TURMA DO PETRÓLEO

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quinta-feira, 26 de julho de 2012


Consultoria prevê acirramento da disputa por engenheiros

O aumento na atividade petrolífera entre os segundo e terceiro trimestres de 2012, de mãos dadas com o início de novos negócios - tais quais novas frentes de exploração e produção criadas a partir de novos leilões de áreas de exploração -, conduzirão a um
NN - Gustavo Gaudarde. - 
O aumento na atividade petrolífera entre os segundo e terceiro trimestres de 2012, de mãos dadas com o início de novos negócios - tais quais novas frentes de exploração e produção criadas a partir de novos leilões de áreas de exploração -, conduzirão a uma maior contratação de engenheiros e ao consequente aumento do já aquecido mercado de trabalho em toda a cadeia produtiva de petróleo e gás.
A previsão é da NES Global Talent, multi de recrutamento de engenheiros e executivos para os setores de energia e infraestrutura. Ocorrendo, o quadro vai acirrar a disputa por profissionais qualificados, não apenas dentro de cada setor, mas entre as indústrias pesadas e a de petróleo.
"O Brasil está em um momento de crescimento, no qual as indústrias pesadas estão ocupadas e muito movimentadas, seja na parte de mineração, de construção naval, construção civil e infraestrutura por conta das Olimpíadas e Copa do Mundo. Dessa forma, existe muita competição entre elas e também com a indústria do petróleo e gás", explica Giovanna Dantas, gerente de operações da NES Global Talent Brasil. Segundo a executiva, a "reciclagem" de engenheiros da indústria pesada para a de petróleo ainda conta com o fator diferencial de que o petróleo oferece salários até 30% maiores.
O estudo da NES arrisca previsões para 2012, mas a executiva afirma que a perda de engenheiros de um setor para outro já é um fato. "É uma realidade, no Brasil estamos retirando trabalhadores de um lado para cobrir o déficit de mão de obra no outro. Temos um déficit de 20 mil estrangeiros no mercado, apenas para citar como exemplo", afirmou Giovanna.
Segundos dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o número de vagas no setor foi 0,4% maior em novembro de 2011, comparado ao mesmo mês do ano anterior - estabilizando, após dois meses de queda. No mesmo período o faturamento da indústria subiu 4,6%.
Em relação à indústria de petróleo, o último boletim divulgado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), em novembro de 2011, indicou que a produção de óleo e gás aumentou 5,1% em setembro, em comparação ao mesmo mês em 2010. Uma produção de 2,099 milhões de barris de petróleo por dia.
Na última semana, a Petrobras divulgou o fechamento de 2011: a produção da estatal, no Brasil, bateu recorde com 2,376 milhões de barris de óleo equivalente (boe) por dia - mesmo com a produção de óleo de 2,021 milhões de barris diários aquém da meta da estatal de 2,1 milhões de barris diários.
A solução para equilibrar a oferta de profissionais com a demanda da indústria, para Giovanna Dantas, passa pela entrada, com troca de conhecimento, de profissionais estrangeiros. Ela cita negativamente o caso do Cazaquistão, país que permite a entrada de expatriados somente com ensino superior, criando mais um gargalo – a rejeição de profissionais de nível técnico, a despeito da experiência.
E de Angola, onde a indústria esbarra no limite de permanência de trabalhadores estrangeiros por 3 anos. Na visão da executiva da NES, isso cria uma rotatividade que impede a multiplicação de conhecimento. “A solução para esse problema (escassez de mão-de-obra) tem que passar pela flexibilização de normas e pela criação de projetos específicos para multiplicação de conhecimento com criação de indicadores, algo fiscalizado de perto pelo governo”, defende Giovanna.

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