TURMA DO PETRÓLEO

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Interior de São Paulo deve atentar para pré-sal e plástico

Fiesp diz que exploração de petróleo irá alavancar indústrias de equipamentos, máquinas e serviçosALEXANDRE MORENO/AGÊNCIA BOM DIA
Um dos focos de desenvolvimento do interior paulista pode estar no mar, bem no fundo, na camada pré-sal de exploração do petróleo. Quem diz ao BOM DIA é José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Segundo ele, não serão só as empresas que trabalham diretamente com a exploração de petróleo que serão beneficiadas com o investimento pesado do governo no pré-sal. “Todos os fornecedores de estrutura, como equipamentos, máquinas e serviços necessários para toda essa engrenagem também lucrarão”, fala José Ricardo.

A exploração de petróleo na camada pré-sal não vai encontrar toda essa estrutura no litoral paulista. É aí que entram as empresas de todo o estado, inclusive as localizadas aqui no interior.
Os investimentos para o pré-sal, a parcela menor, devem começar já em 2012. Mas a fatia mais gorda de dinheiro deve entrar entre 2014 e 2020. Ou seja: as empresas que visualizam participação nisso têm tempo para se prepararem.
O diretor da Fiesp aponta outra setor industrial que deve ganhar força em São Paulo nos próximos anos: o do plástico. “A indústria do plástico [que trabalha com elementos transformados do plástico] já é a segunda no estado em número de empresas e em número de empregos que gera”, lembra.

O potencial de crescimento deste setor realmente chama a atenção para os próximos anos. “A indústria de alimentos a granel cresce bastante no Brasil todo. E esses alimentos serão embalados em São Paulo. Por isso, esse setor deve crescer”, salienta o diretor.
Preocupação
O economista Wilson Cano, da Unicamp, também acredita que as indústrias de todo o estado se beneficiarão com o pré-sal, mas ele vê com mais pessimismo o atual momento e até o futuro da indústria paulista.

Ele diz que não dá para ter um grande crescimento industrial em todas as regiões do estado de São Paulo. “Os polos estão saturados e as políticas de guerra fiscal com outros estados dificultaram a vida paulista”, fala.
Segundo Cano, o interior paulista já é responsável por mais de 22% da indústria nacional de transformação. “É difícil um grande crescimento no setor industrial no estado de São Paulo. Até porque a indústria no Brasil inteiro está crescendo muito pouco”, fala.

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