TURMA DO PETRÓLEO

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terça-feira, 22 de maio de 2012


Leia: Universitário, entenda o mercado de trabalho

Segundo especialista, é preciso 
estar atento às competências exigidas 
pelas empresas.
Por Rômulo Martins

Fonte:Empregos.com.br

Como um estudante deve escolher a profissão. 
Agora, oEmpregos.com.br ajuda você a identificar 
os atalhos para se dar bem no mercado de trabalho. 
Gostar do que faz é um grande passo para ter sucesso 
profissional, mas não é tudo. Lettícia de Paula Diaz Rey,
 23, é estudante do 4º ano de Arquitetura e Urbanismo 
na USP. Antes de prestar vestibular, pensou em cursar 
Artes, mas ficou com receio de não conseguir sobreviver 
apenas de arte. “Percebia que pessoas da área acabavam 
na sala de aula. Não era o que queria para mim. Escolhi 
um curso que também está ligado à criatividade.”

Segundo a psicóloga Maria da Conceição Uvaldo, 
coordenadora de serviços de orientação profissional
 da USP, entender a lógica do mercado de trabalho é
 fundamental na carreira, mas há que se tomar cuidado 
com informações enviesadas. Ela destaca, por exemplo,
 que a falta de profissionais de nível técnico no país não
 deve ser motivo de o jovem desistir dos cursos de graduação. 
“É preciso ponderar que apenas 17% da população brasileira 
têm nível superior.”

Maria da Conceição esteve na 5ª edição da Feira das 
Profissões da USP, que ocorreu no Centro de Práticas
 Esportivas da universidade durante os dias 4 e 6, em
 São Paulo. A orientadora profissional destaca que ainda 
que haja uma grande concentração de profissionais de 
nível superior em algumas regiões, faltam em outras. 
“É preciso avaliar em qual região você se encontra.”

No ABC Paulista (que compreende as cidades de
 Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, 
na grande São Paulo), região onde estão localizadas grandes 
indústrias, por exemplo, quem faz curso técnico tem
 emprego garantido. “E a maior parte deles ganha bem”,
 aponta Maria da Conceição. “Mas o jovem não deve deixar
 de fazer graduação apenas por esse viés de mercado”, reforça.

Estágio
Para a orientadora profissional da USP, o jovem
 universitário não deve se basear apenas no que
 o professor diz em sala de aula sobre o mercado 
de trabalho. “É importante conhecer profissionais 
da área, participar de congressos e palestras que 
fujam do círculo acadêmico”.

Ela afirma que deixar de fazer estágio durante a
 faculdade nem sempre é um problema. “Um aluno
 de Engenharia que estuda em período integral não 
terá tempo de estagiar e, muitas vezes, a própria 
faculdade vai lhe proporcionar experiências práticas 
importantes.”

É o caso de Lettícia de 
Paula, 
que estuda Arquitetura 
e Urbanismo
 em período integral. 
Apesar da impossibilidade 
de estagiar,
 ela participa de projetos
 práticos desde o primeiro 
ano de faculdade.
 “Inclusive ganhei prêmios 
nos concursos dos quais participei 
dentro da universidade em 

parceria com empresas privadas.”

Por outro lado, em determinadas áreas fechar-se ao 
universo acadêmico é insuficiente. “Um estudante de
 Jornalismo de meio período, por exemplo, tem de correr
 atrás da experiência de estágio, pois faz parte da sua
 formação acadêmica”, diz Maria da Conceição.

Humildade e comunicação
Segundo a psicóloga, a grande reclamação em relação 
ao estagiário ou jovem recém-formado é a falta de
 humildade. “Em geral o jovem chega ao mercado 
de trabalho muito arrogante. Acha que sabe tudo, 
que os mais velhos nada sabem e são acomodados”.
 Para ela, essa postura só prejudica. “Seja humilde e 
tente aprender com as pessoas que estão no mercado
 há mais tempo. Tenha paciência, inclusive, com os erros
 desses profissionais. Isso pode ajudar você a alavancar 
a carreira.”

A orientadora diz ainda que grande parte dos
 jovens é carente da competência da comunicação,
 uma das mais valorizadas pelas empresas.
 “O jovem não consegue expressar o que sabe 
e o que pensa; tem dificuldade de formular perguntas. 
Esse é um dos fatores que mais reprovam nos processos 
de seleção.”

Atualização constante
A inovação tecnológica e as mudanças 
socioeconômicas alteram significativamente 
o mercado de trabalho. Algumas carreiras 
deixam de existir, outras passam por grandes 
transformações. Maria da Conceição destaca que 
é preciso estar antenado ao movimento do mercado.

“É fundamental ler sobre sua área e manter contato 
com profissionais do ramo para antever as mudanças”, 
diz a especialista. Ela ressalta que a Internet e as redes
 sociais vêm para facilitar a pesquisa e o acesso a informações,
 além de estreitar relações. “As redes sociais são embrionárias,
 no entanto, já fazem parte da vida profissional.” 

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