TURMA DO PETRÓLEO

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terça-feira, 5 de junho de 2012


Falta de especialização gera entrave nas operações de sondas do pré-sal

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Para entregar as 28 sondas de perfuração no prazo determinado, serão necessários no mínimo, 5,6 mil técnicos especializados
A falta de mão de obra qualificada está cada vez mais em evidência devido à alta especialização pretendida para suprir a demanda do setor de petrolífero. Dentre as carências encontradas, a capacitação profissional para operar as sofisticadas sondas de perfuração do pré-sal  - que começarão a ser entregues pelos estaleiros em 2015 – está deixando o Governo apreensivo, pois a lacuna causa entrave muito grande na entrada de operação dos equipamentos .
Ciente da defasagem de especialização, a Petrobras, em aliança com os bancos e fundos de pensão, decidiu criar a Sete Brasil – empresa criada há um ano com o objetivo de viabilizar a construção no Brasil de equipamentos modernos para a exploração de petróleo – que foi contratada por convite e licitação, para gerenciar a construção de 28 sondas em águas profundas e ultraprofundas. Os estaleiros responsáveis pela fabricação das sondas deverão entregá-las entre 2015 e 2020, como determina os prazos contratuais.
Em cada sonda de perfuração, irão trabalhar por turno, aproximadamente 50 técnicos. Sendo que cada escala possui 12 horas, ou seja, 100 profissionais diários. Com as operações em alto-mar, as equipes permanecem abordo em no máximo 15 dias. Após a conclusão do prazo, os técnicos são substituídos pelo mesmo número de profissionais. Realizando um revezamento nas operações. Desta forma, em cada sonda trabalharão 200 técnicos altamente especializados, divididos em quatro grupos de 50 profissionais. Tendo em vista que são 28 sondas, haverá necessidade de no mínimo 5,6 mil técnicos, sem levar em conta as forças de reserva para a troca de funcionários.
Em seminário realizado em abril, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz, disse que o país não possuiu atualmente esta quantidade de profissionais para gerenciar o serviço. “Precisamos de trabalhadores superespecializados. Esse é um gargalo enorme, afirmou.
Segundo o presidente, a mão de obra qualificada é essencial para as sondas funcionem em plena eficiência. “As sondas são entregues quatro anos após a assinatura dos contratos. As primeiras chegarão em 2015. Se quisermos ter a partir de 2016, trabalhadores experientes, temos que começar a agir desde já, relatou Ferraz.

Foto: Divulgação / (Com informações do jornal Estado de São Paulo)

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