TURMA DO PETRÓLEO

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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Governo americano quer menos conteúdo local no pré-sal
Valor, Brasil - Leandra Peres 

O governo americano quer que o Brasil reduza a exigência de conteúdo nacional na exploração de petróleo e gás para facilitar a entrada de empresas americanas no mercado brasileiro e no pré-sal. A reivindicação foi feita oficialmente pelo subsecretário de Comércio e Comércio Internacional dos Estados Unidos, Francisco Sánchez, uma espécie de vice-ministro. "Acho que o Brasil estaria bem servido se desse uma segunda olhada nessas políticas (de exigência de conteúdo nacional) para que tivesse acesso à melhor tecnologia e know-how logo no início do processo (de exploração do pré-sal)", disse Sánchez, durante seminário que fez parte da programação oficial da visita da presidente Dilma Rousseff a Washington. A insatisfação das empresas americanas com as regras do pré-sal já havia sido tema de conversas bilaterais, mas nenhuma autoridade dos EUA havia tratado do assunto publicamente e de modo tão direto.
Os americanos consideram muito elevado o percentual de até 65% de conteúdo nacional exigido pela legislação brasileira e argumentam que isso funciona como uma barreira à entrada delas no pré-sal. A cooperação dos dois países na área de energia é um dos pontos considerados prioritários para os dois presidentes. Em declaração após reunião de trabalho na Casa Branca com o presidente Barack Obama, Dilma falou no potencial de parcerias para o fornecimento de equipamentos e serviços e participações comerciais. Obama deixou claro que a intenção do país não é ser apenas um cliente do petróleo brasileiro. "O Brasil está se tornando um ator importante no setor de óleo e gás mundial. Os Estados Unidos não são apenas um potencial grande cliente do Brasil. Acho que podemos ter uma cooperação estreita num amplo leque de projetos na área de energia", disse o presidente americano.

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