serviço tem a sua importância, pois, além de possibilitar a seleção do equipamento mais adequado e da melhor estratégia de içamento, também fornece dados que servem para a compra de suprimentos como materiais necessários à mobilização e preparação da máquina e acessórios, de forma a se evitar imprevistos, retrabalho e estabelecendo parâmetros de segurança operacional.

O plano de rigging deve ser elaborado por um profissional capacitado, incluindo a memória de cálculo, os projetos de dispositivos, os desenhos demonstrativos de todas as fases de içamento, as posições mais críticas e as folgas previstas em relação as interferências. Nele deve constar, de forma imprescindível, as seguintes informações técnicas:
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Configuração do guindaste: lança, raio de operação, tipo de moitão, passadas de cabo, contrapesos, posicionamento das sapatas jib e etc.Capacidade bruta do guindaste: conforme valores das tabelas de cargas e digrama de içamento do guindaste

Velocidade do vento: máxima permitida para operação do guindaste com carga. este cálculo é feito através de uma tabela padrão no qual se classifica determinados tipos de designação do vento como: vento parado, aragem, brisa e etc; e normalmente demarcado no plano como beaufort; nome dado ao tipo de vento da tabela de velocidade através de classificação por números, ex.: Beaufort 6 é designado como Vento leve e atua entre 10,8 e 13,8 m/s ou 39 e 49 km/h

força na sapata: força máxima atuando na sapata do guindaste com mais esforço,onde, o guindaste em operação transmite forças consideráveis ao solo, através das sapatas, originadas pelo peso do guindaste, do contrapeso adicinal e pela carga bruta, uma vez determinada a força aplicada na sapata e a resistência do solo, o rigger pode então calcular a área de suporte que deve ser construida para a operação. É fundamental que sempre se considere as medidadas da sapata mais próxima ao centro de giro do guindaste, caso o peso do guindaste não seja conhecido através do catálogo do fabricante adotar o seguinte cálculo: P= NE X 12,00 t (onde P (Peso do guindaste), NE (número de eixos) e 12,00 é o valor brasileiro atribuido à tonelagem de carga exercida por eixo em veículos rodoviários pesados.

Porcentagem de utilização do guindaste: classificação em porcentagem da utilização do guindaste na operação em questão; para se fazer este cálculo basta utilizar a seguinte fórmula: CGB / CPB x 100 = Carga bruta, dividido pela Capacidade bruta x 100. assim se obtem um valor numerico em porcentagem de utilização do guindaste, que deve ser respeitado principalmente contra a limitação do fabricante, do LMI do guindaste e normas ISO e DIN.

Layout completo da operação: desenho técnico feito à mão ou através de softwares como o Autocad da Autodesk, impresso em folhas tipo A1, implementando no desenho o equipamento bem como seus acessórios, interferências e sua carga, normalmente se faz o plano de rigging com o desenho em perfil e topo, podendo variar em alguns casos, hoje em dia já se aplica e desenvolve-se planos de rigging em 3D digitalmente.

Relação de eslingas e acessórios com detalhes da montagem das amarrações, tipos de cintas e cabos, dimensionando-as e estabelecendo os tipos de terminais adaptáveis a acessórios complementares como manilhas.

Identificação do guindaste: Marca, modelo, capacidade nominal e série; é fundamental a escolha correta do equipamento pois este é o mentor da operação e é fundamental que seja estabelecido com conhecimento técnico.


Recomenda-se ainda a visitar o local da operação, para que se possa verificar as condições previstas durante a operação, tendo em vista a dinâmica da obra. O plano de rigging deve ser inserido na proposta técnica da empresa prestadora de serviços, a qual servirá para analise quanto à segurança e relação custo / benefício, possibilitando uma contratação comercial adequada.Algumas empresas exigem a elaboração do plano somente para a movimentação de cargas acima de certo peso, ou então conforme o bom senso ou avaliação subjetiva do profissional contratante.

No histórico de acidentes com operação de guindastes, entretanto encontramos muitas ocorrências envolvendo máquinas de grande porte para o içamento de cargas relativamente pequenas,Nesse sentido, os profissionais envolvidos devem formalizar uma avaliação técnica da operação levando em conta vários fatores que implicam certo grau de risco, tais como:Peso da carga, Volume da carga, Geometria da carga, Altura do içamento, valor da carga, Interferências na operação (Linhas de energia elétrica, pipe-racks, edificações e etc.), complexidade da operação (numero de fases envolvidas, de guindastes e etc.)

Esta relação de itens pode ser adaptada e ampliada, conforme o perfil e a política de segurança da empresa, adotando-se uma nota para cada um deles conforme sua grandeza. A somatória final das notas servirá para determinar a necessidade ou não de elaborar um plano operacional. Tais procedimentos representam uma tentativa de formalizar uma avaliação técnica baseada e parâmetros controláveis, substituindo os impasses gerados por decisões pessoais, ta comuns atualmente nestes tipos de serviços
TRABALHO EM PLATAFORMAS DE PETRÓLEO - DIREITOS E DEVERES
Trabalho em Plataformas de Petróleo Offshore - Direitos e Deveres
CLT, Lei 5.811 de 11/10/1972 - Regime de Trabalho
NR – 30 Portaria N. 34 de 4.12.2002 - Serviço Aquaviário
ANEXO II DA NR-30 Segurança e Saúde em Plataformas Offshore
Portaria SIT n.º 183, de 11 de maio de 2010
Decreto n.º 2.490, de 4 de fevereiro de 1998 - cooperativas de trabalhadores.

O trabalho em alto mar impõe aos trabalhadores tensões adicionais decorrentes do confinamento, de um estilo de vida bimodal, com cíclicos afastamentos prolongados da família e da vida social urbana, e da criação de expectativas compensatórias para os sacrifícios realizados. Estas tensões adicionais exigem, ainda mais, uma visão ecológica global do trabalho, da qual decorre o conceito de fatores psicossociais do trabalho.Os fatores psicossociais no trabalho referem-se às interações dos trabalhadores com as ofertas e demandas do ambiente em relação a suas capacidades, expectativas e necessidades e, em nível mais amplo seus costumes, cultura e condições de vida fora do trabalho.

Nas unidades de perfuração marítima, na maioria das vezes sem sequer a possibilidade de se avistar a costa, os trabalhadores estão confinados, isolados por todos os lados pelo mar.

Os fatores que mais favorecem os trabalhadores no enfrentamento das dificuldades do
trabalho em unidades de perfuração marítima, quando presentes, são:

a) a seleção realizada na prática, onde só os mais aptos sobrevivem;
b) o significado religioso (dever, obrigação moral) do trabalho;
c) o orgulho de ser petroleiro e através deste trabalho proporcionar alimentação,
educação, saúde e segurança à família;
d) relacionamentos interpessoais de boa qualidade;
e) o suporte social, principalmente da família;
f) a percepção da importância de suas tarefas;
g) a confiança no sistema de gestão de segurança e nos supervisores;
h) o espírito de corpo que se desenvolve em equipes com baixa rotatividade e bom clima de trabalho;
i) as melhores condições salariais, apesar dos baixos valores absolutos destes para a maioria;

O regime de trabalho em turnos nas instalações petrolíferas offshore e nas unidades de perfuração marítima em particular, com suas jornadas estendidas (12 horas ou mais por dia), rodízio com baixa velocidade de rotação (7 a 14 dias seguidos em cada turno), longa seqüência de dias no turno da noite (7 a 14 dias), mudança de turno sem folga intermediária, jornadas de 18 horas nos dias de troca de turno e desembarque, dificuldades de adaptação ao trabalho após cada ciclo de folgas longas (14 a 28 dias) e dificuldades de readaptação à vida familiar e social a cada desembarque, apresenta diferenciais de cargas de trabalho.

Nas plataformas offshore todos trabalham em turnos, seja no revezamento de turnos praticado pela maioria, seja no regime administrativo com sobreaviso, onde após trabalhar 12 horas por dia, geralmente das 06 h às 18 h, os trabalhadores ficam de sobreaviso, seja ainda no sobreaviso das equipes de engenharia de poço, as quais alternam períodos se preparando para as operações com períodos de trabalho intenso e de jornadas estendidas.

Nas plataformas offshore trabalho em turnos se torna obrigatório por razões econômicas (ativos de grande valor e custos operacionais e de transporte elevados), por razões de logística (escassez de vagas a bordo, seja por falta de camarotes ou por limitação de salvatagem), por características de processos (algumas fases de construção de um poço devem ser o mais breve possível por medida de segurança) e por interesse dos trabalhadores, pois estes preferem as jornadas estendidas e a permanência a bordo, a viagens diárias de helicóptero.

O trabalho em turnos exige, ciclicamente, que o trabalhador desempenhe suas atividades
laborativas em horários em que estaria normalmente repousando, em lazer ou dormindo e que pratique lazer, repouse ou durma em horários em que deveria estar trabalhando.

Para entender as dificuldades dos trabalhadores em turnos é essencial entender as propriedades do relógio biológico humano, com seus múltiplos osciladores, como sua habilidade de variar a orientação temporal e seu efeito no sono, humor e capacidade de trabalho.

Diante de uma mudança de rotina – notadamente a do ciclo vigília-sono com a mudança
de turno – o organismo humano procura se adaptar. Neste processo ocorre modificação e dessincronização interna transitória de ritmos biológicos.

O esforço despendido para a ressincronização dos ritmos biológicos a cada variação do ciclo vigília-sono gera desgaste adicional no trabalhador em turnos, que pode afetar sua saúde física e psicológica, seu bem-estar geral, seu relacionamento familiar e social e sua eficiência no trabalho.

A privação do sono é apontada como o impacto direto mais negativo do trabalho em turnos que inclui o turno da noite, pois 60% a 70% dos trabalhadores em turnos reclamam de distúrbios no sono demonstraram que apenas por fatores endógenos, isto é, ignorando distúrbios ambientais e fatores psicossociais, o sono diurno do trabalhador noturno, em regime de revezamento, é inferior em duração e tem sua arquitetura alterada Um aspecto importante do déficit de sono é a influência deste no humor e motivação, o que pode comprometer a produtividade, a segurança, o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores.

Desempenho e produtividade: mesmo a realização de tarefas rotineiras é mais difícil à noite, pois o tempo de reação diminui e a capacidade de julgamento é reduzida. O turno da noite é o crítico tendo vários trabalhos demonstrado os piores desempenhos neste período:

Turno da Noite

Menor velocidade na resposta a painéis de controle
Maior freqüência de erros de leitura de medidas
Maior freqüência de cochilos ao dirigir veículos
Menor velocidade ao enroscar peças
Maior freqüência de não percepção de sinais de avisos por maquinistas de trem
Maior freqüência de pequenos acidentes hospitalares

em termos mundiais pode-se dizer que os grandes acidentes ocorreram na década de 1980 por descaso das empresas com a segurança offshore, o que levou a sociedade a exigir profundas mudanças nos sistemas de segurança, as quais foram implantadas na década de 1990. Neste início de milênio, têm ocorrido manifestações de preocupação por parte dos trabalhadores com possíveis descuidos com a segurança face às pressões por redução de custo operacional.

Os trabalhadores da indústria do petróleo, em particular, são submetidos à CLT, à Lei
5.811 de 11/10/1972 que regulamentou o “regime de trabalho dos empregados nas Atividades de Exploração, Perfuração, Produção e Refinação de Petróleo, Industrialização do Xisto, Indústria Petroquímica e Transporte de Petróleo e seus Derivados por Meio de Dutos” e às modificações introduzidas pela Constituição Federal de 1988. Este aparato legal é ainda afetado por medidas provisórias e por decisões do Tribunal Superior do Trabalho.

A Constituição Federal de 1988, dentre outras conquistas dos trabalhadores, introduziu, em seu artigo 7o inciso XIV, a jornada de seis horas para o trabalho em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. Os sindicatos petroleiros negociaram, para a Bacia de Campos, jornadas de 12 horas durante 14 dias, desembarque no 15o dia e mais 20 dias de folga. Na jornada contínua de 12 horas os trabalhadores fazem suas principais refeições em 15 a 20 minutos, tendo direito ao adicional de repouso-alimentação.

Como a chamada Constituição cidadã de 1988 teria criado muitos benefícios para os
trabalhadores, tornando-se, na visão do governo e de empresários, uma faca de dois gumes.
Ogoverno passou a encaminhar, via Ministério do Trabalho, projetos de flexibilização das relações do trabalho. Nesta linha pode-se listar as novas regras para o Contrato de Trabalho por Prazo Determinado, o chamado "banco de horas", consubstanciadas na Lei n.º 9.601, de 21 de janeiro de 1998 e regulamentadas pelo
Decreto n.º 2.490, de 4 de fevereiro de 1998 e a legislação sobre as cooperativas de trabalhadores. O governo destaca como vantagem do CTPD uma redução real do custo dos encargos e a criação do “banco de horas”. A contribuição do empregador para o "Sistema S" (Sesi, Senai, Sesc, Sebrae, entre outros) passa a ser 50% menor; a alíquota do recolhimento para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço-FGTS cai de 8% para 2%; e fica dispensado o pagamento da multa rescisória (40% do FGTS). Isto motivaria os empresários a contratar mais empregados. O “banco de horas” evitaria demissões ou o receio de novas contratações através de redução ou incremento da jornada de trabalho, de forma compensatória, sem acréscimo de custos, em função da variação no nível de atividade. Por outro lado, o governo acena com a participação da entidade sindical no processo de negociação coletiva, que seria um princípio fundamental no processo de modernização das relações.

A maioria das plataformas offshore não cumprem a legislação vigente quanto ao regime de trabalho
(artigo 7o , inciso XIV da Constituição Federal do Brasil, 1988), a qual estabelece para trabalho em turnos uma jornada semanal de 33 horas e 36 minutos. As plataformas offshore privadas adotam regime de 14 x 14 dias para trabalhadores brasileiros e de 28 x 28 dias para os trabalhadores estrangeiros, sem que isto tenha sido estabelecido em negociação coletiva e, em alguns casos, sem nenhuma compensação financeira real para os trabalhadores.

Intermediários face aos direitos dos trabalhadores offshore
intermediários de mão-de-obra offshore praticam precarização das relações de
trabalho como:

a) pagam salários bem inferiores aos das empresas que contratam diretamente
seus empregados;
b) pagam plano de saúde apenas para o trabalhador, não incluindo sua família;
c) não respeitam sequer o regime de 14 dias de trabalho por 14 dias de folga, pois algumas vezes os trabalhadores desembarcam de uma plataforma offshore e logo a seguir embarcam em outra;
d) não investem em treinamento e embarcam novatos sem a menor preparação prévia;
e) apresentam alta rotatividade, pois não dispõem de meios de retenção da mão-de-obra, uma vez que não abrem mão de seus lucros.

As cooperativas de trabalhadores offshore são as campeãs da precarização das relações trabalhistas pois, além de receber salários inferiores aos empregados contratados diretamente pelas empresas offshore seus associados-trabalhadores não têm direito a férias, nem a plano de saúde, nem a previdência privada.

As Organizações Sindicais.

Na área offshore da Bacia de Campos atuam alguns sindicatos como o SINDIPETRO-NF(Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense), o SINDITOB (Sindicato dos trabalhadores offshore), o SINTIPICC (Sindicato dos trabalhadores em pintura e construção civil), o SINTHOP (Sindicato de hotelaria) e o Sindicato dos Metalúrgicos de Macaé.
Atualmente, a atuação dos sindicatos brasileiros mais avançados ocorre em três níveis,
quais sejam:

a) o tradicional, na luta por emprego e salários, na interface entre trabalhadores empresas- governo;
b) o interno, ou de base, onde procura conquistar Comissões de Fábrica e CIPA combativas;
c) o nível mais amplo da sociedade, onde com o conceito de Sindicato- Cidadão,

A organização sindical no Brasil é regulamentada pela CLT e pela Constituição Federal
promulgada em 1988. A estrutura organizacional sindical brasileira é composta por três níveis: sindicatos, federações e confederações.

-A federação é um órgão superior, sendo necessário para sua constituição no mínimo cinco sindicatos.
-A confederação é sempre de âmbito nacional, com sede na capital federal, exigindo um mínimo de três federações para sua constituição.

No nível de empresa a participação dos trabalhadores pode se dar em comissões de fábrica ou comitês de empresa e, obrigatoriamente, na CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). A CIPA é uma instância legal (NR-5 do Ministério do Trabalho), de participação paritária entre empregador e trabalhadores, porém com presidente indicado pela empresa, que realiza reuniões periódicas, onde problemas relacionados à higiene, segurança e condições de trabalho são levantados e reportados em relatórios que são enviados à direção da empresa e às Delegacias Regionais do Trabalho do Ministério do Trabalho (Santos, 1997).

Avaliação das condições de trabalho pelos trabalhadores a bordo

As principais causas de acidentes nesta área são escorregamento, rolagem ou queda de cargas devido aos movimentos da plataforma, queda de objetos de planos elevados, manuseio de cabos de aço, queda de altura superior a 2 m, queda em piso escorregadio, exposição a produtos químicos nocivos, exposição a equipamentos energizados, ruptura de equipamentos pressurizados, esforço físico excessivo.

Possui como sistema de segurança:

a) procedimento de permissão de trabalho;
b) PPRA (plano de prevenção de riscos ambientais);
c) classificação de áreas de risco;
d) mapas de riscos;
e) tabelas de fainas para situações de emergência em locais de fácil visualização, com legendas em Português e Inglês;
f) varandas externas em torno dos decks que permitem fácil acesso ao redor de todas as áreas de trabalho e acomodações;
g) rotas de fuga, sinalizadas e iluminadas, em todas as áreas internas e externas;
h) sensores fixos para detecção de gás combustível ou gás sulfídrico no sistema de perfuração e nas tomadas de ar para o casario e para os compressores de ar;
i) sistema fixo de CO2 (gás carbônico) nas salas dos geradores e na sala dos retificadores de corrente (SCR);
j) sistema automático de dilúvio;
k) rede de água e estações de combate a incêndio,
l) dispositivo gerador de espuma no heliponto;
m) Extintores de incêndio (pó químico, CO2 e água) em várias estações de combate a incêndio;
n) chuveiros de emergência e lava olhos em vários locais;
o) equipamentos de proteção individual (EPI).

Os riscos de acidentes

Risco de acidentes por quedas, impactos de ferramentas, projéteis lançados por ferramentas e similares
Risco de acidentes por explosão no poço ou em algum sistema da plataforma
Risco de acidentes por manipulação de substâncias perigosas
Risco de adoecer por vazamento de gás, poeira, ou líquidos tóxicos

Tipo de Doenças, Sintomas abordo de Unidades Marítimas Offshore

Síndrome Gripal
Cefaléia
Lombalgia, dores musculares, dores nas articulações,contusões, entorses
Assaduras, alergias, dermatoses
Azia, gastrite, náuseas, vômitos
Amigdalite
Odontalgia
Faringite
Laringite
Tosse
Corpos estranhos e irritações nos olhos
Pequenos ferimentos
Diarréia, dores abdominais
Insônia
Ansiedade
Fraqueza geral

Trabalho Pesado: apesar da evolução tecnológica ocorrida nas plataformas offshore com o desenvolvimento de ferramentas mais leves e mais seguras e de ferramentas automáticas ou semi-automáticas, o trabalho ainda é muito pesado para várias funções. Tomando-se uma lista de demandas físicas no trabalho causadoras de estresse, verifica-se que todos os itens aplicam-se à equipe da Sonda, aos homens de área e à equipe de manutenção, cujos trabalhos exigem abaixamentos, torsões, posturas corporais inconvenientes, levantamento de cargas pesadas, causam transpiração, os trabalhadores se sujam durante o trabalho e se consideram expostos a riscos de acidentes

Trabalho Coletivo: o trabalho em plataformas offshore é coletivo, dentro de cada equipe e na unidade como um todo. A construção ou manutenção de um poço é programada (planejamento operacional) em fases, que dividem-se em operações, que subdividem-se em tarefas, que
subdividem-se em vários passos. Cada passo compreende, na maioria das vezes, ações simultâneas de vários homens e máquinas.
Os passos, tarefas e operações de várias áreas são simultâneos ou em seqüência, disputando recursos e espaços.

A eficiência operacional e a segurança da unidade dependem da qualidade da coordenação de todo este esforço coletivo. Assim, bom planejamento operacional, boa comunicação e espírito de equipe são fundamentais em uma plataforma offshore. O espírito de equipe tem sido apontado como um fator relevante na seleção de trabalhadores

Recomendações

1) Sugere-se aos trabalhadores que se organizem em torno de seus sindicatos e associações na busca de melhores relações de trabalho, mirando-se nos sindicatos noruegueses, com 90% de adesão da força de trabalho, sem perder de vista as especificidades e limitações do estágio atual de nossa sociedade.

2) recomenda-se aos sindicatos e associações profissionais que:

a) adotem o benchmark norueguês e estabeleçam estreito intercâmbio com os sindicatos offshore britânicos e demais sindicatos;
b) profissionalizem algumas atividades sindicais liberando seus gestores para planejamento e ações estratégicas;
c) recorram a maior suporte do meio acadêmico e científico;
d) dialoguem com as empresas de forma construtiva. No ambiente offshore, todos estão,
literalmente, no mesmo barco

3) recomenda-se às empresas de perfuração que abram espaço para a participação dos trabalhadores em seus sistemas de gestão, principalmente nos de segurança, meio ambiente e saúde.

4) Sugere-se aos colégios e universidades que criem cursos específicos para os trabalhadores offshore a fim de atender ao anseio de grande parte destes trabalhadores.

5) Recomenda-se aos políticos e autoridades públicas dos municípios beneficiários de royalties da Bacia de Campos, que inspirados na história do petróleo, aproveitem o atual apogeu para a criação de um desenvolvimento sustentado,evitando a decadência ao se exaurirem as reservas de petróleo.

6) Dada a importância da equipe da hotelaria para as condições de trabalho, sugere-se que as gerências das unidades de perfuração marítima, como clientes, tomem medidas para que as empresas prestadoras destes serviços promovam melhorias em suas relações de trabalho, notadamente quanto a salários e planos de saúde.

13) Sugere-se a implantação de programas de conscientização sobre as características e impactos do regime de trabalho em turnos em ambiente confinado em alto mar pelas unidades de perfuração marítima, envolvendo todos os agentes do trabalho e as famílias dos trabalhadores.

Vale apena ressaltar que existem ainda normas internacionais e Brasileiras que tratam sobre a segurança e a saúde de quem trabalha embarcado, como;

LESTA - Dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional
SOLAS - Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar
RIPEAM – regulamento para evitar abalroamento no mar
NORMAM 01 – trata das embarcações empregadas na navegação em mar aberto
MARPOL - trata sobre derramamento de óleo por navios no mar
NOVAS TECNOLOGIAS EM PRODUÇÃO DE PETRÓLEO
Geraldo Spinelli Ribeiro
Petróleo Brasileiro (PETROBRÁS)
PETROBRAS – E&P-ENGP
Rio de Janeiro – RJ
spin@petrobras.com.br
 
Desde os seus primórdios, a indústria de petróleo foi extremamente dependente do desenvolvimento de novas tecnologias para viabilizar-se, tanto técnica como economicamente. Em meados do século XIX, quando nasce nos Estados Unidos, duas descobertas tecnológicas são propulsoras deste momento histórico [1]. A primeira, típica de pesquisa induzida, quando o Prof. Silliman, da Yale University, trabalhando numa pesquisa financiada por um grupo de investidores, descobre que através do processo de destilação o petróleo (que exudava em pequenas quantidades no Oeste da Pennsylvania) poderia ser convertido em querosene, um novo combustível capaz de abastecer os sistemas de iluminação pública, que então dependiam do cada vez mais caro e escasso óleo de baleia. No entanto, o petróleo ainda não era obtido em quantidades que tornassem possível seu uso comercial como matéria-prima do querosene. É aí que acontece a segunda descoberta, feita por um empresário, que percebe que talvez pudesse fazer uso da antiga técnica de perfuração do solo para mineração de sal (desenvolvida pelos chineses 1500 anos antes) para prospectar jazidas de petróleo no subsolo. A aplicação desta técnica, na primavera de 1859, em Titusville, na Pennsylvania, marca o nascimento da indústria do petróleo. Nos dias de hoje, a indústria permanece ainda como refém do desenvolvimento de novas tecnologias para vencer novos desafios, em cenários de progressiva redução das reservas mundiais e conseqüentemente, preços cada vez mais altos. Neste quadro, três grandes fronteiras tecnológicas hoje desafiam a indústria do petróleo no mundo e no Brasil: a busca pelo óleo ainda restante nos reservatórios já explotados (recuperação avançada), pelo óleo em reservatórios marítimos em águas profundas e a explotação econômica de óleos pesados e viscosos. Este trabalho se propõe a apresentar e discutir brevemente algumas das barreiras que se impõem no conjunto destes três desafios. Para maior clareza, talvez seja adequado classificá-las dentro das grandes categorias disciplinares da Engenharia de Petróleo (reservatórios, poço e produção) e das Engenharias coadjuvantes na produção de petróleo em alto-mar –Engenharia Submarina e Engenharia Naval. Todo hidrocarboneto é produzido a partir de reservas acumuladas em formações porosas soterradas –os reservatórios. O conhecimento das propriedades petrofísicas dos reservatórios e do escoamento do óleo, gás e água pelo meio poroso é fundamental para o projeto de explotação de um campo. O maior problema é o de predizer onde se encontram os fluidos num reservatório e como estes fluidos se movem pelo meio poroso ao longo da vida produtiva do campo, a partir de fontes de informação reduzidas (e caras) – análises sísmicas ou poços. Em outras palavras, é preciso “enxergar melhor” o reservatório, e “modelar melhor” e “simular melhor” os processos físico-químicos que nele acontecem. Estas necessidades se impõem dentro das três grandes fronteiras tecnológicas mencionadas. A explotação no mar não pode prescindir de uma correta interpretação do reservatório para otimizar a alocação de poços, devido aos altos custos associados à sua perfuração e completação. O mesmo ocorre em campos de óleos pesados, onde a viscosidade do óleo reduz sua mobilidade através da formação. E, por fim, é comum que a maioria dos reservatórios, mesmo aqueles explotados ao longo de anos, tenham reduzido grau de recuperação –apenas uma fração das reservas totais consegue ser recuperada através dos métodos tradicionais de injeção de água para a varredura do óleo. Ao final da vida produtiva, não são raros os casos de campos abandonados com mais da metade da quantidade original de óleo ainda não produzida – e esta fração é cada vez maior quanto mais pesado o óleo. As estratégias de recuperação avançada, através de diferentes métodos são hoje objeto de diversas pesquisas e projetos piloto que buscam melhorar a eficiência da explotação de uma reserva.  Sob o ponto de vista da perfuração de poços, o maior desafio é o seu alto custo, mormente em alto mar. O custo de uma diária de sonda de perfuração adequada às condições de águas profundas nos dias de hoje pode chegar a centenas de milhares de dólares. Considerando-se o tempo necessário às operações de perfuração e completação, os investimentos associados a um poço são muito altos. Em campos de óleos pesados, normalmente em formações de arenitos inconsolidados, os riscos de perda de poços são grandes. Diversos são os esforços hoje em curso no desenvolvimento de estratégias para redução destes custos. Poços horizontais de longo alcance (trechos horizontais de até 2 km) e poços multilaterais são tecnologias que podem revolucionar a explotação em águas profundas, por permitirem uma maior drenagem do reservatório com um menor número de poços. Outro desafio relevante é o desenvolvimento de esquemas confiáveis de contenção de areia, que vem sendo propostos através de tecnologias de “open hole gravel pack” e de telas expansíveis. Ambas requerem um enorme esforço de desenvolvimento nas áreas de mecânica das rochas, reologia e materiais. Dentro do escopo da Engenharia do Petróleo, ao se falar da área de “produção”, refere-se ao conjunto de tecnologias que envolvem os processos de elevar e escoar a produção multifásica (óleo, gás e água) do fundo do poço até a facilidade de produção, bem como os processos físico-químicos que promovem a separação das fases dentro de rigorosas especificações e posterior transporte da produção para os terminais. Na produção de petróleo em águas profundas, cada vez mais o custo e o porte das plataformas e navios de produção vem sendo um limitador do desenvolvimento de campos. Por isso, existe hoje uma tendência mundial que preconiza um horizonte de produção sem plataforma ou navio, com todas as facilidades de bombeamento, separação, injeção de água e exportação da produção instaladas no leito marinho, conhecido em língua inglesa como “subsea-to-shore”. Na verdade, nos últimos anos diversos destes componentes de um sistema completo submarino de produção vem sendo propostos e testados individualmente para cenários no leito marinho, tais como bombas multifásicas, sistemas de injeção de água do mar, sistemas de separação e tratamento das fases, manifolds submarinos de injeção e produção, medidores de vazão multifásicos e sistemas de distribuição de energia elétrica. Estes esforços, que conjugam os conhecimentos da produção de petróleo e da Engenharia Submarina, enfrentam desafios críticos, tais como a Garantia do Escoamento em situações de baixas temperaturas e altas pressões no leito marinho (que propicia a tendência de deposição ou bloqueio por compostos orgânicos sólidos –parafinas, hidratos e asfaltenos). No que tange às novas fronteiras de óleo pesado, faz-se necessário o desenvolvimento de novas técnicas específicas para vencer os maiores gradientes de pressão por elevação e por fricção. Para tanto, novas tecnologias de bombeio centrífugo de alta potência, de bombas volumétricas de altas vazões e de bombas com acionamento hidráulico (nas quais o fluido motriz também atua como lubrificante no escoamento, reduzindo as perdas por fricção) vem sendo perseguidas. Também para óleos pesados e viscosos, as tecnologias de separação de fases e de tratamento de óleo (de forma a garantir as especificações de teor de água no produto final) têm sido alvo de intensas pesquisas nos últimos anos, com a proposição do uso de separadores centrífugos e tratadores eletrostáticos, como alternativa aos métodos gravitacionais. Em termos de estruturas navais de produção, uma das possíveis tendências para o futuro próximo é a adoção de sistemas de completação seca, nos quais o conjunto de válvulas de contrôle do poço se encontra na plataforma, e não no leito marinho. Tais sistemas permitem que as operações de perfuração, completação e de intervenção em poços sejam feitas através de sondas de perfuração instaladas na própria plataforma, sem a necessidade de contratação das sondas específicas de posicionamento dinâmico, de alto custo, como mencionado. Acredita-se que, no caso da explotação de campos de óleos pesados, que exige um constante trabalho de perfuração de novos poços ao longo de sua vida produtiva e diversas intervenções devido a falhas de bombas centrífugas no fundo do poço, este tipo de sistema de produção venha a ser o mais conveniente para os cenários em águas profundas. Outra necessidade é a de estruturas navais que possam operar nas condições de mar ocorrentes nas costas brasileiras e que permitam o uso de risers rígidos de produção. No caso específico do Brasil, é desejável também que estas estruturas navais possam ser construídas pelo parque nacional de estaleiros, garantindo assim um maior conteúdo nacional nos investimentos de produção. Por fim, nos últimos anos, um conceito multidisciplinar vem emergindo como uma interessante solução tecnológica: a gestão integrada dos processos produtivos de E&P a qual, através da capacitação das pessoas e da aplicação objetiva das tecnologias da informação, automação, simulação e modelagem, agrega valor às concessões e, a partir da monitoração e do controle em tempo real obtém a otimização da produção e dos custos com conseqüente incremento de recuperação. Esta proposta, também conhecida como “campo inteligente” ou mais apropriadamente “gerenciamento digital integrado de campos de óleo e gás”, se constitui numa verdadeira revolução nas práticas de acompanhamento da produção e operação, permitindo a integração dos processos de reservatório, poço, produção, facilidades de superfície e instalações submarinas, com aplicações que envolvem desde sísmica até estratégias de manutenção. Isso indica um perfil profissional futuro com uma ênfase mais multidisciplinar do que nos dias de hoje. REFERÊNCIA [1] Yergin, D. The Prize- The Epic Quest for Oil, Money & Power. Touchstone Books. New York, 1991.

Petróleo e gás: Requisitos gerais de SMS

(Segurança, meio ambiente e saúde)

por: Colunista Portal - Educação
&#201; necess&#225;rio promover a preserva&#231;&#227;o do meio ambiente
 
É necessário promover a preservação do meio ambiente
Os requisitos gerais de segurança, meio ambiente e saúde constam como exigências no intuito de definir os deveres e as responsabilidades cabíveis às empresas e estabelecer as orientações e procedimentos concernentes às atividades de segurança, saúde e meio ambiente, que devem ser cumpridas, com o objetivo de proteger pessoas, equipamentos e instalações, bem como promover a preservação do meio ambiente e a aptidão ao trabalho dos seus colaboradores, em decorrência da execução dos serviços ora contratados.

O Manual de requisitos MRS (2010) refere-se a informações e documentos ao preenchimento das necessidades inerentes às ações de SMS de acordo com as empresas:

• Responsável pelas ações de SMS da CONTRATADA para avaliação dos aspectos ambientais e riscos de segurança e saúde inerentes às atividades, produtos e serviços relativas ao contrato.

• Licenciamento Ambiental, junto aos órgãos ambientais competentes, das instalações, unidades e para as atividades pertinentes ao escopo do contrato, conforme legislação aplicável.

• Alvará do Corpo de Bombeiro para as instalações e unidades pertinentes ao escopo do contrato, conforme legislação aplicável.

• Outorga para Captação de Água, caso a CONTRATADA utilize ou faça uso de água subterrânea ou superficial, conforme legislação aplicável.

• Prova de inscrição nos órgãos competentes, quando aplicável (ex.: Registro do SESMT).

• Prova de comunicação prévia à DRT de início de serviços, conforme legislação aplicável, quando pertinentes.

• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (NR-09 do MTE) e, quando aplicável, Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno – PPEOB (NR- 15 – Anexo 13 A – Benzeno) e Programa de Condições e Meio Ambiente na Indústria da Construção (NR-18 – PCMAT).

• Programa de Proteção Respiratória – PPR (IN 1, do MTE, de 11 de abril de 1994), quando aplicável.

• Programa de Conservação Auditiva – PCA, quando aplicável.

• Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO (NR-07 do MTE).

• Relação nominal de cada pessoa da força de trabalho relativa à execução do objeto do contrato, bem como a comprovação de vínculo empregatício (carteira de trabalho com contrato de trabalho).

• Atestado de Saúde Ocupacional – ASO – de cada pessoa da força de trabalho relativa à execução do objeto do contrato.


Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/gestao-e-lideranca/artigos/36275/petroleo-e-gas-requisitos-gerais-de-sms-seguranca-meio-ambiente-e-saude#ixzz2eUZskjnb

Bomba de Vareta de Sucção o famoso

Cavalo de Pau.

 


Uma típica "bomba cabeça de cavalo" da indústria petroleira.
A bomba de vareta de sucção ou simplesmente bomba de vareta, também chamada no ramo de produção de petróleo de bomba cavalo de pau ou cabeça de cavalo, é a parte superficial de uma bomba impelente de pistão, instalada em um poço de petróleo.
Na fase chamada de produção, o petróleo pode chegar ao nível da superfície unicamente devido à pressão dos fluidos existentes no interior da jazida, tanto água do aquífero quanto gás natural na jazida. Nestes casos, os poços são chamados de "surgentes". Quando tal conjunto de fenômenos não ocorre, torna-se necessário suplementar a energia (pressão) da jazida para elevar os fluidos do poço até a superfície, recorrendo-se então à chamada elevação artificial.
O bombeio mecânico é um dos métodos de elevação artifical, dentre vários outros, como o bombeio centrífugo submerso (BCS), o bombeio por cavidades progressiva (BCP), o bombeio hidráulico (BH) e a elevação pneumática (em inglês gas lift, GL).
O bombeio mecânico é realizado predominantemente pelas bombas de vareta, no meio tratadas como "Unidade de Bombeamento Mecânico" e conhecidas no jargão como "cavalo-de-pau", e baseia-se no seguinte sistema:
Uma unidade de bombeamento é instalada na superfície, próximo à cabeça do poço, para transformar o movimento rotativo de um motor em movimento alternativo (no caso, ascendente-descendente). Este movimento alternativo é transmitido por meio de uma coluna de hastes de aço (a "vareta"), colocada dentro da coluna de produção, que permanece aberta, para uma bomba que está localizada no fundo do poço. Esta bomba alternativa fornece energia mecânica ao petróleo, que então eleva-se até a superfície.
Este método é usado para produção em poços localizados em terra, apresentando vazões máximas de produção variam entre 20 m³/dia (para poços profundos, de até 3000 m de profundidade) e 180 m³/dia (para poços rasos, de até 800 m de profundidade).
O primeiro método de elevação artificial de petróleo de sua jazida foi o bombeio mecânico, o qual, ainda que com praticamente um século de sua introdução em campos de petróleo, mantém-se como um método muito popular. Sua importância é perceptível pelo número de instalações existentes, correspondendo a dois terços dos poços produtores do mundo. Considerando-se apenas poços com elevação artificial, o bombeio mecânico compreende cerca de 80% destes poços.

Referências

  1. Takácks, G., Sucker-rod Pumping Manual, PennWell Books, 2002.

Maquete ferroviária do Museu Vale é reaberta à visitação








Carrinhos, bonecos e outros Carrinhos, bonecos e outros itens que decoram a estrutura foram restaurados e reposicionados
Com iluminação e pintura novas e todas as peças revitalizadas, a maquete ferroviária do Museu Vale está novamente aberta à visitação. Ela faz parte do acervo permanente do museu de história ferroviária, que fica localizado em Vila Velha, no Espírito Santo.
Com 34 m² de área, a maquete é considerada a maior do Brasil em termos de protótipo projetado para representar uma ferrovia específica. Ela apresenta elementos ligados à Estrada de Ferro Vitória a Minas, tais como mina, porto e instalações industriais ao longo da via férrea. Sobre 101 metros lineares de trilhos, correm carros de passageiros e vagões de cargas diversas, puxados por algumas das máquinas mais representativas da EFVM: G12, G16, DDM, Dash-8 e Dash-9.
O responsável pela revitalização da maquete – que durou um ano e oito meses – foi o ferroviário aposentado José Severiano da Silva Filho, que também fez parte de sua construção. Na época, em 1998, três antigos ferroviários trabalharam cerca de 2 mil horas usando os mais diferentes materiais, tais como fios, cimento, argamassa, gesso, pó de brita, cola, serragem e isopor, entre outros. Nela foram inseridas 740 árvores, 370 bonecos, 103 postes de iluminação, 80 casas e 30 sinais ferroviários, tudo na escala 1:87 HO (escala usada para indicar miniaturas que são 87 vezes menores que o original).

Visite

O Museu Vale fica na Antiga Estação Pedro Nolasco, s/n e funciona de terças a sextas, de 8h às 17h; e aos sábados e domingos, de 10h às 18h.​
GLOSSÁRIO DA ATIVIDADE DE PETRÓLEO
A
APP - Área do Petróleo Potiguar. Localizada na parte noroeste do território potiguar, compreendendo 15 (quinze) municípios produtores terrestres de petróleo e gás natural.
Árvore de natal - Conjunto de válvulas que controla a pressão e vazão de um poço.
Árvore de natal molhada - Conjunto de válvulas, colocado sobre o solo oceânico, que controla a pressão e vazão de um poço submarino.
Asfalto ou Betume - mistura de hidrocarbonetos obtida como resíduo de destilação do óleo bruto e usada principalmente na pavimentação de estradas.


B
Bbl/dia ou bpd - barris por dia.
Barril - unidade de volume equivalente a 158,98 litros.
Barril de óleo equivalente - Unidade utilizada para permitir comparar (converter), em equivalência térmica, um volume de gás natural com um volume de óleo.
Bacia Sedimentar - Depressão da crosta terrestre onde se acumulam rochas sedimentares que podem ser portadoras de petróleo ou gás, associados ou não.
Bloco: Parte de uma bacia sedimentar, formada por um prisma vertical de profundidade indeterminada, com superfície poligonal definida pelas coordenadas geográficas de seus vértices, onde são desenvolvidas atividades de exploração ou produção de petróleo e gás natural.


C
Cabotagem- navegação realizada próxima à costa, podendo utilizar acidentes geográficos, como cabos (daí seu nome), como pontos de referência.
Campo de gás - Área geográfica, na superfície, correspondente à projeção de reservatórios de gás.
Campo de óleo - Área geográfica, na superfície, correspondente à projeção de reservatórios de óleo.
Cavalo-de-pau - Unidade de bombeio utilizada em poços terrestres, assim designada por sua semelhança com um cavalo de pau.
City Gate - Estação de entrega e recebimento de gás natural ou estação de transferência de custódia de gás natural, composto de um conjunto de manifolds e sistema de medição. Destina gás natural de uma unidade de processamento para a concessionária estadual distribuidora de gás canalizado.
Completação - Conjunto de operações que possibilita a colocação de um poço de óleo ou gás em produção.
Concessionário - Empresa a que foi outorgada concessão de explorar e produzir petróleo e gás natural no Brasil.
Condensado- Hidrocarboneto leve que, nas condições de reservatório, se encontra no estado gasoso, tornando-se líquido à temperatura ambiente.
Crosta terrestre - Litosfera. Parte externa consolidada da Terra.


D
Derivados Básicos - Principais derivados de petróleo, referidos no art. 177 da Constituição Federal, a serem classificados pela Agência Nacional do Petróleo.
Derivados de Petróleo - Produtos decorrentes da transformação do petróleo
Descoberta Comercial - Descoberta de óleo e gás natural em condições que, a preços de mercado, tornem possível o retorno dos investimentos no desenvolvimento e na produção.
Desenvolvimento - Conjunto de operações e investimentos destinados a viabilizar as atividades de produção de um campo de petróleo ou gás.


E
Estação de bombeamento - Conjunto de equipamentos destinados a transmitir energia mecânica ao fluido (petróleo ou derivados) para permitir seu deslocamento ao longo dos dutos.
Estação Coletora - Conjunto de instalações que têm como objetivo efetuar o processamento primário do petróleo e da gás natural, compreendendo as funções de receber as linhas de surgência dos poços produtores de hidrocarbonetos, realizar testes, separar,
purificar, medir, tratar, armazenar, bombear e comprimir fluidos produzidos, bem como descartar efluentes.
Exploração- Conjunto de operações ou atividades destinadas a avaliar áreas, objetivando a descoberta e a identificação de jazidas de petróleo ou gás natural.

F
Fluido - Designação comum a líquidos e gases.
Fluxo bifásico - Fluxo simultâneo de dois fluidos em estados físicos diferentes. Por exemplo: petróleo (líquido) e gás natural
(gasoso).
Fóssil- Vestígio ou resto petrificado ou endurecido de seres vivos que habitaram a Terra antes do holoceno e que se conservaram sem perder as características essenciais.


G
Gás - Um derivado de petróleo é denominado gás quando, nas condições de pressão e temperatura da superfície, se apresenta em estado gasoso.
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - Mistura de hidrocarbonetos leves, gasosos, predominantemente propano e butano. São armazenados no estado líquido através da elevação da pressão ou da redução da temperatura.
Gás Natural (GN) - Mistura de hidrocarbonetos leves, gasosos (metano e etano, principalmente), obtida da extração de jazidas. Utilizado como combustível industrial, doméstico e automotivo.
Gasoduto - Conduto que permite o transporte de grandes quantidades de gás a grandes distâncias.
Gasolina- Mistura de hidrocarbonetos, que destila entre 30º C e 150º C. Constitui a parte mais volátil do petróleo bruto. Utilizada em motores de Ciclo Otto.
Gasolina natural (C5+) - Mistura de hidrocarbonetos leves, com algumas características da gasolina, obtidos a partir do gás natural.
Geofísica - Ciência que estuda os fenômenos físicos que afetam a Terra. Física terrestre.
Geologia - Ciência que estuda a origem, formação e sucessivas transformações do globo terrestre.
Georritmo do Cavalo-de-Pau - Evolução da produção de petróleo e gás natural dos campos (concessões) localizados nos municípios da Área do Petróleo Potiguar.
Grau de API - Escala hidromética idealizada pelo American Petroleum Institute, juntamente com a National Bureau of Standards e utilizada para medir a densidade relativa de líquidos.


H
Hidrocarboneto - Composto químico constituído apenas por átomos de carbono e hidrogênio.


I
Indústria do Petróleo - Conjunto de atividades econômicas relacionadas com a exploração, desenvolvimento, produção, refino, processamento, transporte, importação e exportação de petróleo, gás natural outros hidrocarbonetos fluidos e seus derivados.
Instalações de Embarque / Desembarque de Petróleo e Gás Natural - São consideradas, para efeito da distribuição dos royalties, as seguintes instalações: monoboias, quadro de boias, quadro de âncoras, píer de atracação, cais acostável, estação ou parque de armazenamento, estação coletora e ponto de coleta.


J
Jazida - Depósito natural de uma ou mais substâncias úteis. Reservatório já identificado e possível de ser posto em produção.
Jaqueta - Estrutura de suporte de uma plataforma fixa.


L
Lama de perfuração - Mistura de diversos componentes utilizada durante a perfuração de um poço de petróleo, com o objetivo de manter a pressão superior ao das formações atravessadas e evitar que as paredes do poço desmoronem.
Lâmina d'água - Distância entre a superfície da água e o fundo do mar.


M
Monobóia - Bóia onde se ancoram navios em alto-mar.
Monóxido de carbono - (CO) Gás incolor e inodoro, altamente tóxico. Produzido na queima incompleta de combustíveis.


N
Nafta- Fração de destilação do petróleo, constituída por hidrocarbonetos de baixo ponto de ebulição. Utilizada como matéria-prima na indústria petroquímica, fornecendo, através de craqueamento, uma grande variedade de produtos.
Navio-cisterna - Navio utilizado para armazenamento da produção de petróleo.
Navio-petroleiro - Navio destinado ao transporte de petróleo e derivados. Também chamado de navio tanque
Navio-sonda - Navio dotado de equipamentos que permitem a perfuração ou a completação de um poço submarino.


O
Óleo - Porção do petróleo existente na fase líquida nas condições originais de reservatório, que permanece líquida nas condições de pressão e temperatura de superfície.
Óleo combustível - Mistura de hidrocarbonetos utilizados em grande variedade de equipamentos industriais destinados à geração
de energia ou calor. É largamente usado nas indústrias para aquecimento de caldeiras, fornos, fornalhas.
Óleo diesel - Mistura de hidrocarbonetos que tem amplo emprego como combustível em motores a explosão (ciclo diesel), em caminhões, ônibus, tratores, equipamentos pesados para construção, navios, locomotivas, motores estacionários. É também usado como fonte de calor.
Oleoduto- Sistema constituído de tubulações e estações de bombeamento, destinado a conduzir petróleo ou seus derivados líquidos.


P
Parcela de 5% - Parcela dos royalties correspondente a 5% do valor da produção.
Parcela acima de 5% - Parcela dos royalties excedente a 5% do valor da produção.
Petróleo- Mistura constituída predominantemente de hidrocarbonetos, que ocorre na natureza nos estados sólido, líquido e gasoso.
Petróleo bruto - Petróleo no estado em que se apresenta na natureza, sem ter sofrido processamento.
Petróleo Brent - Mistura de tipos de petróleo produzidos no Mar do Norte, oriundos dos sistemas petrolíferos Brent e Niniam, com grau API de 39,4 e teor de enxofre de 0,34%.
Petroquímica - Indústria dos produtos químicos derivados do petróleo.
Plataforma auto-elevável - Plataforma marítima com três ou mais pernas de tamanho variável, que pode ser posicionada em locais de diferentes profundidades, apoiando as pernas no fundo do mar, elevando-se acima da superfície marítima.
Plataforma continental - Zona imersa que declina suavemente, a começar da praia até o talude continental.
Plataforma fixa - Plataforma montada sobre estrutura fixa (jaqueta), que se apóia no fundo do mar.
Plataforma semi-submersível – Plataforma marítima com flutuadores, sem apoio no solo submarino.
Poço surgente - Poço no qual o petróleo sobe à superfície espontaneamente, em função da pressão existente no reservatório.
Preço de Referência - Preço por unidade de volume, expresso em moeda nacional, para o petróleo, o gás natural ou o condensado produzido em cada campo, a ser determinado pela ANP, de acordo com o disposto nos arts. 70 e 80 do Decreto n0 2.705/98.
Produção - Conjunto de operações coordenadas de extração de petróleo ou gás natural de uma jazida e de preparo de sua movimentação, nos termos definidos no inciso XVI do art. 60 da Lei n0 9.478, de 1997, ou ainda, volume de petróleo ou gás natural extraído durante a produção, conforme se depreenda do texto, em cada caso.
Prospecção - Método ou técnica empregada para localizar e calcular o valor econômico de jazidas minerais.



Q
Quadro de bóias - Conjunto de bóias para amarração de um navio.
Querosene de aviação - (QAV) - Derivado de petróleo utilizado como combustível em turbinas de aviões a jato. Também conhecido como que rojato.


R
Refinação- Conjunto de processos destinados a transformar o petróleo bruto em produtos adaptados às necessidades dos consumidores.
Reserva - Volume de petróleo que ainda poderá ser obtido como resultado da produção de um reservatório. Recursos descobertos
de petróleo e gás natural comercialmente recuperáveis a partir de uma determinada área.
Reservatório - Rocha permeável e porosa onde está armazenado o petróleo.
Resíduo - Fração mais pesada que resta após a retirada das partes leves.
Rocha-reservatório - Rocha porosa com capacidade de armazenar líquidos e gases.
Royalties- Valor pago pelo direito de uso de um bem pertencente a outrem. Compensações financeiras a serem recolhidas pelos concessionários na etapa de produção de petróleo e gás natural, nos termos do art. 47 da Lei n0 9.478 de 1997.


S
Sísmica - Técnica de obtenção de informações geológicas através da captação de sinais sonoros refletidos nas camadas subterrâneas.
Sonda - Equipamento utilizado para realizar perfurações.


T
Talude continental - Parede de declividade acentuada, que mergulha da extremidade da plataforma para os abismos oceânicos.
Trapa - Anomalia na geometria de uma seqüência de rochas, que gera condições de acumulação de petróleo.
Tubulação - Equipamento utilizado para conduzir fluidos.


V
Vaporização - Passagem do estado líquido para o estado gasoso.
Volátil - Líquido que, nas condições ambientes, se torna gasoso.


Fontes do Glossário
ANP. Agência Nacional do Petróleo. Guia do Royalties do Petróleo e do Gás Natural. Rio de Janeiro: 2001, p. 150 a
CEPETRO. Centro de Pesquisa de Petróleo da Universidade de Campinas (Unicamp). A geologia do petróleo. Campinas/SP,
novembro de 2000. Disponível em: . Acesso em: 18 nov.2000.
PETROBRAS. Petróleo Brasileiro S/A. Conheça o Petróleo. Disponível em: . Acesso em 13 jan. 2002