TURMA DO PETRÓLEO

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quinta-feira, 23 de maio de 2013


Quando o profissional muda de carreira drasticamente, deve estar ciente que começará novamente do zero, não importa se tem 30, 40 ou 50 anos
Acho que existem mais pessoas atuando fora da sua área de atuação do que o contrário. Publicitários estilistas, engenheiros fotógrafos, administradores professores de inglês, fisioterapeutas esteticistas, advogados chefes de cozinha e tantas outras combinações. Muitas pessoas, depois de formadas e de alguns anos no mercado de trabalho, mudam o rumo de suas carreiras da água para o vinho, seja por uma nova oportunidade, a busca de um sonho ou de melhor qualidade de vida, ou por simplesmente terem descoberto qual é o trabalho que realmente consideram um lazer.
Descrição: mudanadecarreira-bernt350Porém, não é sempre que é possível se arriscar numa transição de carreiras, indo para uma área completamente diferente da primeira formação. Uma coisa é deixar de ser psicólogo de clínica e ir para Recursos Humanos – duas possíveis escolhas dos formados em Psicologia. Outra é ir da Medicina ao Direito. É possível? Sim, porém depende de muitos pré-requisitos, e acredito que o principal seja o financeiro.
Quando o profissional muda de carreira drasticamente, deve estar ciente que começará novamente do zero, não importa se tem 30, 40 ou 50 anos. Isso significa iniciar uma nova vida profissional com um salário menor, na maioria das vezes. Se a pessoa tem a possibilidade de se sustentar com menos por alguns anos, pode ser uma opção viável.  Digo isso, pois essa situação é arriscada, uma aventura, e os recursos financeiros devem ser pensados cuidadosamente.
Porém, se você não pode se dar ao luxo de ficar sem receber seu salário, a situação complica muito. Toda mudança tem um risco, e se a sua tentativa não der certo, o que você fará? Talvez seja tarde demais para voltar atrás.
Nesse caso, minha sugestão é que, ao invés de mudar de carreira, mude de área dentro da mesma profissão, ou encare a nova “profissão” como um hobbie, mantendo a antiga. Já encontrei muitos profissionais que fizeram isso. Conheci um engenheiro que queria ser jornalista, mas como já tinha mais de quarenta anos, optou por não largar sua carreira. Entretanto, também não deixou o jornalismo de lado e criou um blog pessoal, onde escreve semanalmente e desfruta do prazer da escrita, sem o ônus e as obrigações de um jornalista. Acredito ser uma saída muito interessante para quem quer experimentar uma nova profissão, mas não pode deixar a antiga de lado.
Entretanto, por mais que a questão financeira não seja um problema, existe a emocional. Você está disposto a voltar ser um iniciante no mercado de trabalho? A competir com profissionais mais jovens, recém-formados? É muito difícil, mas não impossível para quem está ciente de todos os contratempos que existem nessa caminhada e para quem está disposto a buscar uma vida completamente nova.

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