TURMA DO PETRÓLEO

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quarta-feira, 10 de abril de 2013


Novatas a caminho

11ª rodada traz 19 empresas estreantes no brasil. Precisamos tratá-las bem
NNpetro - Diretor do Grupo Nicomex - Gilberto Castro - 
A análise da jornalista Flávia Oliveira, em sua coluna Negócios & Cia, no Globo do último sábado (06), nos dá conta de que 26% das empresas inscritas na ANP para a 11ª rodada de licitações são estreantes no país. De 71 companhias, 16 se propõem a prospectar no Brasil pela primeira vez e três são brasileiras.
Precisamos dar as boas-vindas a esse grupo de corajosos que se dispõe a operar no Brasil mesmo com todos os entraves à atividade empresarial como diariamente se tem noticiado nos jornais.
Nosso principal gargalo para a aceleração do ritmo econômico do Brasil está na área da logística, o que se traduz em estradas, portos, aeroportos e inadequados ao volume atual de uso dos mesmos para escoar safras e mercadorias destinadas ao nosso comércio externo. O que dizer no futuro, com Copa, Olimpíadas e mesmo o desenvolvimento natural de nossa economia?  
A burocracia é outro gargalo que, embora imaterial, é percebido pelos atores econômicos assim como percebemos a força da gravidade. É um peso que precisa ser redimensionando e por isso não paro de voltar ao tema em minhas crônicas. A burocracia é uma ferramenta importante de governo. Com ela, os responsáveis por políticas econômicas e sociais têm a verdadeira dimensão das ações necessárias para a condução do país. Aferem-se dados estatísticos importantes para formulação de planos de ação pública.
A ação burocrática do governo é vista, hoje, por empresários, como um entrave ao empreendedorismo. A máquina pública é usada para fins políticos, por exemplo, o emprego de partidários e familiares, o que causa um grande despreparo técnico desses agentes e compromete totalmente a eficácia dessa instituição social.
Na área de Óleo & Gás, devemos tomar cuidado, pois novas fontes energéticas – o xisto principalmente – abrem  horizontes de prospecção e produção que estão longe do Brasil. Se não dermos condições empreendedoras à essas novas empresas que aqui se aventuram, elas saberão que caminho tomar.
Em palavras diretas: há de se rever as regras do Repetro* para o bem de nossa indústria petrolífera.

*Repetro – Regime Aduaneiro especial de admissão temporária para bens destinados à prospecção e produção de petróleo.
O autor
Gilberto Castro é economista e despachante aduaneiro, com pós-graduações em Negócios da Indústria de O&G e Direção Editorial

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