TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

segunda-feira, 8 de outubro de 2012


Menos gelo, mais petróleo

Ambientalistas acreditam que exploração resulta em danos na preservação do Ártico
NNpetro - Adriano Nascimento 
Os interesses econômicos nas regiões próximas ao Ártico estão causando preocupações aos ambientalistas quanto ao derretimento acelerado do gelo.  O oceano Ártico que estoca 20% das reservas de petróleo e gás do mundo vem se tornando a mais nova fonte de recursos energéticos da atualidade. De acordo com os cientistas, à medida que a camada de gelo derrete, mais fácil vai se tornando o acesso as riquezas e a descobertas de novas rotas comercias.
“Os dias que estamos passando em meio ao degelo no Ártico estão sendo chocantes. É preciso que a exploração de petróleo e gás na região seja suspensa”, afirmou a pesquisadora Sara Ayech que visitou no navio do Greenpeace em meio à região. A organização está mapeando o local para averiguar as causas que levam ao desgelo acentuado.
A Shell e a Gazprom, empresas de energia anglo-holandesa e russa respectivamente, pretendem retomar a exploração do Polo Norte com fortes investimentos no ano que vem, uma vez que ambas, atualmente, adiaram seus planos de perfuração de poços no oceano Ártico.
O Conselho do Ártico é formado pela Dinamarca, Suécia, Estados Unidos, Canadá, Noruega, Islândia, Finlândia e Rússia. A instituição vem se fortalecendo cada vez mais por estabelecer estratégicas para a região nas áreas ambientais e econômicas.
Os chineses estão pretendendo entrar no conselho, pois pretendem aumentar as explorações de recursos locais e também encurtar a rota comercial para a Europa em aproximadamente seis vezes. O resultado sobre a candidatura da China será divulgado em fevereiro de 2013, quando o conselho se reunirá para decidir a inserção de novos membros.
Recorde de degelo
Neste ano foi registrado recorde de derretimento da cobertura de gelo no oceano Ártico, desde que as medições foram iniciadas em 1979. A temperatura no local marca um aumento três vezes maior do que os demais países do mundo. A tendência, segundo especialistas, é que o fenômeno fique acelerado causando modificações climáticas extremas, como tempestades e inundações.
Fonte: Revista Amanhã – O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário