TURMA DO PETRÓLEO

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segunda-feira, 20 de maio de 2013


Petrobras: Brasil será autossuficiente na produção de combustíveis

Estatal conta com duas refinarias que ainda estão no papel para cumprir meta
NNpetro - Júlia Moura - 
Na apresentação dos resultados do primeiro trimestre deste ano, o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, voltou a afirmar que o Brasil atingirá o nível ideal de produção de combustíveis refinados para atender à demanda nacional. Os dados foram demonstrado em coletiva de imprensa, na última segunda-feira (29).
De acordo com o executivo, a Petrobras prevê que o país alcance esta autossuficiência de derivados entre 2018 e 2020. Para alcançar a meta, a estatal conta com duas refinarias que ainda estão no papel e passam por uma avaliação do projeto inicial, para estudo de viabilidade. As refinaria Premium 1, do Maranhão, e Premium 2, do Ceará, estão em análise no Plano de Negócios da empresa, lembra Cosenza. A operação dessas refinarias está prevista para outubro e dezembro de 2017, respectivamente.
Já o Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) está com 52% das obras concluídas. No primeiro trimestre do ano, a Petrobras, atualmente com 12 refinarias, aumentou em 6% a produção de derivados em relação ao quarto trimestre de 2012, além de bater recorde o diário de processamento de óleo nas refinarias, com 2,1 milhões de barris. A marca – especialmente no refino de diesel, com 839 mil barris por dia - foi alcançada, segundo a estatal, em função da maior utilização de destilação.
Em relação às importações de combustíveis, o resultado foi positivo no primeiro trimestre do ano, em função do aumento de produção nas refinarias da estatal. O volume de importação da gasolina passou de 88 mil barris/dia no primeiro trimestre de 2012, para 52 mil barris/dia no mesmo período de 2013.
Desenvolvimento da indústria
"Não adianta apenas ser um grande produtor de petróleo se não há capacidade de transformá-lo em produtos de consumo, tais como gasolina, óleo diesel, óleo combustível, querosene de aviação e muitos outros produtos fundamentais para mover a economia e sustentar uma forte indústria petroquímica. Se um país não possui capacidade própria de refino, não lhe resta outra alternativa que não seja a importação", avalia o especialista Paulo Wrobel.
Segundo Wrobel, a independência e segurança enegética virão quando o país for capaz de produzir o combustível que consome, sem necessidade de importação. Isso só será possível quando o Brasil tiver uma indústria petroquímica forte e desenvolvida. "As atividades de refino são bem mais lucrativas para o país do que a extração de petróleo cru, pois a primeira acrescenta valor ao produto bruto extraído da terra ou do mar. Seja o petróleo pesado, a maioria da produção brasileira, seja o petróleo leve do pré-sal", acrescenta.

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