TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013



A Petrobras Distribuidora realizará processo seletivo público para preenchimento de vagas e formação de cadastro de reserva. Estão previstas 44 vagas para nível médio. O prazo para as inscrições será de 24 de janeiro a 21 de fevereiro de 2013. As provas serão realizadas no dia 14 de abril de 2013 e a divulgação do resultado final está prevista para 18 de junho de 2013.

Para nível médio, a carreira é de Técnico(a) de Administração e Controle Júnior, com a remuneração mínima de R$ 2.599,45. Para nível médio com Formação Técnica, as carreiras são de Técnico(a) Contabilidade Júnior, com remuneração mínima de R$ 2.599,45; Técnico(a) de Operação Júnior, Técnico (a) de Segurança Júnior e Técnico(a) de Suprimento e Logística Júnior, com remuneração mínima de R$ 3.132,34.

O valor da inscrição é de R$ 35 para todos os cargos de nível médio. O processo seletivo terá validade de 12 meses, podendo ser prorrogado por igual período

Podemos criar uma indústria química sem impactos ambientais?

Colaboração - Marco Polli e Marco Fraga - 
A ciência química permite ao homem realizar transformações íntimas na estrutura da matéria. O seu desenvolvimento e industrialização, a partir do século XVIII, significou que essas transformações passaram a se realizar em um escala massiva, tendo efeitos mais e mais abrangentes. A cada vez que inovações mudavam a base tecnológica dessa indústria, produtos e serviços inéditos chegavam à sociedade, assim como surgiam problemas ambientais novos e complexos. Chuva ácida, redução da camada de ozônio, aumento da incidência de câncer, resíduos de plásticos nos mares, toneladas de resíduos sólidos perigosos geradas diariamente, todos foram desafios com que a indústria e a sociedade tiveram que aprender a lidar e que tiveram até agora resultados com grau variado de eficácia. Neste artigo, buscaremos identificar essas principais mudanças tecnológicas e desafios ambientais relacionados à evolução do setor químico, assim como discutir se uma indústria química “verde”, com impactos nulos ou mínimos poderia surgir a partir de novas tecnologias.
O setor químico sempre teve como vocação principal suprir outros setores da economia. Foi a demanda por alvejantes pela nascente indústria têxtil que impulsionou as primeiras unidades químicas. Assim, foi a Europa do século XVIII que teve que lidar com os primeiros impactos dessa atividade, os quais, no caso da fabricação de pó de soda pelo processo Leblanc, foram a emissão de vapores de ácido clorídrico e de uma mistura lodosa de enxofre, cálcio e carvão não utilizado.
O próximo estágio de evolução da indústria química esteve também ligado à indústria têxtil. Havia, ainda no século XIX, uma dependência por produtos de origem natural para tingir os tecidos, o que trazia dificuldades de acesso, uniformidade do corante e variedade de cores. A malva e o índigo, sintetizados em laboratório pela primeira vez em 1856 e 1880, respectivamente, foram marcos por trazerem aplicações comerciais a partir da química orgânica. Não se trata apenas de criar e produzir novos corantes, mas de desenvolver teorias e procedimentos que dariam origem a milhares de moléculas novas, as quais poderiam ser usadas em medicamentos, pesticidas, materiais para a construção civil, entre tantos usos funcionais. Deve-se notar que a manipulação das cadeias de carbono e de seus radicais podia recriar compostos moleculares já presentes na natureza, mas também trazer à luz materiais nunca antes vistos. Assim, ganhou-se um grande potencial para se criar novas soluções para a sociedade, ao mesmo tempo em que se punha a questão de como esses materiais sintéticos viriam a interagir com o corpo humano e com o meio ambiente. Os problemas mais imediatos vieram com contaminação tóxica e mesmo casos de câncer entre operários das indústrias químicas.
Percebe-se claramente, nesse breve olhar sobre a evolução da indústria química, que ela sempre esteve em um contexto delicado e contraditório. Tendo o reconhecido papel vital de prover diferentes setores da economia, impulsionando o desenvolvimento e gerando produtos que permitiram melhores condições de vida à sociedade, cada vez mais vinham sendo impostos ao setor químico a preocupação com as questões ambientais, os desafios de uma produção mais limpa e a necessidade da substituição de produtos poluentes ou danosos à saúde.
Pode-se esperar, inicialmente, o uso de recursos renováveis na manufatura dos mesmos compostos antes obtidos de fontes fósseis. Nesses casos, o desafio encontra-se no estabelecimento de novos processos capazes de beneficiar os mais distintos “blocos básicos de construção”, onde o uso de catalisadores é questão central. Iniciativas atuais já se utilizam dessa abordagem, notadamente na introdução dos plásticos verdes. Neste início de século, esses produtos são objetos de uma nova corrida tecnológica no setor industrial com forte impacto também nos setores correlatos da economia. A introdução dos polímeros verdes representou um importante passo na concretização de uma indústria química sustentável e uma significativa contribuição às políticas para crescimento do carbono neutro. Deve-se ressaltar, no entanto, que em alguns casos, os mais imediatos, o produto final em si ainda pode ser agente de poluição ambiental se descartado diretamente nos mais diversos ecossistemas.
O momento atual é rico, criativo e promissor para a indústria química e os sinais são perceptíveis. Esses grandes desafios motivados pelas questões ambientais que vêm sendo constantemente impostos ao segmento químico constituem ainda excelentes oportunidades de investimento e provocam a expansão das fronteiras do domínio tecnológico. A sustentabilidade do setor químico industrial é possível; contudo, não reside em apenas uma, mas em múltiplas soluções tecnológicas, além da organização de conjuntos integrados para fabricação de compostos químicos que atendam a diferentes setores econômicos.
(Com informações do site Comciência)

Estruturas de petróleo desativadas podem transformar fonte de vida?

Fonte: Coppe/ UFRJ - 
O retorno de peixes já desaparecidos no mar de Rio das Ostras tem sido a maior recompensa dos pesquisadores do Laboratório de Tecnologia Submarina da Coppe/UFRJ, que desenvolveram um projeto de instalação de recifes artificiais em um dos trechos mais bonitos do litoral fluminense.  Utilizando estruturas de petróleo desativadas na Bacia de Campos, o projeto, financiado pela Petrobras, fez retornar à  região   espécies de peixes como a enxada, o cherne e o peroá .
Estimulando o crescimento da fauna e da flora marinhas, os recifes artificiais no litoral de Rio das Ostras abriram uma oportunidade para comunidades pesqueiras artesanais e para a indústria petroleira e possibilitaram a criação de uma legislação específica. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) criou uma instrução normativa que passou a regulamentar a atividade, permitindo que outros projetos semelhantes fossem desenvolvidos no litoral brasileiro.
A instalação de  27 estruturas de aço, montadas com tubos reciclados da indústria petroleira, e 41 estruturas de concreto foi o início do projeto, após licenciamento do Ibama. Em formato de cubo ou pirâmide, as estruturas de aço têm entre seis e nove metros de altura. As de concreto, em forma de pirâmide, têm cinco metros de base e três metros de altura e foram instaladas para permitir a comparação com as de aço. Todas as estruturas foram instaladas em uma área de 20000 m², a oito quilômetros da costa e a 30 metros de profundidade.
Em poucos meses, os tubos de aço já começavam a ser revestidos por organismos marinhos. O processo foi acompanhado ao longo de cinco anos por uma equipe de 12 a 20 mergulhadores, incluindo biólogos, engenheiros e técnicos.  Eles acompanharam a integridade das estruturas e quantificaram os peixes que apareciam na área, informação comparada à de um censo realizado antes da instalação dos recifes artificiais.
Os pesquisadores da Coppe partiram de experiências anteriores no Japão e nos Estados Unidos para adaptar a técnica de uso do material das plataformas às necessidades locais e desenvolveram braçadeiras especiais para fazer os encaixes dos tubos sem necessidade de solda. “O sucesso do nosso projeto serviu de modelo para várias regiões do país”, diz o técnico do LTS responsável pelas operações de mergulho Marcos Pedreira Silva, ressaltando, no entanto, que a instalação de recifes artificiais depende de uma avaliação prévia dos impactos na região e nas comunidades vizinhas. 
Além do Laboratório de Tecnologia Submarina da Coppe e da Petrobras, participaram do projeto em Rio das Ostras também o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), que fez os estudos biológicos, e a Federação de Pescadores do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). 

Sistemas complexos, terremotos, extinções de espécies e quedas nas bolsas de valores

Colaboradores - Iram Gleria, Raul Matsushita e Sergio Da Silva - 9
Em que sentido terremotos, incêndios florestais, extinções de espécies e crashes de bolsas de valores são eventos similares? Como um evento tumultuoso como o crash da Bolsa de Nova Iorque de 1987 chegou sem aviso? Todos esses eventos podem ser grandes flutuações que surgem universalmente em sistemas que se encontram fora do equilíbrio em um estado crítico. A organização desses sistemas não depende da natureza precisa das coisas envolvidas, mas somente da maneira como as influências se propagam de um lugar a outro. Aqui, eventos raros surgem a partir do mero acúmulo e posterior liberação de estresse.
Assim como é tentador buscar grandes causas por trás de terríveis terremotos ou extinções em massa, é também tentador buscar grandes pessoas por trás dos grandes eventos históricos. Entretanto, é possível que a única causa geral para tais eventos seja a organização interna de um estado crítico, que faz com que eventos raros sejam não apenas possíveis mas inevitáveis. Os fundamentos de um estado crítico refletem-se em leis estatísticas simples: leis de potência, que não possuem escala característica, revelando a ausência de um “tamanho” esperado para o próximo evento.
Nas últimas décadas do século XX, parte da comunidade dos físicos passou a se interessar pela dinâmica de sistemas ditos complexos, cujas partes interagem de forma não-linear. Uma das propriedades marcantes de tais sistemas é a presença de leis de escala ou leis de potência. Estas são observadas em diversos contextos, da biologia até o comportamento de bolsas de valores. A tentativa de se construir um esquema teórico geral para esses fenômenos deu origem a novos ramos da física, como a teoria do caos e a física dos sistemas complexos. Conceitos como criticalidade auto-organizada, auto-similaridade, fractais e leis de potência passaram a fazer parte da física contemporânea. Aqui poderíamos ter utilizado o termo física moderna, mas o evitamos porque tal denominação refere-se em geral à mecânica quântica e à teoria da relatividade.
Terremotos
A ideia de acúmulo e posterior liberação de estresse pode ser ilustrada com os abalos sísmicos. Se a crosta terrestre estiver em estado crítico, torna-se praticamente impossível prever quando ocorrerá um terremoto e, além disso, quão destrutivo ele será. A previsão de terremotos vem sendo feita há pelo menos 100 anos com sucesso limitado. As placas continentais podem se movimentar lentamente. Isso não necessariamente acarreta a reorganização da crosta, já que os atritos mantêm as placas em seus lugares. Mas os pequenos movimentos colocam as placas sob estresse. Quando esse estresse ultrapassa certo valor, o chão se move e se reorganiza de modo súbito e violento.
Os terremotos distribuem-se em função da energia liberada, de acordo com a lei de potência conhecida como lei de Gutenberg-Richter, segundo a qual dobrando a energia de um terremoto, ele se torna quatro vezes menos frequente. A distribuição dos terremotos é fractal, logo invariante na escala. O que provoca pequenos terremotos é o mesmo que provoca grandes terremotos, se os considerarmos um fenômeno crítico.
Extinção de espécies
Essa mesma noção de fenômeno crítico pode ser aplicada à extinção de espécies. A vida na Terra sofre de esporádicos e catastróficos episódios de colapso. Houve pelo menos cinco grandes extinções de espécies na história terrestre. Muitos biólogos não acreditam que apenas a seleção natural seja capaz de provocar extinções, devendo existir fatores exógenos em ação. No entanto, é possível que extinções em massa possam resultar da própria dinâmica da evolução, como um fenômeno crítico.
Uma lei de potência foi, de fato, observada na análise de fósseis. Curiosamente, ela é idêntica à lei de potência da distribuição de terremotos: dobrando o tamanho da extinção (medida pelo número de famílias extintas), ela torna-se quatro vezes mais difícil de ocorrer. Talvez não seja necessário que ocorram choques exógenos, como a conhecida tese do meteoro que caiu no México e provocou a extinção dos dinossauros. Talvez pequenos eventos endógenos (similares à queda do grão de areia “especial” que provoca a avalanche) expliquem as extinções em massa.
Quedas nas bolsas de valores
Um ramo da teoria dos sistemas complexos que vem recebendo cada vez mais atenção nos últimos anos é a econofísica que, como o nome sugere, procura compreender o comportamento de mercados financeiros e de outros aspectos da economia. Um dos trabalhos pioneiros nessa área foi o estudo do índice da bolsa norte-americana Standard & Poors 500 por Rosario Mantegna e Gene Stanley. Entretanto, as origens históricas da econofísica podem ser remetidas aos anos de 1960, com os trabalhos do matemático Benoit Mandelbrot. Poderíamos até mesmo voltar mais no tempo e dizer que a tese de doutorado sobre especulação financeira de Bachelier, em 1900, já é um precursor da econofísica.
Se os mercados financeiros forem também criticamente organizados, crashes em bolsas de valores não seriam anomalias, mas eventos ordinários (embora raros). Quando oferta e demanda se encontram em mercados eficientes, o preço expressa o valor compatível com os “fundamentos” estruturais da economia. Na ausência de grandes choques de demanda e oferta, teremos que esperar apenas a ocorrência de pequenas flutuações para ajustar excessos de demanda e oferta. Grandes variações de preços seriam altamente improváveis. Em outras palavras, as variações do preço teriam que se comportar de acordo com uma distribuição gaussiana. Seriam um random walk, na linguagem da física estatística.
Não houve nenhum grande choque justificando bruscas alterações nos fundamentos em 19 de outubro de 1987. Mas este foi o dia de um crash financeiro quase duas vezes mais severo do que o colapso de 1929. O índice Dow Jones caiu 22% nesse dia, que ficou conhecido como Black Monday.
É impensável atribuir ao evento uma súbita alteração nos fundamentos da economia que levou, em poucas horas, a uma queda de mais de 20% nos retornos das ações. Embora haja explicações a posteriori que apontam para alterações dos fundamentos, estas são pouco convincentes, dada a magnitude do crash. Há ainda a explicação pitoresca de que o crash foi provocado por erros em programas de computador, que venderam ações ininterruptamente assim que os preços começaram a cair. Quando Mandelbrot descobriu que não havia distribuição gaussiana nem escala típica nas variações do preço do algodão, isso possibilitou encararmos grandes flutuações de preço como resultado de um arranjo “natural” no funcionamento dos mercados. Ou seja, estes podem oscilar ferozmente de tempos em tempos mesmo que nada de excepcional ocorra nos fundamentos da economia.
As funções de distribuição mais adequadas para a análise do problema não podem então decair exponencialmente, como a gaussiana. Eles devem decair seguindo uma lei de potência, caracterizando ausência de escala. As distribuições usadas por Mandelbrot foram as distribuições de Lévy. Cada vez mais leis de potência são descobertas, em mercados financeiros, pelos econofísicos. Para enumerar apenas algumas, as flutuações no índice S&P 500 mostraram ser dezesseis vezes menos frequentes cada vez que dobramos seu valor. Leis de escala neste índice também foram observadas por Mantegna e Stanley. Uma lei de potência similar vale para os preços de ações de companhias individuais. Leis de potência foram observadas na Bolsa de Milão e, por nós, na Bolsa de São Paulo, bem como em taxas de câmbio. Leis de potência foram ainda observadas na volatilidade dos mercados, sugerindo a inexistência de um tamanho típico para os “pânicos financeiros”.
A Lei de Pareto é uma lei de potência clássica. Graças a isto, algumas vezes as distribuições de Lévy são chamadas de Pareto-Lévy. Bouchaud e Mezard revisitaram a Lei de Pareto para observar que, se levarmos em conta o número de pessoas nos Estados Unidos que possuem 1 bilhão de dólares, encontraremos que um número quatro vezes maior de pessoas possuirá meio bilhão, e um número quatro vezes maior que esse possuirá um quarto de bilhão, e assim por diante.
As leis de potência podem conviver pacificamente com a teoria financeira vigente. De fato, os econofísicos propõem uma certa conciliação. Uma vez que não descartam a hipótese de mercados eficientes, eles apenas reduzem a sua significância a um caso limite.
Os economistas da área de finanças internacionais estão entre aqueles que têm mais chance de tratar os mercados financeiros como um sistema crítico. Afinal, como Krugman observa, a maioria dos economistas de hoje acha que os mercados internacionais estão mais para a irracionalidade e instabilidade, descritas por Keynes, do que para o modelo de mercados eficientes de finanças. Aliás, o próprio Krugman já tentou aplicar os conceitos de criticalidade na economia.
Resta-nos observar que se a macroeconomia for um sistema criticamente organizado, um certo choque não pode ser culpado por desestabilizá-la. A maneira como a economia e suas instituições estão desenhadas para responder aos choques seria o fator mais importante.
(*) Iram Gleria é professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Alagoas. Raul Matsushita é professor do Departamento de Estatística da Universidade de Brasília. Sergio Da Silva é professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina. Este artigo foi originalmente publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física, periódico da Sociedade Brasileira de Física, e gentilmente cedido por Sergio Da Silva para ser adaptado pela colaboradora revista Com Ciência.

Governo autoriza importação de gás natural pela Petrobras

Volume total a ser importado pode chegar a 40 milhões de metros cúbicos
Redação NNpetro - 
A Petrobras recebeu autorização para importar gás natural liquefeito (GNL), no mercado de curto prazo, do Ministério de Minas e Energia, de acordo com publicação no Diário Oficial, desta quinta-feira (31). O volume total a ser importado pode chegar a 40 milhões de metros cúbicos.
A medida pretende suprir a demanda por gás natural no país, mas não deverá atender a região Norte e o Estado de Mato Grosso, como informa a publicação. Os fornecedores não estão previamente definidos. Caberá à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fiscalizar a operação.
As entregas deverão ocorrer em terminais marítimos na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, e em Pecém, Ceará, onde há unidades de regaseificação de GNL. A autorização tem validade de 24 meses.
estatal brasileira está pagando preços altos por importações emergenciais de GNL, para garantir o abastecimento das usinas térmicas, devido à crise no setor elétrico.  No início de janeiro, segundo traders de GNL, a Petrobras pode ter pago entre US$ 15 e US$ 17 por milhão de BTU (unidade térmica britânica), um prêmio grande em relação aos preços domésticos do gás.
UTE Uruguaiana
Na noite desta quarta-feira (30), a Petrobras informou que iniciou a entrega da primeira carga GNL, com 34 milhões de metros cúbicos, à Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) para abastecer a Usina Termelétrica (UTE) Uruguaiana. A carga veio de Trinidad e Tobago.

‘Estamos criando uma falsa esperança dos royalties de petróleo para educação’, diz Cristovam Buarque

Senador diz que recursos dos royalties não serão suficientes
NNpetro - Júlia Moura -
A definição sobre as regras de divisão das receitas dos royalties do petróleo ficou para fevereiro deste ano, após tumultuadas reuniões entre os parlamentares. A presidente Dilma Rousseff decidiu encaminhar uma Medida Provisória (MP) destinando 100% dos recursos arrecadados para a educação, sobre os novos campos licitados. Em entrevista exclusiva, o Senador Cristovam Buarque comenta sobre o destino e a empregabilidade destes recursos na educação - caso a MP seja aprovada - e qual deve ser a diretriz do Congresso. Sem ilusões, ele questiona o interesse de prefeitos e governadores pelo assunto: "Querem que este dinheiro vá para mão deles, para melhorar o cemitério, para cuidar da previdência e melhorar a frota de carros dos vereadores".
1X) NNpetro - Como será a distribuição dos recursos dos royalties para a educação? Quais serão os padrões estipulados para empregar o recurso? E qual é o primeiro passo?
Cristovam Buarque - A lei diz que 100% dos royalties do petróleo dos Estados e municípios irão para a educação, distribuídos na proporção de número de crianças. Nossa proposta é federalizar a educação de base. Na educação de base que está o nosso problema - se a educação de base melhora, a universidade melhora. Quando isso acontecer, os royalties irão para a federalização de base. Aí, o primeiro passo é uma carreira nacional de professores no Brasil. Não pode continuar com uma carreira municipal.
2X) Qual seria o impacto para a melhoria da educação?
É  preciso lembrar que a medida provisória da presidente Dilma não reserva 100%, só 20%. Não é tanto quanto se precisa. Creio que estamos criando uma esperança falsa dos royalties do pré-sal para educação. Fui o primeiro a defender 100% dos royalties para educação, mas não podemos criar uma falsa esperança. Ninguém sabe quando esse dinheiro irá chegar e, principalmente, quanto será este dinheiro. O preço do petróleo pode variar e o custo de produção pode aumentar tanto que nem tenha royalties. Podem surgir restrições do uso do petróleo por razões ecológicas, além das dificuldades tecnológicas. Não podemos achar que a solução está nos royalties do petróleo para fazer a revolução educacional que o Brasil precisa.
Os recursos dos royalties não serão suficientes para a educação. Muito longe. Precisamos de 10% do PIB para educação. Os royalties do petróleo não vão chegar a 1%, e olha que é muito. É uma ilusão que estão vendendo ao Brasil. Só o custo dos professores, com salário de R$ 9 mil, já é muito superior.  O impacto será na qualificação dos professores, melhoria dos salários e melhores equipamentos.
3X) O plano de distribuição e utilização deve ser bem traçado antes da verba ser destinada? Precisamos ainda estabelecer os padrões? Há alguma diretriz
O plano não entrou no direcionamento para o setor da educação de base. Se decidir que é para biblioteca, será para biblioteca. Se decidir por capacitação de professor, será para capacitação de professor. Vão surgir regras claras. Toda lei precisa ser regulamentada, e, ao mesmo tempo, eu creio que precisa dar liberdade aos municípios. O recurso tem que ser diretamente para a educação. Não se pode asfaltar a rua de frente da escola e dizer que foi pra educação. A minha proposta é: quando o dinheiro chegar no município, cada um aplique como achar necessário. Mas pode ser que o Governo Federal queira regulamentar através do MEC a distribuição. Pela minha posição, os municípios escolhem onde será o investimento dentro da educação.
4X) O Brasil pode se espelhar em algum modelo de educação adotado por outro país que tenha como base os recursos do petróleo? Qual a reação o senhor espera do Congresso quando o assunto voltar à pauta?
A Noruega, quando descobriu o petróleo no mar do Norte nos anos 70, definiu o fundo soberano para onde o dinheiro dos royalties seria destinado. A diferença é que eles não tinham muito problemas com a educação, como nós, e puderam usar em outros setores. No nosso caso tem que ser educação, qualquer outro destino não estará suficientemente comprometido com o futuro.
Difícil saber. Às vezes, o governo monta um rolo compressor que destrói todas as alternativas. Neste caso, os prefeitos e governadores não querem que o dinheiro dos royalties vá para a educação. Eles querem que este dinheiro vá para mão deles, para melhorar o cemitério, para cuidar da previdência e melhorar a frota de carros dos vereadores. Eles querem o dinheiro solto e vão pressionar muito contra a nossa proposta. Por sua vez, o Governo Federal vai pressionar para que seja aprovado 20% da União.  Ninguém sabe se os senadores vão despertar para importância do uso deste dinheiro para o futuro. E o futuro está na criança, na educação. Logo, o futuro do país está na educação. Estou otimista para lutar pela educação, mas sem ilusões. Vamos conseguir aprovar.
5X) Baseado na atual condição que o país se encontra, quanto tempo levaria para se ter uma diretriz formada?
Se for esperar pelos royalties não teremos uma melhora nunca, pois é pouco e ninguém sabe quando chega. A minha proposta de federalização da educação demoraria 20 anos para alcançar o Brasil inteiro. Federalizando por cidade, poderia ser feito 500 por ano.

Petrobras: Uma gigante com pés de barro?

Estatal precisa 'correr atrás do prejuízo' para não afundar
Colunista Paulo Wrobel - 
Na semana em que foi anunciado o tão aguardado reajuste nos preços da gasolina e do óleo diesel, os investidores reagiram negativamente. Com efeito, o pregão da BOVESPA, no dia seguinte ao anúncio, teve a Petrobras como a segunda maior queda do dia. As ações ordinárias e preferenciais da empresa caíram mais de 4%, uma vez que analistas e investidores parecem não confiar que reajustes tão exíguos (6,6% para gasolina e 5,4% para diesel, preços na refinaria) trarão o fôlego financeiro necessário para a estatal capitalizar-se e cumprir o ambicioso programa de investimentos. Os lucros previstos para 2013, por analistas do JP Morgan, caíram de R$ 37 bilhões para R$ 33,5 bilhões.
Desde setembro de 2005 que o preço da gasolina não era reajustado para o consumidor. Durante este período, os reajustes decretados pelo governo no preço do produto foram compensados através de reduções na Cide, mantendo o preço constante para o consumidor. Na medida em que os preços internacionais do petróleo sofreram grandes variações nos últimos anos, a Petrobras teve que bancar a diferença. Boa parte da explicação para a não confiança de analistas e investidores remete à defasagem entre os preços praticados no Brasil e os preços internacionais do petróleo e seus derivados, produtos que a Petrobras vem importando em quantidades crescentes. Os preços domésticos vêm sendo usados como instrumento anti-inflacionário, e a empresa foi se descapitalizando. O valor das ações da Petrobras, tanto as ordinárias quanto as preferenciais, refletem esta situação e perderam 45% de seu valor nos últimos três anos.
A troca no comando da empresa, em 2012, já evidenciava que a Petrobras não vinha sendo bem administrada. A entrada de Graça Foster, uma técnica experiente formada na empresa, deixou entrever que a administração de um economista, do quadro do PT baiano, não teria conduzido bem a empresa. Talvez não se possa dizer que a empresa tenha sido aparelhada pelos partidos no poder, mas certamente os principais cargos haviam sido politizados. Como vimos no caso da Venezuela, o aparelhamento da PDVESA levou a seriíssimos problemas de gestão e queda na produção.
As primeiras medidas da nova administração foram: a liquidação de ativos não essenciais, o enxugamento do programa de investimentos e a maior concentração nos investimentos domésticos. Em maio de 2008, a empresa havia atingido o valor de mercado máximo em sua história, alcançando a cifra de R$ 510,4 bilhões, tornando-a a terceira maior empresa das Américas. Depois desse pico, a situação começou a deteriorar-se e o valor de mercado começou a cair. Sem capital em caixa e tendo que arcar com os custos crescentes de importação, a Petrobras passou de cinderela a patinho feio no firmamento governamental e dos investidores nacionais e estrangeiros.
As tarefas diante da empresa são inúmeras. Apesar de enxugar os planos de investimento para os próximos anos, a atual administração tem que investir em poços mais antigos que estão produzindo menos, manter o ritmo de investimento nos poços já em produção do pré-sal, preparar-se para a nova rodada de licitações que terão lugar em maio e em novembro deste ano, bem como para os 30% de todos os novos poços do pré-sal que a empresa deverá assumir como resultado da introdução do sistema de partilha. 

O autor
Paulo Wrobel é economista, cientista político, pesquisador, analista e especialista em relações internacionais. Trabalhou como consultor internacional na Embaixada do Brasil em Londres durante nove anos, foi assessor de ciência e tecnologia, ocupou o cargo de chefia na Área de Estudos Latinoamericanos para o The Royal Institute of International Affairs, foi pesquisador associado no Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais, Lisboa

domingo, 27 de janeiro de 2013


ANP autoriza perfuração em novo poço da OGX em Tubarão Martelo

Chegada da FPSO está prevista para o terceiro trimestre
Redação NNpetro - 
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou nesta sexta-feira (25) a liberação para perfuração e conclusão do poço 7-TBMT-10H-RJS, no Campo Tubarão Martelo, na bacia de Campos, no Rio de Janeiro, operado pela OGX, petrolífera do empresário Eike Batista.
Com o aval da agência reguladora, a OGX já deu início às atividades de perfuração do quarto poço produtor daquele campo. No início de janeiro, iniciou a operação de seu terceiro poço no campo de Tubarão Azul. Até então, sua produção diária estava em 10,1 mil barris de óleo equivalente (BOE) por dia.
A expectativa da companhia é produzir o primeiro óleo do campo de Tubarão Martelo no quarto trimestre do ano. A chegada da plataforma flutuante de produção e armazenamento (FPSO) OSX-3 está prevista para o terceiro trimestre.
A embarcação tem capacidade para produzir 100 mil barris diários de petróleo e capacidade para armazenar até 1,3 milhão de barris.
(Com informações do Valor)

Petrobras Distribuidora realizará concurso público

Processo de cadastro de reserva terá disponível 44 vagas para nível médio
Redação NNpetro - 
A Petrobras Distribuidora irá realizar concurso público para preenchimento de vagas e formação de cadastro de reserva. Estão previstas 44 vagas para nível médio. O prazo para as inscrições será de 24 a janeiro a 21 de fevereiro de 2013. As provas deverão serão realizadas no dia 14 de abril de 2013 e a divulgação do resultado final está prevista para 18 de junho de 2013.
Para nível médio, a carreira é de Técnico(a) de Administração e Controle Júnior, com a remuneração mínima de R$ 2.599,45. Para nível médio com formação técnica, as carreiras são de Técnico(a) de Contabilidade Júnior, com remuneração mínima de R$ 2.599,45; Técnico(a) de Operação Júnior, Técnico(a) de Segurança Júnior e Técnico(a) de Suprimento e Logística Júnior, com remuneração mínima de R$ 3.132,34.
O valor de inscrição é R$ 35 para todos os cargos de nível médio. O processo seletivo terá validade de 12 meses, podendo ser prorrogado por igual período. O edital está disponível no Portal BR (www.br.com.br) e no site da Cesgranrio (www.cesgranrio.org.br).

Petrobras oferece 60 vagas para mulheres na construção civil

Programa Mão na Massa irá disponibilizar curso técnico para candidatas entre 18 e 45 anos
Redação NNpetro -
A Petrobras abre na próxima terça-feira (29) inscrição para 60 vagas de curso técnico gratuito voltado para mulheres de baixa renda. O projeto Mão na Massa, patrocinado pela estatal desde 2008, também terá oportunidades para pedreiro e carpinteiro de fôrmas. Após a formatura, as operárias poderão trabalhar em canteiros de obra na função de meio oficial, ou seja, cargo acima de servente, com remuneração de cerca de R$ 900,00.
Para se inscrever, as candidatas precisam ter entre 18 e 45 anos, a 5ª série do Ensino Fundamental completa, e apresentar originais e cópias de carteira de identidade, CPF, título de eleitor e comprovante de residência, nos dias 29 e 30 de janeiro, no Abrigo Maria Imaculada, no Rocha, zona norte do Rio.
Durante os seis meses de curso, supervisionado por uma engenheira, um arquiteto e uma técnica de edificações, as participantes aprendem leitura de plantas, têm aulas de português e matemática, além de etiqueta do trabalho. Nesta etapa, recebem vestuário profissional, equipamento de proteção individual e vale-transporte.
Aula prática
Já na etapa prática do curso, com duração de três meses e cobertura de bolsa-auxílio, são oferecidos também apostila, lanche e vale-transporte. Ao final do curso, que dá certificado do Senai ou da Fundação de Apoio à Escola Técnica no Estado do Rio (Faetec), as alunas recebem um kit de ferramentas para facilitar acesso ao emprego.
Desde seu início o projeto já formou e encaminhou mais de 530 operárias para o mercado, em parceria com o Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (SECONCI) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon).