TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

OGX licença para iniciar produção de petróleo


A OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, deve começar a produzir até o fim do ano, dois anos após sua primeira descoberta no setor. Ontem, a companhia recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) Licença Prévia (LP) relativa à atividade do Teste de Longa Duração (TLD) e Desenvolvimento da Produção de Waimea, no bloco BM-C-41, na bacia de Campos. A OGX detém 100% de participação nesse bloco.
“A obtenção dessa LP representa mais um passo dado pela OGX em direção à produção de seu primeiro óleo na bacia de Campos e, nos próximos dias, com a obtenção da Licença de Instalação, iniciaremos o processo de ancoragem e instalação dos equipamentos que serão utilizados nesse TLD de Waimea”, comentou Paulo Mendonça, Diretor Geral e de Exploração da OGX. A previsão é que os testes comecem com uma produção de 20 mil barris  diários, chegando a cerca de 50 mil no fim de 2012
Utilidades 

Dicionário do Petróleo - Em Língua Portuguesa
A indicação de hoje é o livro
Dicionário do Petróleo - Em Língua Portuguesa.
Na indústria petrolífera dos países de língua portuguesa há muito se fazia sentir a necessidade de uma ferramenta que permitisse a uniformização dos termos técnicos relativos a petróleo e gás, referentes tanto à pesquisa e à produção quanto aos aspectos de regulação e contratos desse setor. Este dicionário vem preencher essa lacuna e permite que os profissionais do ramo falem, em português, exatamente a mesma linguagem.
Brasil sobe 5 posições em ranking global de competitividade
O Globo, Economia - Clarice Spitz 

Embalado pelo forte crescimento econômico do último ano, o Brasil subiu cinco posições na escala de competitividade global e passou a ocupar o 53º posto no ranking de 142 países avaliados pelo Fórum Econômico Mundial. Desde 2006, quando a capacidade de competir passou a ser medida pelo organismo, o país já teve um progresso de 17 posições, se forem considerados apenas os 122 países originalmente pesquisados.
A lista dos mais competitivos continua sendo liderada majoritariamente por europeus, com a Suíça encabeçando a lista pelo segundo ano consecutivo, seguida por Cingapura. A reboque da lenta recuperação internacional, os Estados Unidos perdem posição pelo terceiro ano consecutivo, mas ainda permanecem em quinto globalmente. O ranking avalia 12 pilares de competitividade que abrangem itens básicos, como infraestrutura, estabilidade macroeconômica, educação, eficiência dos mercados de bens e de trabalho e inovação e eficiência do mercado de trabalho.
Pré-sal é tema da Offshore Europe 2011


A Petrobras participou da SPE Offshore Europe Exhibition and Conference 2011, ontem, em uma sessão de apresentações voltada para a discussão de “desafios e soluções tecnológicas para o desenvolvimento dos campos do pré-sal em águas ultraprofundas na Bacia de Santos”. Executivos da Companhia abordaram temas como os obstáculos de tecnologia de reservatório que surgem durante o trabalho nos campos do pré-sal, injeção de água, projetos de pesquisa e desenvolvimento, caracterização e modelo de fluxo de fluidos de reservatórios para os campos do pré-sal, além de captura, armazenamento e transporte de CO2.
Para poder produzir, a Petrobras está mapeando suas experiências e aprendendo com elas, visando as etapas de produção no pré-sal a serem implementadas ao longo de um período de tempo de 20 a 30 anos. O Diretor Financeiro do Grupo Nicomex, Guilherme Castro, está presente na Offshore Europe, realizando contatos com profissionais e empresas do setor petrolífero, além de demonstrar os serviços do grupo.
Lobão critica ideia de pré-sal pagar saúde
Estadão, Nacional - Denise Madueño e Tânia Monteiro 

A alternativa de usar recursos do petróleo do pré-sal para custear o sistema público de saúde contrariou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ontem, após participar das comemorações do 7 de Setembro, ele disse que essa hipótese é uma "solução distante" para a saúde, que precisa de dinheiro rapidamente. "O pré-sal vai produzir daqui a sete, oito anos, portanto, não podemos ficar distribuindo recursos que hoje não existem", disse Lobão. "A saúde vai precisar de recursos já, e o governo está preocupado com isso e procurando outras soluções."
Ele descartou a hipótese de uso de dinheiro da Petrobrás para custear as despesas oriundas da regulamentação do projeto que define os gastos dos Estados e dos municípios com a saúde, conhecido por Emenda 29. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), depois de rechaçar a possibilidade de um novo imposto para financiar a saúde, considerou a utilização das verbas do pré-sal uma opção. Marco Maia marcou para o dia 28 a volta da Emenda 29 ao plenário da Câmara.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Indo trabalhar em uma Plataforma de Petróleo


Geralmente quando chegamos ao aeroporto, a primeira coisa que vamos ver é a programação de embarque que o pessoal da logística coloca no mural. Confirmando então o destino (plataforma), o horário, nº do vôo e a companhia aérea, ficamos aguardando a chamada pelo intercon para o check in (pesagem do colaborador, bagagem e vistoria da bagagem). Feito isso, iremos aguardar agora a chamada para o briefing (que é assistir um vídeo falando sobre o tipo de aeronave em que vai viajar e procedimentos em caso de pouso no mar) e depois aguardar a chamada para o embarque.
Chegando na unidade (plataforma), somos encaminhados para a recepção onde iremos receber uma ficha para preenchimento de dados pessoais, assim como um cartão “T” que deverá ser colocado em um escaninho, referente ao seu ponto de reunião (que em caso de sinistro na plataforma deverá se dirigir para lá o mais rápido possível). Neste cartão “T” está escrito também o seu camarote e o leito em que você passará os 14 dias. Além disso temos o briefing de chegada, que irá mostrar, alem da palestra com o Geplat (gerente da plataforma) um vídeo que falará sobre a plataforma e nossos direitos e deveres. Geralmente após isso, um mestre de cabotagem (que cuida dos parlamentos de sobrevivência) irá mostrar a localização dos principais pontos da plataforma que nós devemos conhecer, como: Baleeira, bote de regate, balsa salva-vidas, refeitório, cabine telefônica, cinema, academia, camarote etc.
Depois de tudo isso, agora é hora de “trampar”, acabou a moleza. Dependendo da empresa em que você trabalha, o supervisor ou subordinado irá te dar orientação de como chegar ao local de trabalho e procedimentos. De praxe ele irá fazer um DDS (Diálogo Diário de Segurança, isto é feito todos os dias antes do trabalho). Dependendo do trabalho, o colaborador irá aguardar a PT (Permissão de Trabalho) para iniciar o trabalho, o qual deverá ler com atenção todas as informações contida nela e em caso de divergência falar com quem tirou ou o subordinado.
Na maioria das plataformas e maioria das empresas prestadoras de serviço, o horário de trabalho é de 7 horas da manhã as 7 horas da noite, 7 dias por semana e o horário do almoço é que varia, para não ir muita gente num horário só.
Depois de um dia longo de trabalho, nada melhor agora do que um bom descanso. E agora vai de cada um. Geralmente para quem gosta, primeiro um banho. O macacão ou uniforme sujo do trabalho (dependendo da plataforma) a gente coloca num saco com o nº do camarote em que o colaborador da lavanderia irá recolher mais tarde e colocará assim que tiver limpo no mesmo. O lazer vai de cada um, que pode ser: telefone, internet, academia, sala de jogos, cinema, quadra de esportes, piscina, sauna etc. Para quem é evangélico, tem os dias de cultos também.
As refeições são vários durante o dia e a noite. Pode variar de unidade para unidade, mas geralmente é assim: de 5:30h as 8:00h café da manhã; de 11:00h as 13:00 almoço; de 15:00 as 16:00h lanche (depende da plataforma) de 17:30h as 20:00h janta; de 21:30h as 22:00h lanche; de 23:30 as 01:00h ceia e de 02:30 as 03:00 lanche (os horários pode divergir). Alem disso em quase todas, senão todas as plataformas tem aquela maquininha de café e uma geladeira com sucos, refrigerantes, frutas e iogurtes e biscoitos.
Depois dos longos 14 dias de trabalho já é hora de voltar para nossas casas. Assim como temos que fazer o check in uma hora antes do horário do vôo de embarque para o desembarque é o mesmo procedimento, só que antes de se apresentar na recepção, temos de ir no ponto de reunião e lá pegar o cartão “T” e aguardar o vôo.
Espero ter conseguido fazer entender a todos de como é a vida de um trabalhador em uma plataforma de petróleo.

 Pesquisa feita junto as empresas contratantes em Offshore já incluindo periculosidade e gratificações ( iniciais ).
• Salário médio dos Profissionais em Petróleo e Gás;

- Rádio Operador R$2.000,00 / com inglês R$2.800,00 / com GMDSS R$3.500,00

- Plataformista R$1.800,00 a R$2.000,00

- Operador de Produção e Exploração de Petróleo e Gás R$2.500,00 a R$3.200,00

- Logística R$2.200,00 a R$2.500,00

- Refino R$2.200,00 a R$2.500,00

- Assistente de SMS R$2.300,00 a R$2.600,00

- Segurança no Trabalho R$2.600,00 a R$2.800,00

- Comissário de Bordo (Hotelário Offshore) R$2.500,00 a R$3.000,00

- Recepcionista de Plataforma R$1.000,00 a R$1.200,00

- Taifeiro R$1.200,00 a R$1.500,00

- Saloneiro R$1.000,00 a R$1.200,00

- Instrumentação Industrial (Instrumentista) R$2.000,00 a R$2.500,00

- NR10 (Eletricidade) R$1.100,00 a R$2.600,00

- Torrista R$3.000,00 a 3.300,00

- Movimentação de Carga / Operador de Guindaste R$1.300,00 a R$1.700,00

- Inglês Técnico Offshore (Interprete ou Instrutor) R$1.800,00 a R$2.500,00

- Soldador MIG MAG R$1.500,00 aR$ 2.200,00

- Soldador TIG R$1.900,00 a R$2.500,00

- Inspetor de Solda R$1.800,00 a R$2.200,00

- Caldeiraria R$1.100,00 a R$1.300,00

- Maçariqueiro R$900,00 a R$1.100,00 

Engenharia de Materiais



É o ramo da engenharia voltado para a pesquisa de materiais e de novos usos industriais para os materiais já existentes. O bacharel atua na gestão, supervisão e orientação técnica de projetos e processos de produção, transformação e uso de materiais. Esse profissional pesquisa e cria materiais, como resinas, plásticos, cerâmicas e ligas metálicas. Aperfeiçoa suas propriedades e estabelece novas combinações, que resultam em produtos inéditos. Ele também estuda alternativas de aplicação de materiais já conhecidos em diversos tipos de produto. Esse engenheiro se responsabiliza por todo o processo, da seleção da matéria-prima e definição dos métodos de produção à utilização do material. Podem ser boas as perspectivas de trabalho em indústrias petroquímicas, siderúrgicas e automobilísticas e no desenvolvimento de tecnologias de reciclagem de plásticos.

O mercado de trabalho

As indústrias petroquímica e siderúrgica são as que mais empregam esse profissional, que, pelo aquecimento da economia nacional, vem encontrando boas oportunidades de trabalho. A Vale é um tradicional empregador. Além disso, a instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) no país abre expectativas de emprego para os que já possuem experiência e também para os recém-formados. "O engenheiro é procurado para trabalhar no projeto, desenvolvimento e produção de novos materiais, também para controlar os processos de fabricação e atuar na transformação da matéria-prima mineral", afirma Cláudio Geraldo Schön, coordenador do curso da USP. A área de metais é a que mais recebe investimentos no país e tem a maior demanda por profissionais. A indústria de polímeros também acena com boa expectativa devido ao aumento da produção petrolífera e à possibilidade de criação de novos produtos. No Sul, predomina a indústria cerâmica, com as áreas de pisos, revestimentos e porcelanas. Cecrisa, Eliane, Portinari são tradicionais empregadores nesse ramo. A preocupação com o meio ambiente também incentiva as indústrias a contratar o profissional para o desenvolvimento de tecnologias de reciclagem e reaproveitamento de resíduos, com as quais ele cria produtos que possam ser recolocados no mercado. São Paulo, pelo tamanho do parque industrial, concentra boa parte das vagas. No Rio, a presença da CSA aumenta as oportunidades. Além disso, a região conhecida como Vale do Aço, no leste do estado de Minas Gerais, pode demandar muitos profissionais. 

Salário inicial: R$ 3.060,00 (6 horas diárias; fonte: Crea-SP).

O curso

Depois da formação básica, no terceiro ano é preciso optar por uma das três especializações: metais, cerâmicas ou polímeros. A partir daí, o currículo dá ênfase às disciplinas relacionadas com a escolha que tiver sido feita. Boa parte da carga horária é passada em laboratório, onde o aluno se familiariza com as propriedades e as aplicações desses materiais. Nas aulas práticas, ele pesquisa e desenvolve novas ligas metálicas, compostos cerâmicos e polímeros, como borrachas, resinas, plásticos, acrílicos e materiais supercondutores. Algumas escolas oferecem habilitação em uma área específica, como cerâmica, materiais metálicos e polímeros. O estágio é obrigatório, assim como a apresentação de um trabalho de conclusão de curso. 

Duração média: cinco anos. 

Outros nomes: Eng. (eng. de mat.); Eng. Cerâmica; Eng. de Mat. (ênf. em metais e polímeros); Eng. de Mat. e Manufatura; Eng. de Plást.; Eng. Mecân. (mat.).

O que você pode fazer

Cerâmica

Criar materiais cerâmicos e estudar novas utilizações para os já existentes. Acompanhar e controlar a qualidade da produção das peças em indústrias de materiais refratários e revestimentos cerâmicos.

Metais

Desenvolver ligas metálicas e gerenciar sua produção, para garantir a qualidade do material.

Polímeros

Criar compostos de borracha, resinas, plásticos e acrílicos para ser empregados nos mais diversos tipos de indústria.

Técnicos Quimicos

Técnicos de Produção de Indústrias Químicas, Petroquímicas, Refino de Petróleo, Gás e Afins

  • Onde poderá atuar

    Também conhecidos como técnico em petroquímica, esses técnicos desenvolvem atividades voltadas para as indústrias química e petroquímica, produção de álcool ou combustíveis nucleares.
  • Que tipo de atividades irá desempenhar

    Faz parte da rotina de trabalho desses técnicos realizar ensaios,
    testes e análises químicas, controlar a qualidade de produtos e insumos, bem como acompanhar o desenvolvimento de novos 
    produtos e processos. São suas atribuições, ainda, analisar dados estatísticos do processo produtivo, coordenar equipes de trabalho, controlar o estoque de materiais, especificar procedimentos e monitorar processos operacionais.
  • O que as empresas esperam de você

    • Que tenha espírito de liderança e saiba relacionar-se com superiores e subordinados e apresentar soluções para os desafios enfrentados no dia-a-dia de trabalho, além de demonstrar segurança e flexibilidade na tomada de decisões.
    • Que tenha concentração e atenção para desenvolver suas atividades, pois muitas vezes terá que trabalhar sob pressão.
    • Que seja organizado, pois um ambiente de trabalho desorganizado pode acarretar riscos de acidente de trabalho e prejuízos à empresa.
  • Qual a remuneração média inicial oferecida no mercado de trabalho*

    R$ 3.237,23
  • Como deve se preparar

    Para ser um técnico de produção de indústrias químicas, 
    petroquímicas, refino de petróleo, gás e afins é necessário 
    concluir o ensino médio e fazer um curso técnico voltado para 
    controle de processos de produção química e/ou petroquímica, refinaria e outras áreas afins.
  • Conhecimentos enfatizados

    É grande o destaque para aulas de química. Durante o curso o 
    aluno aprenderá algumas técnicas, tais como medição e pesagem, 
    além de análises químicas utilizando aparelhagens complexas. É grande a carga horária de aulas práticas em laboratório. Além 
    disso, o aluno também terá aulas de higiene e segurança do 
    trabalho.
  • Estágios

    Os estágios em empresas correspondem, no mínimo, a 10% da 
    carga horária do curso técnico.

A indústria do petróleo e o profissional do meio ambiente

O efeito das atividades humanas sobre
o meio ambiente aumentou
significativamente a partir do início da
Revolução Industrial, no final do século
XVIII. Desde este período até os dias
atuais, o impacto das atividades
industriais, dos grandes aglomerados
urbanos e da expansão da agricultura
sobre a biosfera só cresce.
A maior preocupação com o meio
ambiente exerceu um grande impacto
sobre as atividades empresariais,
principalmente na indústria do petróleo.
A partir de meados da década de 1980,
a maioria dos países criou leis
ambientais ou tornou as existentes
mais restritivas, regulando as atividades
industriais e comerciais, no que
concerne a seus impactos sobre o solo,
a água e o ar.
Para garantir o cumprimento da
legislação, surgiram órgãos ambientais
nos diversos níveis governamentais.
Paralelamente, houve um aumento
exponencial no número de ONGs
(organizações não-governamentais),
atuando de maneira crítica em relação
às atividades dos governos e das
empresas. Para completar este quadro,
acrescente-se a maior conscientização,
com o surgimento da imprensa
especializada e pela maior importância
dada ao tema por veículos de
comunicação de massa.
Essas mudanças, se devem
principalmente à alta competitividade
associadas às exigências das leis
ambientais , que com maciço apoio
popular imprimiram uma velocidade
muito mais acelerada ao mercado,
afetando significativamente as
empresas, em todos os setores da
economia.
No caso da industria do petróleo , com
relação ao meio ambiente, muita
degradação e impactos foram gerados.
Atualmente, para se manter no
mercado, as empresas precisam
contratar profissionais cada vez mais
qualificados e especializados de
diversos setores e com a preocupação
do meio ambiente em foco. Um curso
de pós-graduação ou MBA e falar inglês
fluentemente são requisitos
fundamentais para uma boa colocação
na área petrolífera.
É notório o aumento do número de
empresas estrangeiras se instalando
no Brasil e a oferta do profissional de
meio ambiente com os requisitos
mencionados acima são escassos. É
nítido também o aumento do valor de
remuneração para este profissional.
A grande maioria das empresas vem
enfrentando dificuldades na relação
com os órgãos ambientais em face à
necessidade de se cumprir exigências
da área e observa-se a falta de
profissional qualificado para lidar com
essa nova realidade, particularmente no
que se refere aos cuidados do meio
ambiente. Vários projetos de
adequação ou licenciamento não estão
indo adiante por falta deste profissional
qualificado.
É fato que o bem mais precioso de
uma corporação é o conhecimento,
sendo o grande diferencial
competitivo. Ou seja, a economia atual
está baseada no capital intelectual, no
qual as pessoas é que fazem a
diferença. Conhecimentos específicos na
área ambiental são características que o
mercado tem exigido dos seus
profissionais.
O profissional que a industria do
petróleo atual requer deve saber e
praticar a Gestão Ambiental, que têm
como princípios: a Qualidade;,
Segurança ,Saúde e Meio ambiente -
para que efetivamente se atinja o
Desenvolvimento Sustentável. Este tem
que proporcionar à sua empresa
vantagens competitivas como: redução
de custos, em função da economia de
recursos naturais e diminuição da
geração de resíduos; possibilidades de
conquistar mercados restritos que
exijam certificações ambientais; redução
das indenizações por responsabilidade
civil, e danos ambientais e atendimento
às legislações inerentes ao meio
ambiente
Qualquer que seja a sua área de
trabalho, o profissional da indústria do
petróleo deve conhecer o que é a
Gestão Ambiental. Deverá saber que a
gestão visa ordenar as atividades do
dia-a-dia, para que tenham com meta
principal o menor impacto possível
sobre o meio ambiente, e que a
empresa tenha seus projetos aprovados
e não venha sofrer conseqüências por
infringir a legislação ambiental.




P.DSc. Roberto Roche*
* Pós -Doutor em Avaliação de
Impactos Químicos UCLA-USA, PhDBioquímica
Ambiental, Universidade
Católica de Los Angeles-USA; MBA em
Gestão Ambiental, Universidade de
Harvard - USA; Mestre em Química
Ambiental, Universidade do Texas A&MUSA;
Ex-Conselheiro do CONAMA ;
Auditor Líder Sênior e Perito Ambiental
como colaborador junto ao Ministério
Público; Membro da Comissão de
Certificação Técnica Ambiental-ABNT e
Consultor para a PDVSA, DNP, ELLOPUMA,
Record Engenharia, Navegação
Cunha, União Transporte.

As oportunidades para advogados na indústria do petróleo



Desde os primeiros poços perfurados no
Brasil na década de 30, passando pela
criação e flexibilização do sistema de
monopólio estatal (estabelecido em 1953
com a criação da Petrobras e flexibilizado
com a promulgação da Constituição de 1988
e a edição da Lei nº 9.478, em 1997), e após
enfrentar duas graves crises internacionais
nos anos 70, a indústria do petróleo segue
contrariando aqueles que há muito já
proclamam o iminente esgotamento das
reservas mundiais. Estas continuam
crescendo e gerando oportunidades de
trabalho no Brasil e no mundo.
Basta lembrar que somente no final de 2007
e início deste ano a Petrobras anunciou as
descobertas das promissoras jazidas nas
áreas de Tupi e Júpiter, na chamada camada
pré-sal da Bacia de Santos, as quais,
segundo expectativa do próprio Governo
Federal, podem colocar o Brasil entre os
maiores produtores mundiais de óleo e gás,
podendo alcançar inclusive a condição de
grande exportador.
O cenário mundial, em que o preço do barril
de petróleo chega aos US$ 100, viabiliza a
exploração de campos com maior custo de
desenvolvimento (como aqueles na camada
do pré-sal), garantindo-se, assim, a
manutenção do crescimento da indústria no
Brasil. Este contexto impulsiona as
atividades de toda a cadeia de produção de
petróleo e seus derivados, do que decorre
uma demanda natural por mão-de-obra
qualificada para fazer face às expectativas de
crescimento.
Além das inúmeras oportunidades
profissionais que gera no âmbito das
ciências exatas e biológicas, também na área
jurídica há uma aquecida demanda por
profissionais preparados para lidar com as
questões específicas que afetam a indústria
do petróleo.
Assim como ocorre com outras atividades
empresariais, a indústria do petróleo gera
uma demanda por profissionais nas áreas
tradicionais do Direito, tais como comercial,
civil, tributária e trabalhista. Mesmo nestes
casos, um conhecimento técnico mínimo e o
entendimento específico sobre as questões
jurídicas que afetam a indústria são
requisitos fundamentais para a contratação
de profissionais.
Na área comercial, por exemplo, o advogado
deve estar apto a lidar, não só com as
questões gerais associadas ao dia-a-dia de
uma empresa, mas principalmente com
sofisticadas operações como as de formação
de contratos de parceria para participação
em leilões da Agência Nacional de Petróleo
(ANP) e para a operação conjunta das
atividades de exploração e produção (Joint
Antonio Augusto Reis
Artigo
Bidding Agreement – JBA e Joint Operation
Agreements – JOA) e os contratos de
transferência dos direitos de exploração e
produção de óleo e gás (Farm in/out).
A forte regulação estatal do setor e o grande
potencial poluidor da atividade fazem surgir,
ainda, uma demanda específica por
profissionais especializados em áreas menos
tradicionais como Direito Regulatório e
Ambiental.
Na área ambiental, por exemplo, é
interessante notar como o histórico da
evolução da legislação de proteção do meio
ambiente no Brasil vem fazendo crescer a
busca por profissionais especializados, tanto
de formação técnica quanto jurídica.
As atividades de exploração e produção têm
por característica marcante a rigidez
locacional (ou seja, não se escolhe onde
estarão as grandes jazidas), não sendo
possível, portanto, “optar” por locais
“menos sensíveis” do ponto de vista
ambiental para desenvolvê-las. Ademais,
sabe-se que os impactos negativos das
atividades de óleo e gás podem ser
significativos (a despeito dos vários
impactos positivos da atividade). Não por
outras razões, a legislação ambiental
aplicável ao setor vem constantemente
evoluindo, desde a total ausência de
regulação no início da atividade no Brasil
até chegar aos dias de hoje com normas
específicas para regular desde a atividade de
sísmica (upstream), as etapas de refino e
transporte (midstream) e, até mesmo, os
postos de revenda de combustíveis ao
consumidor final (downstream).
Veja-se, por exemplo, que atualmente quase
todas as atividades incluídas na cadeia de
produção de óleo e gás estão sujeitas a
prévio processo de licenciamento ambiental
(em regra conduzido pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis – IBAMA - quando se trata de
exploração offshore e pelos órgãos
ambientais dos Estados nos casos de
exploração onshore). Além disso, o
profissional desta área lidará com
procedimentos como os de auditoria
ambiental, que são obrigatórias no caso da
indústria do petróleo. A especialização dos
profissionais é ainda fundamental para
auxiliar as empresas na interação estratégica
com os diversos stakeholders da indústria,
inclusive as comunidades locais (ex:
pescadores) e as Organizações Não
Governamentais que atuam no setor (ONGs).
A edição da Lei de Crimes Ambientais em
1998 e o estabelecimento de pesadas multas
na legislação ambiental (que podem chegar
a R$ 50 milhões para os casos mais
significativos de poluição), somados à
crescente atuação dos Ministérios Públicos
Federal e dos Estados fazem, também, com
que o conhecimento aprofundado da
legislação no que se refere à
responsabilidade ambiental seja um
diferencial para os profissionais que
pretendam atuar na indústria do petróleo.
Se, de um lado, há uma crescente demanda
por profissionais nestas áreas, por outro,
existe também uma grande competição por
vagas, em razão do que uma formação
profissional e acadêmica sólida é
fundamental para aqueles que pretendem
brigar pelas melhores posições no mercado.
Já há algum tempo, o mercado de formação
acadêmica está atento à demanda criada por
essa área e diversas instituições de ensino
superior já criaram programas de extensão e
especialização voltados para profissionais
que trabalham ou desejam ingressar no setor
de petróleo. Tais cursos, muitas vezes,
combinam disciplinas jurídicas com outras
que visam fornecer ao advogado atuando
nesta área um entendimento básico sobre as
principais questões técnicas relacionadas às
atividades dessa indústria.
É importante que o interessado procure
cursos em que os instrutores possuam, além
de boa formação acadêmica, uma
significativa experiência prática no setor.
Além disso, considerando que a experiência
profissional será decisiva no futuro daqueles
que pretendem trabalhar nesta área, é muito
importante aproveitar também todas as
oportunidades de trabalho, ainda que sejam
simples estágios acadêmicos.


* Antonio Augusto Reis
Mestre em Direito Ambiental pela Pace University
Law School, NY - Associado da área de Direito
Ambiental de Tauil.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011


O beabá da exploração

Árvore de Natal Molhada
(ANM) - Sistema submarino (subsea) posicionado no fundo do mar, na cabeça do poço, composto por válvulas que estão conectadas ao poço e à unidde de produção na superfície. Estas válvulas controlam o fluxo de produção de petróleo e gás, do poço até a plataforma, assim como o trnasporte de líquido e gás da plataforma para o poço para serem injetados nos reservatórios.

Bacia -  Depressão na qual se acumulam rochas sedimentáres que podem conter petróleo e gás.


Broca de Perfuração - Broca é a ferramenta de corte localizada no extremo inferior da colunade perfuração, a qual é utilizada para cortar ou triturar a formação durante oprocesso de perfuração rotativa.


Cabeça de Poço ( Subsea Wellhead) - Topo do poço, no leito do mar, ao qual são conectados os demais equipamentos.

Campo de Petróleo ou Gás - Área produtora do petróleo ou do gás natural, a partir de um reservatório contínuo ou de mais de um reservatório, a profundidades variáveis, abrangendo instalações e equipamentos destinados à produção.

Cavalo de Pau 

 Sistema de bombeamento utilizado no onshore composto de motor e redutor. Uma coluna de hastes transmite o movimento alternativo para o fundo do poço, acionando uma bomba que eleva os fluidos produzidos pelo reservatório para a superfície. Este método de elevação artificial é o mais utilizado em todo o mundo.

FPSO 
  Floating Production Storage and Offloaging, plataforma offshore flutuante de produção, armazenamento e descarregamento de petróleo.


FSO - Floating Storage and Offloading, plataforma offshore flutuante de armazenagem e descarregamento de petróleo, geralmente interligada a uma FPSO ou outro tipo de unidade de produção.

 Manifold - Estrutura metálica apoiada no fundo do mar, que acomoda válvula e acessórios. É conectada à árvore de natal molhada, além de outros sistemas de produção, de tubulações e risers.

Mooring Leg to Anchor Pipe - Corrente de ancoragem conectada à plataforma de produção em um extremo e ao sistema de andoragem no fundo do mar em seu outro extremo.

Poço - Orifício perfurado no sono através do qual se busca obter petróleo ou gás natural.

Poço Descobridor - Como é chamado o poço responsável pela descoberta de  uma nova área potencialmente produtora de petróleo e/ou gás natural, envolvendo uma ou mais jazidas.

Poço Injetor - É utilizado para a injeção de fluidos (gás ou água, principalmente) visando otimizar a recuperação (extração) de petróleo ou gás natural, ajudando também na manutenção das condições do reservatório.

Poço Produtor - Estrutura por meio da qual se produz o petróleo e o gás natural.

Poço Horizontal - É o poço direcional perfurado com a finalidade de atingir e/ou penetrar no objetivo horizontalmente ou sub-horizontalmente. Embora mais caro, proporciona maior produtividade, uma vez que cria uma área de drenagem maior (ao longo do reservatório) para a produção de hidrocarbonetos.

Poço Vertical - Projetado para atingir os objetivos  na posição vertical, adequado principalmente em reservatórios de maior espessura.

Offshore -  Sistema de produção de petróleo no mar, com custos elevados e alta tecnologia, tendo como principal desafio a profundidade da água, do poço e as condições encontradas em altas profundidades (temperatura, pressão, corrosão, etc.) sendo um limitante para águas profundas.


Onshore - Sistema de produção de petróleo em terra. Foi o primeiro sistema a ser desenvolvido, com custos menores e engenharia menos complexa em relação à exploração submarina.

Riser - Porção vertical de uma linha de escoamento para transporte do óleo/gás natural do poço até a plataforma.


Riser de Injeção de Gás (Gas Injection Riser) - Conjunto de tubos flexíveis que conectam a árvore de natal molhada e/ou manifold de produção à superfície, na unidade de produção, permitindo o fluxo de petróleo e do gás produzido.

ROV (Remotedly Operated Vehicle) - Veículo de operação remota. Utilizado em conexções de manutenção de equipamentos em águas profundas.

Semi Submersível - Plataforma especializada na extração e/ou produção de petróleo em águas profundas.

Umbilical de Controle (Control Umbilicals) - Umbilicais para controle eletrônico ou hidráulico de sistemas no fundo do mas, tais como válvulas, bombas e compressores. estes sistemas  poderão pertencer ou estar associados a árvores de natal submarinas e/ou manifold submarino.

Sonda ou Plataforma de Perfuração  - Equipamento utilizado para perfurar poços que permitam o acesso a reservatórios de petróleo ou gás natural. Dependendo da localização do reservatório, as sondas podem ser terrestres ou marítimas. Estas são instalações sobre uma base flutuante e podem ou não ter propulsão própria.

domingo, 4 de setembro de 2011

Produção de petróleo cai 2,8%


A produção de petróleo no Brasil em julho de 2011 foi de aproximadamente 2,077 milhões barris por dia (MMbbl/dia) e a de gás natural, de 67 milhões de m³ por dia (MMm³/dia). Houve aumento de aproximadamente 1% na produção de petróleo se comparada com o mesmo mês em 2010 e redução de aproximadamente 2,8% em relação a junho. No gás natural, houve crescimento de aproximadamente 7,2% frente ao mesmo mês em 2010 e redução de aproximadamente 0,6% na comparação com o mês anterior. As informações são do Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP.
A produção de petróleo e gás natural totalizou em 2,498 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboe/dia), uma queda de 2,4% em relação ao último mês. Parte dessa redução foi motivada por paradas programadas para manutenção de plataformas nos campos de Marlim (P-20, P-35 e P-37), Parque das Baleias (FPSO Capixaba) e Albacora Leste (P-50). A restrição na produção de alguns poços no campo de Albacora Leste devido ao problema no sistema de compressão da plataforma também colaborou para a redução.
Produção de gás no pré-sal começa na próxima semana
 

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella revelou, na manhã de ontem, que a produção de gás no pré-sal deve começar já na próxima semana. “É um fato histórico”, avaliou, durante palestra que abriu seminário sobre o desenvolvimento da cadeia de fornecedores de petróleo e gás, realizado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
“Acabo de receber a notícia de que o gasoduto que liga o campo de Lula à plataforma de Mexilhão já está sendo pressurizado e, na próxima semana, devemos ter o primeiro gás do pré-sal no mercado brasileiro”, revelou o diretor. Ele ressaltou o crescimento da produção previsto para os próximos anos. Hoje, a Petrobras produz 2,5 milhões de barris de óleo equivalente por dia (óleo e gás) no Brasil e no exterior e a previsão é chegar a 3,7 milhões em 2015 e 6 milhões de bpd em 2020.