TURMA DO PETRÓLEO

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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

EMPRESAS AMERICANAS BUSCAM PARCEIROS NO MERCADO DE PETRÓLEO BRASILEIRO

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) - 
Regina CunhaO departamento comercial do Consulado Americano tem sido bastante procurado por empresas interessadas em explorar o mercado brasileiro, com o objetivo de fornecerem produtos e serviços no país. Com a expansão do setor de petróleo nacional, a presença das grandes fabricantes dos Estados Unidos, como Halliburton, Weatherford e Baker Hughes, aumentou significativamente e a cadeia de subfornecedores americanos está acompanhando este movimento, com a abertura de escritórios locais e a busca de parceiros brasileiros. Como conta Regina Cunha, assistente comercial Sênior do Consulado Americano, o interesse das companhias passa tanto por formar joint ventures com empresas nacionais quanto por realizar aquisições locais.
Como está a procura das empresas americanas pelo Brasil?
As empresas continuam interessadas no mercado brasileiro, para fornecer equipamentos e serviços. Algumas têm procurado nosso departamento de comércio, que ajuda empresas americanas a fazerem negócios aqui, para que possamos identificar parceiros brasileiros para elas.
Que tipos de parcerias elas têm buscado?
Algumas empresas que estiveram expondo na OTC Brasil, em outubro de 2013, manifestaram interesse em abrir escritórios no Brasil. Algumas possibilidades são por meio de aquisições de empresas nacionais ou até pela formação de joint ventures, mas não posso dar detalhes, nem nomes delas. Das 25 empresas que expuseram no pavilhão americano da OTC Brasil, algumas já têm escritório em Macaé, no Rio ou em São Paulo. Outras têm representantes e estão buscando se cadastrar como fornecedores junto à Petrobrás, para tirar o CRCC [Certificado de Registro e Classificação Cadastral].
As empresas que mais têm procurado vocês são de pequeno, médio ou grande porte?
De médio porte. As grandes empresas já sabem o caminho, já têm laços aqui, então no geral não nos procuram. Mas as de médio porte têm buscado bastante. Inclusive, durante a última OTC de Houston, em maio de 2013, a Petrobrás pediu ajuda ao Consulado para facilitar contatos com empresas americanas que ela classificou como interessantes para virem para o Brasil. Ou seja, são empresas que ela quer que estejam aqui, para aumentar o leque de competição.
Quantas empresas eram?
Cerca de 30. Tinham empresas fabricantes de bombas de alta pressão, de aços forjados, de válvulas, entre outras. Eles conseguiram se encontrar com 13 ou 15 lá e os contatos continuaram depois. Uma delas está inclusive conversando com a APEX [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos], para tentar identificar uma área no país.
Quais as áreas que têm interessado mais às empresas americanas?
Isso varia muito. Tem muitas empresas que são subfornecedoras dos grandes fabricantes americanos – como Halliburton, Baker Hughes, Weatherford, entre outras. Por conta das exigências de conteúdo local, esses grandes fabricantes precisam trazer essa cadeia de fornecedores toda, então essas empresas têm se interessado em vir.
Como as empresas americanas estão encarando as regras de conteúdo local brasileiras?
Algumas empresas com que eu conversei durante a feira OTC Brasil manifestaram um pouco de preocupação, por conta de questões burocráticas, pela preocupação com o conteúdo local, mas há também certo desconhecimento de como ele funciona. A gente, do departamento de comércio, está sempre tentando tirar essa impressão um pouco negativa que eles têm. Além disso, tentamos dar caminhos para que eles possam participar do mercado brasileiro através de parceiros, agregando algum valor e utilizando o que o Brasil já tem de tecnologia. 

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