TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

terça-feira, 4 de setembro de 2012

ENGENHARIA QUÍMICA E ENGENHARIA DE PETRÓLEO
Engenharia Química
É a área da engenharia voltada para o desenvolvimento de processos industriais que empregam transformações físico-químicas. O engenheiro químico cria técnicas de extração de matérias-primas, bem como de sua utilização ou transformação em produtos químicos e petroquímicos, como tintas, plásticos, têxteis, papel e celulose. Desenvolve produtos e equipamentos, além de pesquisar tecnologias mais eficientes. Projeta e dirige a construção e a montagem de fábricas, usinas e estações de tratamento de rejeitos industriais. Pesquisa e implanta processos industriais não poluentes, de acordo a normatização e o desenvolvimento sustentável.
O mercado de trabalho
O uso crescente de biocombustíveis e a instalação de usinas sucroalcooleiras no país são alguns dos fatores que aquecem esse mercado. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil já é líder mundial na produção de etanol e pioneiro no estudo do biocombustível. A demanda é tanta que se prevê falta de profissionais. O engenheiro químico também é solicitado para atuar na área ambiental. O profissional pode atuar no setor petroquímico, sendo o responsável por todo o processamento que ocorre depois que o petróleo é extraído do poço, da separação entre gás, óleo, areia e água até a produção de combustíveis e derivados. Companhias de engenharia, refinarias, além de empresas da área de papel e celulose, farmacêuticas, alimentícias, de aditivos químicos, têm demanda por esse engenheiro. Os polos industriais do Rio de Janeiro e de São Paulo, incluindo a cidade de Campinas e região, são os principais empregadores.

Petróleo e gás: sobram vagas, faltam profissionais capacitados

Por Bernardo Moreira*
O cenário para o mercado de petróleo e gás nos próximos cinco anos é bastante positivo. O início das operações do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), previsto para ocorrer em 2012, e a descoberta da província do pré-sal, localizada em águas profundas (entre cinco mil e sete mil metros abaixo do nível do mar), tornaram o setor um dos mais atraentes e promissores do país. As recentes descobertas geram expectativas de o Brasil se tornar um dos principais produtores mundiais do petróleo no futuro. Como reflexo desse crescimento, o setor já enfrenta um aumento da demanda por mão de obra especializada e por profissões que até então não eram tão demandas.
Será preciso um grande número de profissionais para suprir este segmento. A expectativa é que deverão ser criados mais de 200 mil empregos diretos e indiretos relacionados ao petróleo nos próximos cinco anos, em todos os níveis - médio, técnico e superior -, de acordo com o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Promimp).
O Estado do Rio concentra 80% da produção de petróleo, e grande parte do mercado de trabalho para esta área está na Bacia de Campos, no litoral norte fluminense, onde fica a maior reserva de petróleo do país. Atualmente, estão em operação nesta bacia mais de 400 poços de óleo e gás, 30 plataformas de produção e existem 3.900 quilômetros de dutos submarinos. As principais ofertas de trabalho estão concentradas também na cidade de Santos, em São Paulo. Além disso, há procura por profissionais na Bahia, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Amazonas. É preciso ainda contar com profissionais suficientes e devidamente capacitados para serem empregados na construção de 5 refinarias até 2014, incluindo as do Comperj, e 28 plataformas até 2017. Isso sem contar todos os equipamentos que serão necessários para as futuras operações.
As possibilidades de trabalho na cadeia produtiva são muitas e dependem da formação do profissional. A engenharia do petróleo é uma das profissões mais requisitadas. Trata-se de uma área estratégica que tem poucos profissionais no Brasil e que está em expansão em todo o mundo. Essa cadeia vem preparando vários profissionais para atuarem no desenvolvimento de campos de prospecção, exploração e expansão de jazidas, transporte, refino, industrialização e atividades afins, como processamento de gás natural. E não para por aí. Em um momento em que se discutem novas matrizes energéticas, os engenheiros de petróleo começam a agregar conceitos de sustentabilidade e meio ambiente. Olhando para o futuro, o mercado já está buscando profissionais capacitados também na gestão ambiental da produção de petróleo e gás.
Os postos de trabalho vão desde as empresas de engenharia, que perfuram os poços, até refinarias e petroquímicas. Além disso, o profissional pode trabalhar em setores relacionados à gestão do negócio e também na manutenção e no gerenciamento de equipamentos.
Do outro lado, estão as instituições públicas e privadas que estão abrindo cursos técnicos e de graduação voltados especificamente para a área de petróleo e gás para atender à demanda. Atualmente, existem 87 cursos de graduação em petróleo reconhecidos pelo Ministério da Educação no país, sendo que muitos outros ainda não obtiveram reconhecimento por serem novos no mercado. Esse número de cursos, principalmente nos Estados de São Paulo e Espírito Santo, pode ser pequeno em vista das expectativas.
A alta empregabilidade e os bons salários, que em muitas vezes se devem aos riscos envolvidos no setor, são um fator de destaque e o que mais atrai candidatos aptos a atuarem na área. Mas não basta o profissional ter formação, ele precisa estar pronto para atender às necessidades do mercado. Por ter características de carreira internacional, e pela necessidade de lidar com profissionais de todo o mundo, é essencial fluência em inglês e um constante aprimoramento, já que a tecnologia e a aparelhagem do setor evoluem rapidamente. É preciso ainda ter desenvoltura em liderança. Na área de perfuração, por exemplo, já é bem difícil encontrar toolpushers, sondadores e assistentes de sondador com experiência, bom inglês e conhecimentos suficientes para operar uma sonda cyber.
Uma das saídas para esse gargalo pode estar na criação de centros de pesquisa e o investimento em atividades de ensino, pesquisa e extensão como já vem sendo feito por algumas grandes empresas do setor petrolífero. Outra saída é a realização de convênios de empresas com universidades. De acordo com levantamento do Prominp, implantado pelo governo federal em 2003 para capacitar mão de obra para implementação de empreendimentos no setor de petróleo e gás, a estimativa é de que será necessário capacitar 112 mil pessoas para o setor.
Neste momento crucial para o país, é importante que haja o engajamento das autoridades públicas e privadas para garantir a adequada e efetiva colaboração de áreas como as de educação, treinamento e capacitação, visando valorizar e estimular nossos jovens a entrarem neste segmento tão promissor e carente de profissionais devidamente capacitados.
*Bernardo Moreira é sócio de auditoria da área de Petróleo e Gás da KPMG no Brasil.

Cresce imigração no setor de óleo e gás

Imigração de trabalhadores legais aumenta 26% ao ano
NN - Júlia Moura 
O Brasil volta a ser uma das principais rotas de imigração. No primeiro semestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, o número de vistos de trabalho cresceu 24%. O incremento foi de 26% em 2011 em relação a 2010, ano que já havia superado o anterior em 30,51%. Estes números mostram o cenário positivo do país, especialmente em tecnologia da informação, petróleo, óleo e gás e construção pesada, associados à crise externa e demanda por mão de obra especializada.
Esse movimento de importação de mão de obra qualificada de outras regiões tende a ser positivo, de acordo com o diretor global da área de expertise da Hays Oil & Gas, Matt Underhill. “A importação de mão de obra estrangeira traz novas experiências para o mercado de trabalho brasileiro”, avalia Underhill, ressaltando que por outro lado: “alguns acordos tanto de importação de capital humano quanto o de equipamentos estrangeiros para o setor de petróleo não devem exceder determinada porcentagem, evitando que a mão de obra brasileira sofra danos. Além disso, o número de brasileiros trabalhando fora do Brasil está diminuindo. Eles estão voltando para casa pelo atual momento do mercado.”
O crescimento na concessão de autorizações permanentes chama atenção. O número mais do que dobrou neste primeiro semestre, em relação a igual período do ano passado. A expansão foi de 106,77%, muito acima do aumento de 17,75% contabilizado pelos temporários. No consolidado de 2011, a ampliação de permanentes foi de 49,47%, contra 24,79% de temporários.
Os Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Argentina e Colômbia aparecem como os países que mais enviam profissionais para o Brasil. Já a região que mais recebe imigrantes é o Sudeste. “Os profissionais estrangeiros que estão aqui suprem carências técnicas específicas ou estão aqui já enviados pelas empresas”, conclui Matt Underhill.
Governo brasileiro se organiza
Diante da elevação do contingente de imigrantes e da demanda das empresas çlocais por mão de obra especializada, o governo se organiza para agilizar a contratação de profissionais estrangeiros. Segundo informações do  jornal Brasil Econômico, um grupo de trabalho, liderado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, pasta ligada à Presidência da República, foi formado para levantar informações e fazer análises sobre a imigração. A equipe é formada por advogados e economistas, além de sociólogos e uma demógrafa, de instituições como Universidade de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
(Com informações do Brasil Econômico)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012


Petróleo: por que os preços sobem (e descem)?

Adilson de Oliveira, professor do Instituto de Economia da UFRJ 
O petróleo junto com o gás natural, na verdade um subproduto da indústria do petróleo, alimenta mais de 60% das necessidades energéticas das economias industriais. Apesar do enorme esforço científico e tecnológico desenvolvido nos últimos 30 anos para encontrar fontes alternativas, ainda não foi encontrada fonte de energia, com custos comparáveis ao petróleo, que possa substituí-lo. O mundo industrial continua dependendo do óleo negro para mover a logística de transporte, que permite levar a produção aos mais diversos rincões do planeta, e, com a emergência das centrais térmicas alimentadas com gás natural, também para o suprimento de eletricidade. 
Há cerca de trinta anos, a possibilidade do esgotamento dos recursos petrolíferos foi percebida como um ameaça real de curto prazo.O consumo de petróleo crescia em ritmo acelerado enquanto a descoberta de novas reservas movia-se lentamente. Os países árabes, onde se localizava a maior parte das reservas, ameaçaram fazer do suprimento de petróleo uma arma política. A combinação da perspectiva de uma escassez física com limitações políticas de suprimento provocou forte aumento no preço do petróleo, de certa forma confirmando as previsões pessimistas. O petróleo chegou ser vendido por US$ 40 o barril, porém esse patamar mostrou-se insustentável. O preço elevado da principal fonte de energia do mundo industrial provocou severa recessão econômica, reduzindo seu consumo. A trajetória de elevação no preço do petróleo sofreu radical inflexão: em meados da década de 80, o preço estava muito próximo, em termos reais, do patamar praticado antes da crise dos anos 70. Depois de cerca de pouco mais de uma década de relativa estabilidade, voltamos a viver um período de forte instabilidade no preço do petróleo.
O petróleo é um insumo com características peculiares. Seu custo técnico de produção varia muito, em função das características geo-econômicas e geológicas da região produtora. Nos dias atuais, esse custo técnico do barril oscila entre pouco menos de US$ 1 em alguns campos da Arábia Saudita e pouco mais de US$ 12 em boa parte dos campos terrestres da costa leste do Estados Unidos. No caso brasileiro, temos campos produtores com custo técnico do barril inferior a US$ 6 na bacia de Campos e outros com custo técnico superior a US$ 18 nas bacias terrestres da Bahia.
Contudo, o custo do petróleo não é composto apenas de seu custo técnico de produção. Sobre este incidem tributos (royalties, imposto sobre lucros excepcionais etc) que são particularmente relevantes no caso dos petróleos de baixo custo técnico de produção. Quando o preço no mercado internacional está elevado e a situação fiscal é confortável, as empresas são induzidas a restringir sua produção. O inverso ocorre quando o preço está baixo e a situação fiscal é frágil. Oconsumo de petróleo está também concentrado em poucos países. Somente os Estados Unidos consomem cerca de 25% do petróleo produzido no mundo. Os países europeus e o Japão são responsáveis por cerca de 40% adicionais. A perspectiva de relativa tranqüilidade na disponibilidade física de petróleo depende, no longo prazo, da manutenção desse quadro de profunda desigualdade no consumo desse precioso combustível, em que menos de 15% da população mundial ficam com dois terços dos benefícios econômicos da maior riqueza mineral do planeta. No curto prazo, a tranqüilidade no suprimento de petróleo depende das condições políticas vigentes no Golfo Pérsico, principalmente na Arábia Saudita, de onde sai pouco mais de 15% do abastecimento de petróleo do mundo nos dias atuais.
Felizmente, o Brasil possui significativos recursos petrolíferos que nos permitem amenizar de forma significativa os efeitos das fortes oscilações das condições de suprimento de petróleo no mercado mundial.

Entrevista com Milena Barcelos, fundadora do evento Business Meeting

Executiva ressalta a importância de eventos corporativos no setor de petróleo e gás
NN - Margarida Putti - Quinta-feira, 30 Agosto, 2012 - 11:16
A 5X Petróleo desta semana é com a Executiva de Marketing, Eventos Corporativos e Business, Milena Barcelos. Na entrevista, Milena relata como funciona a indústria de eventos no setor de petróleo e gás, revelando como consolidou a sua carreira nesta área.
1X) NN – Há uns anos atrás, não se pensava na possibilidade de exploração e produção de petróleo em áreas oceânicas como se pensa agora. O mercado petrolífero também era constituído em sua maioria por homens. Desta forma, como você entrou para o setor de O&G, e por que você escolheu esta área de atuação?
Milena Barcelos - Na área de petróleo e gás, eu tenho dez anos de experiência profissional. Antes de entrar para este setor, em específico, eu fui professora pedagógica. Minha carreira petrolífera iniciou quando fui trabalhar como estagiária na área comercial do Estaleiro Mauá, em 2002. Depois em 2005, tive a oportunidade de iniciar no departamento de Comunicação, Marketing & Eventos do estaleiro. Então, comecei a desenvolver propostas, atender clientes, produzir novas estratégias de marketing e organizar grandes eventos com a presença de ilustres personalidades como o Presidente da República. Em minha opinião, o setor de petróleo e gás ainda é muito obsoleto. Muitas empresas organizam seus eventos sem contratar profissionais experientes para promover o evento. Por ser mulher, também enfrento preconceito neste setor. Mas, tenho observado que atualmente está ocorrendo mudanças, principalmente após á entrada da Graça Foster (Petrobras) na presidência de uma petrolífera. Apesar do setor de petróleo & gás, ter ficado mais de 20 anos estagnado, não priorizando e nem valorizando os investimentos no que diz respeito à imagem, comunicação e divulgação (venda), acabei escolhendo este ramo de atuação porque me identifico com o setor, à dinâmica do trabalho e a forma de criação. Procuro ser uma pessoa inovadora e que sempre expõe novas ideias/desafios para transformá-los em realidade.
2X) NN – Você é responsável pelo evento “Business Meeting 2012”, que tem como principal objetivo reunir diversas empresas do setor de Petróleo & Gás. Como você encara este mercado exigente e segmentado?
Milena Barcelos - Encaro com muita responsabilidade e ousadia o Business Meeting. Isso porque já venho, há 10 anos, me preparando e observando a necessidade de organizar eventos corporativos para este perfil (de eventos formais) de público. São pessoas exigentes, com dois perfis: mais maduros e jovens empreendedores. Procuro dispor meus eventos em dois horários para agradar meus dois públicos. No primeiro horário é mais formal, depois o evento fica mais descontraído. São eventos sociais, onde esses empresários com a finalidade de fazerem um novo networking e até possíveis negócios. O Business Meeting 2012, será um evento com o objetivo de interagir todos os participantes do setor de Oil & Gás/Naval & Offshore, em um único ambiente. A MBS Produções é uma empresa que vem para administrar e executar projetos, lançamentos de produtos ou serviços, para este setor. A empresa também organiza, há mais de cinco anos, o evento Arraiá Naval & Offshore, que acontece em paralelo com a Feira Brasil Offshore, e tem o mesmo escopo do Evento Business Meeting.
3X) NN - O Business Meeting terá a participação de grandes empresas do setor de O&G, tais como: FIRJAN, SEBRAE, CCR Ponte, Cockett Marine Oil, Vitol, Estaleiro Mauá, Nicomex Logística Internacional entre outros. Como você enxerga este crescente mercado no Brasil, e como o evento está estruturado neste ano?
Milena Barcelos - Vejo o setor com perspectiva de crescimento para a economia brasileira. Nos próximos anos, as operadoras de petróleo deverão investir cerca de 400 bilhões de dólares em equipamentos e serviços para a expansão e manutenção de suas operações em águas profundas. A Petrobras, por exemplo, vem construindo uma estrutura de produção gigantesca. Em minha opinião, o Pré-Sal já está transformando a realidade das petroleiras brasileiras. Esta imensa riqueza tem potencial de modificar radicalmente a economia nacional e já movimenta grandes investimentos na indústria do petróleo. Neste ano, o Business Meeting está sendo estruturado para atender 600 convidados do setor. A principal ideia da MBS Produções neste projeto foi de promover um evento “Coquetel & Jantar” num ambiente mais descontraído, visando integrar: clientes, autoridades, empresas nacionais e internacionais do setor Oil & Gás/Naval & Offshore.
4X) NN – O setor de petróleo e gás vem sofrendo uma profunda mudança nos últimos anos, à exploração da camada de pré-sal é o boom do momento. Diante disto, surgem diversos eventos voltados para este segmento. Qual é a diferença entre o seminário Naval Offshore e o Business Meeting?
Milena Barcelos - Os dois eventos agregam expectativas como; desenvolvimento, prospecção de network, negócios empresariais e parcerias estratégicas. Nosso ideal é aproximar os compradores e fornecedores, para a abertura de novos mercados. O seminário Naval OffShore é um evento que acontecerá no Teatro Popular de Niterói (RJ), composto por aproximadamente 300 empresários (pequenos e médios) do setor de petróleo e gás. A maioria destes empresários são donos de estaleiros ou fornecedores de produtos específicos da indústria naval. O evento terá a duração de 2 dias (07 e 08/11), tendo palestras e debates sobre temas relevantes do segmento. Já o Business Meeting, é um evento composto por grandes empresários e investidores do setor de O&G, sendo um encontro mais informal, que acontecerá no dia (19/09).
5X) NN – Atualmente, o mercado demanda profissionais que buscam a excelência, que sejam criativos, com conhecimento básico ao avançado e que tenham experiência profissional. Quais conselhos você daria aos jovens que estão iniciando a carreira profissional na indústria de eventos do setor de P&G?
Milena Barcelos - Aconselho aos jovens que escolherem esta área de atuação, que selecionem empresas que possuem uma visão de futuro deste setor, e ainda proporcionem o incentivo aos estudantes da área de marketing & eventos. Há dez anos, encontrei o setor não preocupado com a importância da imagem da empresa e o comprometimento de fornecer um bom atendimento aos clientes. Hoje, vejo um avanço no que diz respeito às mudanças e valorização da importância desta área, principalmente para as empresas do setor petrolífero. Mas, quem se lançar neste ramo, deve sempre ter um olhar novo e criativo, precisa gerar oportunidades e vencer obstáculos. Apesar das dificuldades encontradas nesta área, o importante é não desistir. Para uma empresa que deseja inovar e mostrar que está sempre buscando novas tecnologias e fontes de exploração, o trabalho do consultor de eventos é essencial para expor aos interessados as informações, marcas ou produtos deste setor.
Petrobras terá o 1º terminal flutuante
Folha de SP, Denise Luna
Em menos de dois anos, a Transpetro 
estará operando o primeiro terminal 
flutuante do mundo. Batizado de Uote 
(Unidade Offshore de Transferência 
e Estocagem), o sistema instalado 
no mar receberá petróleo dos campos 
de produção das bacias de Campos 
e do pré-sal de Santos para ser exportado.
 A Uote reúne tecnologias já conhecidas,
 mas que serão integradas pela primeira
 vez, diz Paulo Penchiná, gerente-executivo de desenvolvimento de
 logística para o pré-sal da Transpetro, braço de transporte 
da Petrobras.
 "Todo terminal tem uma entrada, uma saída e uma área de 
armazenamento.
 Na Uote, a área de armazenamento será um navio."
Se em terra os terminais têm o cais e as estradas, na Uote a entrada
 e a saída são 600 metros de tubos flexíveis ligados a monoboias e
 a um conjunto de válvulas e conexões submarinas, espalhadas por 
uma área de cinco quilômetros. O sistema ficará a 70 quilômetros 
da costa. O primeiro Uote, que depois de testado deverá ser replicado 
para outros lugares, significará investimentos de US$ 318 milhões, 
além do afretamento de um navio (FSO) com capacidade para 
armazenar 2 milhões de barris, que está sendo construído na China 
pela indiana Tanker Pacific. O FSO deve chegar ao Brasil em outubro 
de 2013. O custo do afretamento será de US$ 60 mil por dia. 
A previsão é que comece a operar em junho de 2014.
 Três mil empregos de nível superior devem ser criados na área tecnológica com o pré-sal
Agência Brasil - Alana Gandra
O setor de petróleo e gás deve continuar
 abrindo novos empregos no Brasil a cada
 ano, seja por meio de concursos públicos
 da Petrobras ou nas empresas privadas
 que vão participar dos projetos na camada
 do pré-sal, como avalia o presidente
 do Conselho Regional de Engenharia
 e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ)
, Agostinho Guerreiro. “A perspectiva é que,
 somando os setores público e privado, a gente
 deve ter pelo menos 2 mil a 3 mil empregos nos próximos dois anos a três
 anos na área tecnológica, que envolve engenheiros e geólogos.” 
Segundo Guerreiro, a maior parte da mão de obra para atender à 
demanda do pré-sal será encontrada dentro do próprio país, “porque 
aumentou muito o ritmo de formação de engenheiros.”
Para o professor do Departamento de Engenharia de Minas e de 
Petróleo da  Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), 
Ricardo Cabral de Azevedo, o número de profissionais necessários para 
atender aos projetos do pré-sal  é elevado e exigirá a importação de mão
 de obra estrangeira. “Está tendo um verdadeiro apagão de profissionais 
da área, devido à demanda muito grande.”  O curso de engenharia de petróleo
 da Poli-USP está quintuplicando o número de vagas este ano. “E mesmo 
assim a gente sabe que não vai conseguir atender ao mercado”, disse 
Azevedo. Embora não exista um estudo em relação à demanda de mão 
de obra para a área de petróleo e gás, os alunos que estão se formando 
têm propostas de emprego antes de terminarem a graduação, segundo
 o coordenador do curso de Petróleo e Gás da Universidade Federal 
Fluminense (UFF), Geraldo Ferreira.