TURMA DO PETRÓLEO

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quinta-feira, 26 de julho de 2012


Pós-graduação procura atender demanda por especialização no setor de Oléo e Gás

NN - Gustavo Gaudarde. - 


A indústria brasileira de petróleo não deve encontrar o equilibro entre demanda e oferta de mão-de-obra em um futuro próximo, apontam analistas ouvidos pelo NN. Para 2012, não existe expectativa de arrefecimento do mercado de trabalho do setor, ao contrário, a 11ª rodada de leilões, esperada no passado e prometida pelo Ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, não só traz a possibilidade de entrada de novas empresas no país como garante a abertura de novas frentes exploratórias.
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), a próxima rodada contemplará, principalmente, blocos da margem equatorial, litoral norte do país. Mas engana-se, a despeito do desespero dos headhunters em disputa para preencher os quadros técnicos das petrolíferas, que apenas aqueles afeitos às engenharias têm um futuro promissor no setor.

“A indústria do petróleo é enorme e as coisas que a afetam tomam tal importância que acabam exigindo especialistas. Os valores vultosos fazem com que tenhamos pessoas dispostas a se especializarem. Você tem demanda”, explica Mauro Khan, gerente-executivo do programa de pós-graduação executiva em Petróleo e Gás (MBP, na sigla em inglês) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  Mauro explica que este leque de oportunidades de carreira é altamente inclusivo, permitindo que profissionais de diversas áreas, ao conhecer os trâmites exclusivos da indústria de óleo e gás, sejam demandados por ela.

“A diferença é trabalhar na ou para a indústria de petróleo”, diz Mauro. Neste último caso, também faltam profissionais prontos para atender, dentro de suas áreas, as “peculiaridades” de uma indústria gigante – de gerentes bancários a analistas de frete internacional.  O MBP já formou mais de mil alunos desde sua fundação, em 1998. Hoje, o curso requer um investimento de R$ 17 mil diluídos em um ano de estudo mais o período necessário para elaboração e defesa das teses de cada aluno. 

Em entrevista concedida ao NN, neste mês, João Amaral, gerente no setor de O&G da consultoria Michael Page, de contratação de engenheiros e executivos, lembrou que as empresas estrangeiras estão implantando no Brasil centros de pesquisa que visam desenvolver tecnologia em escala global para a indústria de petróleo. Referência em demanda por profissionais especializados, o segmento de pesquisa reafirma a importância da pós-graduação técnicas.

 “Vemos, no Brasil, uma área sendo bastante desenvolvida que é a de Pesquisa e Desenvolvimento, diversas empresas estão investindo (...) os profissionais que têm o curso de mestrado, doutorado são extremamente valiosos”, disse Amaral. As empresas citadas pelo analista investem em instalações na ilha do Fundão, onde ficam os cursos de Engenharia da UFRJ, o Cenpes (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras) e o Parque Tecnológico, no qual a iniciativa privada encontra espaço e subsídio público para suas unidades de pesquisa.

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