TURMA DO PETRÓLEO

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Estaleiro Jurong planeja contratar até 6 mil funcionários para 7 megaprojetos

Empresa investe na formação do profissional: Engenheiros farão curso em Cingapura.
NNpetro – Adriano Nascimento - 
A 5X Petróleo desta semana é com a Diretora Institucional do Estaleiro Jurong Aracruz, Luciana Sandri, que relata aos leitores do NNpetro a situação atual do empreendimento capixaba, as previsões de entrega dos navios-sonda, contratações de funcionários, além de avaliação dos entraves da infraestrutura brasileira.
1X) Como está o desenvolvimento das obras do estaleiro Jurong Aracruz? Qual é a previsão para que o estaleiro esteja pronto?
Atualmente estamos em fase de terraplenagem e construção das obras do quebra-mar. Também estamos finalizando a contratação para cais e píer. Além disso, contrataremos oficinas, armazéns, escritórios, cantina e vestiário. Serão investidos R$ 1 bilhão no Estaleiro Jurong Aracruz, que estará operacional a partir do final de 2013 e será concluído no final de 2014.
2X)  Segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo, serão fabricados sete navios-sondas para perfuração em águas ultraprofundas no estaleiro. Qual é a previsão de operação dessas embarcações e qual o valor total de investimento?
Os sete navios-sonda vão ser construídos com base no design do Jurong Espandon, que representa a próxima geração de alta especificação de navios-sonda com capacidade avançada e eficiência operacional em águas ultraprofundas em todo mundo.
Cada navio-sonda vai ser ocupado com o estado da arte em facilidades de perfuração, com um deck amplo, organização eficiente e uma large moon pool para aprimorar a perfuração, assim como uma DP-3 (Dynamic Position Class 3) com capacidade de movimentação superior. O navio-sonda terá capacidade de operar a 10,000 pés de profundidade, perfurando em até 40,000 pés, com acomodação para uma tripulação de 180 pessoas.
Com prazo de entrega entre 2015 e 2019, as seis sondas serão as primeiras de uma série que será construída no Brasil para fazer frente às recentes descobertas de petróleo e gás em campos oceânicos gigantes do pré-sal, situados em Santos. Após a entrega, as embarcações serão arrendadas pela Petrobras para operação no prazo de quinze anos. Três sondas serão operadas pela Odfjell e as outras três pela Seadrill. Temos US$ 6.3 bilhões para as encomendas dos 7 navios-sonda além de construção de oito módulos e integração de FPSO’s P- 68 e P-71.
3X) Até o momento quantos profissionais o estaleiro contratou para dar sequência às obras? Existe perspectiva de contratação de mais profissionais?
Atualmente o Estaleiro possui 60 funcionários diretos. No pico da construção, serão 2500 contratados e 6000 no pico da operação. Para as vagas divulgadas agora temos: Engenheiro de Tubulação (1), Engenheiro Eletricista (2), Engenheiro Mecânico (2), Técnico em Mecânica (1), Técnico em Tubulação (1), Técnico em Elétrica (1), Analista de Treinamento (1), Analista de Cargos e Salários (1).
Importante ressaltar que alguns dos engenheiros farão treinamento em Cingapura, nos estaleiros do grupo Sembcorp Marine. Esta experiência internacional é muito interessante para a carreira do profissional, pois possibilita o desenvolvimento profissional e cultural.
4X) Quais são os principais entraves que o estaleiro vivencia na realização das obras?
Atualmente, no estaleiro, não temos nenhum entrave, mas sabemos que existem inúmeros desafios a serem vencidos, como qualquer indústria hoje no Brasil. É um conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas. Por exemplo, são fatores que comprometem a competitividade e a eficiência da indústria nacional: a alta carga tributária e burocracia excessiva, altos custos trabalhistas e previdenciários, legislação complexa e infraestrutura precária.
5X) Como a senhora analisa a mão de obra no país? Existe algum projeto para incentivar a qualificação?
Existe mão de obra qualificada na região de Aracruz (ES), por se tratar de um polo metal-mecânico, e pela desmobilização de outros empreendimentos. Além disso, já estamos capacitando pessoal. Nossa estratégia tem cinco pilares: cursos para as comunidades, parcerias com entidades e órgãos; centro de treinamento interno, intercâmbio em Cingapura, programa de trainees e lideranças.
Criamos um plano de transferência de tecnologia para alunos do IFES (Instituto Federal do Espírito Santo), que estão, desde janeiro, em Cingapura para um intercâmbio de 12 meses. A Jurong vai qualificar em Cingapura estudantes e professores do IFES para a indústria naval. Também já promovemos cursos de qualificação profissional para 680 trabalhadores. São 25 cursos, com 330 vagas na primeira etapa e 350 vagas na segunda.  Além disso, estamos desenvolvendo programas de apoio a projetos da área de influência do empreendimento.

Inepar assina contrato de R$ 620 mi com Petrobras e estima criar 1.300 empregos

Companhia vai prestar serviços de construção, montagem e manutenção de integridade nas plataformas.
A fabricante de máquinas e equipamentos Inepar, por meio da subsidiária Iesa Óleo e Gás, assinou contrato de R$ 620 milhões com a Petrobras para prestar serviços de construção, montagem e manutenção de integridade nas plataformas da companhia na Bacia de Campos.
O trabalho será realizado durante as campanhas de manutenção das plataformas, abrangendo as atividades realizadas em canteiro e a bordo das unidades de produção, segundo a Inepar.
O contrato terá duração de três anos, com a possibilidade de prorrogação pelo mesmo período. Segundo a Inepar, estima-se a criação de 1.300 empregos diretos e indiretos.
Para funções como caldeireiro e soldador a Iesar pretende, além de aproveitar a mão de obra formada internamente na empresa, promover processos seletivos na região e buscar profissionais em todo Estado do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013


O engenheiro químico da Universidade de Fortaleza (Unifor), Roberto Menescal, destaca que o Brasil ainda não iniciou a era do óleo, pois só poderá afirmar o fato após a exploração do Pré-sal. Dentre as explicações do setor de petróleo e gás, o professor reforça a importância da graduação tecnológica para o mercado de trabalho e aborda a responsabilidade que o profissional deverá possuir no âmbito da segurança, meio ambiente e qualidade operacional.

A pedagoga da Petrobras, Eleonora Taveira, explica como é o trabalho de uma orientadora dentro de uma empresa do setor de petróleo e gás. Para Eleonora, o maior desafio do pedagogo numa organização como a Petrobras, é conseguir perceber o que pode ser feito junto ao funcionário para cumprir as metas estratégicas da companhia.
(Com informações canalpetrobras)

O documentário Gigantes da Engenharia, produzido pela da National Geographic, revela os avanços tecnológicos que permitiram a construção da maior plataforma de petróleo do mundo: Perdido Spar, no Golfo do México. Perdido Spar é um dos mais desafiadores projetos em águas profundas. A Shell tem uma participação de 35% no projeto e é o operador. Perdido está em uma profundidade de água de cerca de 2.450 metros (8.000 pés). A primeira produção de Perdido foi em 31 de março de 2010.