TURMA DO PETRÓLEO

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domingo, 4 de novembro de 2012

 Práticos a peso de ouro
O Globo - Henrique Gomes Batista/Ronaldo D'Ercole
 
O Brasil está prestes a mudar o centenário
 e milionário serviço de praticagem. A Marinha
 reconhece que poderá dispensar, já a partir 
do ano que vem, a contratação do serviço 
de assessoria aos comandantes de 
navios habituados a certos terminais 
portuários. Outra mudança efetiva poderá 
surgir de um comitê que está sendo criado 
pelo governo para rever os altos custos,
 que, segundo levantamento dos armadores, são até 1.000%
 superiores aos
 registrados em países vizinhos, o que compromete a competitividade 
nacional. Além disso, cria uma elite de cerca de 400 profissionais no país 
que, não raro, recebem até R$ 150 mil mensais, ou até R$ 300 mil mensais 
no Maranhão.
Empresários do setor de navegação afirmam que os custos dos serviços 
de praticagem nos portos brasileiros estão entre os mais altos do mundo. 
O Sindicato Nacional de Empresas de Navegação Marítima (Syndarma) 
afirma que o custo da praticagem "afeta diretamente a competitividade
 das empresas". Para atracar um navio no Porto de Manaus, o preço 
dos serviços dos práticos, segundo os armadores, chega a R$ 250 mil. 
Eles podem ter de esperar três dias por um profissional. Os práticos 
rebatem as críticas. Otávio Fragoso, diretor do Conselho Nacional de
 Praticagem, afirma que a praticagem no Brasil não é mais cara que a 
média mundial. Ele diz que a FGV fez estudo, contratado pelo próprio 
Conapra, que prova que, em média, os custos de Santos, por exemplo, 
são 10% a 31% superiores à média mundial, o que seria, em grande parte,
 decorrente do câmbio.

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