TURMA DO PETRÓLEO

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Primeira entrevista em inglês



 
Esse artigo foi escrito pelo Leonardo Dias, tecnólogo de Petróleo & Gás.
Terceira fase do processo de seleção. Empresa multinacional da indústria de petróleo e gás. Sempre ouvimos que as entrevistas em inglês estão acontecendo com mais frequência no mundo petrolífero, mas será que estamos realmente preparados? Tive a minha primeira experiência semana passada e será sobre ela que irei compartilhar com os senhores hoje. Sei que muitas pessoas possuem dúvidas sobre como acontece esse tipo de entrevista, então tentarei ajudar no que for possível.

Meu primeiro contato foi meio surreal. Cheguei à empresa para participar da entrevista e uma menina da recepção pediu para eu aguardar um pouco. Iria começar em breve. Resolvi perguntar onde eu poderia beber um pouco de água – o calor no Rio de Janeiro não está para brincadeira! O rapaz que também trabalha lá me disse para ir à fábrica que lá tinha um filtro. E lá fui eu atrás da minha água gelada. Chegando ao filtro, percebi que já havia um rapaz lá. Dei aquele amistoso bom dia e recebi um hi, good morning de volta. Tomei um susto rs. É isso aí pessoal. Realidade da indústria petrolífera. Nesse momento me apresentei ao funcionário, ele me disse que era alemão e conversamos durante uns 5 minutos.

Fui para a entrevista. Começou em português, normal. Aquelas perguntas formais de sempre e, de repente, a entrevistadora falou ta ok. Vamos falar um pouquinho em inglês. Aquilo bastou pra mim. O coração parou de bater, deu aquele frio na barriga e a mão começou a ficar gelada. Pensei, é agora.

Eu consigo conversar tranquilamente em inglês. Não sou fluente, mas levo numa boa. Só que naquele momento ficou complicado. Por mais que você não queira pensar, no fundo você sabe que aquela não é uma mera conversa. Você está concorrendo a uma vaga. O seu desempenho naquele momento conta muito. E quando você trava? Esquece alguma palavra? E se eu disser aos senhores que isso pode acontecer com muita frequência? rs

Desespero? Que nada... Fui bastante sincero. Disse que estava um pouco nervoso porque aquela era minha primeira entrevista em inglês, as palavras estavam fugindo... Por que não contaria? Notei que a entrevistadora gostou da minha atitude, comentou que isso era normal e que havia acontecido a mesma coisa com ela. Ela pediu para eu não me preocupar, disse que eu estava indo muito bem. Isso também é importante ressaltar, a entrevistadora foi ótima comigo. Muito simpática e compreensiva, me ajudou a relaxar nos momentos mais tensos. No final da entrevista comentei com ela sobre a história do alemão – fiz de propósito é claro, queria demonstrar que eu era capaz de manter um diálogo com um estrangeiro. Ela riu. Gostou da história. Disse que era normal ter estrangeiros ali na empresa. Quando estávamos saindo da sala, lá estava o alemão de novo! Foi muito automático, quando eu percebi já estava dizendo foi aquele lá! Pronto. Aquele foi o meu atestado de veracidade da história.

Sobre a entrevista em inglês as perguntas foram basicamente sobre o trabalho voluntário que eu participei, sobre o que eu tinha achado do curso de tecnólogo – quais tinham sido as matérias que eu mais me identifiquei, sobre a família, se eu tinha namorada, se era casado, se tinha filhos (as quatro últimas porque, caso eu seja contratado, terá um treinamento de seis meses na Holanda) e por fim ela começou a me explicar do que se tratava a vaga, falou sobre a missão da empresa, sobre o perfil de empresa européia, a idéia de estabilidade no emprego, investimento no funcionário... Enfim, ela queria notar se eu estava acompanhando o diálogo.

Acredito que tenha sido isso aí senhores. Agora estou no aguardo para saber se fui selecionado ou não para o quarto processo da seleção.

Primeira dica: termos técnicos. Super importante. Leiam matérias sobre a área em inglês, entrem nos sites das empresas, tentem criar alternativas. Familiarizem-se com as palavras. Eu, por exemplo, como estava muito tempo sem fazer isso, acabei esquecendo algumas por perder a prática, travei no momento da entrevista e pretendo nunca mais cometer este erro. (Já conversei com o Rhamany a respeito disso e é provável que tenhamos novidades em breve para solucionar o problema, aguardem!)

Segunda dica: cuidado com o que os senhores escrevem por aí... Conversei muito com a entrevistadora sobre o Eco Oil. Ela me disse que viu o endereço do blog no meu currículo e que decidiu visitar. Com certeza ela entrou no twitter também. Sempre que as pessoas me pedem ajuda, eu falo sobre isso. Cuidado com o que você vai escrever, internet não é brincadeira.

Caso queiram perguntar sobre alguma coisa fiquem à vontade. Estou à disposição. Como eu disse antes, ajudarei no que for possível. Agradeço ao Rhamany pelo espaço e espero encontrá-los noEco Oil em breve.

Um grande abraço a todos!

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