TURMA DO PETRÓLEO

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quarta-feira, 28 de março de 2012

Nelsiane fala sobre seus primeiros embarques

Quando estamos na Escola, ansiamos pela Praticagem e quando estamos na Praticagem, só pensamos nos embarques como Oficial. Bem, a vida de Oficial é boa. Finalmente estamos recebendo o nosso tão esperado salário, mas também passamos a assumir responsabilidades e, como Oficial, você passa a ser responsável por seus subordinados e por seus deveres como profissional.
Desde que acabou a minha Praticagem, estou no meu terceiro embarque como Segundo Oficial de Máquinas, e já passei por situações de preconceito por parte das pessoas de outras nacionalidades, não só por ser mulher, mas simplesmente por ser brasileira, tais como, o serviço todo ser passado na CCM na língua natal dos outros oficiais, que não é o inglês, e eu ficar sem entender, ou, quando não entender alguma coisa em inglês, eles rirem de mim, e não é fácil, mas acho que muitos entendem como é isso, por que não fui nem a primeira e nem serei a última a sofrer esse tipo de preconceito.
Apesar disso, felizmente, eu pude também lidar com estrangeiros competentes e profissionais, com quem eu tenho aprendido mais coisas a respeito da Máquina e adquirido experiência com o dia-a-dia do serviço do Oficial de Máquinas. Como todo início, tenho cometido erros e acertos, aprendendo com os erros, que é o mais importante e assim construindo a minha carreira como Oficial de Máquinas.
Como tudo nessa vida tem seus prós e contras, e existe toda a diferença entre empresas, algumas tentam dificultar algumas coisas, quando somos inexperientes, como aconteceu comigo na hora de eu pedir minha demissão da primeira empresa onde embarquei como Oficial, Por outro lado, outras empresas são mais preocupadas com o bem estar do profissional, e são essas coisas que devem ser levadas em conta na hora de escolher a empresa, por que não é só a vida a bordo que conta. A assistência da empresa ao profissional também.
Agora que não é mais como o primeiro contato, tenho sentido mais falta de casa, tenho achado menos divertido e mais sério o trabalho, passei meu primeiro Natal e Ano Novo a bordo, datas em que essa saudade da família aperta mais…
Enfim, esse é meu trabalho e com o tempo também aprenderei a lidar melhor com a distância.
Por Nelsiane Carrara

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