TURMA DO PETRÓLEO

TURMA DO PETRÓLEO

quinta-feira, 5 de abril de 2012


Cenário no setor de óleo e gás foi discutido em São Paulo


Sobre o pré-sal brasileiro, o professor declarou que o grande desafio é desenvolver programas mais rápidos e mais ambiciosos. Em contrapartida, ele alerta: Á medida que a tecnologia se torna mais complexa e tudo sendo feito com mais velocidade, há o risco de que acidentes e imprevistos aconteçam no decorrer da exploração. Priest citou os desastres ocorridos em 1984 quando um vazamento de gás provocou incêndio na plataforma de Enchova, na Bacia de Campos, provocando 37 mortes, e a explosão em uma das maiores plataformas do mundo, a P36, em 2001, também na Bacia de Campos, que culminou com a morte de 10 pessoas.
A Conferência Internacional do Petróleo, realizada pelo Centro de Estudos em Energia e Sustentabilidade da FAAP e pelo Instituto Fernand Braudel, em 26 de março, reuniu importantes especialistas para discutir o ‘Futuro do Petróleo nas Américas’. A platéia reuniu cerca de 250 pessoas, entre especialistas, profissiona
is da área de petróleo e gás, empresários, governo, técnicos, pesquisadores, estudantes entre outros interessados. O prof. Tyler Priest, importante pesquisador da área e diretor de Estudos Globais do Bauer College da Universidade de Houston, proferiu palestra sobre ‘O papel histórico do pré-sal na indústria mundial do petróleo’. Durante apresentação, o especialista relatou como a indústria chegou à exploração de águas profundas por meio do desenvolvimento de novas tecnologias que foram surgindo com o passar dos tempos.
Christian Mendonça, líder de prática de Oil & Gás da Marsh Brasil - empresa de corretagem de seguros e gerenciamento de riscos - declarou na palestra ‘ Os risco de acidentes, como preveni-los e o curso da maior segurança’, que os acidentes fazem parte do dia a dia do setor, “mas ganha competitividade no mercado global quem melhor souber gerenciar os riscos”.

Entre os desafios destacados pelo setor, acrescentou ele, estão o surgimento de novas fronteiras exploratórias, a logística cada vez mais complexa, o custo alto dos equipamentos, os financiamentos mais caros, as cláusulas de responsabilidade mais extensas e investimentos em aprendizado, tendo em vista que todos os setores sofrem com falta de mão de obra qualificada. “Todos esses desafios aumentam o custo operacional, e esse aumento é bastante expressivo em relação a décadas atrás. Esse custo, consequentemente, gera maior percepção de risco”. Ele explica ainda que os acidentes diminuíram ao longo dos anos, porém, como os investimentos são cada vez maiores, os acidentes que ocorrem geram mais prejuízos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário