TURMA DO PETRÓLEO

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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Brasil se tornará um dos maiores produtores de petróleo do mundo até 2035

Relatório, divulgado, nesta terça-feira pela Agência Internacional de Energia, indica que produção diária do país triplicará em 22 anos

Brasil se tornará um dos maiores produtores de petróleo do mundo até 2035 Rogerio da Silva/Agencia RBS
Produção brasileira de petróleo passará dos atuais 2 milhões de barris diários para 6 milhões por dia em 2035Foto: Rogerio da Silva / Agencia RBS
Graças a exploração em águas profundas, como o pré-sal, o Brasil se tornará um dos maiores produtores mundiais de petróleo até 2035, triplicando sua atual capacidade de produção de 2 milhões de barris por dia para 6 milhões diários.
Mais de 80% dessa produção virá das chamadas águas profundas e ocorrerá principalmente até 2025. Hoje, os maiores fornecedores mundiais de petróleo são Arábia Saudita, Rússia, Estados Unidos, China, Canadá, Irã e Emirados Árabes.
A previsão faz parte de relatório divulgado nesta terça-feira pela Agência Internacional de Energia (AIE). O documento também destaca que o Brasil é um dos países que utiliza o menor percentual de combustíveis fósseis em sua matriz de energética: menos de 20% ante quase 50% do resto do mundo.
No relatório, a AIE avalia que as grandes mudanças que estão ocorrendo nos mercados de energia, como resultado da forte expansão da produção de petróleo na América do Norte, não vão levar a uma "era de abundância" da commodity ou abalar o predomínio de longa data do Oriente Médio no setor.
A agência, que tem sede em Paris, rejeitou a especulação de que a exploração de recursos como o óleo de xisto possa enfraquecer o papel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no fornecimento de petróleo ao mundo no longo prazo.
Embora o aumento da produção em lugares como EUA, Canadá e Brasil seja crucial para atender a demanda por petróleo nos próximos 20 anos, a produção de países não integrantes da Opep começará a diminuir em meados dos anos 2020, prevê a AIE. A partir de então, diz a agência, países do Oriente Médio vão atender a maior parte do aumento na oferta global.
As conclusões da AIE repetem a análise publicada na semana passada pela Opep. Na ocasião, a entidade reconheceu que o boom do óleo de xisto nos EUA teve forte impacto no mercado, mas questionou que se os níveis atuais de produção são sustentáveis.
O crescimento rápido da produção de fontes não convencionais, em especial do gás de xisto norte-americano, tem gerado dúvidas sobre a posição dominante da Opep nos mercados de petróleo. A AIE prevê que os EUA talvez se tornem o maior produtor de petróleo até 2020, superando a Arábia Saudita, embora de forma apenas temporária. A agência também prevê que a China vai se tornar o maior consumidor mundial de petróleo até 2030.
Vários integrantes da Opep, que reúne alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo, registraram queda em suas exportações para os EUA nos últimos anos.
Em maio, a AIE previu que a produção na América do Norte crescerá 3,9 milhões barris por dia entre 2012 e 2018. Enquanto isso, a demanda pelo petróleo da Opep deverá cair abaixo de 30 milhões de barris por dia, uma tendência que deve se estender até 2018.
O Oriente Médio, no entanto, "continua no centro da perspectiva de mais longo prazo para o petróleo" como a única fonte da commodity a baixo custo, segundo a AIE.

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